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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)

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De Demopædia
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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


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O estudo da mobilidade espacial1 ou mobilidade geográfica1 está relacionado aos aspectos quantitativos dos deslocamentos2 feitos pelos indivíduos no espaço geográfico. A característica distinta da migração3 é que ela envolve uma mudança no local de residência habitual (310-6*) e implica em movimento para além de uma fronteira administrativa. A unidade administrativa de onde o migrante sai é o local de origem4 ou local de partida4; a unidade para onde ele se dirige é o local de destino5 ou local de chegada5. Freqüentemente, o conceito de migração não é aplicável a deslocamentos feitos por pessoas sem um local de residência fixo; por exemplo, em muitos países os nômades são excluídos do cômputo dos migrantes. Na prática, algumas vezes é difícil distinguir entre migração, que implica uma mudança relativamente permanente de residência, e deslocamento temporário6, exceto com base em critérios de duração da ausência7 do local de origem ou duração da permanência8 no local de destino. Em geral, a mobilidade geográfica não inclui viagens de curta duração que não envolvem mudança na residência habitual, embora tais deslocamentos possam merecer estudo devido à sua importância econômica e social. Mobilidade pendular9 envolve a jornada diária ou semanal do local de residência para o local de trabalho ou estudo; deslocamentos sazonais10 têm uma periodicidade anual. O deslocamento em trânsito11, que são movimentos ao longo de um território para se chegar a um destino, em outra localidade, não envolve migração, no que diz respeito ao território percorrido. Tráfego turístico12 ou deslocamento de férias12 também não são incluídos na mobilidade geográfica.

  • 1. Mobilidade espacial é distinta de mobilidade social (920-4) e mobilidade ocupacional (921-3).
  • 3. Migração, n. — migrar, v. — migrante, n.: aquele que migra, também utilizado como adj. — migratório, adj.: pertence à migração. O termo migração refere-se ao processo e não pode ser utilizado em inglês (ao contrário de em francês) para descrever um movimento particular; ele é raramente utilizado no plural. Alguns autores vêem toda mobilidade residencial (803-6) como migração. Para a maioria, entretanto, deslocamentos migratórios envolvem a ultrapassagem de uma fronteira, e a unidade administrativa selecionada é denominada a área definida da migração.
  • 5. Os termos país de origem e país de destino são apropriados quando a migração internacional é o objeto de interesse.
  • 9. Mobilidade pendular diz respeito à pessoa que viaja regularmente do seu local de residência para o seu local de trabalho. A expressão jornada de trabalho é também utilizada para descrever este tipo de movimento.
  • 10. Deslocamento sazonal é um termo mais adequado do que migração sazonal, uma vez que esse tipo de deslocamento raramente envolve uma mudança da residência habitual.

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Quando a migração é observada ao longo do tempo, é conveniente comparar o local de residência em uma data fixa no passado1 ou o local de residência anterior2 com o local de residência atual3. Um indivíduo cuja unidade administrativa de residência difere no início e no fim de um determinado intervalo de tempo é definido como um migrante4. Migrantes podem ser classificados como emigrantes5, com relação ao seu local de origem, e como imigrantes6, no que diz respeito ao seu local de residência atual. Quando um censo ou pesquisa inclui uma questão sobre o local de residência anterior2, a informação gerada é concernente, de fato, à última etapa migratória7 ou última mudança de residência7, independentemente da data. Um migrante é um indivíduo que teve pelo menos uma residência anterior em uma unidade administrativa diferente daquela de sua residência atual; pode-se considerar que este indivíduo migrou para dentro8 do local de sua residência atual e migrou para fora9 do local de sua residência anterior. Um migrante absoluto11 é uma pessoa cujo local de nascimento10 é uma unidade administrativa diferente daquela de sua residência atual.

  • 4. Estritamente falando, de acordo com este conceito, um migrante deve ter nascido antes do início do intervalo definido de migração e deve ter sobrevivido até o final. Esta definição é algumas vezes estendida para incluir crianças nascidas durante o intervalo e que são alocadas no local de residência de suas mães no início do intervalo. O número de migrantes registrados não é necessariamente igual ao número de deslocamentos que ocorreram durante o intervalo para estes indivíduos, uma vez que qualquer pessoa pode ter se deslocado várias vezes no intervalo, ou ainda ter retornado ao seu local de residência anterior na data de referência do censo ou pesquisa.
  • 10. Usualmente, o local de nascimento é definido como o local de residência habitual da mãe no momento do parto, embora a tradição ou a localização de facilidades médicas possam resultar na ocorrência do parto em outro local.

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A população de um país soberano pode se envolver em uma migração interna1 quando tanto o local de origem (801-4) quanto o local de destino (801-5) pertencem ao próprio país, ou em migração internacional2, quando a fronteira nacional é ultrapassada. O termo migração externa2 é algumas vezes utilizado neste último caso. A migração internacional é denominada imigração4 ou emigração5 se o país em questão é o país de destino ou o país de origem. Quando o país está dividido em sub-áreas, movimentos no interior das fronteiras de cada sub-área são deslocamentos locais6 e constituem mobilidade residencial7 ou emigração8, dependendo se a sub-área considerada é o local de destino ou o local de origem dos migrantes. Uma corrente migratória9 se dá quando um grupo de migrantes tem uma origem e destino comuns. O contingente maior de pessoas entre essas duas sub-áreas é denominado corrente dominante10 e o contingente menor é a contra-corrente11.

  • 1. As definições de migração neste parágrafo podem ser estendidas aos migrantes envolvidos. A distinção entre migração interna e internacional não é sempre precisa quando territórios dentro de um mesmo país são relativamente autônomos.
  • 2. O simples intercâmbio entre fronteiras nacionais recebe a denominação tráfego de fronteira e não deve ser confundido com migração internacional.
  • 4. Imigração, n. — imigrar, v. — imigrante, n. e adj.
  • 5. Emigração, n. — emigrar, v. — emigrante, n. e adj.

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Quando um indivíduo migra várias vezes durante um determinado período, seu deslocamento pode ser distinto, de acordo com a ordem da migração1. O tempo de residência2 ou duração da permanência2 refere-se tanto ao intervalo entre a chegada no local e a saída subseqüente para outro destino, quanto ao intervalo desde o deslocamento mais recente. Migração de retorno3 envolve movimento de volta para a área inicial ou para o local de residência anterior. Migração repetida4 ou migração crônica4 refere-se à tendência de migrar várias vezes em um intervalo de tempo relativamente curto. Migração rural-urbana5 algumas vezes toma a forma de uma migração em série6 ou migração por etapa6, uma vez que os migrantes tendem a se deslocarem para uma cidade grande como um local de destino final, por meio de uma série de migrações curtas ou intermediárias para cidades ou áreas sucessivamente de maior tamanho.

  • 3. Indivíduos envolvidos em migração de retorno são denominados migrantes retornados.
  • 4. Quando a migração repetida envolve deslocamentos para novas áreas, alguns autores falam em migração secundária e de migrantes secundários, em contraste com migração primária, que envolve migrantes de primeira ordem ou migrantes primários. Isto é uma fonte de confundimento, uma vez que esses termos usualmente assumem o sentido de (806-4).

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A contribuição da migração (801-3) para o crescimento populacional (701-1) é devida ao saldo migratório2 ou migração líquida2, isto é, à diferença entre o número de entradas3 e o número de saídas4. O saldo migratório pode ter um sinal negativo ou positivo; há imigração líquida5 quando as entradas excedem as saídas, caso contrário, há emigração líquida6. A soma de entradas e saídas em um país pode ser utilizada para medir o volume de migração7. Um conceito similar, aplicado a sub-áreas de um país, é o saldo migratório8 ou estoque8 de migração. A corrente migratória líquida9 ou troca líquida9 de migração entre duas áreas é definida como a diferença entre as correntes e as contra-correntes migratórias, ao passo que a corrente migratória total10 é a soma de correntes e contra-correntes migratórias.

  • 2. Pode também ser denominada balanço migratório Termos tal como migrante líquido devem ser evitados e substituídos por frases tal como o número líquido de migrantes.

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Migração espontânea1, migração voluntária1 ou migração livre1 é o resultado da iniciativa e livre escolha dos migrantes. Na ausência de ações combinadas, o movimento é tido como uma migração individual2. Quando uma família inteira se desloca junta, o termo migração familiar3 é algumas vezes utilizado. Migração induzida4 ou migração auxiliar4 é induzida pelo movimento de outros, como quando os filhos seguem o chefe ou pessoa de referência da família. O movimento de trabalhadores ou de membros da força de trabalho em resposta a oportunidades de emprego é denominado migração laboral5. Deslocamentos resultantes de casamento ou quando os indivíduos se aposentam são algumas vezes denominados migração matrimonial6 ou migração de aposentados7.

  • 4. Embora os termos sejam algumas vezes utilizados em um sentido diferente (cf. 804-4*), um migrante primário é a pessoa que toma a decisão de migrar, ao passo que um migrante secundário é um indivíduo, tal como uma criança, cuja migração é o resultado da decisão de outra pessoa. A migração em cadeia refere-se a um padrão de migração para locais de destino específicos, onde o migrante potencial tem um parente (114-3) ou amigo que estabeleceu residência e está disposto a fornecer informação e apoio.

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Quando grupos de indivíduos ou famílias decidem migrar juntos tem-se uma migração coletiva1 ou migração em grupo1. Migração em massa2 envolve um grande número de migrantes. O termo êxodo3 pode ser utilizado no caso de uma repentina migração em massa decorrente de alguma emergência ou catástrofe.

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Migração voluntária (806-1) contrasta com migração forçada1, na qual os indivíduos são compelidos, pelas autoridades públicas, a se deslocarem. Repatriação2 se aplica ao retorno forçado de indivíduos ao seu país de origem. Outro exemplo de migração forçada é a expulsão3 de indivíduos ou grupos de pessoas de seus próprios domicílios. O termo evacuação4 é geralmente reservado para o movimento de toda a população para salvaguardar-se de alguma catástrofe, tais como terremotos, enchentes e operações de guerra. Um refugiado5 usualmente migrou por sua própria vontade ou escolha, embora ele tenha sofrido forte pressão para migrar porque sua permanência no seu país de origem pode tê-lo exposto ao perigo de perseguição. Uma pessoa deslocada6 é aquela que foi transferida do seu local de origem, pelas autoridades públicas, de maneira involuntária. Esse deslocamento pode ter ocorrido como resultado de um deslocamento populacional7 ou transferência populacional7 ou troca populacional7 em larga escala.

  • 2. Repatriação, n. — repatriar, v.
  • 3. Expulsão, n. — expulsar, v. — expulso, n., aquele que foi expulso. O termo deportação é utilizado para expulsão de um indivíduo de seu país de residência porque a continuidade de sua presença é considerada indesejável pelas autoridades. Deportação, n. — deportar, v. — deportado, n.
  • 4. Evacuação, n. — evacuar, v. — evacuado, n., uma pessoa que foi evacuada.

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O processo por meio do qual os imigrantes se ajustam às novas condições na área de destino se divide em várias categorias: naturalização (331-1), que é a obtenção de cidadania legal; absorção1, que é a entrada em atividades econômicas produtivas; assimilação3, que é a integração na estrutura social em termos de igualdade; e aculturação2, que é a adoção de costumes e valores da população no seu local de destino.


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