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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)

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De Demopædia
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Capítulo | Introdução | Conceitos gerais | Elaboração das estatísticas demográficas | Distribuição e composição da população | Mortalidade e morbidade | Nupcialidade | Fecundidade | Crescimento e reposição da população | Migração | Aspectos econômicos e sociais da demografia

Capítulo 1 Conceitos gerais

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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


Generalidades

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Demografia1 é o estudo científico das populações humanas, principalmente no que diz respeito ao seu tamanho, estrutura2 e desenvolvimento. Na terminologia estatística, qualquer conjunto de elementos pode ser chamado de população3 ou universo3. Entretanto, quando utilizado em demografia, o termo população4 se refere a todos os habitantes5 de uma determinada área, embora o termo também possa ser utilizado para designar apenas uma parte dos habitantes, como a população de crianças em idade escolar (cf. 346-7) e a população em idade matrimonial (cf. 514-2). Estas populações são, mais propriamente, denominadas subpopulações6. A palavra população se refere, em alguns casos, ao tamanho7 ou ao número total7 de indivíduos em uma área.

  • 1. demografia, s.f. — demográfico, adj. — demógrafo, s.m., especialista em demografia.
  • 4. população, s.f. — populacional, adj.
  • 5. habitante, s.m. - habitar, v., ocupar uma área como local de residência

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Certas sub-disciplinas na demografia recebem denominações que refletem seus objetivos ou sua metodologia. A demografia histórica1 trata das populações do passado quando, para estas, existem registros disponíveis. Na ausência destas fontes, o estudo de populações antepassadas assume a denominação paleo-demografia2. Na demografia descritiva3, o volume, a distribuição geográfica, a estrutura e as mudanças nas características gerais das populações humanas são descritos por meio da estatística de população4 ou estatística demográfica4. Por outro lado, a demografia pura5, também chamada demografia teórica5, se atem à inter-relação quantitativa dos fenômenos demográficos, sem considerar a sua associação com os fenômenos sociais, econômicos e outros, nem a descrição primária e a especulação geral. Já a demografia matemática6 é assim denominada, na prática, devido ao conjunto de métodos matemáticos que utiliza. Uma parte das pesquisas que aplicam as ferramentas da análise demográfica (103-1) a uma população é normalmente denominada estudo demográfico7 . Todas as disciplinas mencionadas anteriomente colocam grande ênfase nos aspectos numéricos dos fenômenos e muitas vezes são classificadas como demografia formal9, pois elas se aplicam aos aspectos de tamanho e estrutura da população. Em contraste, o termo mais amplo estudos de população10 ainda inclui a análise das relações entre eventos demográficos e fenômenos sociais e econômicos, entre outros.

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A análise demográfica1 é o ramo da demografia formal que busca controlar os efeitos do tamanho e estrutura da população nos fenômenos demográficos2 e isolar os efeitos de cada um dos componentes demográficos. Ela também estuda as relações entre cada componente demográfico e como estas interagem para modificar a estrutura populacional. Uma distinção é feita entre a análise de coorte4 ou análise geracional4, que se refere ao acompanhamento, ao longo do tempo, de uma determinada coorte (cf. 117-2), e a análise transversal5 or análise de período5, que estuda os fenômenos demográficos que ocorrem dentro de um intervalo preciso de tempo (como, por exemplo, um ano-calendário), considerando diversas coortes.

  • 4. Análise de coorte é uma forma de análise longitudinal que trata de grupos de pessoas que possuem uma mesma característica. Análise de painel acompanha os mesmos indivíduos caso a caso.

104

As relações entre os fenômenos demográficos e os fenômenos econômicos e sociais são estudadas sob os ramos da demografia econômica1 e demografia social2. A demografia ainda pode se referir ao estudo da qualidade da população3, que pode estar relacionado a todo tipo de características sociais e pessoais. Esta expressão também é empregada com referência à distribuição e transmissão dos características hereditárias (910-3) que constituem a genética da população4. A ecologia humana5 estuda a distribuição e organização das comunidades, com especial atenção à operação dos processos competitivos e cooperativos, e tem muitos pontos em comum com a demografia, a exemplo da biometria6 ou biométrica6 e epidemiologia8, que compreende a aplicação de métodos estatísticos às pesquisas biológicas.

  • 4. Genética da população se distingüe da genética humana porque esta última trata da transmissão das características hereditárias no homem, ao passo que a genética da população inclui o estudo da distribuição e transmissão dos traços hereditários também em populações de plantas e animais.
  • 5. Ecologia, s. - ecológico, adj. - ecologista, n.: um especialista em ecologia.
  • 6. Biometria, n. - biométrica, n. - biométrico, adj. - biometricista, n.: um especialista em biometria. Os termos bioestatístico, n. - biostatístico, adj. - e biostatístico, n. são frequentemente encontrados como sinônimos aos termos relativos à biometria.

105

A demografia abrange, finalmente, os estudos de teoria da população1, que não deve ser confundida com a demografia teórica (102-5), cujo objetivo é explicar e prever a interação das alterações de população e os fatores econômicos, sociais, fisiológicos e outros. A teoria da população, ocasionalmente, serve de base para políticas de população2(cf. 903-0), que consiste na adoção de medidas destinadas a interferir nas mudanças da população.


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A unidade estatística1 básica em demografia é o indivíduo2 ou pessoa2. Antigamente palavras como cabeça2 e alma2 eram utilizadas, mas há muito tempo caíram em desuso. O domicílio3 é uma unidade estatística de caráter socioeconômico, constituída por indivíduos que vivem juntos. As definições estatísticas de domicílio podem variar, mas, a fim de facilitar os estudos comparativos, as recomendações internacionais conceituam o domicílio como o conjunto de pessoas que compartilham a mesma moradia (120-1) e fazem suas refeições em comum. O termo fogo3 era utilizado no passado para representar o fato de que os membros de um domicílio compartilhavam a mesma fogueira (ou lareira). As classificações de domicílios podem variar entre países e em diferentes pesquisas (inquéritos). A maior parte dessas classificações fazem distinções entre dois tipos de domicílios: domicílios particulares4 e domicílios coletivos5. Um indivíduo que vive sozinho é considerado um domicílio unipessoal6. Um agregado7 é uma pessoa diferente de um empregado doméstico, que não possui laços de parentesco com os membros do domicílio, mas que normalmente faz suas refeições com o grupo doméstico e pode ser considerado como parte do domicílio. Por outro lado, o hóspede8 ou pensionista8 normalmente não faz suas refeições com o grupo doméstico e, dependendo dos interesses da pesquisa, pode ser incluído no domicílio.

  • 4. Domicílios particulares podem ser denominados domicílios familiares quando seus membros possuem laços de parentesco.
  • 5. Domicílios coletivos podem incluir domicílios institucionais compostos por pessoas que residem em instituições como hospitais, asilos e penitenciárias. Eles podem incluir ainda pessoas sem laços de parentesco que residem em moradias coletivas (120-1*) não institucionais. As recomendações internacionais recentes restringem os termos domicílio e população residente aos domicílios particulares e os demais como pessoas que não vivem em domicílios.

111

Quando um domicílio particular (110-4) possui mais de uma pessoa elas são denominadas membros do domicílio1 sendo que um deles deverá ser o chefe do domicílio2 ou pessoa de referência do domicílio2. Não há uma regra universal para que seja definido quem deverá ser o chefe ou pessoa de referência do domicílio; em alguns casos ele pode ser o provedor principal3. Na maior parte dos censos existe uma questão que se refere à relação de parentesco4 (114-3*) dos membros do domicílio com o chefe ou pessoa de referência. Isso permite que se faça um distinção entre os diferentes grupos em domicílios compostos5 ou domicílios complexos5 que contém membros de mais de uma família biológica ou família nuclear (113-1). Um domicílio composto ou complexo pode ser desagregado em diversos núcleos6, incluindo um núcleo primário7 e um núcleo secundário8. Estes núcleos são normalmente denominados famílias (112-1). O tamanho do domicílio11 se refere ao número de pessoas que vivem no domicílio.

  • 6. O núcleo também pode ser denominado unidade familiar.

112

Família1 (cf. 113-0 e 115-0) é uma unidade distinta que deve ser cuidadosamente diferenciada do termo domicílio (110-3). Ela é definida com base nas referências de parentesco que pertencem ou emergem do casamento, reprodução ou adoção, cuja constituição é definida por lei ou ainda pelos costumes. Os laços fundamentais são aqueles estabelecidos por um casal pelo matrimônio - e aqueles que existem entre um casal de pais2, i.e., pai3 e mãe4, e seus filhos5, i.e., filhos6 e filhas7.

  • 2. pais, s.m. - paterno, adj. - paternidade, s.i.: qualidade de pai, relação de parentesco que vincula o pai a seus filhos.
  • 3. pai, s.m. - paternal, adj.
  • 4. mãe, s.f. - maternal, adj.
  • 6. filho, s.m. - filial, adj.
  • 7. filha, s.f. - filial, adj.

113

O conjunto formado pelo pai, a mãe e os filhos recebe, algumas vezes, a denominação de família biológica1 ou família nuclear1. Os filhos dos mesmos pais são irmãos2 e irmãs3, conforme o sexo. Irmãos que têm em comum apenas o mesmo pai ou a mesma mãe podem ser distinguidos como meio irmãos5 ou meia irmãs6. Famílias estendidas7 são unidades familiares maiores, geralmente compostas por combinações de famílias nucleares.

  • 1. Os termos família simples e família elementar são sinônimos para os termos família biológica ou nuclear. Em sentido restrito, particularmente em análises de fecundidade, o temos família biológica deve se referir aos pais e seus filhos, excluindo seus filhos adotados.
  • 7. Os temos família composta e família convivente são sinônimos para o termo família estendida. Em sentido mais amplo, a família estendida pode se referir a todos os membros de um grupo de parentesco.

114

As pessoas relacionadas entre si por uma descendência1 comum, através do mesmo ascendente2 ou ancestral2, são parentes consangüíneos3 ou parentes genéticos3. Os termos parentes3 ou em sentido coletivo grupo de parentesco3 também podem ser utilizados. O grau de parentesco4 é, em geral, determinado com base no número de vínculos necessários para alcançar um ascendente comum. Entretanto, existem vários métodos para se atingir essas medidas. A relação fundamental para se verificar cada um dos vínculos é a relação de filiação5 (cf. 112-6* e 112-7*) de uma criança com seus pais, que é a relação recíproca de paternidade6 (112-2*) ou maternidade6; isto é, a relação de um casal ou um pai ou uma mãe e sua prole7 ou progênie7. As relações consangüíneas devem ser diferenciadas do parentesco por casamento8, ou seja, as relações de parentesco relacionadas ao grupo de parentesco do cônjuge.

  • 1. descendente, s.m.: pessoa que descende de outra.
  • 2. ascendente, s.m. — ancestral, s.m.: pessoa de quem se descende.
  • 3. parente, s.m. e adj. — parentesco, s.m., qualidade de parente. O termo parente abrange, na linguagem comum, tanto os parentes em linha reta, como os colaterais e afins.
  • 7. progênie, s.f. — palavra empregada também para designar os descendentes de um ascendente comum.
  • 8. Em certos países, refere-se aos parentes consangüíneos do cônjuge, a expressão “legal” ou “em lei” (tradução livre de in-law).

115

A definição de família1 (cf. 112-1) como unidade de estudo em demografia, pode considerar parte ou todo o domicílio (110-3), mas a definição pode variar de acordo com os objetivos da pesquisa. A família estatística1 ou família censitária1 geralmente considera todos os membros de um domicílio com algum laço de parentesco consangüíneo, adotivo ou de matrimônio. Um domicílio pode ou não conter uma família. Uma família censitária não deve considerar pessoas de mais de um domicílio, embora um domicílio possa conter mais de uma família. Em alguns países a definição de família censitária se aproxima da família biológica (113-1); em outros, a definição está baseada na família nuclear2 considerando-se um casal sem filhos, um casal com um ou mais filhos não-casados ou apenas um dos pais com um ou mais filhos não-casados.

  • 1. Nos Estados Unidos uma sub-família é um casal com ou sem filhos, ou um dos pais com um ou mais filhos não-casados menores de 18 anos de idade vivendo no mesmo domicílio e com laços de parentesco, mas sem se considerar o chefe ou pessoa de referência do domicílio ou seu cônjuge. Na Grã Bretanha, a unidade familiar primária consiste dos pais e seus filhos, irmãos dos pais e seus ancestrais. Uma família monoparental é aquela na qual um dos país não é presente, por morte, divórcio ou abandono. No Brasil, considera-se como família, para fins estatísticos, o conjunto de pessoas ligadas entre si por laços de parentesco ou dependência doméstica que vivem no mesmo domicílio, ou pessoa que vive só em um domicílio, bem como todo o conjunto de no máximo 5 pessoas vivendo em domicílio particular, sem estarem ligadas por laços de parentesco ou dependência doméstica.

116

Na literatura demográfica, o termo geração1 tem tido um significado preciso e se refere ao grupo de pessoas nascidas em um período específico de tempo, geralmente dado por anos-calendário. O termo coorte2 se refere ao grupo de pessoas que compartilham um determinado evento em comum em um intervalo específico de tempo; portanto, uma coorte de nascimentos pode ser um sinônimo de geração. Por exemplo, no sentido do termo 116-1, uma coorte de casamentos é um grupo de pessoas que se casaram em um mesmo intervalo de tempo. Em demografia, assim como em genealogia, o termo geração3 pode se referir aos descendentes de um grupo de pessoas, mesmo sendo eles próprios uma geração no sentido do termo 116-1. Portanto, os filhos de um grupo de migrantes são normalmente denominados como a secunda geração de migrantes. Ocasionalmente, consideram-se as linhas de descendência por sexos, ou seja, a geração masculina4 ou geração patriarcal4 são filhos de uma geração masculina, ao passo que a geração feminina5 ou geração matriarcal5 são as filhas de uma geração de mulheres. Estas distinções são normalmente utilizadas por ocasião do cálculo do intervalo médio entre gerações sucessivas (cf. 713-1).

  • 2. Coorte, s.f. – o termo análise de coorte é utilizado para denotar o método de análise de dados no qual a experiência de coortes individuais é estudada ao longo de suas vidas ou de outros períodos específicos.
  • Para propósitos de serviço militar, o número de homens que se tornam aptos a se alistar em um determinado ano é denominado classe daquele ano. Nos Estados Unidos, o mesmo termo é utilizado para designar um grupo de estudantes que completam seus estudos em uma escola ou universidade em determinado ano.. {{{2}}}


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Domicílio1 (110-3) ou unidade domiciliar1 é a unidade residencial estruturalmente independente constituída por um ou mais cômodos, com acesso ou entrada privativa. O tamanho de um domicílio é medido pelo número de cômodos2 ou pela sua área construída3. A densidade domiciliar4 é a relação entre o tamanho do domicílio e o seu número de moradores. Alguns limites são aplicados com o objetivo de distinguir domicílios superlotados5 e domicílios sub-ocupados6. Um domicílio desocupado7 é aquele que não é utilizado para fins residenciais, tanto permanentemente como ocasionalmente.

  • 1. Um domicílio consiste em uma residência particular (ou parte dela) ou apartamentos e prédios.
  • 2. Não há uma convenção em termos de se considerar a cozinha (ou copa) como um cômodo. No Brasil, a cozinha e a copa são contados como cômodos.
  • 5. Superlotado, adj. – superlotação, s.f.

121

Em relação à condição de ocupação de um domicílio, a pessoa pode ser proprietária1 ou locatária2, ou seja, aquela que mora em uma casa alugada. Pode ser ainda uma casa cedida (por empregador ou outra pessoa) ou ocupada por invasão4 (neste caso, sendo classificada como "outra condição").


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Os termos estatísticas populacionais1 ou estatísticas demográficas1 se referem aos dados numéricos2 sobre população, que são baseados em observações3. Depois que estas observações são coletadas4 de formulários (206-1) apropriados, tais documentos são editados5 e verificados5 a fim de eliminar inconsistências. Os dados são ainda tabulados6 segundo grupos7 ou classes8 de características comuns. O processamento de dados9 inclui todas estas etapas entre a coleta e a análise (132-1).

  • 1. Estatística, s.f. - estatístico, adj. - estatístico, s.m.: especialista em estatística.
  • 4. Coletar, v. - coleta, s.f..
  • 5. Editar, v. - edição, s.f. Verificar, v. - verificação, s.f.
  • 6. Tabular, v. - tabulação, s.f.
  • 9. Processar, v. - processamento, s.m.

131

Os dados são usualmente denominados dados brutos1 antes do seu processamento e tabulação, quando então passam a ser denominados dados básicos1 ou dados primários1. Os dados básicos normalmente consistem em uma série2 de valores3 que são agrupados na forma de tabelas4, geralmente classificadas segundo certas variáveis5, tais como idade e número de filhos, ou ainda segundo alguns atributos6 ou características6 (i.e. sexo, estado civil, etc.). Quando os dados são classificados segundo diversas variáveis ou atributos, simultaneamente, estas tabelas são denominadas tabelas cruzadas7 ou tabelas de múltipla entrada7. Um quadro resumo8 apresenta a informação com menor detalhe do que uma tabela individual9.

  • 1. Quando os dados têm os indivíduos (110-2) como unidade de abrangência, elas devem ser referenciadas como microdados. Denominamos dados agregados ou macrodados quando a unidade de análise é distinta do indíviduo, como por exemplo, um país ou uma unidade administrativa dentro de um país. Os microdados podem ser derivados de diferentes fontes de dados, como pesquisas de campo (203-5) ou uma amostra de registros vitais. Outra fonte de microdados é a amostra proveniente dos setores censitários ou das areas de ponderação do Censo Demográfico.
  • 7. Uma tabela que apresenta a distribuição de uma única variável ou atributo de uma população geralmente é denominada tabela de freqüência.

132

A utilização dos dados básicos costuma envolver duas etapas. A análise1, que busca isolar os componentes dos casos observados, tais como tamanho, estrutura, fatores externos, ou o fenômeno que está sendo investigado; e a síntese2, que é o processo de desagregar os componentes em análise de distintas formas. Cada fase envolve o cálculo3 ou cômputo3 de indicadores4 dos mais diversos (cf. 133-0). Ao contrário dos dados básicos, estes indicadores podem ser denominados resultados6. Em um sentido mais restrito, um indicador7 ou índice7 é uma razão que ilustra um valor em termos relativo a uma dada base8, sendo normalmente expresso em percentagem. Algumas vezes as taxas de mortalidade infantil são utilizadas como indicadores da situação de saúde da população.

  • 1. Análise, s.f. - analítico, adj. - analisar, v.
  • 2. Cálculo, s.m. - calcular, v. - calculadora, s.f.: equipamento com recursos de armazenagem de dados mínimos ou modestos para facilitar operações aritméticas e estatísticas de pequena complexidade. Computar, v. - computação, s.f.. - computador, s.m..: equipamento de transmissão, armazenagem e cálculo de grandes bancos de dados; permite o cálculo aritmético e estatístico, assim como o processamento lógico de dados.

133

Uma das primeiras etapas da análise (132-1) consiste em relacionar os totais populacionais ou o número de eventos a outros totais ou valores. Os índices resultantes recebem diversas denominações. O indicador mais comum é a razão1, que é o quociente obtido de um número dividido por outro. A proporção2 é uma razão que indica a relação de magnitude de uma parte pelo todo. A porcentagem3 é a proporção expressa por 100. A taxa4 é um tipo especial de razão utilizada para indicar a freqüência relativa5 de ocorrência de um evento específico dentro de uma população ou sub-população em um intervalo específico de tempo, normalmente em um ano. Embora sua utilização seja recomendada, o termo tem adquirido um sentido mais amplo e tem sido empregado incorretamente como sinônimo de razão (por exemplo, taxa de participação na força de trabalho, que na verdade é uma proporção).

  • 2. Proporção, s.f. - proporcional, adj.
  • 4. As taxas são normalmente divididas por mil, sendo muitas vezes subentendidas quando aplicadas às taxas mais utilizadas. Entretanto, algumas taxas são expressas por dez mil, por cem mil, por um milhão, como por exemplo as taxas de mortalidade por causas (421-10). Em outras ocasiões, as taxas podem ser expressas por uma unidade ou pessoa, ou por 100. Algumas vezes, a palavra "taxa" é omitida na utilização corrente, podendo ser encontrada a expressão "uma mortalidade de dez por mil", mas essa utilização não é recomendada.

134

A freqüência relativa (133-5) de um evento onde se supõe que os elementos ou indivíduos de um grupo estão expostos ao risco desta ocorrência é denominada probabilidade1. Ela presume, portanto, que todos os indivíduos que estão contidos no denominador estão, de alguma forma, expostos ao risco3, isto é, deveria haver alguma chance2 ou risco2 que o evento em questão possa ocorrer a eles. A utilização do termo "risco" não implica que este evento seja de fato alguma coisa inesperada ou indesejada; de forma que costuma-se utilizar o termo "risco de se casar". A população é freqüentemente dividida em diferentes sub-grupos, nos quais o risco do evento é menos variável de pessoa para pessoa do que no total da população; assim, o sub-grupo seria mais homogêneo4 em relação a um determinado risco que o conjunto da população, que tende a ser mais heterogênea5. As taxas calculadas para cada sub-grupo são denominadas taxas específicas6 em oposição às taxas brutas (136-8), que se aplicam ao conjunto da população. Taxas gerais7 algumas vezes envolvem limitações por idade, tais como as taxas de fecundidade geral (633-7).

  • 1. Probabilidade, s.f. - provável, adj.
  • 4. Homogêneo, adj. - homogeneidade, s.f.
  • 5. Heterogêneo, adj. - heterogeneidade, s.f.

135

As Taxas específicas por idade1 podem ser calculadas por idade simples ou por grupos de idade. As taxas específicas por duração3 levam em conta o tempo transcorrido desde o evento original4 ou evento de origem4, tais como o casamento ou um nascimento. As taxas centrais10 são obtidas pela divisão do número de eventos durante um ano, ou qualquer outro período (normalmente cinco anos) pela população média6 ou população no meio do período6 ou ainda pelo número de anos-pessoa7 que se expõem ao evento em questão naquele ano ou período; o número de anos-pessoa é a soma, expressa em anos, do tempo de exposição de todos os indivíduos de um determinado grupo em um determinado ano ou período. O termo taxas é freqüentemente utilizado também como um outro tipo de medida obtido pela divisão do número de eventos únicos em um ano ou período pelo tamanho da coorte considerada no início do ano ou período; esta medida é algumas vezes denominada probabilidade5 e contrasta com as taxas centrais definidas anteriormente. Neste parágrafo a palavra período se refere ao intervalo de tempo. Na expressão taxas de período8, entretanto, a palavra é utilizada em seu sentido cronológico e se refere a um ano-calendário específico ou um grupo de anos, em oposição às taxas de coorte9 ou taxas geracionais9.

  • 5. A palavra quotient, utilizada em francês para este tipo de taxa, tem sido utilizada algumas vezes em inglês.

136

Os dados são denominados preliminares1 quando eles estão baseados em observações incompletas ou insuficientes. Eles passam a ser dados definitivos2 depois que são completados e apurados. As taxas baseadas em tais dados são denominadas taxas preliminares3 e taxas definitivas4 respectivamente. Quando informações adicionais se tornam conhecidas após a publicação de resultados estas podem ser denominadas taxas revisadas5. A expressão taxas corrigidas6 normalmente implica que dados incorretos ou métodos inapropriados levaram a resultados incompletos ou limitados para os objetivos em questão e, posteriormente, foram efetuados procedimentos de correção, como por exemplo, a correção de subenumeração ou a correção do termo migração para movimentos sazonais. As taxas padronizadas7 ou taxas ajustadas7 são calculadas para que seja possível comparar dados de distintas populações em relação a uma variável, como por exemplo, fecundidade ou mortalidade, onde a influência de uma outra variável, por exemplo, idade, é mantida constante. O termo taxa corrigida7 tem sido empregado pelos demógrafos como um sinônimo de taxas padronizadas. Taxas não padronizadas são denominadas taxas brutas8. Embora elas possam ser utilizadas para mensurar tendências atuais, podem resultar falsas inferências de sua utilização indiscriminada em comparações entre populações com diferentes estruturas (144-4).

137

Indicadores (132-7) demográficos se relacionam, na maioria dos casos, a um determinado periodo de observação1; isto é particularmente verdade para a maioria das taxas (cf. 133-4). Uma taxa anual2 estará relacionada a um período de doze meses. Quando as observações são coletadas para um número de anos e então é calculada a média, o termo taxa média anual3 é frequentemente utilizado como resultado. Quando as taxas são calculadas para períodos diferentes do ano elas podem ser convertidas para uma base anual4 por meio da multiplicação de um fator apropriado. Taxas instantâneas5 são algumas vezes calculadas; elas se relacionam a um período infinitesimal de tempo, como por exemplo, a taxa instantânea de mortalidade (431-4) ou a taxa instantânea de crescimento populacional (702-5).

138

O objetivo principal da análise de coorte (103-4) é o estudo da intensidade1 e tempo2 de um fenômeno demográfico. A intensidade de um fenômeno iniciado por um evento não-renovável (201-4) pode ser medida pela freqüência final3 de um dado evento ou pelo seu complemento. A freqüência final reflete a proporção de pessoas que deveriam ter passado pela experiência do evento na ausência de influências externas durante a existência de uma coorte (116-2). A intensidade de um fenômeno iniciado por um evento renovável (201-5) tais como nascimentos e movimentos migratórios, pode ser medida pelo número médio de eventos4 por pessoa em uma coorte, também na ausência de influências externas. Tempo pode ser definido como a distribuição de eventos demográficos, ao longo do tempo, correspondentes ao fenômeno investigado dentro de uma coorte. O resultado de uma análise transversal ou de uma análise de período (103-5) é sintetizado pelas medidas de período5 — em oposição às medidas de coorte6 — que podem ser construídas de distintas maneiras. Uma das técnicas mais comuns consiste na atribuição de taxas observadas relativas a diversas idades e durações à uma coorte hipotética7 ou coorte sintética7.

  • 3. Esta freqüência final ou seu complemento pode receber diferentes denominações, de acordo com o fenômeno estudado: razão de parturição progressiva (637-7), freqüência de celibato definitivo (521-1)... É preferível não utilizar a palavra proporção como parte destas denominações, reservando-a apenas para as proporções observadas. Por exemplo, a freqüência de celibato deve ser diferenciada da proporção de solteiros em uma dada idade, como é registrada pelo Censo.
  • 4. Não é usual atribuir o mesmo nome para o número médio de eventos observados por pessoa e o número esperado de observações na ausência de influências externas, tal como a mortalidade. Frases distintas podem ser utilizadas; por exemplo, o número de filhos tidos (637-2), que pode ser distinto de fecundidade acumulada (636-2).
  • 5. Devido ao fato de uma análise transversal e uma coorte hipotética serem utilizadas no lugar de uma análise de coorte genuína, as denominações dos indicadores de período normalmente parecem implicar que se referem à uma coorte. Essa utilização pode parecer contraditória, por exemplo, quando uma probabilidade de nascimentos específico por parturição é maior que um para alguns anos, devido aos nascimentos postergados.


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140

A média1 é mais freqüentemente utilizada em demografia como média aritmética2 que consiste na divisão da soma dos valores observados pelo número de observações. Quando o termo média é utilizado sem especificação, entende-se que se trata de uma média aritmética. A média geométrica3é utilizada algumas vezes quando todos os valores são positivos. Ela é a raiz n-ésima dos produtos de n valores. A média ponderada4 é obtida quando é atribuída diferente importância a cada um dos fatores por meio da multiplicação de cada item por um fator de ponderação5 ou peso5 específico. A mediana6 é o valor do elemento que divide um conjunto7 de observações em duas partes iguais. A moda8 é o mais comum ou mais freqüente valor em um conjunto de observações.

  • 1. Média, s.f., pode ser utilizado como adjetivo.
  • 5. Peso, s.m. - ponderar, v.
  • 6. Mediana, s.f., pode ser utilizado como adjetivo.
  • 8. Moda, s.f., modal, adj.

141

A dispersão1, variação1 ou variabilidade1de um conjunto de observações depende das diferenças2 ou dos desvios2 entre seus elementos. São mencionadas aqui apenas algumas das principais medidas de dispersão 3. A amplitude4 é a diferença entre o maior e o menor valor em um conjunto de elementos. O intervalo interquartílico5 é a diferença entre o primeiro e o terceiro quartil (142-2) e contém metade das observações do conjunto. O intervalo semi-interquartílico6, também denominado desvio quartílico6, é a metade do intervalo interquartílico e é freqüentemente utilizado como uma medida de dispersão. O desvio médio7é a média aritmética (140-2) dos valores absolutos dos desvios entre cada valor em relação à média. A variância8 é a média aritmética dos quadrados dos desvios. O desvio padrão9 é a raiz quadrada da variância.

  • 9. A notação mais comum utilizada para o desvio padrão é o σ

142

Se uma série de dados é organizada em ordem ascendente, os valores que possuem abaixo deles uma certa proporção de observações são denominados quantis1 ou ordem estatística1. A mediana (140-6) foi anteriormente mencionada. Outras ordens estatísticas importantes são os quartis2, os decis3, e os percentis4 ou centis4, que dividem as observações em quatro, dez e cem partes iguais, respectivamente.

143

Uma variável é contínua1 em um dado intervalo quando ela pode assumir infinitos valores entre dois pontos contidos neste intervalo. Caso contrário, pode-se dizer que ela é descontínua2. Quando uma variável só pode assumir certos valores isolados, ela é denominada variável discreta3.

  • 1. Contínuo, adj. - continuidade, s.f.
  • 2. Descontínuo, adj. - descontinuidade, s.f.

144

A organização dos membros de uma população em várias categorias ou classes de acordo com um atributo específico ou variável produz uma distribuição de freqüência1, normalmente denominada apenas distribuição1. A razão entre o valor de um grupo individual ou célula — a freqüência absoluta2 — e o valor total em todos os grupos é denominado freqüência relativa3 daquele grupo. Em termos demográficos, estrutura4 e composição4 são freqüentemente utilizados para descrever a distribuição das características, tais como sexo, estado civil e ocupação. Estrutura é algumas vezes utilizado em um sentido mais restrito para descrever a distribuição da população apenas segundo sexo e idade.

  • 4. O termo distribuição populacional normalmente se refere à distribuição espacial. Entretanto, quando utilizado com a denominação da característica ou atributo analisado, a palavra distribuição é um sinônimo de estrutura ou composição. Podemos encontrar referências à distribuição etária, composição por sexo e idade e estrutura por sexo e idade.


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150

Quando uma certa variável demográfica é considerada dentro de um intervalo de tempo, obtém-se uma série temporal1 ou série histórica1. É possível decompor esta série histórica em uma tendência2 que pode conter flutuações3, variações3, ou desvios3 (141-2). Quando estas flutuações costumam ocorrer de maneira repetida de tempos em tempos, normalmente alguns anos, elas são denominadas flutuações cíclicas4 ou flutuações periódicas4. Em demografia, o período mais comum de organização dos dados é o ano e as flutuações que ocorrem em sub-períodos do ano são denominados flutuações sazonais5. As demais flutuações que não são tendências cíclicas ou sazonais são denominadas flutuações residuais6. Elas podem ocorrer devido a fatores excepcionais, tais como períodos de guerra, ou podem ainda se tratar de flutuações aleatórias7 ou variações aleatórias7.

  • 3. Geralmente o termo variação pode ser utilizado para descrever a mudança em qualquer valor ou conjunto de valores.
  • 4. Periódico, adj. - periodo, s.m. - periodicidade, s.f. cíclico, adj. - ciclo, s.m.
  • 7. Aleatório, adj.: sob a influência do acaso (cf. 161-1).

151

É desejável que se substitua os números de uma série de modo a atingir uma seqüência mais regular de valores. Este procedimento é conhecido como suavização1 e geralmente consiste em traçar uma curva que seja mais regular pelos pontos de uma série de dados primários, por exemplo a distribuição de pessoas segundo a idade declarada. Quando essa curva é traçada de modo visual ou à mão-livre, o procedimento é denominado suavização gráfica2. Quando são utilizados métodos matemáticos, é denominado ajuste de curva3. Os dados podem ser ajustados matematicamente a uma curva segundo o método dos mínimos quadrados4, que minimiza a soma dos quadrados das diferenças entre a série primitiva e a regularizada. Outros métodos podem utilizar médias móveis 5 ou o cálculo das diferenças finitas6. Alguns destes procedimentos podem ser utilizados para a interpolação7, ou seja, para estimar os valores de uma série de pontos em um dado intervalo conhecido, ou para a extrapoção8, que é a estimativa de valores que se encontram fora dos pontos conhecidos do intervalo.

  • 1. Suavização, s.f. - suavizar, v. - suavizado, adj.
  • 7. Interpolação, s.f. - interpolar, v. - interpolado, adj.
  • 8. Extrapolação, s.f. - extrapolar, v. - extrapolado, adj.

152

Muitas vezes é necessário regularizar a distribuição para corrigir a tendência que as pessoas têm de dar respostas em números arredondados1. A preferência digital2 é freqüente quando se observa a distribuição por idade, refletindo a tendência que as pessoas têm em responder essa pergunta por idades expressas em valores terminados por zero, cinco ou outros dígitos preferenciais. A preferência digital por idade3 é medida por meio de índices de preferência digital 4.

153

Os valores numéricos das funções demográficas geralmente são apresentados em forma de tabelas1, tais como as tábuas de vida ou tábuas de mortalidade (431-1) e tábuas de fecundidade (633-9) ou tábuas de nupcialidade (522-1). É feita uma distinção entre as tábuas de ano-calendário2 ou tábuas de período2 que se baseam em observações coletadas ao longo de um período limitado de tempo, e as tábuas de coorte3 ou tábuas de geração3, que se atêm às experiências de uma geração ao longo de sua vida. Uma tábua de múltiplo decremento 4 apresenta os efeitos simultâneos de um conjunto de eventos não-renováveis, tais como os efeitos do primeiro casamento e um óbito em uma população. A mais utilizada é a tábua de duplo decremento4.

154

Quando os dados existentes não são suficientes para estabelecer uma precisão em termos de uma variável é possível estimar1 tal valor. Este procedimento é denominado estimação2 e o resultado derivado é denominado estimativa3. Quando os dados são praticamente inexistentes podemos nos valer de conjunturas4 para estabelecer a ordem de grandeza 5 de uma variável.

155

Alguns métodos podem ser utilizados para a representação gráfica1 de um argumento. Os dados podem ser apresentados em forma de figura2, gráfico2, diagrama2 ou mapa3. Uma representação esquemática das relações entre variáveis é freqüentemente denominada diagrama4, como por exemplo o Diagrama de Lexis (cf. 437-). Um gráfico em que um dos eixos é colocado em escala logarítmica e o outro eixo permanece em escala aritmética é denominado gráfico semi-logarítmico5. Normalmente este tipo de gráfico é, de forma inapropriada, denominado gráfico logarítmico5, pois um verdadeiro gráfico logarítmico tem os dois eixos em escala logarítmica, sendo, muitas vezes, denominado gráfico de escala logarítmica dupla 6. Uma distribuição de freqüência pode ser representada graficamente por um polígono de freqüência7 obtido pela união dos pontos que representam as classes de freqüência com linhas retas, ou por histogramas8, onde a freqüência de classe é representada pela área de um retângulo com o intervalo de classe como base, ou ainda por gráficos de barras9, onde as classes de freqüência são proporcionais ao tamanho da barra do gráfico.


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160

O processo de amostragem1 é utilizado para obter informações do total da população por meio de dados coletados de parte dessa população, ao invés de entrevistar cada pessoa (110-2). Essa parcela da população que é entrevistada é denominada amostra2. Uma população é uma coleção de elementos3 que são objetos da investigação. A unidade de amostragem4 pode ser um elemento ou um grupo de elementos de uma população e é utilizado para a seleção da amostra. Em demografia, normalmente os indivíduos (110-2), famílias (115-1) ou domicílios (110-3) são as amostras; as unidades amostrais podem ser indivíduos, domicílios, quarteirões, municípios ou áreas específicas. Uma amostra compreende um certo número de unidades de amostragem que são selecionadas com base em um desenho amostral5 ou plano amostral5.

161

Uma amostra onde os seus elementos são selecionados ao acaso é denominada amostra aleatória1 ou amostra probabilística1. Se uma lista completa de unidades de amostragem é disponível, ela é denominada sistema de referência3. Em uma amostragem aleatória simples4 a proporção de unidades de amostragem é realizada com base em uma seleção aleatória2 do sistema de referência. Esta proporção é denominada fração amostral5. Amostras sistemáticas6 são escolhidas sistematicamente7 de um sistema de referência no qual as unidades de amostragem são numeradas em seqüência. A amostra é extraída, tomando-se a nésima, (n + s)ésima, (n + 2s)ésima. . . etc. unidade, onde n não é maior que s e é selecionada aleatoriamente. Na amostragem por clusters8os elementos da população não são escolhidos individualmente, mas em grupos que são denominados clusters9.

  • 2. Aleatório, adj. - aleatoriedade, s.f.

162

Na amostra estratificada simples 1 a população é dividida em diversos estratos2 que devem ser relativamente mais homogêneos (134-4) que o conjunto da população, em termos da característica estudada. Assim, uma amostra aleatória simples (161-4) é escolhida de cada estrato, de modo que podem ser selecionadas frações amostrais (161-5) distintas em cada estrato. A amostragem de estágios múltiplos3 é um método no qual a seleção da amostra é feita em diversos estágios; primeiramente são selecionadas as unidades de amostragem primárias4, onde cada unidade é considerada como uma população (101-3), posteriormente são selecionadas sub-amostras5, que se constituem como unidades de amostragem secundárias6, e assim por diante. Este processo pode ser repetido quantas vezes forem necessárias. Quando não houver um bom sistema de referência, pode-se selecionar uma amostra de áreas selecionadas em um mapa; este procedimento é denominado amostragem de área7.

  • 1. Estratificar, v,: dividir em estratos - estratificação, s.f.

163

Em uma amostra probabilística (161-1) utilizam-se métodos aleatórios para garantir uma amostra representativa1 isto é, uma amostra cujos elementos refletiriam a população original com respeito a todas as características sob investigação, exceto pelas variações aleatórias. Na amostra por quotas 2, por outro lado, espera-se que a amostra seja selecionada propositadamente para refletir características específicas da população; deste modo, cada entrevistador (204-2) recebe uma quota3 de diferentes tipos de unidades amostrais que devem ser incluídos na amostra. Dentro dos limites de cada quota o entrevistador fica livre para escolher as unidades de amostragem.

164

Denomina-se parâmetro de população 1 o valor numérico que caracteriza uma população. Uma estimativa estatística2 é o procedimento em que os valores destes parâmetros são estimados de uma amostra. Estas estimativas estão sujeitas a erros amostrais3 e a medida da magnitude desse erro amostral é geralmente dado por meio do erro padrão 4. Algumas vezes o intervalo de confiança5 é associado à esta estimativa para mostrar os limites nos quais se pode esperar uma probabilidade pré-determinada. Uma diferença entre dois valores é denominada diferença significativa6, quando a probabilidade que é dada pelo acaso é menor do que aquela dada pelo intervalo de confiança7. Assim, a diferença será significativa em um nível de 5% se a probabilidade de ocorrência ao acaso for menor do que 0,05. Além dos erros amostrais, erros de observação8 ou erros de resposta8 também afetam as estimativas. Esses erros normalmente incluem vícios do entrevistador9, que são erros sistemáticos introduzidos pelo entrevistador na coleta dos dados básicos.


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Capítulo 2 Elaboração das estatísticas demográficas

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201

É preciso distingüir entre a estatística do estado da população1 e a estatística das mudanças populacionais2. A primeira se refere aos aspectos estatísticos em um determinado momento e nos dá uma representação instantânea da população: geralmente são utilizadas como unidades estatísticas (110-1) os domicílios (110-3), indivíduos (110-2), etc. As estatísticas das mudanças populacionais se referem aos processos contínuos de mudanças que afetam a população; consideram-se basicamente os eventos vitais3, tais como nascimentos, casamentos, óbitos e migração (801-1). Eventos não-renováveis4 (por exemplo, óbitos) devem ser diferenciados dos eventos renováveis 5 tais como gravidez, nascimentos ou movimentos migratórios; aos eventos renováveis podem ser atribuídos uma ordem6 baseada no número de eventos anteriores da mesma natureza e para a mesma pessoa. As estatísticas da mudança populacional são as principais fontes de estudo dos processos populacionais7, mais conhecidos como dinâmica populacional7. Os censos (cf. 202-) são as principais fontes de informações para o estudo do estado da população8 . As estatísticas vitais (212-1) são as principais fontes de dados para o estudo do crescimento populacional9 (cf. 701-). Ocasionalmente eles se referem apenas ao incremento natural10, isto é, não se leva em consideração os movimentos entre a população estudada e outras populações, mas logicamente as estatísticas de migração (812-1) são parte das estatísticas de mudança populacional.

  • 9. O termo movimento populacional é utilizado para se referir ao movimento geográfico de uma população.

202

Os Censos Demográficos1 são realizados para se obter informações sobre o estado da população (201-8) em um dado momento. Em geral, todos os habitantes de um país são contados simultaneamente; neste caso, o censo é denominado recenseamento geral2. Entretanto, pode ocorrer de apenas uma parte da população ser contada, por exemplo os habitantes de uma determinada área; neste caso o censo é denominado recenseamento parcial3. O termo "Censo", entretanto, tem como significado a tentativa de realizar uma enumeração de cada membro da população para se obter uma cobertura completa4 da população. Um micro censo5 é limitado à uma amostra da população, normalmente maior, e pertence à categoria de pesquisas amostrais6. Os censos ou surveys são muitas vezes precedidos por pré-testes7 ou pesquisas piloto7. O levantamento pós-enumerado9 ou pesquisa de avaliação9 é realizado após o censo para verificação da sua precisão e de sua completa enumeração.

  • 1. Censo, s.m. - censitário, adj. O período intercensitário é o período de tempo entre dois censos sucessivos.
    Os censos modernos correspondem ao que costumava ser denominado levantamento da população. Eram contagens de população que incluíam estimativas pouco precisas como a contagem de batismos (214-2) registrados em um período de anos, ou de fogos (110-3) ou ainda paróquias (214-1).

203

Uma enumeração1 é qualquer operação que tem como objetivo verificar o total da população. Ele se distingüe de uma simples contagem2 pois nesta, em geral, é preparada uma lista3. Por outro lado, um inquérito4 ou um survey4 é, geralmente, uma operação que tem como objetivo coletar informações sobre um assunto em particular (por exemplo, força de trabalho) e com finalidade limitada. Um inquérito de campo5 ou pesquisa de campo5 é um inquérito em que as informações são obtidas por entrevistas pessoais6. Em inquéritos postais7 ou levantamentos por correio7 os questionários (206-3) são enviados pelo correio com um pedido para que sejam enviados de volta preenchidos. Um survey retrospectivo8 ou pesquisa retrospectiva8 focaliza eventos demográficos passados; em um survey de múltipla etapa9 são anotados aqueles eventos que ocorreram desde a ocasião do último survey. Este tipo de pesquisa não deve ser confundido com o retorno10, que é o termo utilizado para descrever a situação em que o entrevistador é obrigado a fazer diversas tentativas para encontrar o entrevistado. Nos censos as informações podem ser obtidas por entrevistas diretas11 ou por auto-enumeração12. No primeiro caso, também denominado método canvasser11, o respondente (204-2) qualificado responde por si e pelos demais respondentes; no segundo método, também denominado método domiciliar12, o questionário é respondido pelos próprios respondentes (204-1). A auto-enumeração pode ser obtida por meio de censos via postal13.

  • 1. Enumeração, s.f. - enumerar, v.
  • 2. Contagem, s.f. - contar, v.
  • 3. Lista, s.f. - listar, v.
  • 4. Survey, s.m. (estrangeirismo).

204

As pessoas que respondem às questões de um censo (202-1) ou um survey (203-4) são denominados respondentes1 ou informantes1. As pessoas que coletam (130-4) as informações são denominadas entrevistadores2 ou agentes de recenseadores2, sendo este último reservado àquelas pessoas responsáveis pela coleta das informações censitárias. Os entrevistadores normalmente trabalham sob a responsabilidade dos supervisores3. Os recenseamentos gerais (202-2) são usualmente conduzidos pelos departamentos estatísticos4 de cada país.

  • 4. Nos Estados Unidos, o órgão responsável pelo censo é o Bureau of Census; na Inglaterra e País de Gales é o General Register Office e na Escócia, o General Registry Office, ambos sob a responsabilidade do Register General. No Brasil, o censo demográfico é conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
  • . Nos países hispanos ou lusófonicos, em geral, as denominações mais freqüentes são Direção Geral de Estatística e Censos, Instituto Nacional de Estatística. Na maioria dos casos estas instituições dependem do poder executivo central.

205

Normalmente os censos são obrigatórios1, isto é, os respondentes (204-1) são obrigados legalmente a fornecer as informações requeridas; neste sentido, eles são distintos dos inquéritos voluntários2 (cf. 203-4), onde o problema de não-resposta3 pode se tornar significativo. Isso ocorre, particularmente, nos inquéritos postais (203-7), onde é freqüentemente necessário acompanhar4 o primeiro questionário com um segundo ou até uma visita. As não-respostas5 são frequentemente divididas entre aquelas que se tratam de recusas6, ou seja, quando não há cooperação do entrevistado em relação ao inquérito; e aquelas onde o entrevistador (204-2) não conseguiu encontrar o entrevistado. Estes últimos ainda podem ser classificados como casos de ausentes7 ou não contatados7. A proporção de recusas8 em termos de uma dada questão é um indicador útil para avaliar as reações dos respondentes. A reposição de uma unidade amostral inutilizada por outra unidade é denominada substituição9.

  • 6. Recusar, v. - recusa, s.f.
  • 7. Ausência, s.f. - ausentar, v.

206

Os formulários1 utilizados para a coleta das informações possuem várias denominações. O termo boletim2 é freqüentemente utilizado, especialmente em termos do boletim censitário2. A maior parte dos formulários são questionários3, particularmente quando são organizados para serem preenchidos4 pelos próprios respondentes. Algumas vezes, funcionários encarregados da coleta de dados podem obter declarações5 ou informações6 que não foram criadas ou extraídas7 com fins estatísticos. As questões são basicamente de dois tipos básicos: questões fechadas8, nas quais o respondente escolhe uma das alternativas de um número limitado de possíveis respostas do questionário, ou questões abertas9, nas quais o respondente pode dar respostas espontâneas.

207

O boletim (206-2) censitário pode ser um boletim individual 1, contendo informações relativas apenas a um único indivíduo; um boletim domiciliar2, contendo informações relativas a cada um dos membros de um domicílio (110-3), ou a caderneta do recenseador3, lista nominal3 ou folha de coleta3, no qual o entrevistador (204-2) entra sucessivamente os dados de cada uma das pessoas que ele entrevista. Há um boletim exclusivo para casos de populações em coletividades (310-7), que são denominados lista de domicílios coletivos4.


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210

As operações censitárias1 normalmente iniciam suas atividades com a delimitação das áreas censitárias2 ou setores censitários3 dentro de cada unidade administrativa. Estes setores são constituídos por um ou mais quarteirões4, que podem ser definidos por grupos de edifícios, limitados por ruas e avenidas em zonas urbanas e zonas rurais, sendo estas possíveis de serem limitadas por obstáculos naturais ou estradas e ferrovias. Em algumas cidades grandes de alguns países, os setores podem ser subdivididos em áreas estatísticas denominadas subsetores censitários5.

211

As estatísticas vitais1 ou eventos vitais1 normalmente compreendem nascimentos, óbitos, óbitos fetais, casamentos, adoções, divórcios, em resumo, todos os eventos relacionados com a entrada ou saída do indivíduo em termos do seu estado civil2. Os registros desses eventos são geralmente denominados registro civil 3. Por razões legais, as estatísticas vitais, em muitos países, têm sido objeto dos registros civis4. Os registros de nascimento5, registros de casamento7 e registros de óbito9 utilizam formulários específicos, sendo os mais comuns as certidões de nascimento6 ou declarações de nascimento6, as certidões de casamento8 e as certidões de óbito10 ou declarações de óbito10. O órgão responsável por manter estes registros são os cartórios11. O sistema de registro civil suscedeu os registros paroquiais (214-1) mantidos pela igreja. O registro era originalmente um livro no qual uma ou diversas linhas eram designadas a cada evento. Hoje os registros individuais assumem a característica de um certificado ou declaração. Existem documentos específicos para cada tipo de evento vital.

212

As estatísticas vitais1 são obtidas pelo processamento dos registros civis ou dos boletins do registro civil2 estabelecidos no momento do registro. As tabulações por local de residência 3 da mãe ou do descendente são consideradas, para fins demográficos, mais úteis do que as tabulações que consideram o local de ocorrência.

  • 3. Em muitos países, o momento de registro de um nascimento pode ser consideravelmente distinto do momento de ocorrência.

213

Os registros mencionados no parágrafo anterior (cf. 211-4) são diferentes dos registros de população1 daqueles países que possuem um sistema de registro contínuo2. Nestes casos, cada membro da população ou de cada família pode ser representado por um cartão e o registro é mantido4 ou atualizado4 por meio da informação que é dada pelos escritórios de registro e por intermédio do registro de qualquer mudança de residência5 (cf. 310-6). Ele é normalmente combinado6 com os resultados do censo e é verificado em intervalos regulares segundo operações de controle7 específicos.

  • 3. Um arquivo de cartões é uma coleção de cartões. Em geral, um arquivo é uma coleção de registros combinados em uma determinada ordem.

214

A demografia histórica (102-1) usualmente utiliza documentos que precedem ou são anteriores ao desenvolvimento dos registros civis (211-4) e das listas nominais (207-3) dos censos demográficos. Os registros paroquiais1 contêm informações religiosas equivalentes aos eventos vitais, tais como batismo2, casamentos religiosos (503-2) e enterros3. No caso das crianças de chrisoms5, crianças que são batizadas em casa antes de um batismo formal na igreja, apenas o registro de enterro é disponível. As listas nominais contêm informações sobre uma parcela da população ou, mais raramente, do total da população. Eles incluem o status animarum7 que são listas nominais de todos os párocos, a lista de comunicantes8 e as listas de confirmação9, assim como os documentos administrativos e fiscais, tais como as listas de taxas de fogos10, arrolamento de taxas11 e as listas de conscrição militar11.

215

Os dados são extraídos dos registros paroquiais com a ajuda de diversos tipos de formulários1. Eles incluem os formulários de batismo2, formulários de casamento3 e formulários de enterro4. Os nomes dos sujeitos do registro5 (isto é, as pessoas que estão sendo batizadas, enterradas ou que estão se casando) são escritas nestes formulários juntamente com as informações relativas aos pais e outras pessoas, tais como o padrinho6, a madrinha7 e as testemunhas8. Outros formulários de transcrição11 também são utilizados para resumir a extração de dados, com ou sem os nomes dos sujeitos. A reconstituição de famílias (638-3) faz uso dos formulários de reconstituição de família (638-2). A genealogia12, ao reconstituir a descendência de um indivíduo ou família fornece, de certa forma, uma valiosa informação acerca das características demográficas dos grupos antecedentes.


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220

O procedimento para se obter dados estatísticos com base em documentos não instituídos com este propósito é denominado extração1. Em geral, independentemente da fonte, as informações estatísticas estão sujeitas a um processamento2 que pode ser manual3, mecânico4, electrônico5 ou uma combinação destes modos. O processamento manual não envolve equipamento mais complexo do que uma calculadora de mesa6. O processamento mecânico utiliza máquinas de tabulação (224-2) ou mecanismos de cartões perfurados (224-3); o processamento eletrônico se utiliza de computadores (132-2*). Independentemente do modo de processamento, alguns tipos de operação7 devem ser conduzidos, incluindo a edição8 dos dados, tabulação (130-6*) e o cálculo (132-2) e preparação tabular9. Tais operações podem se tornar mais ou menos complexas dependendo do modo de processamento selecionado.

  • 1. Extração, s.f. - extrair, v.
  • 2. Processamento , s.m. - processar, v. Os termos processo de informações e processamento de dados são utilizados freqüentemente.
  • 8. Edição, s.f. - editar, v. Em inglês, o termo se aplica à operação executada tanto no documento básico como nas máquinas – leitura de dados, para corrigir inconsistências ou eliminar omissões. Em francês, editar se refere ao estágio de preparação tabular.

221

Para a edição dos dados, normalmente é preciso uma etapa anterior, que é a codificação1 de um certo número de entradas no documento básico2. A estrutura de códigos3 estabelece uma correspondência entre as entradas e sua tradução em códigos numéricos ou alfabéticos. O dicionário de dados coleta e descreve a estrutura de códigos utilizados em um conjunto particular de documentos básicos. A estrutura de códigos é normalmente utilizada para facilitar o posterior agrupamento de dados. Em contraste, uma classificação4 é uma mera lista individual de códigos onde cada cabeçalho5 contém um ou alguns números. Após a codificação dos dados, eles se constituem em um arquivo (213-3*) que pode ser convertido em um formato que pode ser lido em equipamentos específicos. O segundo estágio da edição consiste na limpeza6 do arquivo por meio da eliminação de erros pela validação7 e testes de consistência7; eles podem ser testes internos dentro de cada unidade estatística (cf. 110-1) ou podem ser resultado da comparação de diferentes unidades. Após a identificação dos erros, eles podem ser corrigidos no documentos original ou no arquivo, segundo procedimentos automatizados.

  • 1. Código, s.m. - codificar, v. - codificação, s.f.

222

Os dados editados são raramente utilizados de forma direta; eles estão sujeitos a agrupamentos (130-7) e a tabulações (130-6*), e normalmente são apresentados em forma de tabelas estatísticas (131-4). Eles podem ser resultado de uma ordenação1, manual ou mecânica, resultando em uma reorganização de elementos dentro de um conjunto de elementos, de acordo com regras predeterminadas, ou mais simplesmente de uma contagem sistemática dos elementos com características selecionadas. A escolha dos elementos ou das características pode ser com base em valores de um ou vários atributos quantitativos ou em modalidades2 de um ou vários atributos qualitativos. Poucos estudos podem ser realizados sem recursos computacionais simples ou complexos, únicos ou repetitivos e o computador (225-2) agora permite cálculos que levariam muito tempo para serem feitos à mão. Essa capacidade tem levado ao desenvolvimento de técnicas de análise de dados. Os modelos (cf. 730-) determinísticos e estocásticos freqüentemente demandam consideráveis recursos computacionais, assim como as simulações (730-6).

  • 1. Ordenação, s.f. - ordenar, v.

223

O estágio de preparação tabular (220-9) tem como objetivo apresentar os resultados do processamento convenientemente disponíveis na forma de listagens1, tabelas numéricas (131-4) ou quadros (155-2), sendo normalmente utilizados nas estatísticas descritivas2. A utilização de gráficos computacionais3 e cartografia computacional3 permite a produção em massa de apresentações gráficas em um estágio preliminar.

224

O processamento mecânico (220-4), em si, não envolve a utilização de equipamentos eletrônicos1 que vieram para substituir os antigos equipamentos de tabulação2, sendo muito mais versáteis. Na maioria das vezes as informações são primeiramente codificadas (221-1*) e então transcritas em cartões perfurados3 por meio da utilização de perfuradoras4. Um verificador de cartões5 é um aparelho utilizado para conferir a precisão da perfuração. Estes dois tipos de equipamentos de gravação de dados se mantêm em uso, de modo que os cartões perfurados são uma das mais freqüentes formas de entrada de dados no computador. A utilização de outros tipos de equipamentos de gravação de dados, tais como o ordenador de cartões6 e o tabulador7 têm perdido sua utilidade. Cada vez mais, a entrada de dados é feita por meio de fitas magnéticas (cf. 226-4) ou discos (cf. 226-5), sem a necessidade de ordenação de cartões perfurados.

  • 8. Nota do tradutor: este tópico se encontra claramente desatualizado em termos dos avanços tecnológicos que ocorreram, sobretudo, nos anos 1980 e 1990.

225

A pesquisa demográfica depende fortemente do processamento eletrônico de dados 1 com a utilização de computadores2. O termo hardware3 se refere aos componentes físicos, ao passo que o software4 ou programas4 fornece ao usuário5 os meios de utilização do computador. O especialista em computadores6 inclui os programadores7, que desenvolvem os programas8 concebidos pelos analistas de sistemas9.

226

Os componentes do hardware (225-3) de um computador (225-2) incluem uma ou várias centrais de processamento1, uma memória central2, uma ou mais unidades de armazenamento3 que utilizam fitas magnéticas4 ou discos5 e um conjunto de aparelhos de entrada e saída 6. Os componentes do software (225-4) incluem o sistema operacional7, que tem como tarefa o gerenciamento eficiente do potencial8 disponível ao usuário (225-5) que roda os programas do usuário8, e os programas de processamento9 que são programas (225-8) pre-estabelecidos desenvolvidos para solucionar problemas padrões.

227

Um usuário (225-5) pode processar seu próprio problema desenvolvendo um programa (225-8), em geral por meio de linguagens de programação1 tais como Fortran, Cobol, Basic ou Algol, ou uma linguagem específica designada para o processamento de programas (226-9) armazenados na memória central (226-2) de um computador como, por exemplo, o sistema de gerenciamento de base de dados 2 utilizado para criar e manter um banco de dados2, um programa de processamento de survey 3 ou um pacote estatístico4. Os aparelhos utilizados para entrar e receber informações de um computador podem diferir de acordo com o modo de processamento. No processamento empilhado7 as unidades de entrada e saída são o leitor de cartões5 e a impressora matricial6. Um console8 é a unidade de entrada e saída para o processamento pelo modo compartilhado9. Em todo caso, as unidades de entrada podem estar fisicamente separadas do computador e o processamento, sob estas condições, é realizado por um terminal remoto10.

  • 1. Adicionalmente às linguagens de programação como as definidas acima podemos ter outras linguagens para manipulação do sistema operacional. Estas são normalmente denominadas linguagem JCL.

228

Qualquer informação processada através do computador (225-2) deve passar por três fases. Primeiro, a entrada de dados1, que pode ser feita por meio de cartões perfurados (224-3*) ou utilizando um aparelho conectado2, tal como um teclado (227-8). Os dados que já estão armazenados em um computador podem ser acessados da memória central (226-2) ou de uma unidade de armazenamento (226-3) e podem ser utilizados como entrada de dados. A segunda fase é denominada processamento (220-2) e é subdividida em dois tipos principais: processamento numérico4 e processamento não-numérico5. Cálculos estatísticos ou aritméticos são as operações normalmente contidas no primeiro caso, ao passo que as operações de manipulação de dados se concentram no último. Em uma terceira fase, ocasionalmente denominado fase de saída, os resultados processados6 ou saídas6 podem ser impressos em uma impressora matricial (227-6) ou gravadas como um arquivo em uma unidade de armazenamento (226-3) para posterior processamento. Os resultados também podem ser desviados para uma plotter7 para se obter os resultados processados em forma de gráficos ou figuras.


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230

A precisão1 das estatísticas de população irá depender, dentre outros fatores, da completabilidade2 ou cobertura2 da contagem de indivíduos, grupos ou eventos nos quais elas são baseadas. As omissões3 e a sub-enumeração3 tendem a gerar subestimações4, ao passo que as múltiplas contagens5 levam a sobre-enumeração6. Outras fontes de erros são o subregistro7 de características, tal como idade, e os erros de classificação8. Essas imprecisões são detectadas algumas vezes pelos testes de pós-enumeração9 ou checagem de qualidade10 ou pesquisa de avaliação11. Ocasionalmente algumas questões não são respondidas ou são insuficientemente respondidas e essa situação pode levar a consideráveis imprecisões, ou seja, à incidência de respostas classificadas como sem resposta11, em branco11 ou não sabe11.

  • 1. Precisão, s.f. - preciso, adj.
  • 2. Completabilidade, s.f. (estrangeirismo) - Do inglês, o termo completabilidade utilizado aqui se refere à ausência de omissões. O mesmo termo se refere ao exposto em 202-4 e se refere à cobertura.
  • 3. A omissão de alguns eventos dos registros vitais é denominada subregistro, e quando relativos aos censos e surveys, subenumeração.
  • 5. A expressão dupla contagem é frequentemente utilizada nestes casos.


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Capítulo 3 Distribuição e composição da população

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301

As estatísticas populacionais geralmente são apresentadas em termos da distribuição geográfica da população1 ou da distribuição espacial da população 1 e também pela sua estrutura (144-4). Toda população vive em uma determinada área2 ou território2 (305-6) e o estudo da distribuição geográfica 3 ou distribuição espacial3 está relacionado à forma como a população se distribui pelo território. {{Note|2| Território}, s.m. - <b>territorial, adj.</b>

302

O território (301-2) no qual a população vive é geralmente dividido em sub-áreas1. De acordo com propósitos administrativos, elas podem ser subdivididas em regiões administrativas2, unidades administrativas2 ou distritos administrativos2, também conhecidas como divisões legais2 ou divisões políticas2. Os geógrafos, por outro lado, podem dividir uma área em regiões3 ou zonas4 que podem ou não corresponder a unidades administrativas. O termo "região" ou "zona" pode ser utilizado em um amplo conjunto de sentidos e as áreas a que se referem podem ser de diferentes tamanhos. Assim, uma pessoa pode falar em regiões polares, zonas climáticas ou regiões metropolitanas. Os termos região natural5 e região econômica6 são utilizados pelos geógrafos. O termo área natural7 é utilizado pela ecologia humana (104-5) para definir as áreas ocupadas por uma população com características diferenciadas.

303

As unidades administrativas diferem de país para país e ao longo do tempo dentro de um mesmo país; portanto, a mesma palavra pode cobrir um conjunto de situações. As menores unidades incluem os municípios1 e as paróquias1; unidades mais abrangentes podem ser denominadas estados2 ou províncias2. Em alguns países podem existir unidades intermediárias, entre elas os condados5 e distritos6. No Canadá, por exemplo, as principais divisões administrativas, em ordem de grandeza, são o município8, o condado9 e as províncias10.

  • 1. Vilas, povoado e cidades são outras denominações que podem ser dadas às menores unidades administrativas. Municipalidade é o termo que descreve, em linhas gerais, as menores divisões políticas. Nos Estados Unidos, as paróquias são equivalentes aos condados. No Brasil, a menor unidade da federação é o município, que está contido em um estado da federação.

304

A população pode ser sedentária1 ou nômade2, sendo, esta última, aquela que desloca continuamente de um local para outro, sem residência fixa. Povos nômades que estão em processo de se tornarem sedentários são denominados semi-nômades3. Ocasionalmente, povos primitivos podem ter territórios alocados exclusivamente para seu uso, sendo estes denominados reservas nativas4 ou reservas4.

  • 2. Nômades, adj.- nômade, s.m.

305

Um país1 é normalmente um território (301-2) de um povo2 (cf. 333-3) ou uma nação2. Embora não seja regra, as pessoas que pertencem à uma nação compartilham de uma mesma cultura. O estado3 é um ente político. O termo pode ser utilizado em duas diferentes formas: o mais comum é o que se refere a uma entidade que possui soberania sobre o seu território e sobre a sua população. Entretanto, boa parte dos Estados Federados4 congregam um conjunto de unidades menores, usualmente denominadas estados5, onde a soberania não é absoluta (por exemplo, nos Estados Unidos e na Australia). O termo território6 (301-2) é utilizado em relação a uma área geográfica, mas pode ser utilizado como uma unidade político-administrativa que foi agregada recentemente à uma nação. Uma distinção pode ser feita entre os territórios autônomos7 e os territórios não autônomos 8.

  • 2. Nação, s.f. - nacional, adj.

306

Dentro de um território (301-2), certos termos são utilizados para descrever distintos tipos de aglomerações1 ou agregados1 de população, algumas vezes conhecidos como agregados populacionais1ou, em termos gerais, localidades1. Em áreas rurais, a menor unidade costuma ser denominada vila2, que geralmente consiste em um pequeno agrupamento de casas. Uma aglomeração um pouco maior é o povoado3 que é uma pequena comunidade com características quase sempre rurais. Uma cidade4 é uma aglomeração maior no qual normalmente há poucas pessoas envolvidas em agricultura. O ponto a partir do qual um povoado passa a ser considerado como cidade é de dificil definição e varia de acordo com cada país. O centro de decisões políticas de um território (nos termos de 305-1) é denominado capital5. Em um município, o local onde se situa o governo local é denominado prefeitura6. Cidades podem ainda ser divididas em distritos7 ou bairros7, e para fins eleitorais, em distritos eleitorais7.

  • 4. Uma cidade muito grande, muitas vezes é denominada metrópole, s.f. -Metropolitano, adj. Cidade, s.f. - urbano, adj.

307

As áreas construídas contínuas que se formam entre localidade limítrofes a partir do crescimento de suas áreas periféricas, embora mantenham sua independência administrativa, são denominadas aglomerações1, que possuem uma cidade sede2 e o entorno3 com funções especializadas. Os termos conurbação4 ou região metropolitana4 são geralmente empregados para designar um conjunto de aglomerações distintas que, apesar da continuidade geográfica, mantêm sua própria individualidade. Em muitos casos, o termo conurbação é utilizado como sinônimo de aglomeração. A fusão de áreas conurbadas por grandes cidades pode ser denominada megalópole5 ou cinturão metropolitano5.

  • 2. Um termo sinônimo utilizado é núcleo urbano.
  • 3. Outros termos sinônimos normalmente utilizados são cidades satélites e subúrbios.
    Subúrbio, s.m. - suburbano, adj. - suburbanização, v.: o processo de rápido crescimento populacional em áreas suburbanas adjacentes a uma grande cidade. Áreas contíguas densamente povoadas em grandes cidades são também denominadas franja urbana e as zonas marcadas pela transição entre ocupações rurais e urbanas podem ser denominadas franja rural-urbana ou exurbia.
  • 4. Populações urbanas são freqüentemente reagrupadas em áreas estatísticas, tais como as áreas metropolitanas estatísticas padrão (Estados Unidos), os distritos densamente habitados (Japão), as conurbações (Inglaterra) ou as Regiões Metropolitanas (Brasil).


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310

Na prática, os censos costumam distingüir a população residente 1 ou população de jure1 ou população de direito1 em uma determinada área (que consiste naquelas pessoas que habitualmente vivem na área), da população presente 2 ou população de fato2 (que é composta pelas pessoas que estavam presentes em determinada área no momento do levantamento censitário). A população residente inclui aquelas pessoas que não estavam presentes no momento do levantamento censitário (temporariamente ausentes4) e os residentes presentes 3 naquela área no momento do levantamento censitário. A população presente considera os residentes presentes juntamente com os moradores ocasionais5 ou em trânsito5. Os dois métodos de enumeração irão constituir resultados diferentes, mesmo quando se considera o conjunto do país. O local onde a pessoa vive é denominado local de residência6. Por razões administrativas ou científicas, algumas pessoas que vivem em domicílios coletivos (isto é, em internatos, alojamentos militares, prisões, asilos, etc. (cf. 110-5*) são normalmente recenseados separadamente. Essas pessoas constituem a população em domicílios coletivos7. Algumas regras especiais são utilizadas para recensear sem tetos8 ou pessoas sem residência fixa8.

  • 6. Nos Estados Unidos, a população de direito se baseia na residência habitual.
  • 7. Ainda nos Estados Unidos, o termo institutional inmates é utilizado para fazer referência às pessoas sob cuidados ou sob custódia em instituições correcionais, hospitais para doenças mentais e para tratamento de tuberculose, asilos, deficientes, dependentes ou pessoas abandonadas; other residents of group quarters é o termo utilizado para designar os estudantes em dormitórios estudantis ou soldados em alojamentos militares.

311

Em muitos países a áreas rural1 é definida como um distrito administrativo no qual o tamanho da população está abaixo de determinados volumes (normalmente cerca de 2 mil pessoas). As demais áreas são denominadas áreas urbanas2. A população rural3 é aquela que vive em áreas rurais e a população urbana4, aquela que vive em áreas urbanas. Os critérios que definem a população de certas áreas como rural ou urbana diferem de país para país. Em alguns casos, as definições de rural e urbano podem conter uma categoria intermediária onde estaria a população semi-urbana5.

No Brasil, a definição das áreas urbanas e rurais é atribuição dos municípios, sendo esta a definição considerada para fins de levantamentos censitários. Adicionalmente, toda a sede de município é considerada como área urbana, independentemente do seu tamanho populacional.

  • 3. Rural, adj. - ruralização, s.f.: aumento da proporção de pessoas que vivem em áreas rurais.
    A população rural não deve ser confundida com a população agrária (359-2).
  • 4. Urbano, adj. - urbanização, s.f.: aumento da proporção de pessoas que vivem em áreas urbanas.

312

A densidade populacional1 é um indicador que mostra a relação entre a população e a área em que ela vive. O mais simples indicador de densidade2 é obtido pela divisão da população pela área do território em que ela vive, sendo geralmente expresso em número de pessoas por acre, hectare ou quilômetro quadrado. A dispersão da população3 depende do tipo de assentamento4, agrupamento de assentamentos5 ou dispersão de assentamentos6. Alguns autores têm calculado o centro populacional7 por meio de métodos matemáticos onde cada indivíduo possui o mesmo peso, sendo, então, identificado o “centro de gravidade” da população de uma determinada área.

1. Densidade, s.f. - denso, adj.

313

Quando os padrões de assentamentos de distintas populações são comparados, entre outros fatores pela sua área, utilizam-se indicadores comparativos de densidade1. Existem vários índices, entre os quais podemos citar densidade populacional por unidade de área cultivável2 e a densidade de população agrária por unidade de área cultivável3. Ocasionalmente, estes indicadores podem ser calculados com base na área plantada4, ao invés da área cultivável5. A densidade também pode ser expressa pela relação entre a população e o total de recursos econômicos; a densidade potencial máxima6 ou capacidade de sustento da população6 mostra a relação entre os recursos e o máximo populacional que pode ser sustentado por tais recursos. O conceito de densidade ótima7, isto é, a densidade na qual se daria a máxima exploração de renda per capita com os recursos disponíveis, também pode ser encontrado nas teorias de população.


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Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


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320

A estrutura por sexo1 ou distribuição por sexo1 de uma população é medida pela razão entre o número total de pessoas de um sexo2 e o total da população ou, mais freqüentemente, tendo como denominador o número total de pessoas do outro sexo. Por convenção, costuma-se considerar o sexo masculino no numerador e pode-se dizer em masculinidade3 da população. O índice de masculinidade4 é a proporção de homens em relação ao total da população. A razão de sexos5 é o número de homens dividido pelo número de mulheres, sendo normalmente expresso como um indicador (132-7) isto é, o número de homens por '100-' mulheres.

  • 3. Ocasionamente, o numerador dessa razão pode ser com base na população feminina; assim, estaríamos falando em feminilidade da população.

321

Os termos homens1 e mulheres2 são normalmente utilizados em demografia para substituir as palavras sexo masculino1 e sexo feminino2 para se referir às pessoas de cada sexo em todas as idades, inclusive crianças (323-3), substitundo meninos3 e meninas4.

322

A idade1 é uma outra característica fundamental na estrutura da população. Geralmente ela é expressa em anos ou anos e meses. No caso de crianças ela pode ser dada em meses e dias ou em anos e frações do ano. Os demógrafos normalmente utilizam a idade arredondada, considerando o número de anos completos2, ou seja, a idade desde o último aniversário3. Eventualmente, as estatísticas demográficas se referem à idade a ser completada no ano4, que são utilizadas em algumas aplicações atuariais, considerando a idade a ser completada até o próximo aniversário como um ano inteiro, podendo ser denominada idade a ser completada5. Nos censos ou registros vitais, costuma-se utilizar a idade cumprida6. O termo idade exata7 é utilizado particularmente para o cálculo das tábuas de vida para representar o ponto no tempo no qual o indivíduo atinge determinada idade, no momento de seu aniversário. Os quesitos censitários incluem informações como data de nascimento, idade completada no último aniversário ou a idade simples sem maiores detalhamentos. Quando os indivíduos não sabem sua idade cronológica, podem ser utilizados calendários históricos8ou calendários de referência8 para se estimar as idades, que consiste em uma lista de eventos históricos com data conhecida para subsidiar a aproximação da idade com referência a estes eventos.

  • 2. Deste modo, grupos de idade (325-2) são normalmente expressos em anos completos e o grupo de idade 6-13 anos inclui os indivíduos cujas idades exatas (322-7) estão contidas entre 6 e 13 anos.

323

Em demografia, alguns termos da lingüagem cotidiana podem ser utilizados para denotar diferentes estágios da vida1 ou ciclos de vida1, uma aproximação de intervalos de idade. No início da vida, temos a infância2. Em geral, uma criança3 é uma pessoa que ainda não atingiu a puberdade ou adolescência (620-2). Nos primeiros dias de vida, uma criança é denominada recém-nascido4. O termo infantil6 pode ser utilizado para se referir a uma criança que ainda não atingiu seu primeiro ano de vida, embora na utilização corrente possa se referir a crianças com um pouco mais de idade. Crianças que ainda não atingiram a idade escolar são denominadas crianças em idade pré-escolar 7, coerentemente, a criança em idade escolar8 seria a criança que está em idade de freqüentar a escola.

  • 6. infância, s.f.: o período de ser criança - infantil, adj.

324

A infância é seguida pela adolescência1, que se inicia na puberdade 620-2). Os termos adolescentes2 ou pessoas jovens3 são associados aos homens e mulheres entre a infância e a idade adulta4. Aqueles que atingiram a maturidade4 são denominados adultos5. A velhice6 é frequentemente utilizada como o período da vida em que as pessoas costumeiramente estão aposentadas. As pessoas nessa idade são denominadas pessoas idosas8, ou velhos8.

  • 3. Nos Estados Unidos, o termo teenager é diferenciado por se referir às pessoas nas idades entre 13 e 19 anos.
  • 4. Maturidade, s.f. - maduro, adj. - maturação, s.f.: o processo de atingir a maioridade.

325

A distribuição etária da população pode ser dada em termos das idades simples1 ou de grupos de idade2, que podem ser grupos de idade de cinco em cinco anos3, também denominados grupos de idade qüinqüenal 3 ou grandes grupos de idade4, tais como 0-19 anos, 20-59 anos, 60 anos e mais. Eventualmente, a distribuição etária6 ou estrutura etária6 da população é dada pela classificação da população por ano de nascimento5. Graficamente, a distribuição etária pode ser representada pela pirâmide etária7, que é um histograma (155-8) que mostra a população por sexo e idade e é assim denominado devido à sua forma normalmente piramidal.

326

A idade média1 da população é a média da idade de todos os seus membros; a idade mediana2 é a idade que divide a população em dois grupos numericamente iguais. Quando a proporção de pessoas idosas em uma população aumenta, diz-se que houve envelhecimento3 populacional. Um aumento na proporção de pessoas jovens envolve o rejuvenescimento4 da população. Assim, uma população envelhecida5 tem uma alta proporção de pessoas idosas e uma população jovem6 tem uma alta proporção de pessoas jovens ou crianças. O termo envelhecimento utilizado acima não deve ser confundido com a técnica utilizada nas projeções populacionais de envelhecer7 uma população pela aplicação de probabilidades de sobrevivência (431-6) para as idades para determinar o número de sobreviventes em uma data posterior.

327

O envelhecimento (326-3) de uma população também deve ser dinstingüido do envelhecimento individual1 e do aumento do tempo de vida humana ou aumento da longevidade2, que é o resultado da melhoria dos padrões de vida e do progresso da medicina. A idade fisiológica3 de um indivíduo dependerá do estado dos seus tecidos e órgãos. No caso de crianças, podemos falar em idade mental4, que é definida como a idade em que o discernimento de uma criança é medido por certos testes em relação aos parâmetros de uma criança média. Os estudos de idade físiológica e mental fazem uma distinção entre estas idades e a idade cronológica, medida pelo tempo decorrido desde a data de nascimento5 do indivíduo. A razão entre a idade mental e a cronológica é denominada quociente de intelingência6 (freqüentemente abreviado por Q.I.).


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330

Os habitantes de uma nação ou país podem ser súditos1 ou cidadãos1 do Estado, gozando de certos direitos políticos, ou podem ser estrangeiros2, que são cidadãos de outros países ou pessoas que não possuem cidadania, denominados apátridas3. Os cidadãos de um estado geralmente possuem a nacionalidade4 daquele estado. Este termo tem sido utilizado atualmente como sinônimo de cidadania4, mas em alguns estados plurinacionais6 deve ser feita uma distinção entre nacionalidade política4 e nacionalidade étnica5.

331

Os estrangeiros podem adquirir nacionalidade do seu país de residência por meio da naturalização1 e se tornarem cidadãos naturalizados2. Em alguns países os certificados de naturalização3 podem ser revogados4 e as pessoas naturalizadas podem perder sua nacionalidade5. Ocasionalmente, as pessoas podem ter mais de uma nacionalidade e, desse modo, diz-se que ela tem dupla nacionalidade6. Uma distinção deve ser feita entre os estrangeiros residentes7, que habitualmente vivem em um país diferente daquele do qual é cidadão, e os estrangeiros temporários8 ou estrangeiros visitantes8, que estão no país, apenas, por períodos relativamente curtos.

332

Os indivíduos nascidos no território em que residem são denominados nativos1 do território. Se os seus ascendentes estão entre os habitantes originais daquele território, eles são denominados populações autóctones2, indígenas2 ou aborígenes2, sendo o último termo empregado apenas para povos primitivos. As estatísticas freqüentemente fazem distinção entre os indivíduos nativos3 e estrangeiros4.

  • 2. aborígenes, s.m., pl.

333

O termo raça1 é geralmente empregado no sentido de designar um grupo de pessoas com certas características físicas comuns que são transmitidas hereditariamente. Na prática censitária, o termo é normalmente utilizado de forma mais flexível, sendo algumas vezes relacionado a grupos de pessoas que compartilham de uma mesma cultura ou origem nacional ou ainda pessoas que co-habitam uma mesma região. Outro termo que é utilizado algumas vezes é grupo étnico2 que nem sempre é entendido sempre da mesma forma. O grupo étnico geralmente se refere a um grupo de pessoas que compartilham uma mesma cultura, língua ou tradições religiosas. Um grupo étnico pode ser um grupo racial. Um povo3 (cf. 305-2) é geralmente entendido como uma coletividade de pessoas que estão ligadas por um passado em comum ou uma mesma cultura. Pessoas que vivem em um dado território, mas que destacadamente possuem características diferentes da maior parte da população são denominadas minorias4, por exemplo, as minorias étnicas4, as minorias nacionais4, as minorias lingüisticas4 ou as minorias religiosas4.

  • 1. Raça, s.f. - racial, adj.
  • 1. Racismo, n.: Teoria onde certas raças são inerentemente superiores à outras; racista, adj.
  • 2. Tribo, e grupo tribal ainda são utilizados em certos contextos e tendem a serem substituídos por "grupos étnicos".

334

Os indivíduos algumas vezes são diferenciados pela sua cor1, que é utilizada de modo flexível para se referir à pigmentação aparente da pele. Em alguns países a distinção é feita em termos de pessoas brancas2 e pessoas de outras cores3, algumas vezes denominadas não brancas3. A união entre pessoas de diferentes cores é denominada, por vezes, miscigenação4. Os eventuais filhos dessa união costumam ser denominados mestiços5.


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340

Uma população pode ser classificada pela sua língua1 ou dialeto2 habitualmente falado. Uma distinção é feita entre a língua materna3 de um indivíduo, que é a língua falada em sua casa na sua infância, e a sua língua usual4, que é a língua normalmente falada por ele. A distinção entre as duas não é sempre fácil de ser identificada quando uma pessoa é bilíngüe5 ou poliglota5. As estatísticas que apresentam informações acerca deste assunto são denominadas estatísticas da linguagem6.

  • 1. Linguagem, s.f. - lingüístico, adj.
    Lingüística, s.f.: o estudo da natureza, estrutura, origem e sentido das linguagens humanas.
  • 2. Dialeto, s.m. Um dialeto é uma variação de uma língua que se distingue por seu padrão de pronúncia, gramática ou vocabulário.
  • 5. Bilíngüe, adj. - bilingüismo, s.m.

341

As estatísticas religiosas1 dividem a população segundo as filiações religiosas. Uma distinção é feita entre as religiões2 majoritárias e suas principais denominações3, ritos4 ou seitas5. As pessoas que não têm religião se autodenominam agnósticas6 ou atéias6.

  • 4. Rito, s.m. também pode ser utilizado em termos das cerimônias religiosas.

342

A população também é freqüentemente classificada por status educacional1. Um indivíduo que sabe ler e escrever é denominado alfabetizado2; aqueles que ao atingirem certa idade e ainda não sabem ler e escrever são considerados analfabetos3. Normalmente, a conclusão de uma série ou nível particular de escolaridade pode ser entendida como pressuposto de que a pessoa é alfabetizada. As estatísticas de conclusão educacional4 classificam os indivíduos pelo grau de educação atingido5, anos de estudo completos5 ou, mais raramente, pela idade de abandono escolar6. Outro tipo de classificação é baseado no diploma7, grau7 ou certificado7 obtido e depende da organização das normas escolares8 em cada país.

  • 2. Alfabetizado, adj. - alfabetização, n. Estatísticas de alfabetização são parte das estatísticas educacionais que se referem à habilidade de ler e escrever. O índice de alfabetização é a proporção da população que é alfabetizada. Seu complemento é dado pelo índice de analfabetismo.
  • 3. Analfabeto, s.m.: Uma pessoa que é capaz de ler, mas não de escrever, é denominada semi-alfabetizada, tais pessoas algumas vezes são classificadas como alfabetizadas e outras como analfabetas.
  • 4. A população em idade escolar (346-7) é freqüentemente classificada por série na qual encontra-se estudando.

343

O sistema educacional1 inclui todas as instituições públicas e privadas em um país. Nos países que possuem sitema educacional costuma-se fazer distinção entre educação pública2 e educação privada3. Após a educação pré-escolar4 é comum se dividir o ensino em três níveis educacionais 5; em ordem ascendente, são elas: ensino fundamental6, ensino médio7, ambos divididos em diversos ciclos8 ou anos8, e ensino superior9. O último inclui, entre outros, cursos que têm como objetivo conduzir a um grau universitário11. O ensino técnico12 pode ser oferecido tanto no nível do ensino médio como no nível superior.

344

Os tipos de instituições de ensino1 e suas denominações dependem do sistema educacional de cada país. O ensino pré-escolar (343-4) é normalmente oferecido nos jardins de infância2. As instituições que oferecem os três níveis de ensino mencionados acima (343-5) são normalmente denominadas, respectivamente, escolas primárias3, colégios4 e universidades5; ainda podemos encontrar um conjunto amplo de tipos de escolas profissionalizantes6.

345

Uma classe1 (cf. 130-8) é um grupo de alunos2 com o mesmo professor3 que se encontram em uma mesma sala de aula4 e são, geralmente, ensinados simultaneamente. Um grupo de alunos que estão em um mesmo nível educacional estão na mesma série5, nos Estados Unidos, ou na mesma classe5 (cf. 206-1), no Reino Unido. O termo estudante6 é o termo genérico utilizado para aqueles que estão freqüentando algum nível de ensino.

  • 1. Usa-se, também, o termo Turma
  • 2. Scholar é o termo utilizado na Inglaterra para designar o estudante que recebe bolsa pública ou privada; a utilização deste termo como sinônimo de estudante está em desuso. Nos Estados Unidos, tais estudantes são denominados scholarship holder ou scholarship student.
  • 6. Um estudante universitário que ainda não se formou é denominado graduando. Na Inglaterra, um graduate é aquele que possui diploma universitário. Na terminologia norte-americana usa-se, com bastante freqüência, como equivalente, a palavra under-graduate. Assim, nos Estados Unidos, um graduate student é o equivalente a um post-graduate student no sistema britânico, ou seja, alguém que almeja um curso de pós-graduação.

346

As estatísticas escolares atuais1 podem fazer distinção entre o número de alunos matriculados2 e a freqüência escolar3. A comparação entre estes dois valores dá a razão de freqüência escolar4. A educação compulsória5 implica a existência de grupos de idade nos quais a freqüência escolar é obrigatória por lei. Isso faz com que seja possível especificar o número de crianças em idade escolar6 ou a população em idade escolar7, de acordo com um critério legal.

  • 4. A razão de freqüência é a razão entre a freqüência escolar e o número de matriculados, ao passo que a razão de alunos matriculados é o número de alunos matriculados dividido pela população em idade escolar.

347

Há ainda outras estatísticas relacionadas à progressão escolar ou progresso individual ano a ano, da primeira série do ensino fundamental até o final dos estudos. O abandono escolar1, onde há educação compulsória, é um fato excepcional ao longo da idade escolar, considerando apenas doença ou óbito. A taxa de abandono2 é a probabilidade de deixar a escola antes de se obter um grau e ele é obtido da mesma maneira que se obtém a probabilidade de morte em uma tábua de mortalidade, sendo seu complementar a taxa de retenção3. Tais taxas podem ser utilizadas para calcular a tábua de vida escolar4, com base na qual é possível inferir a duração média da escolaridade5. Ao final do ano escolar os alunos que não terminaram seus estudos podem repetir o mesmo ano ou passar para o próximo ano, com ou sem mudança de série6.


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350

Normalmente, uma distinção é feita entre a população economicamente ativa (PEA)1 e a população inativa2 ou população não-ativa2. Geralmente, a PEA consiste nos indivíduos empregados em atividades remuneradas3. Uma atividade remunerada ou atividade econômica3 é uma atividade que contribui para a produção de renda. Trabalhadores domésticos não-remunerados (353-5) podem ser incluídos na PEA. Donas-de-casa4 em tarefas domésticas não-remuneradas, estudantes, aposentados, etc, normalmente são excluídos. Os membros da população economicamente inativa podem ser denominados dependentes5 (358-1), pois eles dependem da produção da população economicamente ativa (veja mais detalhes sobre este termo no item 358 desta seção). A razão entre a PEA e o total da população, usualmente calculada com referência a um grupo de idade e por sexo ou outra categoria, é denominada taxa de atividade6 ou taxa de participação na força de trabalho6.

  • 1. Os termos população em atividades remuneradas, trabalhadores remunerados e força de trabalho podem ser utilizados como sinônimos de população trabalhadora e população economicamente ativa.
    Para fins de mensuração estatística da população trabalhadora, pode-se utilizar o conceito de trabalhador remunerado ou de força de trabalho. De acordo com o conceito de trabalhador remunerado a população trabalhadora é definida como sendo composta por pessoas que possuem uma atividade remunerada que elas normalmente executam. De acordo com o conceito de força de trabalho ela é definida pelo grupo de pessoas que estão trabalhando em ocupações remuneradas ou buscando ou procurando um emprego durante um período específico anterior ao inquérito ou pesquisa.

351

Os trabalhadores1 que constituem a população economicamente ativa podem ser classificados como ocupados2 ou não ocupados3. Sob o conceito de força de trabalho (350-1 *) são consideradas as pessoas que estiveram ativamente procurando trabalho4 ou estiveram temporariamente desempregadas em um período específico, sendo estes contados como desempregados. A população ocupada5 é toda aquela população atualmente empregada em trabalhos remunerados. Entre a população economicamente ativa uma parte substancial dos trabalhadores pode ser forçada - pelas condições econômicas do país ou de um período específico – a trabalhar em condições de trabalho inadequadas, sendo, nestes casos, utilizados os termos subemprego6 ou desemprego parcial6. Os trabalhadores eventuais7 que só ocasionalmente participam de atividades econômicas são, na maioria das vezes, classificados como não sendo parte da força de trabalho sob o conceito de trabalhador remunerado (350-1 *).

  • 2. Empregado, s. e adj. - emprego, s.: situação de um indivíduo que está exercendo atividade econômica.
  • 3. Desempregado, s. e adj. - desemprego, s.
  • 6. Algumas vezes denominado subutilização da força de trabalho. Subemprego também se refere à situação em que a pessoa executa atividades abaixo do seu nível de qualificação e remuneração.

352

A classificação ocupacional1 da população ocupada (350-1) diz respeito ao seu agrupamento segundo a ocupação2. A similaridade do trabalho executado pelos trabalhadores, incluindo a similaridade de habilidades e formação necessária, são os principais critérios utilizados para definir os grupos ocupacionais3 ou classes ocupacionais3.

  • 1. Para efeito de comparação, a Organização Internacional do Trabalho preparou uma Classificação Internacional de Ocupações.

353

A população ocupada (350-1) também pode ser classificada segundo a condição no trabalho1. Nessa classificação os empregadores2 são diferenciados dos empregados3, dos trabalhadores autônomos4 ou trabalhadores por conta própria4. Estes últimos podem contar com ajuda de mão-de-obra familiar5 não remunerada, que costuma ser identificada como um grupo à parte. A combinação das classificações ocupacionais e de condição no trabalho pode ser utilizada para construir categorias sócio-ocupacionais 6.

  • 1. A classificação por condição no trabalho (como empregador, empregado, etc.) pode ser designada por diferentes termos em censos de vários países, incluindo "status industrial", "situação de emprego", "posição na indústria" e "classe de trabalho".
  • 2. Gerentes são algumas vezes classificados como empregadores, embora eles sejam, de fato, empregados.

354

Vários subgrupos da categoria empregados (353-3) são muitas vezes diferenciados. Um destes subgrupos é o de trabalhadores domésticos1, que trabalham em suas próprias casas, muitas vezes para mais de um empregador. Os empregados podem ainda ser divididos em trabalhadores manuais2 e trabalhadores não-manuais3 ou trabalhadores administrativos ou de escritório3. Os trabalhadores manuais podem ainda ser subdivididos de acordo com suas qualificações4, ou seja, trabalhadores qualificados6, trabalhadores semi-qualificados6 e trabalhadores não qualificados 7. Os estagiários ou aprendizes8 são muitas vezes identificados como uma subcategoria de empregados.

  • 2. Outro tipo de classificação de empregados é aquele que os distingue por salários que são pagos diariamente, semanalmente ou mensalmente. As estatísticas norte-americanas diferenciam as categorias ocupacionais white collar workers e blue collar workers, incluindo nesta última categoria: artesãos, operários e trabalhadores não-agrícolas; trabalhadores em serviços e trabalhadores agrícolas (cf. 356-).
  • 7. Um trabalhador braçal é um trabalhador sem especialização, que executa trabalhos pesados.

355

Entre os empregadores (353-3) pode-se diferenciar o pessoal de direção1, que toma as decisões; o pessoal executivo2, que implementa e desenvolve as decisões; e os supervisores3 ou administradores3, que dirigem e gerenciam os operários.

  • 1. O termo executivo se refere, normalmente, aos membros de direção.

356

Classificações especiais são aplicadas na agricultura. Os agricultores1 podem ser divididos em proprietários2, que são donos da terra; arrendatários3, que arrendam uma parte da terra de um proprietário; e os meeiros3, que dividem parte da produção em troca do uso da propriedade. Os trabalhadores agrícolas4 são aqueles que trabalham em atividades agropecuárias.

  • 4. Trabalhadores agrícolas podem ser divididos em três grupos: agricultores em tempo integral, agricultores diaristas e trabalhadores agrícolas sazonais.

357

A população ocupada pode ainda ser classificada segundo indústria1 ou ramo de atividade econômica1. Esta classificação depende da natureza da empresa2 ou estabelecimento2 em que o individuo trabalha. Uma das distinções gerais é a divisão da população em trabalhadores agrícolas3 e trabalhadores não-agrícolas4. Empregados públicos5, militares6 ou membros das forças armadas6 são geralmente identificados de forma separada, embora empregados por empreendimentos públicos sejam contabilizados junto ao conjunto da população empregada em indústria ou serviços, conforme o caso. As empresas são geralmente classificadas em três setores: primário7 (agricultura, caça, pesca e mineração), secundário8 (manufatura, construção e utilidades) e terciário9 (comércio, finanças, transporte e serviços). Em países em desenvolvimento, setores tradicionais10 são listados separadamente dos setores mais modernos da economia.

  • 1. Para fins de comparação, a ONU preparou uma Classificação Internacional da Indústria e de Atividades Econômicas.
  • 5. Um funcionário público é um empregado (353-3) do governo central. Normalmente é feita ainda uma distinção entre funcionários públicos e empregados na iniciativa privada.

358

A população economicamente inativa pode ser dividida em dependentes1 (350-5) e não dependentes2. Os dependentes seriam aqueles que estão sob a dependência de um provedor3; que é o caso das donas-de-casa (350-4) e das crianças dependentes4. Os não-dependentes são pessoas que possuem meios próprios para sua subsistência. Eles podem ser locatários5, aposentados ou pensionistas6. Uma categoria especial de dependentes é a de pessoas que recebem auxílio público7. Pessoas incapazes de trabalhar são denominadas aposentados por invalidez8. A razão entre a população economicamente inativa e a população economicamente ativa é denominada razão de dependência econômica9 ou mais frequentemente, razão de dependência9.

  • 1. Dependente, s. - dependente, adj. - dependência,
    s.: estado de ser dependente.

359

É possível classificar a população segundo o setor de atividade econômica de acordo com a origem pela qual eles tiram seu sustento, ou seja, quando os dependentes são classificados de acordo com a mesma categoria que seu provedor. Assim, pode-se falar a respeito da população dependente1 em relação a um ramo particular de atividade econômica. Este tipo de classificação é utilizado, em particular, no caso da população dependente da agricultura2. O termo população agrícola2 é muitas vezes utilizado como sinônimo, mas também pode ser empregado no sentido da população agrária2 que vive em meio rural ou é dependente da agricultura, podendo ser diferenciada da população não-agrícola3.

360

Os enfermos1 ou portadores de necessidades especiais1 são normalmente identificados separadamente nos censos. Eles são classificados de acordo com a natureza de sua enfermidade2 ou necessidade especial2. As deficiências físicas3, tais como cegueira ou surdez e mudez são geralmente separadas de deficiências mentais4, como a demência.

361

O estudo do trabalho1 de um indivíduo inclui o estudo do seu acesso ao mercado de trabalho2 e da saída do mercado de trabalho3. Em relação ao acesso é possível distinguir aqueles que nunca foram ativos daqueles que já fizeram parte do mercado de trabalho em algum momento da vida; as saídas podem ser listadas segundo a causa, como por exemplo, morte, aposentadoria4 e saída temporária. A análise pode ser feita por coorte ou período e envolve as taxa de ingresso na força de trabalho 5 ou a probabilidade de ingresso na força de trabalho6, taxas de saída da força de trabalho7 ou probabilidades de saída da força de trabalho8, eventualmente por causas; além disso, estes indicadores podem ser calculados por idade ou grupos de idade.

362

Estes indicadores servem para calcular tábuas de vida ativa1 por período ou coorte. Adicionalmente às probabilidades descritas no parágrafo anterior, estas tábuas contêm as distribuições por idade de ingresso na força de trabalho2 e por idade de saída da força de trabalho3 (eventualmente devido à mortalidade), a idade média de ingresso na força de trabalho4 e a idade média de saída da força de trabalho5. A expectativa de vida ativa6, a expectativa bruta de vida ativa7 (que não leva em conta o efeito da mortalidade) e a expectativa líquida de vida ativa8 (que considera a mortalidade) representam o número médio de anos de trabalho restantes, para cada idade, na população econonomicamente ativa. Para aqueles que estão entrando na força de trabalho em uma determinada idade, essa expectativa representa a duração média de vida ativa9; um indicador similar pode ser calculado para todas as idades consideradas em conjunto.

  • 1. Tais tábuas são calculadas quando as saídas temporárias da força de trabalho são insignificantes em relação ao total, fato observado normalmente entre os homens. Para as mulheres é necessário diferenciar o primeiro ingresso na força de trabalho ou entrada no mercado de trabalho dos re-ingressos na força de trabalho.


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Capítulo 4 Mortalidade e morbidade

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401

O estudo da mortalidade1 está relacionado com os efeitos dos óbitos sobre a população. Em termos gerais, a taxa de mortalidade2 abarca as taxas (133-4) que medem a freqüência de óbitos3. Normalmente, quando a expressão Taxa de Mortalidade é utilizada sem qualificação específica ela costuma representar a taxa bruta de mortalidade4 (veja 136-8 para uma discussão geral das taxas brutas). Ela é geralmente uma taxa anual e consiste na razão do número de óbitos ocorridos em um ano-calendário pelo número de pessoas expostas ao risco de morrer durante o mesmo período. Este número é equivalente à população média5 do período, sendo que a população no meio do período pode ser utilizada como substituto da população média, sem que haja erros substanciais, desde que a taxa de crescimento da população seja uniforme e relativamente baixa no período. Quando se estuda apenas a mortalidade de uma subpopulação (101-6) diz-se taxas específicas de mortalidade (134-6); entre as mais comuns estão as taxas específicas de mortalidade por idade e sexo6. As Taxas específicas de mortalidade por idade7, sem distinção por sexo, também são frequentemente encontradas.

  • 2. Ocasionalmente, o termo mortalidade é utilizado como sinônimo de taxa de mortalidade.
  • 3. Óbito, s. - morrer, v. - morto, n., adj..
  • 5. Quando as observações são para períodos maiores que um ano, a população média é geralmente obtida pela média de diversas estimativas do tamanho da população para cada ano. O número médio de anos-pessoa (135-6) também é utilizado como denominador.

402

As taxas específicas de mortalidade podem ser utilizadas para o estudo da mortalidade diferencial1 ou diferenças na mortalidade1 entre grupos, considerando uma sobre-mortalidade2 de um grupo, se comparado a outro grupo ou ao restante da população. As taxas específicas de mortalidade por ocupações são denominadas mortalidade por ocupações4. O termo mortalidade ocupacional5 se refere à mortalidade frente à riscos associados a uma ocupação em particular. Entre eles podem ser citadas as doenças ocupacionais6.

403

A taxa bruta de mortalidade (401-4) depende da estrutura, particularmente da estrutura etária (325-6) da população, assim como do nível da mortalidade. Para comparar a mortalidade de duas populações diferentes, muitas vezes são calculadas taxas de mortalidade padronizadas1 ou taxas de mortalidade ajustadas1 para eliminar os efeitos das diferenças na estrutura da população (144-4). A idade é a característica com base na qual as taxas de mortalidade são mais frequentemente ajustadas, normalmente segundo uma população padrão2 com uma estrutura conhecida. Se as taxas específicas (134-6) de uma população estão disponíveis é possível utilizar o método de padronização direta3, que consiste na aplicação dessas taxas aos correspondentes grupos da população padrão. Mas se as taxas específicas não estão disponíveis, ainda é possível obter taxas de mortalidade padronizadas pelo método indireto de padronização4. Mais frequentemente são calculados os índices de mortalidade comparativos5 pela aplicação de taxas de mortalidade padrão6 aos diferentes grupos populacionais estudados, para se obter um número de óbitos esperados; os índices são obtidos pela comparação dos óbitos observados7 na população com os óbitos esperados8 com base na aplicação das taxas padrão.


  • 1. Padronizar, v. - padronizado, adj. - padronização, s.: o processo de padronizar.
  • 5. Se uma taxa bruta de mortalidade (401-4) é multiplicada por um índice de mortalidade comparativo obtém-se uma taxa de mortalidade padronizada indiretamente.


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410

A mortalidade de um nascido vivo que ainda não atingiu seu primeiro aniversário é denominada mortalidade infantil1. A mortalidade de um nascido vivo que ocorre em qualquer idade entre quatro semanas e 28 dias de vida, também conhecido como período neonatal3, é denominada mortalidade neonatal2. A mortalidade que ocorre na primeira semana de vida é denominada mortalidade neonatal precoce4. O termo mortalidade pós-neonatal5 se refere aos óbitos que ocorrem após o período neonatal, mas antes de se completar um ano de idade.

  • 3. Em certas estatísticas o período neonatal pode ser definido como o primeiro mês de vida. O termo primeira infância é ocasionalmente utilizado como um equivalente ao período neonatal, como por exemplo, nas "doenças da primeira infância".

411

A expressão mortalidade fetal1 é utilizada para os óbitos ocorridos antes da completa expulsão ou extração do produto da concepção (602-6) do corpo da mãe, independentemente da duração da gestação (603-3). Os termos mortalidade intra-uterina1 ou mortalidade in utero1 também podem ser utilizados. Os óbitos correspondentes são denominados óbitos fetais2 ou óbitos intra-uterinos2. A mortalidade fetal precoce3 ocorre antes da vigésima semana de gestação, ao passo que a mortalidade fetal intermediária4 ocorre entre a vigésima e a vigésima oitava semana de gestação. Quando o óbito ocorre após a vigésima oitava semana tem-se a mortalidade fetal tardia5 e o produto é denominado óbito fetal tardio5 ou, mais frequentemente, natimorto5. A mortlidade perinatal6 inclui a mortalidade fetal tardia e a parcela da mortalidade infantil que pode incluir tanto os óbitos neonatais precoces como todos os óbitos neonatais.

  • 2. Também denominados perdas fetais. Este termo inclui os abortos (603-5), aborto espontâneo (604-1) e natimortos.
  • 3. Os óbitos fetais precoces são também conhecidos como abortos espontâneos.
  • 5. Natimorto, n. , adj. Em certos países, por exemplo a França, crianças que nascem vivas mas morrem antes de serem registradas podem ser legalmente incluídas entre os natimortos e são denominadas falsos natimortos.
  • 6. Os óbitos correspondentes são denominados óbitos perinatais.

412

As razões entre os óbitos de menores de um ano1, os óbitos anteriores a 28 dias e os óbitos anteriores a uma semana de vida ocorridos em um ano e o número de nascidos vivos no mesmo ano são denominadas, respectivamente, taxa de mortalidade infantil2, taxa de mortalidade neonatal3 e taxa de mortalidade neonatal precoce4. Estas taxas são geralmente expressas por mil nascidos vivos. Quando os óbitos são registrados segundo idade e ano de nascimento é possível dividir os óbitos de um ano pelos nascimentos nas duas coortes às quais eles pertencem. O indicador resultante é uma taxa de mortalidade infantil ajustada5, equivalente a uma probabilidade de morrer antes de um ano de idade5. Na ausência de tais informações, pode-se estimar fatores de separação6, que dividem os óbitos infantis entre aqueles que morreram no ano calendário corrente e os que morreram no ano anterior, por exemplo.

413

A proporção de óbitos fetais tardios (411-5) em relação a todos os nascimentos é denominada proporção de óbitos fetais tardios1. A razão entre os óbitos fetais tardios e os nascidos vivos (601-4) é denominada taxa de mortalidade fetal tardia2. Assim, uma proporção de óbitos fetais tardios3 representa o número conhecido de óbitos intra-uterinos por mil nascimentos, no mesmo ano, ao passo que a taxa de mortalidade fetal4 é a razão dos óbitos intra-uterinos em relação aos nascidos vivos em um determinado ano. Estes indicadores muitas vezes subestimam a mortalidade intra-uterina, pois os óbitos fetais precoces são subenumerados e não registrados. Uma forma melhor de medir a mortalidade intra-uterina é construir tábuas de mortalidade intra-uterina5, uma aplicação específica da tábua de vida (cf. 432-) que leva em consideração a duração da gravidez. A taxa de mortalidade perinatal6 relaciona os óbitos perinatais (411-6*), somados aos óbitos fetais tardios, com os nascidos vivos.

414

No estudo da mortalidade específica por idade1, os termos mortalidade infantil (410-2) e mortalidade neonatal (410-3) se referem a períodos de tempo mais definidos. A utilização de termos como mortalidade de crianças2, mortalidade adulta4 ou mortalidade de idosos5 não é uniforme. Algumas vezes utiliza-se o termo taxa de mortalidade pós-infantil6 para se referir às taxas de mortalidade entre um e quatro anos de idade.


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420

O estudo da morbidade1 está relacionado à investigação das doenças2 ou estado de saúde2 em uma população. Dois aspectos principais são considerados: a incidência de doenças3 e a prevalência das doenças4, se novos casos de doenças5 ou o número de casos existentes em um determinado momento são considerados. A compilação das estatísticas de morbidade6 é dificultada pela ausência de uma clara distinção entre o estado mórbido7 e de saúde. A nosologia8 e a nosografia9 contribuem, respectivamente, para a classificação e descrição das doenças.

421

As estatísticas de saúde1 abrangem as estatísticas de morbidade e também cobrem todos os aspectos da saúde da população, geralmente incluindo as estatísticas de mortalidade por causas2. A classificação dos óbitos por causas de morte3 é complexa, pois em muitos casos podem não haver causas únicas de mortalidade4, mas múltiplas causas de óbito5 ou causas associadas de óbito5. Quando isso ocorre deve-se fazer distinção entre as causas imediatas de óbito6 e as causas adjacentes de óbito7 ou, sob um outro ponto de vista, diferencia-las entre causas primárias de óbito8 ou a principal causa de óbito8 e as causas secundárias de óbito9ou causas associadas de óbito9. A taxa de mortalidade específica por causas10 é geralmente expressa por cem mil habitantes. A razão entre o número de óbitos por uma causa específica e o número total de óbitos por todas as causas é denominada mortalidade proporcional por causas11.

422

Os óbitos ou a invalidez (426-2) podem ser conseqüência de doenças (420-2), danos físicos1 ou envenenamentos2. Os danos físicos podem ser atribuídos a acidentes3 ou violência4. Entre os casos violentos é comum distinguir os suicídios5 e as tentativas de suicídio5, homicídios6 e os óbitos ou danos causados por operações de guerra7.

  • 3. Acidente, s. - acidental, adj.
  • 4. Violência, s. - violento, adj.
  • 6. Homicídio, s.: Em direito, estes podem ser separados em assassinatos ou homicídios culposos.
  • 7. Pode ser abreviado por óbitos de guerra e danos de guerra.

423

Uma doença endêmica1 é aquela que afeta permanentemente parcela substancial da população. Por outro lado, uma epidemia2 se espalha e depois desaparece em um período curto de tempo; quando isso acontece em um grande número de países, pode ser denominada pandemia3. Algumas doenças infecciosas4 ou doenças transmissíveis4 têm atraído atenção particular, pois elas são capazes de infectar um grande número de pessoas em um período relativamente curto de tempo. Nestes casos, tratam-se de doenças epidêmicas6 e estatísticas epidemiológicas6 específicas são coletadas para mostrar sua incidência. É possível obter informações sobre estas doenças em vários países, pois a sua notificação é obrigatória por lei; portanto, podem ser denominadas doenças de notificação7. Uma distinção deve ser feita entre as doenças crônicas8 e as doenças agudas9. Estes termos não são precisamente definidos, mas geralmente as doenças agudas são aquelas que apresentam sintomas abruptos e possuem curta duração, ao passo que as doenças crônicas são aquelas que apresentam sintomas lentamente e possuem longa duração, geralmente causando invalidez ou resguardo prolongado.

  • 2. Epidemia, s.
  • 4. Infeccioso, adj. - infectar, v. - infecção, s. As expressões doença transmissível, doença contagiosa e doença infecciosa não são sinônimos. Consideram-se contagiosas apenas as enfermidades que são transmitidas de indivíduo para indivíduo: assim, a malária, doença transmissível, não é uma doença contagiosa. Por outro lado, certas doenças infecciosas não são propriamente transmissíveis.
  • 6. Epidemiologia, s.: A ciência que estuda as epidemias - epidemiologista, s.: especialista em epidemiologia - epidemiológico, adj.: que se refere à epidemiologia. Os sentidos destes termos têm se expandido e a epidemiologia hoje cobre o estudo das relações entre um fenômeno biológico ou médico e vários fatores, tal como o fumo, por exemplo, na "epidemiologia do câncer de pulmão", ou, alternativamente, a análise estatística das variações geográficas dos fenômenos de saúde.
  • 7. Usa-se, também, o termo doenças de notificação compulsória.

424

Os demógrafos dedicam particular atenção a certos aspectos da mortalidade: a mortalidade endógena1 que resulta da constituição genética do indivíduo, más formações congênitas2, danos relacionados ao parto ou doenças degenerativas associadas ao envelhecimento; mortalidade exógena3, pelo contrário, resulta de causas externas, tais como as doenças infecciosas e parasitárias e os acidentes, quando estes não ocorrem em crianças no momento do parto. Também há especial interesse em doenças relacionadas à gravidez, parto e puerpério4. A mortalidade relacionada a estas últimas, é denominada mortalidade materna5 e uma taxa de mortalidade materna6 pode ser calculada com base na razão entre os óbitos maternos em um ano e os nascimentos do mesmo ano. A proporção de óbitos por senilidade7 se mostra como um indicador de interesse por se tratar de causas de morte não especificadas corretamente.

  • 1. e 3. A mortalidade infantil (410-1) também pode ser decomposta em mortalidade infantil endógena e mortalidade infantil exógena.
  • 4. O puerpério é o período de resguardo posterior ao parto e a mortalidade das mães neste período é denominada mortalidade no puerpério.
  • 7. Senilidade s. - senil, adj.

425

Três aspectos da morbidade (420-1) são usualmente medidos por meio das taxas de morbidade1 ou proporções de morbidade1: freqüência, duração e severidade. Estes indicadores podem ser calculados para doenças específicas ou para todas as doenças. Dois indicadores de freqüência de morbidade são as taxas de incidência2 – o número de novos casos de uma doença em um período, dividido pela população média – e a taxa de prevalência3, que é o número de casos existentes em um dado momento do tempo expresso por unidade da população média. Ainda pode-se utilizar como medida da duração de doença a duração média por caso4 ou a taxa de invalidez5, que é o número médio de dias de doença5, por pessoa, na população. A taxa de letalidade6, que é a proporção de casos fatais entre os casos registrados de doenças específicas, pode ser utilizado como medida de severidade.

  • 6. Costuma-se dizer que mede a fatalidade de uma doença.

426

A invalidez1 se refere a qualquer dificuldade física, funcional ou psicológica que resulta de doença, acidente ou má-formação congênita que impede o indivíduo de trabalhar ou atuar em atividades cotidianas em situações padrão. Essa incapacidade2 pode ser total ou parcial; em ambos os casos, invalidez permanente3 se refere a uma condição irreversível. A probabilidade de que um indivíduo saudável em uma idade exata de x anos se torne inválido no próximo ano ou ao longo de alguns anos, a partir dessa idade exata, é denominada risco de invalidez 5 ou probabidade de invalidez5. Uma série de probabilidades pode ser combinada em uma tábua de invalidez6, que é uma extensão específica da tábua de vida (cf. §432).


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430

As estatísticas de mortalidade geralmente são compiladas com base em registro de óbitos (cf. 211-). Geralmente, quando ocorre um óbito emite-se um atestado de óbito1 ou declaração de óbito1; as estatísticas são, portanto, compiladas com base nas informações dadas por estes atestados ou declarações de óbito. Em alguns países faz-se dintinção entre a declaração médica de óbito2, que é emitida pelo médico que atendeu a pessoa falecida, e o atestado de óbito emitido pelo cartório de registros para fins legais.

  • 1. As primeiras estatísticas de mortalidade na Inglaterra foram compiladas com base nas listas de mortalidade que eram geralmente baseadas nos registros funerários. Em países em que os registros vitais são deficientes, as estatísticas podem ser obtidas por técnicas de amostragem; nestes casos, são feitas perguntas em relação a um período de referência, geralmente o ano anterior ao inquérito; as estimativas indiretas de mortalidade se fundamentam em perguntas, tais como o número de filhos sobreviventes entre os filhos tidos (637-2) e a condição de orfandade ou condição de viuvez.

431

As probabilidades de morte1 são utilizadas para o estudo detalhado da mortalidade em um período ou coorte. Ela é a probabilidade de que um indivíduo em uma idade exata x morra após a idade exata x + n, sendo representada pelo símbolo nqx . Quando n = 1, tem-se a probabilidade de morte anual2; se n = 5, a probabilidade de mortes qüinqüenais3. A taxa de mortalidade instantânea4 é derivada da função na qual os valores de n na relação nqx tendem a zero. O complemento da probabilidade de morrer de uma idade exata x até uma idade exata x + n é a probabilidade de sobrevivência6 neste intervalo. Na preparação de projeções populacionais, são utilizadas as relações de sobrevivência7, que representam a probabilidade de os indivíduos de uma mesma coorte de nascimentos ou grupo de coortes permanecerem vivos n anos depois.

  • 1. A probabilidade de morte entre a idade x e x + n é definida como a razão entre os óbitos entre as idades x e x + n e o número de sobreviventes na idade exata x. Não se deve confundi-la com a taxa central de mortalidade, que é a razão entre os óbitos entre as idades x e x + n e a população média sobrevivente naquela idade. A taxa central de mortalidade é expressa por nmx .
  • 6. A probabilidade de sobrevivência de uma idade x até a idade x + n é expressa por npx.

432

O curso da mortalidade ao longo de um ciclo de vida pode ser descrito por meio da tábua de vida1 ou tábua de mortalidade1. A tábua de vida consiste em um conjunto de funções da tábua de vida2, todas elas matematicamente relacionadas e que geralmente podem ser derivadas quando um dos valores é conhecido. A função de sobrevivência3 indica o número de sobreviventes4 de uma coorte (116-2) de nascimentos para várias idades exatas (322-7), considerando que estas coortes estão sujeitas àquelas taxas de mortalidade. O número de nascimentos da coorte original é denominado raiz5 da tábua de vida e o processo pelo qual a coorte original é reduzida é conhecido como atrito6.

  • 4. O número de sobreviventes em uma idade exata x é expresso por lx .
  • 5. A raiz é geralmente expressa por um múltiplo de 10: 10.000 ou 100.000, por exemplo.

433

A diferença entre o número de sobreviventes (432-4) em diferentes idades dá o número de óbitos em um determinado intervalo de idades da função de mortalidade1. Tipicamente, a tábua de vida inclui a expectativa de vida3 ou esperança de vida3 na idade x ; este seria o número médio de anos que será vivido pelos sobreviventes na idade exata x, dadas as condições de mortalidade da tábua de vida. A expectativa de vida ao nascer4 é um caso particular da expectativa de vida e representa a duração média de vida4 de um indivíduo que está sujeito, desde o nascimento, à mortalidade da tábua de vida. A recíproca da expectativa de vida ao nascer é a taxa de mortalidade da tábua de vida5 ou taxa de mortalidade de uma população estacionária5.

  • 3. Integrando a função de sobrevivência (432-3) entre duas idades exatas obtém-se o número total de anos vividos pela coorte entre essas idades; a notação para o número total de anos vividos entre as idades x e x + n é dada por n L x . Essa função é frequentemente denominada população estacionária no cabeçalho das colunas da tábua de vida. Somando-a, a partir de uma idade x até o final da vida, obtém-se o número total de anos a serem vividos após atingir a idade x, para aqueles que conseguiram atingir aquela idade; a notação convencional é dada por T x .
  • 4. A notação para a expectativa de vida à idade x é ex

434

A duração mediana de vida1, muitas vezes denominada tempo provável de vida1, é a idade na qual metade da coorte original de nascimentos já morreu. Após a infância, a distribuição dos óbitos por idade em uma tábua de vida usualmente irá apresentar a moda e a sua idade correspondente é denominada idade modal da mortalidade2, ou algumas vezes a idade normal de mortalidade2. Ela pode ser de interesse como indicador da longevidade humana3 ou duração de vida3 e corresponde mais ao senso comum do que à média (433-4) ou à duração mediana de vida.

  • 3. Em inglês, o termo life span4 é utilizado para se referir ao tempo máximo possível da vida humana.

435

Uma tábua de vida completa1 é normalmente aquela onde os valores das funções da tábua de vida (432-2) são dados em idades simples. Uma tábua de vida abreviada2 é aquela na qual a maior parte das funções são dadas apenas para determinadas idades, frequentemente espaçadas por intervalos a cada cinco ou dez anos após a infância; os valores intermediários para as funções são normalmente obtidos por alguma forma de interpolação (151-7). O termo tábua de vida selecionada3 é utilizado para se referir a uma tábua de vida que se relaciona à experiência de um número de indivíduos especialmente selecionados, tais como os clientes de uma empresa de seguros, ao passo que as tábuas de vida gerais4 relatam a experiência de toda a população (101-4). As tábuas de vida são geralmente apresentadas por sexo e muitas vezes podem ser calculadas para ambos os sexos. A tábua de vida que é baseada apenas na generalização das relações empíricas é denominada tábuas de vida modelo5.

436

Uma tábua de vida de período1 (cf. 153-2; 432-1) é aquela nas quais as taxas de mortalidade utilizadas se referem a um intervalo específico de tempo e , portanto, a coorte (116-2) é hipotética. Por outro lado, uma tábua de vida geracional2 ou tábua de vida de coorte2 identifica a experiência de uma coorte atual de nascimentos e as taxas de mortalidade contidas na tábua são, então, aplicadas em um período prolongado de tempo, normalmente 100 anos. Uma distribuição de mortalidade3 pode ser representada graficamente quando as probabilidades de morte (431-1) são cruzadas com idade e período, simultaneamente, em um gráfico tridimensional.

437

O diagrama de lexis1 é normalmente utilizado para ilustrar o método usual para o cálculo das probabilidades de morte e outras medidas demográficas. Neste diagrama, cada indivíduo é representado por uma linha de vida2, que se inicia no momento do nascimento e termina no momento do óbito3. Um método de estudo para a mortalidade em idades avançadas é denominado método das gerações extintas4, pois elas utilizam os óbitos observados para coortes que foram completamente eliminadas pela mortalidade.


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Capítulo 5 Nupcialidade

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501

A nupcialidade1 tem como objeto de estudo: a freqüência de casamentos, isto é, das uniões3 entre pessoas de sexos opostos, que envolvem direitos e obrigações determinadas por lei ou costumes; as características das pessoas unidas em casamento; e as dissoluções destas uniões. Por extensão, ainda se inclui o estudo de outras uniões conjugais (503-8) quando sua freqüência torna a sua inclusão necessária. Um casamento4 ou matrimônio4 é a cerimônia, prescrita em lei ou costumes, na qual se estabelece a união entre um homem e uma mulher como cônjuges5, isto é, marido6 e esposa7. Os cônjuges unidos são considerados como um casal8.

  • 4. Casamento, s. - casar, v. - casados, adj. - casadouro, adj.: sobre a capacidade de se casar.
  • 6. Sobre o homem que está se casando, em vias de ou logo após o casamento, dize-se que ele é um noivo.
  • 7. Sobre a mulher que está se casando, em vias de ou logo após o casamento, dize-se que ela é uma noiva.

502

As leis matrimoniais1 ou costumes matrimoniais2 diferem em cada sociedade. Uma sociedade em que a pessoa pode se casar apenas com uma única pessoa do sexo oposto, de cada vez, é denominada monogâmica3. As sociedades nas quais as pessoas podem se casar com mais de uma pessoa, simultaneamente, são denominadas poligâmicas4. Deve-se distinguir entre a sociedade poliândrica5, onde uma mulher pode ter mais de um marido, e a sociedade poligínica6, quando um homem pode ter mais de uma esposa. O termo "poligamia" é frequentemente utilizado para se referir à poliginia.

  • 3. Monogamia, adj. - monogâmico, s.
  • 4. Poligamia, adj. - poligâmico, s.
  • 5. Poliândrico, adj. - poliandria, s.
  • 6. Poligínico, adj. - poliginia, s.

503

Em alguns países a união legal só pode ser estabelecida por meio do casamento civil1 executado oficialmente pelo estado. Em outros países o casamento religioso2, de acordo com as normas da igreja, é reconhecido como tendo status legal. O reconhecimento legal ou social das uniões que não se deram em cerimônias legais ou religiosas pode ser dado sob várias condições diferentes em cada país, por exemplo, por casamentos tradicionais3 ou por casamentos de direito comum3, de acordo com as tradições locais. Os termos aplicados aos diferentes tipos de relacionamentos e o seu grau de aceitação social diferem em cada país e seus significados variam amplamente. O termo união consensual4 implica em uma união estável socialmente reconhecida. Os termos união livre5 e união temporária6 ou concubinato6 podem ser entendidos como uniões de menor estabilidade, que podem ou não incluir co-habitação7. Duas pessoas de sexos opostos vivendo em união estável, legalmente ou não, constituem um casal8. O termo união conjugal8 é utilizado pelos demógrafos tanto para as uniões legais como para as uniões estáveis não oficiais.

  • 3. Concubinato, s.: é um tipo de união não oficial. Uma concubina, em seu sentido restrito, é uma mulher que aceita uma situação conjugal inferior àquela de uma esposa legalmente reconhecida e este termo é utilizado, particularmente, nas sociedades poligínicas. Em outras sociedades, a palavra concubina é muitas vezes utilizada de maneira corriqueira para expressar qualquer mulher que vive em união conjugal não oficial com um homem. Nos dias de hoje costuma-se utilizar termos como companheira ou parceira.
  • 7. Co-habitação, s.- co-habitar, v.

504

Em muitos países existe uma idade mínima de casamento1 definida por lei. Esta idade pode variar de país a país e pode ser diferente, de acordo com o sexo. Os casamentos entre pessoas que possuem parentesco próximo são denominados casamentos consangüíneos2 e são geralmente proibidos tanto pela lei como pelos costumes. Quando as pessoas são proibidas de se casar por estes motivos costuma-se dizer que são proibidos de se casar por grau de consangüinidade3.

505

Em alguns países a proclama de casamento1 é uma etapa preliminar necessária ao casamento (501-4), pois divulga publicamente a informação de casamento dos noivos e permite que pessoas interessadas se oponham ao casamento, caso tenham razões justificadas para tal. Em outros países uma licença de casamento2 deve ser obtida previamente para que a cerimônia seja realizada. Uma certidão de casamento3 é frequentemente entregue aos casais recém-casados4 após a cerimônia. A consumação do casamento5 ocorre ou o casamento é dito consumado5 quando ocorrem relações sexuais entre este casal.

  • 1. Antes da celebração do casamento o futuro casal costuma ser denominado noivos; segundo a tradição, noivado se refere ao compromisso mais ou menos formalizado da intenção de se casar.

506

A endogamia1 ocorre quando o casal pertence ao mesmo grupo (por exemplo, tribo ou clã). O termo também é utilizado para se referir à tendência dos casais escolherem seus parceiros dentro do mesmo grupo social ou geográfico isolado2, normalmente com tamanho limitado. A tendência oposta é denominada exogamia3. Os casamentos mistos4 são aqueles entre pessoas de diferentes nacionalidades, etnias, religiões, etc. Quando o casamento se dá entre pessoas com certas características sociais, físicas ou mentais comuns, diz-se que são homogâmicos5; na situação oposta diz-se que são heterogâmicos6.

  • 1. Endogamia, s. - endogâmica, adj.
  • 3. Exogamia, s. - exogâmico, adj.
  • 5. Homogâmia, s. - homogâmico, adj.
  • 6. Heterogamia, s. - heterogâmico, adj.


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510

O encerramento da vida conjugal1 ou o final da união coincide com a dissolução do casamento3, isto é, a quebra de todas as obrigações legais resultantes do status de casado, incluindo a remoção de qualquer obstáculo para um novo casamento. Se o casamento se dissolve pela morte, o cônjuge sobrevivente é denominado viúvo4, se for homem, e viúva5, se for mulher. As pessoas viúvas6 vivem sob a condição de viuvez7.

511

Onde o divórcio1 é reconhecido institucionalmente, a dissolução do casamento (510-2) pode acontecer pela concessão de uma ação de divórcio2 por parte de um dos cônjuges. Em alguns países um dos cônjuges pode repudiar3 o outro. As pessoas cujo casamento foi dissolvido por divórcio são denominadas pessoas divorciadas4. As palavras francesas divorcee6 (mulher) ou divorce5 (homem) são muitas vezes utilizadas em inglês, embora a forma masculina seja utilizada mais raramente.

  • 1. Divórcio, s. Divorciar v.

512

Em alguns países o princípio da indissolubilidade do casamento é apoiado por lei ou costumes e o divórcio (511-1) não é permitido; apenas a morte de um dos cônjuges (501-5) pode levar à dissolução do casamento (510-3). Entretanto, em qualquer sistema legal, a ausência de harmonia pode levar à separação2 do casal. Ela pode assumir a forma de uma separação de fato3, ocorrer por meio do consenso de ambas as partes ou ainda como resultado do abandono4 de um dos cônjuges. Ela também pode assumir a forma de uma separação legal5 ou separação judicial5. Uma separação judicial absolve as partes de algumas das obrigações legais, incluindo a obrigação de viver juntos ou co-habitação, mas não os libera para contrair um novo casamento. As pessoas cujos casamentos foram quebrados pela separação são denominadas pessoas desquitadas6 ou pessoas separadas6. Os casamentos onde os cônjuges não vivem mais juntos, mas não dissolveram o casamento legalmente, costumam ser denominados casamentos quebrados7.

513

Uma ação de nulidade1 ou uma anulação de casamento1 é a declaração legal de que, embora uma cerimônia tenha ocorrido, não houve um casamento válido2. A expressão casamento dissolvido3 muitas vezes inclui os casos de anulação e de separação legal, muito embora no primeiro o casamento não tenha sido, de fato, dissolvido. O termo fim da união (510-2) é mais apropriado do que dissolução e pode ainda ser utilizado para os casos onde tenha ocorrido uma união sem casamento legal.

514

Sob uma perspectiva legal, qualquer pessoa que apresente as condições definidas por lei ou costume para se casar é considerada casadoura1 e a população casadoura2 é formada por estas pessoas. A população não casadoura3 consiste nas pessoas que não estão disponíveis por lei ou costumes. O mercado matrimonial4 refere-se a círculos de relações nos quais as pessoas escolhem seus cônjuges6; nem sempre incluem todas as pessoas casadouras. Os candidatos ao casamento7 incluem apenas aqueles que não estão excluídos, pelo menos temporariamente, por razões de saúde ou outras circunstâncias do mercado matrimonial. Viúvos e divorciados podem se casar novamente, mas deve-se fazer uma distinção entre o primeiro casamento8 e os casamentos posteriores, ou recasamentos9. Isso porque a ordem dos casamentos10 pode distinguir os cônjuges; o termo "primeiro casamento" é ambíguo, a menos que se refira ao noivo (501-6*) ou à noiva (501-7*) ou ainda a ambos; algumas vezes costuma-se utilizar o termo apenas aos casamentos de solteiros (515-3) com solteiras (515-4).

  • 9. Recasamento, s. - recasar, v. - recasado, adj.

515

A população pode ser dividida em diferentes grupos de acordo com seu estado conjugal1, estado civil1 ou condição marital1. Pessoas solteiras2, solteiros3 (homens) e solteiras4 (mulheres), são aquelas que nunca se casaram anteriormente; algumas vezes elas são denominadas nunca casadas2. A classe das pessoas casadas5, homens casados6 e mulheres casadas7, consiste naqueles que já se casaram e cujo casamento não foi dissolvido (513-3). Todas as pessoas, exceto as solteiras, podem ser classificadas como pessoas não solteiras8.

  • 2. Em alguns casos pode-se dizer que são celibatários, adj. - celibato, s.: o estado de ser solteiro.
  • 8. Usa-se, também, o termo alguma vez casado(a).



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520

A freqüência relativa de casamentos é medida pelas taxas de casamento1 ou taxas de nupcialidade1, entre elas a taxa bruta de nupcialidade2, que indica a razão entre o número total de casamentos e a população total em um dado período. A nupcialidade masculina3 e a nupcialidade feminina4 são frequentemente distintas e podem ser estudadas separadamente. Os termos nupcialidade masculina3 e nupcialidade feminina4 são utilizados para as freqüências de matrimônios de diferentes sexos. Uma taxa de nupcialidade específica por sexo5 pode ser calculada tendo a população de cada sexo, separadamente, como denominador. É comum distinguir as taxas de primeiro casamento6, que são relativos ao número de solteiros ou solteiras (515-3 e 4) que estão se casando pelo número total de solteiros e solteiras, respectivamente, e a taxa de recasamento7, dada pela razão entre o número de recasamentos e o número total de viúvos e divorciados. Taxas similares podem ser calculadas por idade ou grupos de idade do marido ou esposa sempre que os casamentos são classificados pela idade ao casar8 de cada cônjuge; tais taxas são denominadas taxas de nupcialidade específicas por idade9. A tabulação dos cônjuges por idade ao casar permite o cálculo da idade média ao casar10 para um dado período. As diferenças de idade dos cônjuges11 podem ser analisadas com base em uma classificação das idades combinadas12 dos cônjuges.

  • 2. Algumas vezes a taxa bruta de nupcialidade é obtida pela relação entre o número de recém-casados e a população total.
  • 9. Os termos freqüência de casamentos e freqüência de primeiros casamentos muitas vezes têm sido utilizados para designar a razão entre o número de casamentos ou primeiros casamentos em uma determinada idade e o número total de pessoas naquela idade, independentemente de seu estado conjugal. Freqüência acumulada de casamentos e freqüência acumulada de primeiros casamentos são utilizados em estudos por coorte.

521

A prevalência de casamentos em uma geração de homens ou mulheres é medida pela proporção de nunca casados1, que é usualmente equivalente à proporção de solteiros2 em uma idade, por exemplo, 50, dado que depois dela os primeiros casamentos são raros. A proporção de solteiros em cada idade de uma coorte pode ser calculada com base nas probabilidades de primeiro casamento3, isto é, a proporção de pessoas solteiras na idade exata x que irão se casar antes da idade exata x + 1, supondo que não há mortalidade. Para fins práticos, entretanto, a proporção de solteiros é normalmente obtida com base em dados censitários, tal como a proporção de solteiros4 em uma idade da coorte correspondente. Quando a classificação de primeiros casamentos por idade dos cônjuges é disponível, pode-se calcular a idade média ao primeiro casamento5, a idade mediana ao primeiro casamento6 e a idade modal ao primeiro casamento7.

522

As tábuas de nupcialidade1 são semelhantes às tábuas de vida e combinam várias funções de nupcialidade. A tábua bruta de nupcialidade1 inclui, por idade, as probabilidades de primeiros casamentos (521-3) e as proporções de solteiros (521-2), assim como o número de primeiros casamentos2 em uma dada coorte de pessoas que estão em idade de casar, assumindo que não há mortalidade; ela também oferece o número de solteiros3 em várias idades. A tábua líquida de nupcialidade4 leva em consideração, além da nupcialidade, a mortalidade, e é um caso particular de tábua de múltiplo decremento (153-4). Tais tábuas incluem os sobreviventes solteiros5, os já casados6, as probabilidades de sobrevivências dos solteiros7 e as expectativas de vida dos não casados8.

523

Uma taxa de divórcio1 pode ser calculada de diferentes maneiras. A taxa bruta de divórcio2 fornece a razão entre o número de divórcios e a população média em um dado período. A razão de divórcios pelo número de casais casados é algumas vezes calculada e pode ser denominada taxa de divórcio para pessoas casadas3. Se o divórcio for tabulado pela idade da pessoa que se divorcia ou pela duração do casamento, pode-se calcular as taxas de divórcio específicas por idade4 e as taxas de divórcio específicas por duração5. Outro indicador de freqüência de divórcios pode ser obtido pelo cálculo do número de divórcios por novo casamento6.

  • 6. Essa é uma medida de período que relaciona os divórcios em um ano, tanto os casamentos daquele ano como a média ponderada dos divórcios de vários anos. Em uma análise de coorte é possível relacionar divórcios de anos sucessivos à coorte de casamentos inicial para calcular a proporção acumulada de divórcios.

524

Quando as estatísticas básicas necessárias são disponíveis, pode-se calcular as probabilidades de dissolução de casamento, que indicam a probabilidade, para cada sexo, de que o casamento seja dissolvido por razão de óbito ou divórcio, de acordo com a duração do casamento2; as tábuas de dissolução de casamento são uma aplicação de tábuas de vida de duplo decremento. Tábuas de recasamento para viúvos e divorciados também podem ser calculadas, mas os indicadores de recasamento mais comuns são as freqüências relativas de recasamento3, isto é, a proporção de viúvos e divorciados que se recasaram, normalmente dados pela idade de viuvez ou divórcio e pelo intervalo entre a viuvez ou o divórcio e o recasamento. Esta última informação possibilita o cálculo do intervalo médio entre viuvez e recasamento4 e do intervalo médio entre o divórcio e o recasamento5.


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Capítulo 6 Fecundidade

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601

Estudos demográficos de fecundidade1 tratam de fenômenos relacionados com a procriação2 humana ou reprodução2. O termo natalidade1 se refere à freqüência da ocorrência de nascimentos3 ou mais especificamente ao nascido vivo4 - dentro de populações e sub-populações. Um nascimento é o processo de produzir ou dar à luz uma criança. Nascimentos vivos ou filhos nascidos vivos5 se diferenciam das mortes fetais tardias (cf. 411-5) por que os primeiros mostram sinais de vida, como respiração, movimento voluntário dos músculos ou batidas do coração da criança depois da expulsão completa ou extração. Os termos fecundidade efetiva6, ou ainda, natalidade efetiva6 têm sido usados para indicar a exclusão de mortes fetais tardias no número total de nascimentos; deve excluir as mortes de recém nascidos ou crianças. O termo fecundidade diferencial8 designa diferenças de fecundidade entre os subgrupos de uma população.

  • 1. Para o significado do termo fecundidade em demografia, veja, também § 623.
  • 2. Reprodução, n. - reproduza, v. - reprodutivo, adj. Algumas vezes, reprodução refere-se ao saldo entre nascimentos e mortes (como em § 711) no lugar do processo de reprodução ou procriação.
  • 3. Atualmente o termo nascimento é usado comumente para designar ao nascido vivo.
  • 4. Nascido vivo, adj. Usado, também, como substantivo para designar a criança nascida viva ou filho nascido vivo, dada a introdução do termo óbitos fetais (411-1*).

602

Concepção1 é o resultado da fecundação2 de um óvulo3 por um espermatozóide4 ou célula esperma4 e marca o começo da gravidez5 ou gestação5 por parte da mulher fecundada. Nos dois primeiros meses, esse produto da concepção6 é considerado ovo6; no terceiro mês é um embrião7 e do quarto mês em diante constitui um feto7. O momento em que o embrião se torna um feto não tem sido determinado com precisão; alguns cientistas o situam ao término de 12 semanas ou três meses de vida intra-uterina, embora fases sucessivas de desenvolvimento depois da oitava semana são freqüentemente denominadas fetais. A nidação 8 refere-se à implantação do ovo na parede do útero9 ou matriz9.

  • 1. Concepção, n. - conceber, v.
  • 2. Fecundação, n. - fecundar, v.
    Fertilização artificial: fertilização obtida por inseminação artificial, i.e. por um processo diferente do coito (627-2).
  • 3. Um óvulo fecundado é chamado ovo ou zigoto.
  • 5. Gravidez, n. - grávida, adj.: grávida. Alguns cientistas consideram que a gravidez começa somente com a nidação (602-8) do ovo.
  • 7. Embrião, n. - embrionário, adj. - embriologia, n.: a ciência que lida com o desenvolvimento do embrião.
    Feto, n. - fetal, adj. (cf. 411-).
  • 9. Útero, n. - uterino, adj.


603

Diz-se que um feto é não-viável2 durante a primeira fase da gravidez. O feto é viável1 quando se torna capaz de sobreviver independentemente fora do corpo da mãe; a viabilidade acontece, geralmente, quando o período de gestação3 ou duração da gravidez3 excede 28 semanas. Se a expulsão do feto (vivo ou morto) ocorre após este período configura-se o parto4; a expulsão, antes deste período, associada a uma morte fetal é chamada aborto5 (cf. § 604). O período de cerca de seis semanas depois do parto -durante o qual o útero recupera, normalmente, seu tamanho normal e a probabilidade de concepção é baixa- é denominado puerpério6.

  • 1. Viável, adj. - viabilidade, n.
  • 2. 3. O período mínimo que determina a viabilidade varia entre 20 e 28 semanas, mas a Organização Mundial da Saúde estabelece como padrão um período de 28 semanas. A duração da gravidez é medida, geralmente desde o início da última menstruação. Esta é a medida da duração convencional de gravidez, em contraposição à verdadeira duração da gravidez, que se mede desde o momento da concepção.
  • 4. O processo de expulsão do feto, propriamente, é conhecido como dar à luz ou parir que é a culminação do trabalho de parto. Adicionalmente, o trabalho de parto inclui expulsão ou extração da placenta ou resíduos placentários.
  • 5. Aborto, n. - abortar, v.t. ou v.i. - abortivo, adj. usado como n.: capaz de induzir aborto. - aborteiro, n.: pessoa que executa abortos. No idioma cotidiano, o termo aborto freqüentemente leva o significado de aborto induzido (604-2), em contraposição a aborto espontâneo (604-1).
  • 6. Puerpério, n. - puerperal, adj. (cf. 424-4).

604

Aborto seguido de morte intra-uterina não induzida é denominado aborto espontâneo1, perda fetal1, (ou, coloquialmente, perda1), em contraste com o aborto provocado2, ou aborto induzido 2. Um aborto terapêutico3 é aquele provocado por razões médicas. As leis de alguns países permitem abortos por razões de saúde ou outros motivos (por exemplo, de gravidez originada por estupro) e se denominam abortos legais4. Abortos induzidos contra a lei são abortos ilegais5 ou abortos criminosos5. De acordo com a técnica usada, existem abortos por curetagem6, abortos por aspiração a vácuo7, abortos por dilatação e evacuação7, histerotomias8 (o que implica em cortar cirurgicamente o útero), e abortos através de procedimentos médicos de indução9.

  • 6. Também denominados abortos por dilatação e curetagem, (abreviadamente: abortos por D&C).
  • 7. Também denominados abortos por sucção. Quando o procedimento é feito num período muito próximo a uma concepção presumida, costuma-se usar o termo regulação menstrual ou extração menstrual.
  • 9. Tais procedimentos implicam intercâmbio do líquido amniótico, como no caso do aborto por injeção salina ou uso de prostaglandinas.

605

Gravidez a termo 1 refere-se à gravidez com duração de, pelo menos, 37 semanas (duração normal), medida segundo a duração convencional de gravidez (603-3 *). Um parto prematuro2 ou nascimento prematuro2 é o produto de uma gravidez que termina antes do período normal. O produto deste parto é uma criança prematura4. Nascimentos não prematuros são denominados nascimentos a termo3 ou nascimentos a termo completo 3. A palavra prematuridade5 é empregada com referência a fenômenos relacionados com partos prematuros. Atualmente, classificam-se os nascimentos pelo estágio de desenvolvimento do feto, isto é, pelo peso ponderal6, utilizando-se como indicador, independente da duração da gravidez; considera-se prematura, a criança nascida viva, com peso ao nascer7igual ou inferior a 2.500 gramas. A expressão debilidade congênita8, para designar o estado da criança débil8 ou estado anormal de debilidade do recém-nascido, é cada vez menos empregada.


606

A grande maioria de partos são partos simples1 e produzem um único nascimento1; podem ocorrer, no entanto, partos múltiplos2 ou nascimentos múltiplos2. Duas crianças nascidas do mesmo parto denominam-se gêmeos3 e pode-se distinguir, por um lado, gêmeos monozigóticos4, gêmeos uniovulares 4, gêmeos idênticos4 ou gêmeos verdadeiros 4. Por outro lado, se têm os gêmeos dizigóticos 5 ou gêmeos biovulares5, denominados, informalmente, como gêmeos falsos 5 ou gêmeos fraternos 5. Nascimentos monozigóticos múltiplos acontecem quando um óvulo se divide depois da fecundação; as crianças resultantes são sempre do mesmo sexo e possuem o mesmo patrimônio genético. Nascimentos dizigóticos múltiplos ocorrem quando se dá a fecundação simultânea de dois ou mais óvulos; nestes casos, as crianças resultantes podem ser de sexos diferentes.

  • 2. Na terminologia oficial britânica o termo maternidade (maternity) é usado para denotar um parto que resulta no nascimento de uma ou mais crianças; o número de nascimentos por maternidade pode ser calculado.
  • 3. Quando um nascimento múltiplo resulta em três crianças, trata-se de trigêmeos; quatro, quadrigêmeos, e cinco quíntuplos. Os termos "gêmeos", "trigêmeos", etc. são usados, geralmente, conforme o número total de nascimentos num parto; ocasionalmente, porém, nascimentos múltiplos podem ser classificados segundo o número de nascidos vivos.


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610

Dependendo das leis do país, os nascimentos podem classificar-se segundo a legitimidade1. A rigor, a definição de filho legítimo2 requer que pai e mãe sejam legitimamente casados um com outro no momento da concepção. Na prática, no entanto, a criança será legítima se a mãe é casada legalmente no momento do nascimento ou, se a concepção ocorreu antes da dissolução do casamento (510-3). Nessas circunstâncias, o parto resulta num nascimento legítimo3; os outros nascimentos são nascimentos ilegítimos4. É prática geral considerar como legítimos os filhos que são resultado de concepções pré-maritais5 ou concepções pré-nupciais5 (i.e., concepções que acontecem antes do casamento), mas cujos pais se casam, um com outro, antes do nascimento. Um filho ilegítimo6 ou filho nascido fora do casamento 6 pode ser legitimado7 pelo casamento subseqüente dos pais. O processo de legitimação8 varia de acordo aos países, e pode conferir ao filho, dito ilegítimo, alguns ou todos os direitos legais de filhos legítimos. Determinadas legislações permitem ao pai reconhecer9como legítimo o filho, i.e., admitir a paternidade em forma legal.

  • 5. O termo gravidez nupcial também é usado neste sentido.
  • 6. O termo legal bastardo adquiriu um significado derrogatório, mas é usado, ocasionalmente, por demógrafos históricos. De acordo com a lei de alguns países, um filho ilegítimo resulta de relações adúlteras ou relações extramatrimoniais i.e., uma conexão entre uma mulher casada e um homem que não é seu marido; tal nascimento nem sempre é registrado como ilegítimo.


611

Nascimentos também são classificados por ordem de nascimento1, por exemplo, primeiros nascimentos, segundos nascimentos, etc. A ordem de nascimento é normalmente determinada considerando todos os nascimentos prévios da mãe2; algumas vezes se consideram, somente, os nascimentos do casamento atual3. A ordem de nascimento refere-se, geralmente, a nascimentos vivos. Ocasionalmente são consideradas, também, mortes fetais tardias. O número de partos2 pode ser classificado segundo ordem de parto 4 é feita da mesma maneira que para nascimentos, contando todas as gravidezes com duração de, pelo menos, 28 semanas, e considerando nascimentos múltiplos como um parto, apenas (cf. 603-4). Semelhantemente a classificação por ordem de gravidez5 é feita contando todas as gravidezes conhecidas. Na linguagem médica, uma mulher que nunca esteve grávida e denominada nuligrávida6; os termos primigrávida7 e multigrávida8, respectivamente são usados para a mulher grávida pela primeira vez e que esteve grávida antes. Mulheres também são classificadas por parturição9, normalmente com base ao número de filhos nascidos vivos. Embora na literatura biológica o termo refira-se ao número de partos, diz-se que uma mulher que não teve parto nenhum é nulípara10. Semelhantemente, uma mulher é denominada primípara11 no seu primeiro parto e multípara12 nos partos subseqüentes.

  • 1. Nascimentos de ordem alto são nascimentos que acontecem depois da última ordem especificada, por exemplo, nascimentos de ordem quinto e mais altos.
  • 9. Uma mulher que não deu à luz nenhum nascido vivo é chamada uma mulher de parturição zero, uma mulher de parturição um è aquela que deu à luz unicamente um nascido vivo, e assim sucessivamente.


612

Estudos de alocação no tempo dos nascimentos1 tem a ver com intervalos de nascimento2. Estes incluem o intervalo entre o casamento e o primeiro nascimento3 ou intervalo protogenésico3 e intervalos entre nascimentos sucessivos4 ou intervalos intergenésicos 4. O intervalo entre um nascimento e uma data fixa, como, por exemplo, a do censo (202-1*) ou pesquisa/inquérito (203-4), denomina-se intervalo aberto de nascimento5; intervalos que começam antes e/ou terminam depois daquela data denominam-se intervalos censurados6. O intervalo entre o casamento e o enésimo nascimento7 também é usado no estudo da alocação e medição do espaçamento de nascimentos.

  • 1. O espaçamento dos nascimentos, embora usado no sentido de alocação no tempo dos nascimentos, freqüentemente, é usado para se referir aos esforços deliberados dos casais para adiar um nascimento.
  • 3. Também denominado primeiro intervalo de nascimento. O segundo intervalo de nascimento é o que ocorre entre o primeiro e o segundo nascimento e assim sucessivamente.
  • 4. O intervalo entre dois nascimentos sucessivos registrados denomina-se intervalo fechado de nascimento.


613

No estudo do período de exposição ao risco da concepção1 é necessário considerar os intervalos gravídicos2. São períodos que incluem o início do casamento -ou união- ou a finalização da gravidez e vão até o início da gravidez seguinte. Estes intervalos se denominam, respectivamente, intervalo de espera da concepção3 ou primeiro intervalo gravídico3 e intervalo intergravídico 4 ou intervalo entre gravidezes4. Se o tempo sem atividade sexual (V. 627-2) da mulher é subtraído, trata-se de um intervalo intergravídico líquido5. O período entre o fim da última gravidez e a data de uma pesquisa é denominado intervalo intergravídico aberto6, diferentemente do caso dos intervalos de nascimento. (V. 612-2)



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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
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620

O período reprodutivo1 ou período fértil 1 (mulheres em idade de procriação1) começa na puberdade2. Menstruação3 - o aparecimento do fluxo menstrual4 ou regra4 nas mulheres - também começa na puberdade. A primeira menstruação é chamada de menarca5 ou, menos freqüentemente menarquia5; a menstruação cessa com a menopausa6 que, ocasional e erradamente é denominada, também, climatério6. A menopausa é um evento que acontece durante o climatério. Na prática, o período reprodutivo, convencionalmente, é delimitado, no início, na idade 15 ou à idade mínima ao casamento (504-1) e no final, às idades 45 ou 50 anos. A ausência temporária de menstruação, seja normal ou patológica, é denominada amenorréia7. Amenorréia por gravidez8 acontece depois de uma concepção, e amenorréia pós-parto9 depois de um parto.

  • 1. Os termos idade reprodutiva, idade fértil, ou, ainda, período fecundo também são usados.
  • 3. Menstruação, n. - menstruar, v. - menstrual, adj.
  • 6. Menopausa, n. - menopausada, adj. A expressão idade crítica é usada, no idioma coloquial, como sinônimo de menopausa e da fase do climatério.


621

O potencial de produzir um nascido vivo, por parte de um homem, uma mulher ou um casal é denominado fertilidade1 ou, menos freqüentemente, prolificidade1. A ausência deste potencial é denominada infertilidade2 ou esterilidade2; incapacidade para conceber3 é a principal causa -mas não a única- da esterilidade. Usado isoladamente, o termo esterilidade normalmente conota irreversibilidade, no entanto, ocasionalmente, esterilidade temporária4 é diferenciada da esterilidade permanente5. Para mulheres existe a distinção entre esterilidade primária6 quando a mulher não pode, definitivamente, ter filhos, e esterilidade secundária7 quando esta surge depois de ter tido um ou mais filhos. Embora as convenções salientadas acima sejam, em geral, adotadas pelos demógrafos, para os profissionais médicos os termos fertilidade e fecundidade são praticamente equivalentes. Cumpre observar que, em inglês, as palavras fertilidade e fecundidade têm sentido diametralmente oposto àquele dado nas línguas portuguesa, francesa e espanhola. Assim, o francês: fécondité, espanhol: fecundidad e português: fecundidade8 correspondem ao termo fertility em Inglês. Os termos fertilite, fertilidad e fertilidade correspondem ao termo fecondity em inglês.

  • 1. Fertilidade, n. - fértil, adj. Um significado alternativo do termo denota a capacidade para conceber, em oposição a produzir um nascido vivo. Os termos subfertilidade e subfértil significam que a capacidade para produzir um nascido vivo está debaixo do normal, ou que a probabilidade de concepção é baixa.
  • 2. Esterilidade, n. - estéril, adj. Infertilidade , n. - infértil, adj.


622

O termo esterilidade temporária (621-4) é usado, inclusive, nos casos em que a incapacidade de uma mulher para conceber não é resultado de uma condição patológica. A infecundabilidade temporal refere-se aos períodos de infecundabilidade temporal1 ou períodos estéreis1 em cada ciclo menstrual2, porque geralmente, a concepção ocorre, somente, durante alguns dias em torno do momento da ovulação3. O período de esterilidade que se estende desde a concepção (602-1) até o retorno de ovulação depois do parto -incluindo a gravidez - (602-5) e é influenciado pela duração da amamentação4, é chamado período de não susceptibilidade5 ou período de insusceptibilidade pós-parto5, particularmente nos modelos matemáticos de reprodução. Esterilidade temporária é usado, também, para se referir à ocorrência de ciclos anovulatórios 6 (i.e., ciclos menstruais sem ovulação) ou para períodos anormais de amenorréia. A subfertilidade7 de mulheres muito jovens geralmente denomina-se esterilidade adolescente8; seria melhor, talvez, usar o termo subfertilidade adolescente8.

  • 5. O período entre o parto e o retorno da ovulação é chamado freqüentemente período de esterilidade pós-parto.
  • 6. Também denominados ciclos anovulares.


623

Fecundidade1 e infecundidade2 referem-se ao desempenho reprodutivo no lugar de potencial ou capacidade reprodutiva3, e é usado de acordo a se há ou não, efetivamente, uma procriação (601-2)que, especificamente culmine num nascido vivo(601-4), durante o período em questão. A infecundidade permanente4 pode se estender desde uma certa idade ou duração do casamento até o fim da vida reprodutiva. Se a ausência de procriação corresponde a uma decisão do casal, trata-se de uma infecundidade voluntária5 Lembre-se, novamente, que em países de línguas latinas, os termos fecundidade e fertilidade possuem significado oposto àquele dado em inglês. (621-8)

  • 1. Fecundidade, n. - fecundo, adj.
  • 2. Infecundidade, n. - infecundo, adj.
    Infecundo, n. - refere-se ao estado de não ter filhos de uma mulher, homem ou casal que até o momento é estéril.
  • 5. Não é apropriado o uso do termo esterilidade voluntária.

624

A fecundidade (623-1) do casal depende do seu comportamento reprodutivo1. Deve-se distinguir entre casais que planejam2, isto é, tentam regular e espaçar o número de filhos(612-1 *) ou o nascimento deles, e casais não planejadores3. O planejamento familiar4 ou planejamento da família4 possui um significado mais amplo que o de limitação da família4 que se refere a esforços para não exceder o número de filhos desejados5. Os termos controle da natalidade6, regulação dos nascimentos6 regulação da fecundidade6 e prevenção de nascimentos 6 usam-se, freqüentemente, como sinônimos. Não se restringem às atividades de pessoas casadas unicamente e se aplicam ao comportamento relativo à dimensão final da família evitando que o número de filhos tidos seja maior ao número desejado. É conveniente diferenciar o comportamento reprodutivo resultante da vontade do casal e de decisões de foro íntimo, daquele resultante de imposição de medidas restritivas.

  • 4. Uma classificação segundo a condição de planejamento familiar diferencia os casais que tentam -ou não- regular o número e espaçamento dos filhos. Para planejar o número de filhos, alguns casais empregam o método Ogino-Knauss (628-4) para assegurar a concepção na época desejada, isto é, mantêm relações sexuais durante o período da ovulação.
  • 5. Nascimentos não desejados são os que acontecem depois que o tamanho final de família desejado pelo casal tem sido atingido. São diferentes dos nascimentos não planejados que acontecem no momento não desejado, e/ou, talvez, fora do casamento. Usa-se, indiferentemente número de filhos desejado ou número desejado de filhos.


625

Planejamento familiar implica uma preocupação com procriação planejada1, procriação responsável1 ou paternidade responsável 1, i.e., o desejo para determinar o número e espaçamento de nascimentos em conformidade com o melhor interesse do casal ou da sociedade. O número de filhos desejado (624-5), pode diferir do número ideal2 informado pelo casal numa pesquisa. Mesmo que estas metas não sejam revisadas, elas podem ser excedidas como resultado de falhas contraceptivas3; a freqüência destas falhas depende da eficácia contraceptiva4 que tem dois aspectos. A eficácia teórica5, eficácia clínica5 ou eficácia fisiológica5 indica a segurança do método quando ele é usado estritamente seguindo as orientações do caso. A eficácia de uso6 ou eficácia prática6 mede sua confiabilidade quando usado em situações cotidianas ou habituais por uma determinada população. Raciocinando em termos de fecundabilidade residual (638-8), a eficácia de uso mede-se, normalmente, pela taxa de falha contraceptiva7 que relaciona o número de concepções não desejadas com a duração, em meses, da exposição ao risco de conceber por parte da usuária.

  • 2. Em outras palavras, o número esperado de nascimentos difere das intenções reprodutivas. Deve-se diferenciar entre tamanho desejado da família, o número de filhos que uma mulher, homem ou casal quer ter, e o tamanho ideal de família. Este último seria o número de filhos que eles consideram ser ideal para a sociedade na qual se inserem. O tamanho planejado da família pode ser menor que tamanho desejado da família.
    Nascimentos não planejados é um termo, freqüentemente, oposto ao termo nascimentos planejados.(624-5*)
  • 4. 5. Eficácia é efetividade são sinônimos nestas expressões.
  • 4. Não confundir com eficácia demográfica de um programa de planejamento familiar (veja 626-9), ou de um método em uma população.

626

Um programa de planejamento familiar1 busca introduzir e difundir o uso de métodos contraceptivos num grupo de usuários potenciais2 ou numa população alvo2. Equipes de promotores3, incluindo recrutadores3, motivadores3 e distribuidores3, objetivam alcançar e convencer a população a aderir ao programa. O sucesso do programa pode ser medido pela proporção de novos usuários4, proporção de participação4 ou taxa de aceitação4 na população alvo; para usuários de contracepção, a taxa de continuação5 ou taxa de permanência5 depois de um certo tempo e seu complemento, a taxa de abandono 6 ou taxa de desistência6 também são calculadas. Estimativas dos números e proporções de nascimentos evitados7 refletem a eficácia demográfica (625-4*) do programa. A prevalência contraceptiva em uma população se mede pela proporção de usuários atuais8 de contracepção ou proporção de usuários de planejamento familiar8 para um universo pertinente, como, por exemplo, mulheres casadas em idade reprodutiva.

  • 8. Pesquisas especiais de conhecimento, atitudes e práticas de contracepção -que permitem calcular proporções de usuários(as)- são conhecidas, abreviadamente, como pesquisas KAP, proveniente da nomenclatura em inglês.

627

Contracepção1 ou prática contraceptiva1 refere-se a medidas tomadas para impedir que relações sexuais2 ou coito2 resultem numa concepção; o termo inclui esterilização contraceptiva (631-1). A expressão métodos de controle de natalidade3 usa-se num sentido mais amplo que métodos contraceptivos3, métodos anticoncepcionais3 (e, menos freqüentemente, métodos anticonceptivos3) para incluir aborto (604-2) induzido. A abstinência4 do coito, particularmente a abstinência periódica (628-4) é considerada um método contraceptivo ou método de controle de natalidade.

  • 1. Contracepção, n. - contraceptor, n.: que pratica contracepção (termo escassamente usado por demógrafos de língua portuguesa). Anticoncepcional, adj. : usado para contracepção.
  • 4. Abstinência, n. - se abster , v. A abstinência completa ou prolongada de relações sexuais não é considerada uma prática da contracepção

628

Os métodos contraceptivos podem ser métodos com coadjuvantes1 e métodos sem coadjuvantes2. Um importante método sem coadjuvante de contracepção é o coitus interruptus 3 ou retiro3. Outro método sem coadjuvante de contracepção é a abstinência periódica4, tabelinha4, método do ritmo4 ou Ogino-Knauss 4 no qual evita-se o coito durante o período supostamente fértil da mulher, ocorrendo as relações sexuais no período seguro5 do ciclo menstrual. O método de temperatura basal do corpo6 refere-se ao método no qual a mulher mantém registro da sua temperatura para identificar o período seguro.

  • 1. Métodos com coadjuvantes incluem, além dos métodos de barreira que são usados que para prevenir o encontro do esperma com o óvulo, métodos que usam outros dispositivos anticoncepcionais como o dispositivo intra-uterino - DIU (629-10) e outros tipos de contraceptivos como a pílula (630-4).
  • 4. O termo métodos naturais de planejamento familiar abrange o método do ritmo, o método de Billings e outras técnicas que tentam identificar fases do ciclo ovulatório da mulher.


629

Os métodos de barreira mais comumente usados, isolados ou em combinação, incluem o preservativo masculino 1 ou camisinha/ condom 1, o gorro cervical2, pessário2, preservativo feminino2 ou camisinha feminina2, o diafragma3, tampão vaginal4 ou esponja4, geléia anticoncepcional5 ou cremes vaginais contraceptivas5, supositório vaginais6 ou óvulos vaginais contraceptivos6, tabletes de espuma7 e ducha8 com ou sem espermicida9, usado por mulheres. Há vários tipos de dispositivos intrauterinos10 ou IUD10, inclusive a espiral / alça de Lippes10 o Coil10, a T de cobre10, etc.

  • 10. Os dispositivos intrauterinos são feitos, por exemplo, de acetato vinil, etileno, aço inox, cobre, etc. Alguns contêm progesterona que é liberada lentamente no útero.


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630

Os contraceptivos orais1 são métodos de contracepção hormonal2 ou contracepção através de esteróides3. Estes inibem ovulação mediante ingestão regular da pílula4, ou por injeções, implantes ou adesivos sobre a pele.


631

Esterilização1 é o resultado de procedimentos médico-cirúrgicos: no homem, a vasectomia2 consiste em ligar e cortar os deferentes; na mulher, a ligação tubária3 ou laqueadura3 e salpingectomia4 ou tubectomia 4 implicam intervenções nas trompas de Falópio. Histerectomia5 ou excisão do útero, também causa esterilização da mulher.

  • 3 4. . Existem vários procedimentos para ter acesso às trompas de Falópio, tais como: laparotomia, colpotomia ou laparoscopia.



632

A taxa de natalidade1 refere-se ao quociente entre o número de nascidos vivos observados numa população ou sub-população durante um determinado período e o número total de pessoas de uma população ou sub-população durante esse mesmo período. A taxa se expressa, normalmente, por 1,000, e o período mais habitual é um ano. Se não há menção em contrário, entende-se que taxa de natalidade é uma taxa bruta de natalidade2, e todos os nascidos vivos se relacionam ao total da população. Algumas vezes calcula-se a taxa de natalidade total3 baseada no total de nascimentos (nascidos vivos e mortes fetais tardais). Taxas de natalidade legítimas4 e taxas de natalidade ilegítimas5 calculam-se com nascimentos legítimos e ilegítimos no numerador e as mulheres atualmente casadas e não-casadas no denominador, respectivamente. Para medir a importância deste fenômeno, freqüentemente usa-se a razão de ilegitimidade6, o número de nascimentos ilegítimos por 1,000 nascimentos totais. Para comparar a fecundidade de populações diferentes, é recomendável o uso de taxas de natalidade padronizadas7 para eliminar o efeito das diferenças na estrutura da população (geralmente a estrutura por idade e sexo). A relação criança-mulher8, geralmente o número de crianças com 0 a 4 anos de idade por 1,000 mulheres de idade reprodutiva, por exemplo, 15 a 49, é usado como um índice de fecundidade quando não existem estatísticas confiáveis nascimento.

  • 3. A razão de natimortalidade pode-se estimar calculando a proporção de natimortos (ou mortes fetais tardias) em relação ao número de nascidos vivos
  • 4. e 5. O denominador da taxa de natalidade legítima e ilegítima às vezes é a população total.


633

O termo taxa de fecundidade1 é, freqüentemente, usado quando a fração do denominador da taxa de natalidade se restringe a um grupo de indivíduos do mesmo sexo nas idades reprodutivas (620-1). Este denominador geralmente é a população no meio do ano no período declarado, mas também pode ser o número de anos vividos pelo grupo durante o período, ou o tamanho médio do grupo. A menos que se explicite o contrário, trata-se de taxas de fecundidade feminina2, e as taxas são calculadas para grupos de mulheres; o número de anos vivido por um determinado número de mulheres num intervalo de tempo é chamado o número de anos-mulher3. A taxa de fecundidade masculina4 calcula-se de forma similar. As taxas de fecundidade se expressam, geralmente, por mil nascimentos (subentendendo-se: indivíduos da mesma categoria - sexo, idade, estado marital, etc. - cf. 133-4*). Taxa de fecundidade marital5 ou taxa de fecundidade legítima5 relaciona o número total de nascimentos legítimos (610-3) com o número de mulheres atualmente casadas; Taxa de fecundidade não-marital6 ou taxa de fecundidade ilegítima6 relaciona o número total de nascimentos ilegítimos (610-4) com o número de mulheres solteiras, viúvas, separadas e divorciadas. A taxa de fecundidade geral7 (TFG) não diferencia a legitimidade (610-1) dos nascimentos ou o estado marital dos pais. A TFG relaciona o número total de nascimentos com todas as mulheres de idade reprodutiva independentemente do estado marital. Taxas baseadas num intervalo etário menor (normalmente um ano ou faixas etárias de cinco anos) denominam-se taxas específicas de fecundidade por idade8 ou, menos freqüentemente, taxas específicas de natalidade por idade8. No passado, o termo tábua de fecundidade9 também foi usado neste sentido.

  • 1. É freqüente considerar como sinônimos a taxa de natalidade é a taxa de fecundidade. Esta última, no entanto, é preferida pela maioria dos demógrafos.
  • 5. Fecundidade marital ou fecundidade legítima: a fecundidade de pessoas casadas (veja 635-1).
  • 6. Fecundidade não-marital ou fecundidade ilegítima: a fecundidade de pessoas não casadas.

634

Taxas específicas de fecundidade por ordem1 relacionam nascimentos de determinada ordem (611-1) com o número de mulheres, de casamentos, ou de nascimentos da ordem precedente. Taxas específicas de fecundidade por parturição2 ou taxas de específicas de natalidade por parturição2 calculam-se dividindo o número de nascimentos de uma determinada ordem n pelo número de mulheres que podem dar à luz um filho de ordem n (parturição n-1). Tais taxas específicas calculam-se, normalmente, por idade ou por duração. Nas probabilidades específicas de fecundidade por parturição3, o numerador é o número de nascimentos de ordem n + 1 que acontece durante um período, e o denominador é o número de mulheres de parturição n no começo do mesmo período. A taxa de parturição progressiva é a relação entre o número de mulheres de parturição n de uma população de fecundidade completa e o número de mulheres de parturição n - 1 da mesma população.

  • 1. Se os nascimentos de segunda ordem (ou ordem 2)estão classificados por ano de ocorrência do nascimento anterior, calcula-se um índice denominado nascimentos reduzidos de ordem N, resultante do quociente entre os nascimentos de ordem n ocorridos no ano t que foram precedidos por um nascimento de ordem n-1 no ano t-x e os nascimentos de ordem n-1 ocorridos em t-x.
  • 4. Também denominada coeficiente ou razão de parturição progressiva.(637-7)

635

Ao estudar fecundidade marital1 é possível organizar os dados por gerações ou coortes de casamento (116-2) das mães. Assim, é possível calcular as taxas especificas de fecundidade segundo duração do casamento2 segundo duração do casamento. Este tipo de taxas são, freqüentemente, mais apropriadas que as taxas específicas de fecundidade marital por idade3 da mulher.

  • 3. De forma similar podem ser calculadas taxas de fecundidade marital segundo duração da união legal ou consensual.


636

O termo fecundidade da coorte1 ou fecundidade de uma geração1 refere-se ao desempenho reprodutivo de uma particular coorte de nascimentos ou casamentos (116-2). Quando se somam as taxas específicas por idade ou duração do casamento desde o início da exposição ao risco de procriar até alguma data posterior, temos uma fecundidade acumulada2 ou descendência bruta2. Fecundidade completa3, fecundidade ao longo da vida3, descendência completa3 ou descendência final3 é a fecundidade acumulada até o momento em que todos os membros da coorte atingem o final do período reprodutivo. A soma dos produtos das taxas de fecundidade da coorte multiplicada pela probabilidade de sobrevivência das mulheres por idades sucessivas poderia ser chamada de fecundidade líquida acumulada4 da coorte.

  • 3. O cálculo da fecundidade incompleta antes do fim do período reprodutivo ou a fecundidade acumulada até um dado momento, é útil para mostrar o quanto mais a fecundidade acumulada da coorte pode, ainda, aumentar.


637

Censos e pesquisas (surveys) fornecem informação sobre fecundidade quando se incluem perguntas sobre o número de nascidos vivos das mulheres ou casais enumerados, seja durante o casamento atual1, ou em todo o ciclo de vida. Com esta informação pode-se calcular o número médio de nascidos vivos por mulher2 ou parturição média2. O número de crianças por casal, às vezes, é chamado tamanho médio da família3. Também é possível calcular o número médio de nascimentos por casamento4. Atenção especial é dada aos casamentos com fecundidade completa5, são aqueles nos quais a mulher atinge o fim do período reprodutivo antes da dissolução do casamento. A parturição final6 ou parturição completa 6, i.e., o número médio de filhos por mulher além da idade de procriação, não é muito diferente da fecundidade completa (636-3). A tabulação de parturição final ou fecundidade completa segundo número de filhos permite calcular séries de razões de parturição progressiva7(634-4); estas são frações cujo denominador é o número de mulheres com n filhos e cujo numerador é o número de mulheres com n + 1 filhos. Estudos especiais fornecem abundante informação sobre formação da família8 e ciclo de vida familiar8. Informações sobre o intervalo de nascimento (612-1) e a idade ao nascimento do último filho 10 nascido vivo para mulheres de fecundidade completa são de particular interesse.

  • 2. Nos países em desenvolvimento é prática geral incluir, nos censos e pesquisas de grande porte, perguntas sobre o número e sobrevivência dos filhos nascidos vivos.


638

Histórias de fecundidade1 ou histórias reprodutivas1 são registros obtidos para mulheres individuais sobre importantes eventos nas suas vidas reprodutivas, como casamentos, gravidezes, nascimentos, mortes infantis dos filhos, etc., e as datas correspondentes. Histórias de fecundidade são obtidas, freqüentemente, de pesquisas retrospectivas. Em demografia histórica , (102-1), questionários familiares2 ou registros familiares2 permitem identificar casais e filhos e fazer uma reconstituição familiar3 com base em registros vitais (211-3). A história de gravidezes4 de uma mulher ou o registro de gravidezes4 contêm informação detalhada sobre suas gravidezes, inclusive a data de início, conclusão e o resultado da gravidez. Registros tão detalhados sobre a alocação da fecundidade têm sido usados para vários propósitos. Por exemplo, eles podem fornecer informação sobre fecundidade natural5, i.e., fecundidade na ausência de limitação da família (624-4). Esta informação serve, também, para o cálculo da fecundabilidade6, a probabilidade de conceber por ciclo menstrual (622-2). Deve-se diferenciar a fecundabilidade natural7, na ausência de contracepção, da fecundabilidade residual8 que é a situação oposta. O termo fecundabilidade efetiva9 designa um fecundabilidade cujas concepções resultam em nascidos vivos. A taxa de concepção10 durante o período de exposição ao risco (613-1), denominada, também, Índice de Pearl10 usa-se para medir a eficácia de contracepção durante o período do uso contraceptivo e proporciona informação sobre a eficácia contraceptiva(625-4) .

  • 1. Histórias de nascimento limitam-se normalmente, aos nascidos vivos.
  • 6. Quando o termo fecundabilidade é usado isoladamente, refere-se à fecundabilidade natural.


639

Um indicador sintético da fecundidade de período1, i.e., a fecundidade de um ano calendário particular ou período, calcula-se pela soma das taxas específicas de fecundidade por idade que constituem o padrão por idade da fecundidade2; representam uma medida sintética da fecundidade3 que é a taxa de fecundidade total4 (TFT) ou fecundidade total4. Outros indicadores resumo de período podem ser obtidos, como a taxa de fecundidade legítima total5, a soma das taxas específicas de fecundidade por duração do casamento e a taxa de fecundidade total por ordem específico6de nascimento. Esta se obtém por soma das taxas específicas de fecundidade por ordem específica. A razão nascimentos /casamentos7 é calculada relacionando o número de nascimentos de um determinado ano, com os casamentos do ano, ou como uma média ponderada dos casamentos do ano atual e dos anos precedentes.

  • 2. Também, distribuição de fecundidade ou função de fecundidade.
  • 4. Esta não é uma taxa no significado de (133-4). A fecundidade total para um determinado ano representa o número de crianças nascidas vivas por 1,000 mulheres na ausência de mortalidade e sujeitas às taxas especificas de fecundidade por idade observadas durante aquele ano. A taxa bruta de reprodução total do período (veja 711-4) que se obtêm multiplicando a taxa de fecundidade total pela proporção de nascimentos femininos, foi bastante usada no passado; atualmente a taxa de fecundidade total é preferida como o índice sintético da fecundidade de período.
  • 5. Ou fecundidade marital total. O termo descreve, também, a soma das taxas específicas de fecundidade marital por idade para as mulheres de 20 ou mais anos.


640

Onde o aborto induzido (604- 2) é legal, é possível compilar estatísticas sobre abortos legais (604-4). A taxa de aborto1 é uma medida da freqüência do aborto numa população durante um determinado período, normalmente um ano. O número de abortos pode-se relacionar à população total ou ao número de mulheres nas idades reprodutivas e a taxa pode ser específica por idade, parturição ou qualquer outra característica. A razão de aborto2 é uma medida da freqüência de abortos em relação ao número de nascidos vivos (601-4) durante o mesmo período. A taxa de aborto ao longo da vida3 é a soma das taxas específicas de aborto por idade às quais a mulher esteve exposta ao longo da sua vida reprodutiva. A Taxa Global de Aborto4 (TGA) é a soma das taxas de aborto por idade das mulheres num dado período. É uma medida sintética de abortos por mulher ou por 1.000 mulheres.


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Capítulo 7 Crescimento e reposição da população]

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701

A interação entre a fecundidade, a mortalidade e a migração determina o crescimento da população1 ou crescimento demográfico1. O decréscimo da população2 é considerado um crescimento negativo3. Deve-se diferenciar uma população fechada4, cujo crescimento depende apenas da diferença entre nascimentos e óbitos -isto é, não exposta à migração-, de uma população aberta5 que se incrementa pela natalidade e imigração e se reduz pela mortalidade e emigração. O crescimento total6 201-10) de uma população aberta está constituído pelo saldo migratório ou migração líquida (V. capítulo 8) mais o excedente da natalidade sobre a mortalidade8 ou diferença entre nascimentos e óbitos8. O crescimento natural7 ou crescimento vegetativo7 refere-se à população fechada, sendo, conseqüentemente, o excedente da natalidade sobre a mortalidade, ou, a diferença entre nascimentos e óbitos da população fechada.

  • 1. Crescimento Zero da população implica que a população não muda de tamanho.

702

A proporção do crescimento total com relação à população, num dado período, é denominada taxa de crescimento1. Freqüentemente, esta taxa é calculada utilizando como denominador a população no início do período, ao invés da população média. Quando se estuda o aumento da população durante um período de vários anos, calcula-se a taxa média anual de crescimento2. Alternativamente, pode-se dividir o crescimento total pelo número de anos e estabelecer-se a relação do incremento médio para a população média do período. No cálculo da taxa de crescimento, pode-se supor que a população aumenta segundo uma lei exponencial de crescimento em função do tempo t; trata-se de uma taxa de crescimento exponencial3 e neste caso, tal população é denominada população exponencial4. Pode-se calcular, também, o crescimento geométrico5 quando o tempo é considerado como uma variável discreta. A taxa instantânea de crescimento5 é o limite da taxa anual média de crescimento quando o intervalo em t tende a zero. A proporção do crescimento natural (701-7) em relação à população média, num determinado período, constitui a taxa bruta de crescimento natural6que é igual à relação entre as taxas de natalidade e mortalidade, denominada índice vital7. Este índice é muito pouco utilizado.

  • 4. Neste caso, a população é chamada, ocasionalmente, uma população malthusiana, este termo, no entanto, é ambíguo devido a suas conotações sociológicas (veja 906-1).

703

Quando uma população fechada (701-4) sujeita-se a taxas de fecundidade por idade (633-8) constantes e taxas de mortalidade por idade (401-2), também, constantes durante um período suficientemente longo de tempo, sua taxa anual de crescimento tenderá a ficar constante. Esta taxa constante é chamada de taxa intrínseca de crescimento natural1, e a população que atinge tal estágio é uma população estável2, cuja proporção de indivíduos nos diferentes grupos de idade é constante, i.e., a população tem uma distribuição por idade estável3 independente da distribuição inicial por idade 4 da população fechada, e dependente, apenas, das taxas por idade da fecundidade e da mortalidade que são mantidas constantes. Populações humanas nunca alcançam estabilidade exata na prática, uma vez que as taxas de fecundidade e de mortalidade mudam constantemente. No entanto, o cálculo de uma população estável, como modelo, e de suas taxas intrínsecas oferece um índice do potencial de crescimento5 do conjunto das taxas de fecundidade específicas por idade. Uma população estável, cuja taxa intrínseca de crescimento natural é zero, é denominada de população estacionária6. Em tal população o número de pessoas num determinado grupo etário é igual à integral da função de sobrevivência (431-3) de uma tábua (ou tabela) de mortalidade, considerando como limites as idades superior e inferior do grupo, multiplicados por um fator de proporcionalidade comum a todos os grupos etários. Por esta razão, é comum denominar esta população como a população da tábua de mortalidade. Uma população quase-estável7 é uma população que anteriormente foi estável com fecundidade constante e mortalidade gradualmente variável. Uma população logística9 é uma população que cresce conforme uma função logística10 de crescimento, i.e., uma população na qual a taxa de crescimento diminui segundo uma função linear da população sobrevivente tendendo, assintoticamente, a um limite superior.

  • 1. A taxa intrínseca -também é conhecida como taxa de Lotka, por ter sido ele seu inventor- ou verdadeira taxa de crescimento natural, é igual à diferença entre a taxa intrínseca de natalidade (ou taxa estável de natalidade ) e a taxa intrínseca de mortalidade (ou taxa estável de mortalidade ).
  • 2. Estável, adj. - estabilidade, n. - estabilize, v.
    A análise da população estável usa as propriedades dos modelos da população estável para calcular várias características de populações reais.
  • 6. Estacionária, adj. - Estacionariedade , n.


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710

Os estudos sobre reprodução1, reposição da população1 ou processo de renovação das gerações1 preocupam-se com o processo natural pelo qual uma população substitui seus membros. Consideram a população como um conjunto renovável2, no sentido matemático do termo. Deve-se diferenciar entre taxa de reprodução bruta3 ou de reposição bruta3, que pressupõe ausência da mortalidade durante o período reprodutivo (620-1), e taxa de reprodução líquida4 ou reposição líquida4 que considera presença da mortalidade.

  • 1. Para outro sentido dado à reprodução, veja 601-2.

711

Para o estudo da reposição da população os índices mais usados são as taxas de reposição1 ou taxa de reprodução1; geralmente utilizam-se taxas de reprodução feminina 2 ou taxas de reprodução materna2. A taxa líquida de reprodução3 feminina define-se como o número médio de filhas vivas, nascidas de uma coorte ou geração feminina hipotética (116-2) sujeita a taxas especificas de fecundidade por idade (633-8) e taxas de mortalidade (401-2) durante um determinado período. A taxa bruta de reprodução4 feminina é calculada de modo semelhante, pressupondo ausência de mortalidade durante o período reprodutivo. De forma análoga podem ser calculadas taxas de reprodução masculina5 ou taxas de reprodução paterna5considerando nascimentos masculinos e uma coorte ou geração de homens. Têm sido sugeridas taxas de reprodução para ambos sexos 6 ou taxas de reprodução conjuntas 6 onde seriam considerados ambos sexos. Quando a experiência de uma coorte real é usada na elaboração das taxas de reprodução, obtêm-se taxas de reprodução de coorte7 ou taxas de reprodução de geração7. Nestes casos, as taxas de mortalidade e fecundidade que se utilizam no cálculo referem-se a diferentes períodos de tempo. Na presença de dados de fecundidade por idade deficientes ou não disponíveis, o denominado índice de reposição 8 pode ser usado. Este índice é o quociente de (1): a relação entre o número de crianças de determinada idade (via-de-regra, 0-4 anos) e o número de mulheres em idade de procriação da população real, e (2): a mesma relação na população estacionária (703-6).

712

Outros índices de reposição ou reprodução podem ser calculados. Por exemplo, às vezes, a taxa líquida de reprodução feminina é dividida segundo sua componente legítima1 e sua componente ilegítima2. Desta forma, calcula-se uma taxa líquida de reprodução no casamento3 que determina o número de filhas legítimas que nasceriam de uma coorte de recém nascidas se as taxas de mortalidade, fecundidade, nupcialidade e dissolução de casamentos do período permanecessem inalteradas. Estas taxas são calculadas, geralmente para a população feminina, mas é possível calcular taxas similares para a população masculina.

713

A taxa líquida de reprodução (711-3) e a taxa intrínseca de aumento natural (703-1) se relacionam fortemente entre si. A taxa líquida de reprodução mede o incremento da população estável (703-2) que se deriva de taxas específicas de fecundidade por idade e taxas de mortalidade durante um período equivalente à duração média de uma geração1 ou o intervalo médio entre gerações sucessivas1. A duração deste intervalo, referido a geração feminina é igual à idade média das mães2 de filhas nascidas vivas, submetidas ao conjunto real de taxas específicas de fecundidade por idade e taxas de mortalidade do período. As taxas de reprodução de período são indicadores sintéticos que relacionam coortes hipotéticas3, coortes sintéticas3 ou coortes fictícias3 .

  • 2. A idade média da fecundidade, i.e., a idade média da distribuição por idade da fecundidade é, apenas, aproximadamente, igual à duração media da geração. A duração média de uma geração masculina, similarmente, é o equivalente aproximado da idade média dos pais ao nascimento dos seus filhos.


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720

Projeções de população1 são estimativas que mostram o desenvolvimento futuro de uma população sob certos pressupostos com relação ao futuro da fecundidade, mortalidade e migração. São, geralmente, cálculos formais que mostram os efeitos das hipóteses ou cenários de projeção2 elaborados. Uma previsão de população3 é uma projeção na qual se considera que os pressupostos implícitos nos cenários fornecem um quadro realista ou provável do comportamento futuro dos fenômenos demográficos. A margem de erro a que estão sujeitas as previsões demográficas3 pode crescer consideravelmente em proporção ao prazo; por esta razão, via-de-regra, calculam-se projeções a curto prazo4. O período coberto pelas projeções ou previsões denomina-se prazo4 ou alcance cronológico. O método freqüentemente mais usado de projeção é o método das componentes5 ou método de coorte-componente5 que, partindo de uma distribuição por idade e sexo de uma população base6 ou população inicial6 calcula a população futura de cada geração ou grupo de gerações aplicando, em forma separada, os pressupostos sobre fecundidade, mortalidade e migração. Quando se usa o cálculo matricial o procedimento é chamado método matricial de projeção7.

  • 1. Da mesma forma, podem ser elaboradas retro-projeções ou projeções retrospectivas (ou projeções do passado) utilizando metodologia semelhante para localizar a evolução passada da população. Projeções também podem ser feitas considerando características educacionais, econômicas e sociais.
  • 2. Praticamente não existe diferença entre projeção demográfica e previsão demográfica.

721

Estimativas da população1 segundo tamanho e composição para vários períodos do passado e do presente podem ser elaboradas através de muitos métodos, inclusive os métodos usados para projeções de população (720-1). Estimativas demográficas2 se referem a estimativas da população e de algumas de suas características como fecundidade (601-1), mortalidade (401-1), etc. Quando a estimativa corresponde a uma data compreendida entre dois censos (202-1), recebe o nome de estimativa intercensitária3 A diferença entre a população recenseada num momento t, e a população estimada para esse mesmo momento t, a partir de um censo anterior denomina-se erro de conciliação censitária4. Essa diferença inclui, também, o excesso de nascimentos com relação às mortes e a migração líquida (805-2) durante o período intercensitário. A diferença representa o saldo dos erros nos dados em nascimentos, mortes, migração líquida, e a cobertura dos dois censos.

  • 3. As estimativas pós-censitárias consideram e/ou comparam os resultados de um censo prévio.


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730

Um modelo demográfico1 é uma construção teórica que representa a evolução de uma população (indivíduos, casais, famílias, domicílios, etc.) e de sua estrutura em função de sua composição inicial e do efeito de variáveis demográficas selecionadas (fecundidade, fecundabilidade mortalidade, etc.). Num modelo estático2, estas variáveis permanecem constantes; num modelo dinâmico3 podem mudar ao longo do tempo. Existem diferenças entre modelos determinísticos4, que estabelecem relações funcionais entre valores definidos das variáveis e cujos resultados dependem inteiramente da situação inicial, e modelos estocásticos5 ou modelos probabilísticos5 que consideram a probabilidade de ocorrência de vários eventos considerando sua evolução durante o tempo coberto pelo estudo. O modelo pode ser definido por fórmulas matemáticas ou por uma simulação6 na qual se incluem valores específicos das variáveis em um sistema de relações. Macrosimulações7 implicam projeções de população feitas, por exemplo, pelo método das componentes (720-5). Nas microsimulações8, os eventos ocorrem aleatoriamente entre os indivíduos ou grupos populacionais ao longo do tempo de acordo com um conjunto de probabilidades adjudicadas às variáveis incluídas no modelo.

  • 1. A palavra modelo é usada, também, como um adjetivo em expressões como tabelas modelo ou tábuas modelo (435-5).


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Capítulo 8 Migração

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801

O estudo da mobilidade espacial1 ou mobilidade geográfica1 está relacionado aos aspectos quantitativos dos deslocamentos2 feitos pelos indivíduos no espaço geográfico. A característica distinta da migração3 é que ela envolve uma mudança no local de residência habitual (310-6*) e implica em movimento para além de uma fronteira administrativa. A unidade administrativa de onde o migrante sai é o local de origem4 ou local de partida4; a unidade para onde ele se dirige é o local de destino5 ou local de chegada5. Freqüentemente, o conceito de migração não é aplicável a deslocamentos feitos por pessoas sem um local de residência fixo; por exemplo, em muitos países os nômades são excluídos do cômputo dos migrantes. Na prática, algumas vezes é difícil distinguir entre migração, que implica uma mudança relativamente permanente de residência, e deslocamento temporário6, exceto com base em critérios de duração da ausência7 do local de origem ou duração da permanência8 no local de destino. Em geral, a mobilidade geográfica não inclui viagens de curta duração que não envolvem mudança na residência habitual, embora tais deslocamentos possam merecer estudo devido à sua importância econômica e social. Mobilidade pendular9 envolve a jornada diária ou semanal do local de residência para o local de trabalho ou estudo; deslocamentos sazonais10 têm uma periodicidade anual. O deslocamento em trânsito11, que são movimentos ao longo de um território para se chegar a um destino, em outra localidade, não envolve migração, no que diz respeito ao território percorrido. Tráfego turístico12 ou deslocamento de férias12 também não são incluídos na mobilidade geográfica.

  • 1. Mobilidade espacial é distinta de mobilidade social (920-4) e mobilidade ocupacional (921-3).
  • 3. Migração, n. — migrar, v. — migrante, n.: aquele que migra, também utilizado como adj. — migratório, adj.: pertence à migração. O termo migração refere-se ao processo e não pode ser utilizado em inglês (ao contrário de em francês) para descrever um movimento particular; ele é raramente utilizado no plural. Alguns autores vêem toda mobilidade residencial (803-6) como migração. Para a maioria, entretanto, deslocamentos migratórios envolvem a ultrapassagem de uma fronteira, e a unidade administrativa selecionada é denominada a área definida da migração.
  • 5. Os termos país de origem e país de destino são apropriados quando a migração internacional é o objeto de interesse.
  • 9. Mobilidade pendular diz respeito à pessoa que viaja regularmente do seu local de residência para o seu local de trabalho. A expressão jornada de trabalho é também utilizada para descrever este tipo de movimento.
  • 10. Deslocamento sazonal é um termo mais adequado do que migração sazonal, uma vez que esse tipo de deslocamento raramente envolve uma mudança da residência habitual.

802

Quando a migração é observada ao longo do tempo, é conveniente comparar o local de residência em uma data fixa no passado1 ou o local de residência anterior2 com o local de residência atual3. Um indivíduo cuja unidade administrativa de residência difere no início e no fim de um determinado intervalo de tempo é definido como um migrante4. Migrantes podem ser classificados como emigrantes5, com relação ao seu local de origem, e como imigrantes6, no que diz respeito ao seu local de residência atual. Quando um censo ou pesquisa inclui uma questão sobre o local de residência anterior2, a informação gerada é concernente, de fato, à última etapa migratória7 ou última mudança de residência7, independentemente da data. Um migrante é um indivíduo que teve pelo menos uma residência anterior em uma unidade administrativa diferente daquela de sua residência atual; pode-se considerar que este indivíduo migrou para dentro8 do local de sua residência atual e migrou para fora9 do local de sua residência anterior. Um migrante absoluto11 é uma pessoa cujo local de nascimento10 é uma unidade administrativa diferente daquela de sua residência atual.

  • 4. Estritamente falando, de acordo com este conceito, um migrante deve ter nascido antes do início do intervalo definido de migração e deve ter sobrevivido até o final. Esta definição é algumas vezes estendida para incluir crianças nascidas durante o intervalo e que são alocadas no local de residência de suas mães no início do intervalo. O número de migrantes registrados não é necessariamente igual ao número de deslocamentos que ocorreram durante o intervalo para estes indivíduos, uma vez que qualquer pessoa pode ter se deslocado várias vezes no intervalo, ou ainda ter retornado ao seu local de residência anterior na data de referência do censo ou pesquisa.
  • 10. Usualmente, o local de nascimento é definido como o local de residência habitual da mãe no momento do parto, embora a tradição ou a localização de facilidades médicas possam resultar na ocorrência do parto em outro local.

803

A população de um país soberano pode se envolver em uma migração interna1 quando tanto o local de origem (801-4) quanto o local de destino (801-5) pertencem ao próprio país, ou em migração internacional2, quando a fronteira nacional é ultrapassada. O termo migração externa2 é algumas vezes utilizado neste último caso. A migração internacional é denominada imigração4 ou emigração5 se o país em questão é o país de destino ou o país de origem. Quando o país está dividido em sub-áreas, movimentos no interior das fronteiras de cada sub-área são deslocamentos locais6 e constituem mobilidade residencial7 ou emigração8, dependendo se a sub-área considerada é o local de destino ou o local de origem dos migrantes. Uma corrente migratória9 se dá quando um grupo de migrantes tem uma origem e destino comuns. O contingente maior de pessoas entre essas duas sub-áreas é denominado corrente dominante10 e o contingente menor é a contra-corrente11.

  • 1. As definições de migração neste parágrafo podem ser estendidas aos migrantes envolvidos. A distinção entre migração interna e internacional não é sempre precisa quando territórios dentro de um mesmo país são relativamente autônomos.
  • 2. O simples intercâmbio entre fronteiras nacionais recebe a denominação tráfego de fronteira e não deve ser confundido com migração internacional.
  • 4. Imigração, n. — imigrar, v. — imigrante, n. e adj.
  • 5. Emigração, n. — emigrar, v. — emigrante, n. e adj.

804

Quando um indivíduo migra várias vezes durante um determinado período, seu deslocamento pode ser distinto, de acordo com a ordem da migração1. O tempo de residência2 ou duração da permanência2 refere-se tanto ao intervalo entre a chegada no local e a saída subseqüente para outro destino, quanto ao intervalo desde o deslocamento mais recente. Migração de retorno3 envolve movimento de volta para a área inicial ou para o local de residência anterior. Migração repetida4 ou migração crônica4 refere-se à tendência de migrar várias vezes em um intervalo de tempo relativamente curto. Migração rural-urbana5 algumas vezes toma a forma de uma migração em série6 ou migração por etapa6, uma vez que os migrantes tendem a se deslocarem para uma cidade grande como um local de destino final, por meio de uma série de migrações curtas ou intermediárias para cidades ou áreas sucessivamente de maior tamanho.

  • 3. Indivíduos envolvidos em migração de retorno são denominados migrantes retornados.
  • 4. Quando a migração repetida envolve deslocamentos para novas áreas, alguns autores falam em migração secundária e de migrantes secundários, em contraste com migração primária, que envolve migrantes de primeira ordem ou migrantes primários. Isto é uma fonte de confundimento, uma vez que esses termos usualmente assumem o sentido de (806-4).

805

A contribuição da migração (801-3) para o crescimento populacional (701-1) é devida ao saldo migratório2 ou migração líquida2, isto é, à diferença entre o número de entradas3 e o número de saídas4. O saldo migratório pode ter um sinal negativo ou positivo; há imigração líquida5 quando as entradas excedem as saídas, caso contrário, há emigração líquida6. A soma de entradas e saídas em um país pode ser utilizada para medir o volume de migração7. Um conceito similar, aplicado a sub-áreas de um país, é o saldo migratório8 ou estoque8 de migração. A corrente migratória líquida9 ou troca líquida9 de migração entre duas áreas é definida como a diferença entre as correntes e as contra-correntes migratórias, ao passo que a corrente migratória total10 é a soma de correntes e contra-correntes migratórias.

  • 2. Pode também ser denominada balanço migratório Termos tal como migrante líquido devem ser evitados e substituídos por frases tal como o número líquido de migrantes.

806

Migração espontânea1, migração voluntária1 ou migração livre1 é o resultado da iniciativa e livre escolha dos migrantes. Na ausência de ações combinadas, o movimento é tido como uma migração individual2. Quando uma família inteira se desloca junta, o termo migração familiar3 é algumas vezes utilizado. Migração induzida4 ou migração auxiliar4 é induzida pelo movimento de outros, como quando os filhos seguem o chefe ou pessoa de referência da família. O movimento de trabalhadores ou de membros da força de trabalho em resposta a oportunidades de emprego é denominado migração laboral5. Deslocamentos resultantes de casamento ou quando os indivíduos se aposentam são algumas vezes denominados migração matrimonial6 ou migração de aposentados7.

  • 4. Embora os termos sejam algumas vezes utilizados em um sentido diferente (cf. 804-4*), um migrante primário é a pessoa que toma a decisão de migrar, ao passo que um migrante secundário é um indivíduo, tal como uma criança, cuja migração é o resultado da decisão de outra pessoa. A migração em cadeia refere-se a um padrão de migração para locais de destino específicos, onde o migrante potencial tem um parente (114-3) ou amigo que estabeleceu residência e está disposto a fornecer informação e apoio.

807

Quando grupos de indivíduos ou famílias decidem migrar juntos tem-se uma migração coletiva1 ou migração em grupo1. Migração em massa2 envolve um grande número de migrantes. O termo êxodo3 pode ser utilizado no caso de uma repentina migração em massa decorrente de alguma emergência ou catástrofe.

808

Migração voluntária (806-1) contrasta com migração forçada1, na qual os indivíduos são compelidos, pelas autoridades públicas, a se deslocarem. Repatriação2 se aplica ao retorno forçado de indivíduos ao seu país de origem. Outro exemplo de migração forçada é a expulsão3 de indivíduos ou grupos de pessoas de seus próprios domicílios. O termo evacuação4 é geralmente reservado para o movimento de toda a população para salvaguardar-se de alguma catástrofe, tais como terremotos, enchentes e operações de guerra. Um refugiado5 usualmente migrou por sua própria vontade ou escolha, embora ele tenha sofrido forte pressão para migrar porque sua permanência no seu país de origem pode tê-lo exposto ao perigo de perseguição. Uma pessoa deslocada6 é aquela que foi transferida do seu local de origem, pelas autoridades públicas, de maneira involuntária. Esse deslocamento pode ter ocorrido como resultado de um deslocamento populacional7 ou transferência populacional7 ou troca populacional7 em larga escala.

  • 2. Repatriação, n. — repatriar, v.
  • 3. Expulsão, n. — expulsar, v. — expulso, n., aquele que foi expulso. O termo deportação é utilizado para expulsão de um indivíduo de seu país de residência porque a continuidade de sua presença é considerada indesejável pelas autoridades. Deportação, n. — deportar, v. — deportado, n.
  • 4. Evacuação, n. — evacuar, v. — evacuado, n., uma pessoa que foi evacuada.

809

O processo por meio do qual os imigrantes se ajustam às novas condições na área de destino se divide em várias categorias: naturalização (331-1), que é a obtenção de cidadania legal; absorção1, que é a entrada em atividades econômicas produtivas; assimilação3, que é a integração na estrutura social em termos de igualdade; e aculturação2, que é a adoção de costumes e valores da população no seu local de destino.


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810

Quando imigrantes de um determinado território não se assimilam no seu novo país, mas retêm os costumes de seu país de origem (801-4), eles constituem uma colônia1. Quando o país receptor já é habitado, isto gera problemas de coexistência2 entre diferentes populações. Esses problemas podem ser resolvidos por meio de fusão3 das populações, isto é, pelo desaparecimento de diferenças reconhecíveis, ou pela integração4 de uma das populações à outra. Segregação5 existe em um território onde duas ou mais populações vivem, mas permanecem separadas por barreiras impostas por costume ou por força de lei.

  • 1. Colônia, n. colonizar, v., fundar uma colônia, também utilizado no sentido de estabelecer um novo território — colono, n., membro de uma colônia.
  • 2. Coexistência, n. — coexistir, v.
  • 5. Segregação, n. — segregar, v.

Em casos extremos, o conflito pode resultar em genocídio, isto é, na tentativa de uma população exterminar a outra. Exterminar, v. — exterminação, n.

811

Política migratória1 é um aspecto da política populacional ou política de população (105-2). A maioria dos países restringe a admissão de estrangeiros por meio de leis de migração2. Essas leis freqüentemente permitem a imigração seletiva3 de pessoas com determinadas características específicas. Alguns países têm estabelecido um sistema de cotas4, com base no qual o número de imigrantes é fixado em relação à nacionalidade de origem5. Medidas designadas a influenciar a distribuição da população6 no interior do país, por meio de migração interna (803-1), são usualmente de caráter mais indireto.

812

Estatísticas migratórias1 ou estatísticas de migração1 são compiladas para revelar o volume de migração, a direção dos movimentos migratórios e as características dos migrantes. A exatidão com a qual cada um desses aspectos é apurado depende do método de compilação, uma vez a maioria das estatísticas migratórias consiste de aproximações e estimativas e não de medidas precisas. A medida direta de migração(2) requer um sistema de registro dos deslocamentos na medida em que eles ocorrem. As estatísticas de migração mais completas são desenvolvidas por registros populacionais nos quais todas as mudanças de residência são registradas. Elas permitem medidas de migração interna e internacional, mas são mais satisfatórias para as primeiras do que para as últimas. Em países onde esses registros de população não existem, um determinado número de sistemas de registros administrativos que não cobrem a totalidade da população pode ser utilizado para fins específicos. Portanto, dados de registro eleitoral3, registros de seguridade social4 ou registro de pagamento de impostos5 podem produzir informações sobre migração interna. No caso de migração para o exterior, as estatísticas podem ser baseadas nas listas de passageiros6 ou registro de passageiros6 de navios e aeronaves. A contagem de pessoas que cruzam fronteiras políticas produz dados muito grosseiros; o mais importante é que em áreas com muito tráfego de fronteira (803-2*) deve-se tomar cuidado especial para distinguir migrantes de viajantes7, que não mudam seu local de residência, e pessoas em trânsito (801-11). O número de vistos de entrada8 ou permissão de entrada8 expedidos e o número de permissão de residência9 ou permissão de trabalho10 concedidos podem também ser utilizados como um indicador da migração internacional.

  • 7. Viajante, n. — viajar, v. — viagem, n.: o processo de viajar.
  • 8. Em determinados países os residentes que desejam viajar para o exterior necessitam obter permissão de saída ou visto de saída, cujo registro pode servir como uma fonte de informação sobre movimentos migratórios.

813

Informações coletadas em censos e pesquisas permitem o desenvolvimento de estatísticas sobre migrantes1. Dependendo das questões perguntadas, elas usualmente incluem estatísticas sobre imigrantes2, estatísticas sobre emigrantes2 e estatísticas sobre local de nascimento3. Medições com base nessas perguntas apresentam limitações no que diz respeito ao estudo da migração internacional; os emigrantes não podem ser estudados, ao passo que os imigrantes são conhecidos, independentemente do seu país de origem.

814

Quando não é possível determinar a migração diretamente, estimativas indiretas do saldo migratório podem ser obtidas pelo método residual1 ou método de resíduos1, no qual a mudança na população entre duas datas é comparada com a mudança devida ao crescimento natural; a diferença entre os dois volumes é atribuído à migração. O método das estatísticas vitais2 ou método do crescimento natural2 consiste em computar a diferença entre a mudança na população total, como obtida dos dois censos, e o crescimento natural (701-7) durante o intervalo intercensitário. O método das relações de sobrevivência3 é comumente utilizado para estimar a migração líquida por idade; ele não requer dados de estatísticas de óbitos. As razões de sobrevivência podem ser derivadas tanto de tábuas de vida quanto da comparação entre censos sucessivos; elas são aplicadas a uma sub-população em um censo para se obter os números esperados por idade na data do outro censo. A comparação entre as populações observada e esperada pode ser utilizada para estimar o saldo migratório por idade para a sub-população. Quando as estatísticas de local de nascimento4 por idade e residência atual são disponíveis em dois censos consecutivos, é possível fazer estimativas indiretas da migração corrente.

  • 2. A equação que mostra que a diferença entre a mudança na população total e o aumento na população natural é igual à migração tem algumas vezes recebido a denominação equação compensatória. Para utilizá-la para estimar a migração líquida, deve-se assumir que as omissões (230-3) e as múltiplas contagens (230-5) são iguais para ambos os censos.
  • 3. Os principais variantes deste procedimento são denominados método das razões de sobrevivência da tábua de vida e método das relações intercensitárias de sobrevivência. No método das razões de sobrevivência prospectiva, a população no início de um período intercensitário serve para estimar a população esperada no final do período, e o procedimento é o contrário no método das razões de sobrevivência retrospectiva; o método da média das razões de sobrevivência combina as duas alternativas anteriores.

815

O termo genérico taxa de migração1 refere-se a qualquer taxa que mede a freqüência relativa da migração em determinada população. Exceto nos caso indicados, essas taxas devem ser consideradas como taxas anuais de migração2. Elas podem ser obtidas como a razão entre o número médio anual de migrantes registrados durante um determinado período e a população média do período. A taxa anual de migração líquida3 e a taxa anual de migração total4 são calculadas de maneira similar, utilizando a informação apropriada sobre a migração líquida ou total. Um índice de eficácia migratória5 ou índice de eficácia5 é calculado como a razão da migração líquida em relação à imigração e emigração total. O índice varia de zero, quando entradas e saídas são iguais, a um, quando a migração se dá inteiramente em uma direção.

  • 2. Outros denominadores podem ser utilizados para computar a taxa, tal como a população no início e final do período, ou o número de pessoas-ano vividos pela população da área considerada.
  • 5. Também: Índice de eficiência migratória ou índice de eficiência.

816

Proporções de migrantes1 podem ser obtidas relacionando o número de migrantes durante um período à população para a qual ou da qual eles migraram. Quando a proporção de emigrantes2 é obtida pela divisão do número que se declarou ter se deslocado para fora da área pela população residindo na área no início do período e sobrevivente no final, este índice mede a probabilidade de deslocamento da população exposta ao risco, e entre outras utilizações, pode ser utilizado na preparação de projeções populacionais onde a migração é estimada separadamente. Mas, na prática, outras populações são freqüentemente utilizadas como denominadores para cálculo das proporções de migrantes. Similarmente, a proporção de imigrantes3 é algumas vezes obtida dividindo-se o número de imigrantes em uma área durante um período, pela população da área no final do período; mas o denominador também poderia ser a população no início do período, ou a média entre a população no início e no final do período. A proporção de imigrantes absolutos4 pode ser derivada da informação sobre o local de nascimento, dividindo-se o número de pessoas nascidas fora da área pela população residente na área. A proporção de emigrantes absolutos5 pode ser obtida dividindo-se o número de pessoas residentes em um país fora da sua área de origem pelo total de pessoas nascidas naquela área ou pelo total da população nativa que ainda vive na área. Quando algumas características dos migrantes, tais como idade (322-1), ocupação (352-2) ou nível de educação (342-1) são conhecidas, os índices de migração diferenciais6 são utilizados para comparar os migrantes com o restante da população de destino. O índice é igual a 1 menos a razão entre a proporção de migrantes na população com as características estudadas e a proporção de migrantes no conjunto da população. O índice de migração diferencial é igual a zero quando a população com as dadas características tem o mesmo comportamento migratório do restante da população. O termo migração seletiva7 indica que a comparação é entre os imigrantes e a população da qual eles foram extraídos, na área de origem.

817

Análise longitudinal da migração1 requer informação sobre deslocamentos sucessivos de um indivíduo ao longo do tempo, que é normalmente disponível apenas nos registros populacionais (213-1) ou pesquisas retrospectivas (203-8). Diversas medidas refinadas de migração podem ser derivadas deste tipo de dado, tais como a probabilidade da primeira migração2, definida como a probabilidade de um grupo de não-migrantes3 de idade x migrar pela primeira vez antes de atingir a idade x + n. Estas probabilidades podem ser utilizadas para calcular a tábua de não-migrantes4. Esta tábua, quando combinada com a tábua de vida (432-1) levará a uma tábua de sobrevivência de não-migrantes5 de duplo decremento. Similarmente, as probabilidades de migração por ordem de deslocamento6 podem ser computadas, assim como a proporção de migrantes de uma determinada ordem que não fez um deslocamento subseqüente dentro de um determinado intervalo. As taxas de migração de todas as ordens7 é a razão entre os deslocamentos de todas as ordens em um ano e a população média da coorte (116-2*) no ano de referência. O somatório destas taxas para uma coorte, até uma determinada data, fornece uma estimativa do número médio de deslocamentos8 realizados pela coorte até esta data, na ausência de mortalidade. A tábua de sobrevivência pode ser combinada com uma tábua de migração de todas as ordens9, específica por idade, para estimar o número médio de deslocamentos de um indivíduo de uma determinada idade, levando em consideração a mortalidade.

818

No estudo de migrantes entre duas áreas durante um determinado período, a medida comumente utilizada é o índice de intensidade migratória1 de A para B, que é obtido dividindo-se o número de migrantes da área A para a área B pelo produto do número de habitantes na área B no final do período pelo número de habitantes de A no início do período e sobreviventes até o final do período. Este índice, dividido pela razão entre o total de migrantes e o quadrado da população total do país, resulta no índice de preferência migratória2 ou índice de intensidade relativa2. Quando o numerador é restrito à corrente migratória líquida, a medida resultante é denominada índice de intensidade migratória3. O índice de efetividade da corrente migratória líquida4 é medido pela relação entre o valor absoluto da corrente migratória líquida e a corrente migratória total (805-10).

  • 1. Este índice pode ser interpretado como a probabilidade de dois indivíduos sobreviventes ao final do período e selecionados aleatoriamente, um deles residindo na área A no início do período e o outro entre aqueles residindo na área B no final do período, sejam idênticos. A disponibilidade de dados pode impor a utilização de vários outros denominadores.

819

Os modelos de migração1 ou modelos migratórios1 podem ser classificados em duas categorias. A primeira relaciona as correntes migratórias (803-9) entre duas áreas às variáveis sociais, econômicas e demográficas. Estas variáveis são freqüentemente classificadas como fatores de expulsão2, quando elas caracterizam expulsão2 ou repulsão2 da região de origem; como fatores de atração3, resultando em atração3 para a região de destino; e como obstáculos intermediários4 entre as duas regiões. Os mais simples destes modelos são os modelos gravitacionais5: as correntes migratórias entre as duas regiões são diretamente proporcionais ao tamanho de suas populações, e inversamente proporcionais às distâncias6 entre elas, elevadas a uma determinada potência. Outros modelos consideram que as correntes migratórias são proporcionais às oportunidades na região de destino, e inversamente proporcionais às oportunidades intervenientes7 entre origem e destino. A segunda categoria de modelos é denominada modelos estocásticos (730-5) e se referem a indivíduos e não a populações; eles ligam a probabilidade de migrar a determinado número de características pessoais, tais como idade e história das migrações anteriores.

  • 5. Ou modelos tipo Pareto.
  • 6. A distância pode ser medida de diversas maneiras: uma linha reta, uma rota, o número de regiões intervenientes, etc.


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Capítulo 9 Aspectos econômicos e sociais da demografia

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901

Uma parte das teorias sobre população (105-1) está relacionada aos determinantes sociais e econômicos e suas conseqüências sobre as tendências da população. No passado, o tratamento teórico da população estava fortemente centrado na relação entre população total e recursos1, isto é, os meios disponíveis para o sustento da população, ou na produção2, isto é, a geração de bens e serviços. Mais recentemente, a ênfase mudou para as inter-relações entre crescimento populacional (701-1) e seus componentes, e crescimento econômico (903-1), particularmente com relação a consumo3, poupança4 e investimento5.

902

Considerações acerca das relações entre tamanho populacional e recursos levam aos conceitos de superpopulação1 e subpopulação2. Estes termos são definidos apenas para um determinado nível de desenvolvimento3. Quando não há vantagem em se ter uma população maior ou menor, diz-se que se tem um ótimo de população4, algumas vezes denominado simplesmente de ótimo4. As vantagens obtidas podem ser de caráter econômico e, neste caso, ele é um ótimo econômico5. A discussão sobre ótimo econômico geralmente se reverte em termos de bem-estar econômico, mas, como isto é difícil de se verificar empiricamente, o termo é algumas vezes substituído por nível de vida6 ou padrão de vida6. Isto é aproximadamente o mesmo que renda nacional real per capita7, ou seja, o volume total de bens e serviços produzidos em um determinado período (ou seu equivalente em renda monetária ajustada pela variação no poder de compra) dividido pela população total durante o período.

  • 1. Superpopulação, n. – super-habitada, adj.
  • 2. subpopulação, n. – sub-habitada,, adj.
  • 5. Alguns autores têm utilizado o conceito de ótimo de poder e ótimo social, assim como de ótimo econômico.
  • 6. A expressão “padrão de vida” é limitada por alguns economistas para significar uma meta aceitável ou conjunto de necessidades reconhecidas, em contraste com o nível de vida realmente obtido. Outros utilizam esses termos como sinônimos.
  • 7. Outras medidas, tal como o produto nacional bruto per capita, também são utilizadas. “Per capita”, embora gramaticalmente incorreto, é um termo utilizado para substituir a expressão “por cabeça”.

903

Economistas têm enfatizado as relações dinâmicas entre crescimento econômico1 ou desenvolvimento econômico1 e taxas de crescimento populacional e mudanças na estrutura populacional; eles estão menos interessados hoje no conceito estático de um tamanho ótimo do que no conceito dinâmico do ótimo de taxa de crescimento2 da população, isto é, a taxa de crescimento que será consistente com a taxa máxima de crescimento do nível de vida. Estas relações são uma preocupação particular nos países com baixo nível de vida, os quais têm sido denominados países menos desenvolvidos3 ou países em desenvolvimento3.

  • 3. Também: países subdesenvolvidos ou países de baixa renda. Eles são comumente contrastados com países desenvolvidos, ou países mais desenvolvidos.

904

O máximo populacional1 de um território, algumas vezes denominado sua capacidade de subsistência1, é geralmente entendido em termos absolutos como o maior número de pessoas que poderiam ser sustentadas sob condições específicas; mas é algumas vezes utilizado com o significado de o maior número de pessoas que poderiam ser sustentadas em um determinado padrão de vida. Contrariamente, o mínimo populacional2 é geralmente tido como o menor número de pessoas em uma área, o que é consistente com grupo de sobrevivência3.

905

O termo pressão populacional1 está ligado aos conceitos relacionados ao tamanho da população e recursos (901-1) disponíveis. Isto significa que a população da área é próxima ou distante do volume máximo consistente com os recursos disponíveis. De acordo com a teoria Malthusiana de população2, assim denominada em homenagem ao seu criador, Thomas Malthus, haverá, inevitavelmente, pressão da população sobre os meios de subsistência3. Qualquer modificação no volume de meios de subsistência disponíveis poderá gerar crescimento populacional (701-1) até que a população de equilíbrio seja de novo atingida, quando o nível de vida tiver alcançado o nível de subsistência5, isto é, um nível adequado o suficiente para garantir a sobrevivência. O equilíbrio seria mantido pela eliminação da população excedente, tanto por meio de xeques positivos6 ou freios positivos6, algumas vezes conhecidos como xeques Malthusianos6 ou freios Malthusianos6 (fome, epidemia e guerra), ou por intermédio de xeque preventivo7 ou freio preventivo6 de restrição moral8, consistindo de adiamento do casamento9, combinado com abstinência de relações sexuais antes do casamento.

  • 6 e 7. Os termos xeque positivo ou freio positivo e xeque preventivo ou freio preventivo, em inglês, são geralmente utilizados apenas com referência às doutrinas de Malthus.

906

Embora o termo Malthusianismo1 originalmente se refira às teorias de Malthus, ele é freqüentemente utilizado hoje para denotar a idéia de que uma redução na taxa de crescimento populacional é desejável. Neo-Malthusianismo2, ao mesmo tempo em que coloca como desejável controlar o crescimento populacional, advoga que tal restrição seria atingida por meio da utilização de métodos de controle da natalidade (627-3).

  • 1. Malthusianismo, n. – Malthusiano, adj.: em conformidade com a doutrina de Malthus. Os termos são algumas vezes utilizados erroneamente para se referirem à defesa de programas de planejamento familiar para resolver problemas econômicos.

907

O processo de transição de uma situação na qual tanto fecundidade quanto mortalidade foram relativamente elevadas, para uma situação na qual elas são relativamente baixas, que tem sido observado em vários países, é denominado transição demográfica1 ou transição populacional1. No processo de mudança de um estágio pré-transicional2 para um estágio pós-trasicional3, há tipicamente um intervalo de tempo entre o declínio da mortalidade e da fecundidade, resultando em um estágio de crescimento transicional4. Alguns economistas têm relacionado esses processos evolutivos da população às mudanças na produtividade5, isto é, produção por membros da força de trabalho, ou por cada membro da população.

  • 1. Algumas vezes denominada revolução vital. Uma distinção adicional é feita entre transição da fecundidade e transição da mortalidade. A teoria da transição demográfica associa mudanças históricas nas taxas vitais a transformações socioeconômicas acarretadas pelos processos de industrialização e urbanização.


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910

Na eugenia1, uma disciplina que procura melhorar a qualidade da população, direciona-se atenção primeiramente ao papel da hereditariedade2, a transmissão de características hereditárias3, tal como cor dos olhos, de uma geração para outra. Características adquiridas4 não são transmitidas. Uma característica letal5 geralmente ocasiona a morte precoce do feto.

  • 1. Eugenia, n. – eugênico, adj. - eugenista, n.: um especialista em eugenia.
  • 2. hereditariedade, n. – hereditário, adj.

911

A transmissão de características hereditárias opera através de genes1 que são transmitidos dos pais para os filhos. Genética2 é a ciência preocupada com a transmissão e efeitos de fatores hereditários. Os genes são conduzidos por cromossomos3, que são filamentos longos de DNA (ácido desoxirribonucléico) localizados nas células núcleos. A posição de um gen em um cromossomo é denominada seu lócus4. Genes ocupando o mesmo lócus afetam as mesmas características, embora eles façam isto de várias maneiras, que correspondem a vários alelos5 do gen neste lócus. A nova célula formada pela união de duas células sexuais ou gametas6 durante o processo de concepção (602-1) é denominada zigoto7.

  • 1. Todos os genes carregados por um indivíduo são coletivamente denominados sua dotação genética.
  • 2. Genética, n. – genético, adj. – geneticista, n. : um especialista em genética.

912

O conjunto de dois genes de um indivíduo no mesmo lócus é denominado genótipo1; diz-se que o genótipo é homozigoto2 se os alelos são idênticos em um determinado lócus; caso contrário, diz-se que é heterozigoto3. O fenótipo4 consiste de uma característica observável, como determinada pelo genótipo e pelo meio ambiente. Se um indivíduo heterozigoto (AA’) não pode ser distinto de um indivíduo homozigoto (AA), diz-se que o alelo A é dominante5 sobre o alelo A’, e neste caso o alelo A’ é recessivo6. Genes são sujeitos a mudanças repentinas e aparentemente aleatórias, denominadas mutações7. Panmixia8 ou acasalamento aleatório8 garante distribuição uniforme de genes nas populações.

  • 7. Mutação, n. – mutante, adj. ou n.

913

Uma distinção é freqüentemente feita na política eugênica entre eugenia positiva1, que objetiva aumentar o número de pessoas que se acredita ter as características desejáveis, e eugenia negativa2, que objetiva restringir a reprodução de pessoas que supostamente possam transmitir características indesejáveis ou defeitos hereditários3. Muita atenção tem sido dada à discussão da esterilização eugênica4, isto é, a esterilização de pessoas passíveis de transmitir características indesejáveis aos seus descendentes. Esta medida tem merecido objeções de ordem moral, assim como objeções devido à sua eficiência relativamente baixa na redução da freqüência de genes recessivos (912-6). Entre as medidas propostas pode ser mencionado o exame pré-marital5; o exame tem como objetivo dar aos pares que pretendem se casar informação sobre a provável qualidade de sua prole, de maneira que futuros candidatos a casamentos disgênicos6, isto é, aqueles prováveis de produzir defeitos, possam ser prevenidos.

914

A probabilidade de que um indivíduo em idade reprodutiva terá um dado número de filhos que também atinjam a idade reprodutiva pode depender de seu genótipo (912-1). Esta reprodução diferencial é denominada seleção1. O valor seletivo2 ou valor de aptidão2 de um genótipo é o número relativo de filhos de indivíduos com o genótipo, que sobrevivem até a idade reprodutiva. O valor seletivo médio3 ou aptidão3 de uma população é igual à média dos valores seletivos dos genótipos de seus membros. A carga genética4 da população é o declínio relativo no valor médio de aptidão resultante da presença de diferentes genótipos com diferentes valores de aptidão. A flutuação aleatória da freqüência com a qual um gene específico é encontrado em diferentes gerações da população é denominada flutuação genética5. A estrutura genética6 de uma população refere-se à distribuição das freqüências de diferentes alelos (911-5) em um determinado lócus (911-4), entre os membros da população. A estrutura genética7 de uma população refere-se à distribuição de diferentes genótipos no mesmo lócus.

915

No caso de um indivíduo consangüíneo, i. e., um indivíduo cujos pais têm um progenitor comum, sabe-se que dois genes têm genes idênticos1 por descendência, se ambos foram gerados pelo mesmo progenitor e estão no mesmo lócus. A probabilidade de um indivíduo escolhido aleatoriamente em uma população carregar dois genes idênticos por descendência é o coeficiente de procriação consangüínea2 da população. O coeficiente de parentesco3 da população é a probabilidade de que dois indivíduos escolhidos aleatoriamente naquela população carreguem genes idênticos por descendência, no mesmo lócus.


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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


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Em muitos estudos, a população é dividida em um conjunto de grupos1 de status social ou em grupos socioeconômicos1, de acordo com a ocupação, renda, educação ou índice similar de status econômico. O termo classe social2 tem uma conotação sociológica que é apenas aproximada em relação ao tipo de agrupamento utilizado nos estudos demográficos. A divisão da sociedade em um conjunto de grupos sociais é denominada estratificação social3. A mobilidade entre grupos sociais diferentes é denominada mobilidade social4; há distinção entre mobilidade ascendente5 e mobilidade descendente6 na hierarquia social. A mobilidade de filhos em relação à classe social de seus pais é denominada mobilidade social inter-geracional7.

  • 3. Uma casta é um grupo social fechado no qual o status social e a posição na hierarquia social são dados.
  • 7. A mobilidade social de um indivíduo ao longo da sua própria existência é denominada mobilidade social intra-geracional.

921

Mobilidade do trabalho1 é o termo geral que cobre não apenas uma mudança de ocupação2 individual sob a denominação de mobilidade ocupacional3, mas também mobilidade do emprego4, ou mudança de empregador, e mudança no ramo de atividade econômica (357-1).

922

O interesse nos problemas de pessoas idosas (324-8) e envelhecimento (326-3) tem suscitado uma área de estudos denominada gerontologia1, incluindo a área especial da medicina denominada geriatria2.

  • 1. Gerontologia, n. – gerontológico, adj. – gerontologista, n.: um especialista em gerontologia.
  • 2. Geriatria, n, - geriátrico, adj. – geriatra, n.: um especialista em geriatria.


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Uma política populacional (105-2) é uma série de medidas tomadas pelas autoridades públicas para influenciar a tendência da mudança populacional, ou princípios oferecidos como uma base para tais medidas. Pode-se fazer uma distinção entre políticas populacionistas1 visando aumentar a população, acelerar sua taxa de crescimento ou controlar seu incipiente declínio efetivo ou despovoamento2, e políticas de controle populacional3 com o propósito de controlar o crescimento populacional ou reduzir a taxa de aumento da população. Entre as primeiras, as políticas pronatalistas4, com o objetivo de aumentar a taxa de natalidade (632-1), são particularmente importantes. Em contraste com as políticas pronatalistas, existem políticas antinatalistas5, que objetivam reduzir a freqüência de nascimentos. Uma política de população pode também incluir um componente da política de redistribuição populacional6 com o propósito de influenciar a distribuição da população no território.

  • 3. Também denominada políticas Malthusianas. Veja 906-1.

931

Em muitos países subsídios1, benefícios1 ou doações2 são oferecidos aos pais de crianças. Em geral um subsídio é uma soma de dinheiro que é pago periodicamente, ao passo que uma doação é paga em apenas uma única ocasião. Subsídio à família3 ou subsídio à criança3 representa uma soma de dinheiro pago regularmente aos pais com um número específico de filhos. Em muitos sistemas fiscais, abatimentos de impostos4 são concedidos em relação aos filhos dependentes. Outros benefícios monetários pagos em alguns países incluem auxílio maternidade5 ou auxílio nascimento5, que são pagos por ocasião do nascimento do filho, subsídio pré-natal6, pago a mães gestantes durante a gravidez, e ocasionalmente empréstimos matrimoniais7, concedidos para casais recém-casados para auxiliá-los na constituição do seu domicílio.

932

Muitas outras medidas públicas, tais como programas habitacionais ou medidas no campo da saúde pública1, podem ter um impacto no fenômeno demográfico. A provisão de serviços a mulheres grávidas, tal como clínicas de pré-natal2 e para parturientes (603-4*) pode ajudar na redução da mortalidade fetal tardia, infantil e materna (cf. 410, 411, 413, e 424-5). Serviços com o objetivo principal de ajudar as mães são denominados serviços maternos3; aqueles direcionados à assistência da criança são serviços de bem-estar infantil4 ou serviços de bem-estar da criança4.

933

Programas populacionais1 com o intuito de reduzir a fecundidade nos países em desenvolvimento incluem educação em planejamento familiar2 e serviços de planejamento familiar3(626-_), tanto sozinhos quanto em associação com programas de saúde4 e programas de bem-estar social5, particularmente programas de saúde materno-infantil6 visando reduzir a mortalidade. Alguns países têm tentado recorrer a incentivos7 e desincentivos8 de vários tipos procurando motivar a limitação do tamanho da família; pressões sociais9 e sanções legais10 contra comportamentos de fecundidade desaprovados também são encorajados.


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