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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)

Diferenças entre edições de "43"

De Demopædia
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(437: Double check)
(Hulda Maria Gomes, edição 1969 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística & Centro Brasileiro de Estudos Demográfico)
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As estatísticas de mortalidade geralmente são compiladas com base em registro de óbitos (cf. {{RefNumber|21|1|}}). Geralmente, quando ocorre um óbito emite-se um {{TextTerm|atestado de óbito|1}} ou {{TextTerm|declaração de óbito|1}}; as estatísticas são, portanto, compiladas com base nas informações dadas por estes atestados ou declarações de óbito. Em alguns países faz-se dintinção entre a {{TextTerm|declaração médica de óbito|2}}, que é emitida pelo médico que atendeu a pessoa falecida, e o atestado de óbito emitido pelo cartório de registros para fins legais.
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As estatísticas de mortalidade são, em geral, levantadas através do registro de óbitos (V. 211). Ao ocorrer um óbito {{NoteTerm|é}} expedida uma {{TextTerm|certidão de óbito|1|430|IndexEntry=CERTIDÃO de óbito|OtherIndexEntry=ÓBITO certidão}}, de onde são compiladas as informações para elaboração das estatísticas. Em alguns países, distingue-se o {{TextTerm|atestado de óbito|2|430|IndexEntry=ATESTADO de óbito|OtherIndexEntry=ÓBITO atestado}}, fornecido pelo médico que assistiu à pessoa falecida durante sua última enfermidade, da certidão de óbito do registro civil, para fins legais.
{{Note|1| As primeiras estatísticas de mortalidade na Inglaterra foram compiladas com base nas {{NoteTerm|listas de mortalidade}} que eram geralmente baseadas nos {{NoteTerm|registros funerários}}. Em países em que os registros vitais são deficientes, as estatísticas podem ser obtidas por técnicas de amostragem; nestes casos, são feitas perguntas em relação a um período de referência, geralmente o ano anterior ao inquérito; as {{NoteTerm|estimativas indiretas de mortalidade}} se fundamentam em perguntas, tais como o {{NoteTerm|número de filhos sobreviventes}} entre os ''filhos tidos'' ({{RefNumber|63|7|2}}) e a {{NoteTerm|condição de orfandade}} ou {{NoteTerm|condição de viuvez}}}}.
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{{Note|1| As primeiras estatísticas de mortalidade foram compiladas de {{NoteTerm|listas de óbitos}}, elaboradas com base nos {{NoteTerm|registros de sepultamento}}.}}
  
 
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As {{TextTerm|probabilidades de morte|1}} são utilizadas para o estudo detalhado da mortalidade em um período ou coorte. Ela é a probabilidade de que um indivíduo em uma idade exata ''x'' morra após a idade exata ''x + n'', sendo representada pelo símbolo <sub>n</sub>q<sub>x</sub> . Quando ''n'' = 1, tem-se a {{TextTerm|probabilidade de morte anual|2}}; se ''n'' = 5, a {{TextTerm|probabilidade de mortes qüinqüenais|3}}. A {{TextTerm|taxa de mortalidade instantânea|4}} é derivada da função na qual os valores de ''n'' na relação <sub>n</sub>q<sub>x</sub> tendem a zero. O complemento da probabilidade de morrer de uma idade exata ''x'' até uma idade exata ''x + n'' é a {{TextTerm|probabilidade de sobrevivência|6}} neste intervalo. Na preparação de projeções populacionais, são utilizadas as {{TextTerm|relações de sobrevivência|7}}, que representam a probabilidade de os indivíduos de uma mesma coorte de nascimentos ou grupo de coortes permanecerem vivos ''n'' anos depois.
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O curso da mortalidade através da vida pode ser representado por uma {{TextTerm|tábua de mortalidade|1|431|IndexEntry=TÁBUA de mortalidade|OtherIndexEntry=MORTALIDADE tábua}} ou {{TextTerm|tábua de sobrevivência|1|431|2|IndexEntry=TÁBUA de sobrevivência|OtherIndexEntry=SOBREVIVÊNCIA tábua}} que consiste de uma ou mais {{TextTerm|funções biométricas|2|431|IndexEntry=FUNÇÃO biométrica|OtherIndexEntry=BIOMÉTRICA, função}}ou {{TextTerm|funções das tábuas de mortalidade|2|431|2|IndexEntry=FUNÇÃO da tábua de mortalidade}}, todas matematicamente relacionadas e que podem ser, geralmente, derivadas quando o valor de uma delas é conhecido. A {{TextTerm|função de sobrevivência|3|431|IndexEntry=FUNÇÃO de sobrevivência|OtherIndexEntry=SOBREVIVÊNCIA função}} mostra o número de {{TextTerm|sobreviventes|4|431|IndexEntry=SOBREVIVENTES}} de uma geração ({{RefNumber|11|6|.2}}) à idade x, supondo a geração submetida às taxas de mortalidade estudadas .O número de nascimento da geração inicial é conhecido como {{TextTerm|raiz|5|431|IndexEntry=RAIZ}} da tábua e o processo de redução é conhecido como {{TextTerm|extinção|6|431|IndexEntry=EXTINÇÃO}}. Sabendo-se a função de sobrevivência é possível calcular a {{TextTerm|probabilidade de vida|7|431|IndexEntry=PROBABILIDADE de vida|OtherIndexEntry=VIDA probabilidade}} ou {{TextTerm|taxa de sobrevivência|7|431|2|IndexEntry=TAXA de sobrevivência|OtherIndexEntry=SOBREVIVÊNCIA taxa}} da idade {{NonRefTerm|x }}à idade {{NonRefTerm|x + n}}.
{{Note|1| A probabilidade de morte entre a idade ''x'' e ''x + n'' é definida como a razão entre os óbitos entre as idades ''x'' e ''x + n'' e o número de sobreviventes na idade exata ''x''. Não se deve confundi-la com a {{NoteTerm|taxa central de mortalidade}}, que é a razão entre os óbitos entre as idades ''x'' e ''x + n'' e a população média sobrevivente naquela idade. A taxa central de mortalidade é expressa por <sub>n</sub>m<sub>x</sub> .}}
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{{Note|4| O número de sobreviventes à idade x é representado por lx.}}
{{Note|6| A probabilidade de sobrevivência de uma idade ''x'' até a idade ''x + n'' é expressa por <sub>n</sub>p<sub>x</sub>}}.
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{{Note|7| A probabilidade de vida da idade x à idade {{NonRefTerm|x + n }}é expressa por <sub>n</sub>p{{NonRefTerm|<sub>x</sub> }}e da idade {{NonRefTerm|x }}à idade {{NonRefTerm|x +}} 1, por p<sub>x</sub>.}}
  
 
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O curso da mortalidade ao longo de um ciclo de vida pode ser descrito por meio da {{TextTerm|tábua de vida|1}} ou {{TextTerm|tábua de mortalidade|1}}. A tábua de vida consiste em um conjunto de {{TextTerm|funções da tábua de vida|2}}, todas elas matematicamente relacionadas e que geralmente podem ser derivadas quando um dos valores é conhecido. A {{TextTerm|função de sobrevivência|3}} indica o número de {{TextTerm|sobreviventes|4}} de uma ''coorte'' ({{RefNumber|11|6|2}}) de nascimentos para várias ''idades exatas'' ({{RefNumber|32|2|7}}), considerando que estas coortes estão sujeitas àquelas taxas de mortalidade. O número de nascimentos da coorte original é denominado {{TextTerm|raiz|5}} da tábua de vida e o processo pelo qual a coorte original é reduzida é conhecido como {{TextTerm|atrito|6}}.
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As diferenças entre o número de sobreviventes ({{RefNumber|43|1|.4}}) a diferentes idades dão o número de mortos dentro do intervalo de idade ou a {{TextTerm|função de mortalidade|1|432|IndexEntry=FUNÇÃO de mortalidade|OtherIndexEntry=MORTALIDADE função}}. A proporção de mortos entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n}} para o número de sobreviventes à idade {{NonRefTerm|x }}é chamada {{TextTerm|probabilidade de morte|2|432|IndexEntry=PROBABILIDADE de morte|OtherIndexEntry=MORTE probabilidade}} entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n. }}O {{TextTerm|coeficiente central de mortalidade|3|432|IndexEntry=COEFICIENTE central de mortalidade|OtherIndexEntry=CENTRAL, coeficiente de mortalidade}} é a proporção dos óbitos ocorridos entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n}} para o número médio de pessoas vivas àquela idade. A {{TextTerm|força de mortalidade|4|432|IndexEntry=FÔRÇA de mortalidade|OtherIndexEntry=MORTALIDADE fôrça}} ou {{TextTerm|taxa instantânea de mortalidade|4|432|2|IndexEntry=INSTANTÂNEA, taxa de mortalidade}} é a derivada do logaritmo natural da função de sobrevivência ({{RefNumber|43|1|.3}}) tomada negativamente .
{{Note|4| O número de sobreviventes em uma idade exata x é expresso por l<sub>x</sub> .}}
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{{Note|5| A raiz é geralmente expressa por um múltiplo de 10: 10.000 ou 100.000, por exemplo.}}
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1, O número de mortes entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n}} {{NonRefTerm| }}é representado por <sub>n</sub>{{NonRefTerm|d<sub>x </sub>}}e, entre as idades {{NonRefTerm|x e x +1, }}por {{NonRefTerm|d<sub>x</sub>.}}<br />{{NonRefTerm|2, }}A probabilidade de morte entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n }}é expressa por <sub>n</sub>q<sub>x </sub>e, entre as idades x e {{NonRefTerm|x }}+ 1, por q<sub>x</sub>.
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{{Note|3| O coeficiente central de mortalidade à idade {{NonRefTerm|x }}é denotado por m<sub>x</sub>.}}
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{{Note|4| A força de mortalidade à idade {{NonRefTerm|x é }}indicada por µ{{NonRefTerm|<sub>x</sub>.}}}}
  
 
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=== 433 ===
  
A diferença entre o número de ''sobreviventes'' ({{RefNumber|43|2|4}}) em diferentes idades o número de óbitos em um determinado intervalo de idades da {{TextTerm|função de mortalidade|1}}. Tipicamente, a tábua de vida inclui a {{TextTerm|expectativa de vida|3}} ou {{TextTerm|esperança de vida|3}} na idade x ; este seria o número médio de anos que será vivido pelos sobreviventes na idade exata x, dadas as condições de mortalidade da tábua de vida. A {{TextTerm|expectativa de vida ao nascer|4}} é um caso particular da expectativa de vida e representa a {{TextTerm|duração média de vida|4}} de um indivíduo que está sujeito, desde o nascimento, à mortalidade da tábua de vida. A recíproca da expectativa de vida ao nascer é a {{TextTerm|taxa de mortalidade da tábua de vida|5}} ou {{TextTerm|taxa de mortalidade de uma população estacionária|5}}.
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Integrando a função de sobrevivência ({{RefNumber|43|1|.3}}) entre duas idades dadas, obtém-se o {{TextTerm|número de anos vividos|1|433|IndexEntry=NÚMERO de anos vividos|OtherIndexEntry=ANOS vividos, número}} ou a {{TextTerm|vida total|1|433|2|IndexEntry=VIDA total|OtherIndexEntry=TOTAL vida}} da coorte entre essas idades. Calcula-se, igualmente, o {{TextTerm|numero de anos vividos depois de certa idade|2|433|IndexEntry=NÚMERO de anos vividos depois de certa idade|OtherIndexEntry=VIVIDOS, anos depois de certa idade}}, pela referida geração, o qual, dividido pelo número de sobreviventes à idade {{NonRefTerm|x, }}representa o número médio de anos vividos depois dessa idade, pelos indivíduos que a atingiram, isto é, a {{TextTerm|esperança de vida|3|433|IndexEntry=ESPERANÇA de vida}} àquela idade. A {{TextTerm|esperança de vida ao nascer|4|433|IndexEntry=ESPERANÇA de vida ao nascer|OtherIndexEntry=NASCER, esperança de vida ao}} é também chamada {{TextTerm|vida média|4|433|2|IndexEntry=VIDA média|OtherIndexEntry=MÉDIA vida}}. O inverso da esperança de vida ao nascer pode ser utilizado como um índice de mortalidade, sob o nome de {{TextTerm|taxa de mortalidade deduzida de uma tábua (de mortalidade)|5|433|IndexEntry=TAXA de mortalidade deduzida de uma tábua de mortalidade}}. Algumas vezes, denomina-se {{TextTerm|potencial de vida|6|433|IndexEntry=POTENCIAL de vida|OtherIndexEntry=VIDA potencial}} de um indivíduo a esperança de vida do mesmo à idade x, sendo o potencial de vida de uma população o total dos potenciais de vida de seus membros.
{{Note|3| Integrando a ''função de sobrevivência'' ({{RefNumber|43|2|3}}) entre duas idades exatas obtém-se o {{NoteTerm|número total de anos vividos}} pela coorte entre essas idades; a notação para o número total de anos vividos entre as idades ''x'' e ''x + n'' é dada por <sub>n </sub>{{NoteTerm|L}}<sub> x</sub> . Essa função é frequentemente denominada {{NoteTerm|população estacionária}} no cabeçalho das colunas da tábua de vida. Somando-a, a partir de uma idade x até o final da vida, obtém-se o número total de anos a serem vividos após atingir a idade x, para aqueles que conseguiram atingir aquela idade; a notação convencional é dada por T <sub>x</sub> .}}
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{{Note|1| A notação para o número de anos vividos entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n}}}}<br />é {{NonRefTerm|<sub> n</sub>L<sub>x</sub>}}
{{Note|4| A notação para a expectativa de vida à idade x é e<sub>x</sub>}}
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{{Note|2| A notação para o número de anos vividos depois da idade {{NonRefTerm|x }} T<sub>x</sub>.}}
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{{Note|3| A esperança de vida à idade {{NonRefTerm|x, }}denotada por {{NonRefTerm|e°<sub>x</sub>, }}é às vezes denominada e{{NoteTerm|sperança completa de vida}} para distinguir-se da {{NoteTerm|esperança abreviada de vida}}, e<sub>x</sub>, obtida substituindo-se a integral da função de sobrevivência a partir da idade x, pela soma dos sobreviventes da tábua de sobrevivência a partir da idade x + 1 (sendo {{NonRefTerm|x }}um número inteiro de anos); esta aproximação conduz a um erro de cerca de meio ano.}}
  
 
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A {{TextTerm|duração mediana de vida|1}}, muitas vezes denominada {{TextTerm|tempo provável de vida|1}}, é a idade na qual metade da coorte original de nascimentos já morreu. Após a infância, a distribuição dos óbitos por idade em uma tábua de vida usualmente irá apresentar a moda e a sua idade correspondente é denominada {{TextTerm|idade modal da mortalidade|2}}, ou algumas vezes a {{TextTerm|idade normal de mortalidade|2}}. Ela pode ser de interesse como indicador da {{TextTerm|longevidade humana|3}} ou {{TextTerm|duração de vida|3}} e corresponde mais ao senso comum do que à média ({{RefNumber|43|3|4}}) ou à duração mediana de vida.
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A {{TextTerm|vida provável|1|434|IndexEntry=VIDA provável|OtherIndexEntry=PROVÁVEL vida}} ou {{TextTerm|vida mediana|1|434|2|IndexEntry=VIDA mediana|OtherIndexEntry=MEDIANA vida}} (V. {{RefNumber|14|0|.6}}) é a idade na qual a geração inicial que constitui a raiz de uma tábua de sobrevivência se reduz à metade. A distribuição dos óbitos por idade na tábua de mortalidade ({{RefNumber|43|1|.1}}) apresenta, geralmente, vários máximos, dos quais um se situa próximo ao final da idade adulta ({{RefNumber|32|4|.4}}) ou na velhice ({{RefNumber|32|4|.6}}). A idade correspondente a êsse máximo é a {{TextTerm|idade modal de óbito|2|434|IndexEntry=IDADE modal de óbito|OtherIndexEntry=NORMAL idade, de óbito}} (V. {{RefNumber|14|0|.8}}) ou {{TextTerm|idade normal de óbito|2|434|2|IndexEntry=IDADE normal de óbito|OtherIndexEntry=VIDA normal}} e a duração de vida correspondente é chamada {{TextTerm|vida normal|2|434|3|IndexEntry=ÓBITO idade normal|OtherIndexEntry=NORMAL vida}}. Tal índice representa, melhor do que a vida mediana ou do que a vida média ({{RefNumber|43|3|.4}}), a {{TextTerm|duração da vida humana|3|434|IndexEntry=DURAÇÃO da vida humana|OtherIndexEntry=VIDA humana, duração}}. Confunde-se, às vezes, essa noção de duração da vida, mais comumente observada entre os indivíduos que atingiram a idade adulta, com a {{TextTerm|longevidade|4|434|IndexEntry=LONGEVIDADE}} da espécie humana, a qual corresponde às durações de vida extrema, suscetíveis de serem atingidas pelo ser humano (V. {{RefNumber|32|4|.8}}) que, ao contrário daquela, são excepcionais.
{{Note|3| Em inglês, o termo {{TextTerm|life span|4}} é utilizado para se referir ao tempo máximo possível da vida humana}}.
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{{Note|1| Com maior precisão, costuma-se falar de {{NoteTerm|vida provável ao nascer e}}, em geral, de {{NoteTerm|vida provável à idade x}}, que corresponde à mediana ({{RefNumber|14|0|.6}}) de sobre vivências.}}
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{{Note|2| Na expressão idade normal de óbito, a palavra {{NoteTerm|normal}} tem a mesma significação que lhe atribuem os estatísticos ao se referirem à lei normal, curva normal etc, havendo, porém, uma tendência contra o seu emprego em tal sentido, a fim de evitar confusão por parte dos menos avisados, sendo preferível o termo idade modal de óbito.}}
  
 
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Uma {{TextTerm|tábua de vida completa|1}} é normalmente aquela onde os valores das ''funções da tábua de vida'' ({{RefNumber|43|2|2}}) são dados em idades simples. Uma {{TextTerm|tábua de vida abreviada|2}} é aquela na qual a maior parte das funções são dadas apenas para determinadas idades, frequentemente espaçadas por intervalos a cada cinco ou dez anos após a infância; os valores intermediários para as funções são normalmente obtidos por alguma forma de interpolação ({{RefNumber|15|1|7}}). O termo {{TextTerm|tábua de vida selecionada|3}} é utilizado para se referir a uma tábua de vida que se relaciona à experiência de um número de indivíduos especialmente selecionados, tais como os clientes de uma empresa de seguros, ao passo que as {{TextTerm|tábuas de vida gerais|4}} relatam a experiência de toda a ''população'' ({{RefNumber|10|1|4}}). As tábuas de vida são geralmente apresentadas por sexo e muitas vezes podem ser calculadas para ambos os sexos. A tábua de vida que é baseada apenas na generalização das relações empíricas é denominada {{TextTerm|tábuas de vida modelo|5}}.
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Uma {{TextTerm|tábua completa de mortalidade|1|435|IndexEntry=COMPLETA tábua de mortalidade|OtherIndexEntry=DETALHADA, tábua de mortalidade}} é aquela que contém valores das funções biométricas ({{RefNumber|43|1|.2}}) para cada idade. É também denominada {{TextTerm|tábua detalhada de mortalidade|1|435|2|IndexEntry=TÁBUA de mortalidade completa}}. A {{TextTerm|tábua abreviada de mortalidade|2|435|IndexEntry=ABREVIADA tábua de mortalidade}} comporta apenas os valores das funções biométricas para certas {{TextTerm|idades básicas|3|435|IndexEntry=IDADE básica|OtherIndexEntry=BÁSICA, idade}}, valores dos quais se obtêm, por interpolação, os correspondentes às demais idades. Todavia, a expressão tábua abreviada de mortalidade é também empregada para designar uma {{TextTerm|tábua resumida de mortalidade|4|435|IndexEntry=RESUMIDA, tábua de mortalidade}}, ou seja, um extrato da tábua detalhada de mortalidade. Denomina-se {{TextTerm|tábua de mortalidade de grupo selecionado|5|435|IndexEntry=TÁBUA de mortalidade de grupos selecionados|OtherIndexEntry=GRUPOS selecionados, tábua de mortalidade}} ou {{TextTerm|tábua atuarial de mortalidade|5|435|2|IndexEntry=ATUARIAL, tábua de mortalidade}} àquela referente a grupos de indivíduos especialmente selecionados (em geral clientes de companhias de seguros), em oposição às {{TextTerm|tábuas de mortalidade global|6|435|IndexEntry=TÁBUA de mortalidade de global|OtherIndexEntry=GLOBAL, tábua de mortalidade}} ou {{TextTerm|tábuas de mortalidade demográficas|6|435|2|IndexEntry=TÁBUA de mortalidade demográfica}} que se baseiam na observação de toda a população (no sentido de {{RefNumber|10|1|.3}}).
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{{Note|5| {{NoteTerm|atuarial}}, adj. {{NoteTerm|atuário}}, s.m., especialista na aplicação da matemática aos problemas de seguro.}}
  
 
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Uma {{TextTerm|tábua de vida de período|1}} (cf. {{RefNumber|15|3|2}}; {{NoteTerm|{{RefNumber|43|2|1}})}} é aquela nas quais as taxas de mortalidade utilizadas se referem a um intervalo específico de tempo e , portanto, a ''coorte'' ({{RefNumber|11|6|2}}) é hipotética. Por outro lado, uma {{TextTerm|tábua de vida geracional|2}} ou {{TextTerm|tábua de vida de coorte|2}} identifica a experiência de uma coorte atual de nascimentos e as taxas de mortalidade contidas na tábua são, então, aplicadas em um período prolongado de tempo, normalmente 100 anos. Uma {{TextTerm|distribuição de mortalidade|3}} pode ser representada graficamente quando as ''probabilidades de morte'' ({{RefNumber|43|1|1}}) são cruzadas com idade e período, simultaneamente, em um gráfico tridimensional.
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A {{TextTerm|tábua de mortalidade de contemporâneos|1|436|IndexEntry=TÁBUA de mortalidade de contemporâneos}} (V. {{RefNumber|15|3|.2}}) resulta das observações feitas durante certo período de referência sobre o conjunto de gerações ({{RefNumber|11|6|.1}}) representadas naquela época, enquanto que a {{TextTerm|tábua de mortalidade de geração|2|436|IndexEntry=TÁBUA de mortalidade de geração|OtherIndexEntry=COORTE mortalidade, tábua}} (V. {{RefNumber|15|3|.3}}) ou {{TextTerm|tábua de mortalidade de coorte|2|436|2|IndexEntry=TÁBUA de mortalidade de coorte|OtherIndexEntry=GERAÇÃO mortalidade, tábua}} decorre da observação de uma geração ou coorte ao longo de sua existência. A superfície representativa das probabilidades de morte ({{RefNumber|43|2|.2}}) em função da idade e da data de observação é chamada {{TextTerm|superfície de mortalidade|3|436|IndexEntry=SUPERFÍCIE de mortalidade}}.
  
 
=== 437 ===
 
=== 437 ===
  
O {{TextTerm|diagrama de lexis|1}} é normalmente utilizado para ilustrar o método usual para o cálculo das probabilidades de morte e outras medidas demográficas. Neste diagrama, cada indivíduo é representado por uma {{TextTerm|linha de vida|2}}, que se inicia no momento do nascimento e termina no {{TextTerm|momento do óbito|3}}. Um método de estudo para a mortalidade em idades avançadas é denominado {{TextTerm|método das gerações extintas|4}}, pois elas utilizam os óbitos observados para coortes que foram completamente eliminadas pela mortalidade.
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O método freqüentemente empregado em demografia para calcular as funções das tábuas de mortalidade ({{RefNumber|43|1|.2}}) baseia-se no {{TextTerm|diagrama de Lexis|1|437|IndexEntry=DIAGRAMA de Lexis|OtherIndexEntry=LEXIS, diagrama}}, no qual cada indivíduo é representado por um segmento de reta, denominado {{TextTerm|linha de vida|2|437|IndexEntry=LINHA de vida}}, que começa no ponto correspondente ao nascimento e termina no {{TextTerm|ponto de morte|3|437|IndexEntry=PONTO de morte}}; utiliza uma classificação combinada de óbitos por idade e ano do nascimento. Recentemente, vem sendo empregado um método para estudar a mortalidade nas idades muito avançadas chamado {{TextTerm|método das gerações extintas|4|437|IndexEntry=MÉTODO das gerações extintas|OtherIndexEntry=EXTINTAS, método das gerações}}.
  
  
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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


430

As estatísticas de mortalidade são, em geral, levantadas através do registro de óbitos (V. 211). Ao ocorrer um óbito é expedida uma certidão de óbito1, de onde são compiladas as informações para elaboração das estatísticas. Em alguns países, distingue-se o atestado de óbito2, fornecido pelo médico que assistiu à pessoa falecida durante sua última enfermidade, da certidão de óbito do registro civil, para fins legais.

  • 1. As primeiras estatísticas de mortalidade foram compiladas de listas de óbitos, elaboradas com base nos registros de sepultamento.

431

O curso da mortalidade através da vida pode ser representado por uma tábua de mortalidade1 ou tábua de sobrevivência1 que consiste de uma ou mais funções biométricas2ou funções das tábuas de mortalidade2, todas matematicamente relacionadas e que podem ser, geralmente, derivadas quando o valor de uma delas é conhecido. A função de sobrevivência3 mostra o número de sobreviventes4 de uma geração (116-.2) à idade x, supondo a geração submetida às taxas de mortalidade estudadas .O número de nascimento da geração inicial é conhecido como raiz5 da tábua e o processo de redução é conhecido como extinção6. Sabendo-se a função de sobrevivência é possível calcular a probabilidade de vida7 ou taxa de sobrevivência7 da idade x à idade x + n.

  • 4. O número de sobreviventes à idade x é representado por lx.
  • 7. A probabilidade de vida da idade x à idade x + n é expressa por npx e da idade x à idade x + 1, por px.

432

As diferenças entre o número de sobreviventes (431-.4) a diferentes idades dão o número de mortos dentro do intervalo de idade ou a função de mortalidade1. A proporção de mortos entre as idades x e x + n para o número de sobreviventes à idade x é chamada probabilidade de morte2 entre as idades x e x + n. O coeficiente central de mortalidade3 é a proporção dos óbitos ocorridos entre as idades x e x + n para o número médio de pessoas vivas àquela idade. A força de mortalidade4 ou taxa instantânea de mortalidade4 é a derivada do logaritmo natural da função de sobrevivência (431-.3) tomada negativamente .

1, O número de mortes entre as idades x e x + n é representado por ndx e, entre as idades x e x +1, por dx.
2, A probabilidade de morte entre as idades x e x + n é expressa por nqx e, entre as idades x e x + 1, por qx.

  • 3. O coeficiente central de mortalidade à idade x é denotado por mx.
  • 4. A força de mortalidade à idade x é indicada por µx.

433

Integrando a função de sobrevivência (431-.3) entre duas idades dadas, obtém-se o número de anos vividos1 ou a vida total1 da coorte entre essas idades. Calcula-se, igualmente, o numero de anos vividos depois de certa idade2, pela referida geração, o qual, dividido pelo número de sobreviventes à idade x, representa o número médio de anos vividos depois dessa idade, pelos indivíduos que a atingiram, isto é, a esperança de vida3 àquela idade. A esperança de vida ao nascer4 é também chamada vida média4. O inverso da esperança de vida ao nascer pode ser utilizado como um índice de mortalidade, sob o nome de taxa de mortalidade deduzida de uma tábua (de mortalidade)5. Algumas vezes, denomina-se potencial de vida6 de um indivíduo a esperança de vida do mesmo à idade x, sendo o potencial de vida de uma população o total dos potenciais de vida de seus membros.

  • 1. A notação para o número de anos vividos entre as idades x e x + n
    é nLx
  • 2. A notação para o número de anos vividos depois da idade x Tx.
  • 3. A esperança de vida à idade x, denotada por x, é às vezes denominada esperança completa de vida para distinguir-se da esperança abreviada de vida, ex, obtida substituindo-se a integral da função de sobrevivência a partir da idade x, pela soma dos sobreviventes da tábua de sobrevivência a partir da idade x + 1 (sendo x um número inteiro de anos); esta aproximação conduz a um erro de cerca de meio ano.

434

A vida provável1 ou vida mediana1 (V. 140-.6) é a idade na qual a geração inicial que constitui a raiz de uma tábua de sobrevivência se reduz à metade. A distribuição dos óbitos por idade na tábua de mortalidade (431-.1) apresenta, geralmente, vários máximos, dos quais um se situa próximo ao final da idade adulta (324-.4) ou na velhice (324-.6). A idade correspondente a êsse máximo é a idade modal de óbito2 (V. 140-.8) ou idade normal de óbito2 e a duração de vida correspondente é chamada vida normal2. Tal índice representa, melhor do que a vida mediana ou do que a vida média (433-.4), a duração da vida humana3. Confunde-se, às vezes, essa noção de duração da vida, mais comumente observada entre os indivíduos que atingiram a idade adulta, com a longevidade4 da espécie humana, a qual corresponde às durações de vida extrema, suscetíveis de serem atingidas pelo ser humano (V. 324-.8) que, ao contrário daquela, são excepcionais.

  • 1. Com maior precisão, costuma-se falar de vida provável ao nascer e, em geral, de vida provável à idade x, que corresponde à mediana (140-.6) de sobre vivências.
  • 2. Na expressão idade normal de óbito, a palavra normal tem a mesma significação que lhe atribuem os estatísticos ao se referirem à lei normal, curva normal etc, havendo, porém, uma tendência contra o seu emprego em tal sentido, a fim de evitar confusão por parte dos menos avisados, sendo preferível o termo idade modal de óbito.

435

Uma tábua completa de mortalidade1 é aquela que contém valores das funções biométricas (431-.2) para cada idade. É também denominada tábua detalhada de mortalidade1. A tábua abreviada de mortalidade2 comporta apenas os valores das funções biométricas para certas idades básicas3, valores dos quais se obtêm, por interpolação, os correspondentes às demais idades. Todavia, a expressão tábua abreviada de mortalidade é também empregada para designar uma tábua resumida de mortalidade4, ou seja, um extrato da tábua detalhada de mortalidade. Denomina-se tábua de mortalidade de grupo selecionado5 ou tábua atuarial de mortalidade5 àquela referente a grupos de indivíduos especialmente selecionados (em geral clientes de companhias de seguros), em oposição às tábuas de mortalidade global6 ou tábuas de mortalidade demográficas6 que se baseiam na observação de toda a população (no sentido de 101-.3).

  • 5. atuarial, adj. — atuário, s.m., especialista na aplicação da matemática aos problemas de seguro.

436

A tábua de mortalidade de contemporâneos1 (V. 153-.2) resulta das observações feitas durante certo período de referência sobre o conjunto de gerações (116-.1) representadas naquela época, enquanto que a tábua de mortalidade de geração2 (V. 153-.3) ou tábua de mortalidade de coorte2 decorre da observação de uma geração ou coorte ao longo de sua existência. A superfície representativa das probabilidades de morte (432-.2) em função da idade e da data de observação é chamada superfície de mortalidade3.

437

O método freqüentemente empregado em demografia para calcular as funções das tábuas de mortalidade (431-.2) baseia-se no diagrama de Lexis1, no qual cada indivíduo é representado por um segmento de reta, denominado linha de vida2, que começa no ponto correspondente ao nascimento e termina no ponto de morte3; utiliza uma classificação combinada de óbitos por idade e ano do nascimento. Recentemente, vem sendo empregado um método para estudar a mortalidade nas idades muito avançadas chamado método das gerações extintas4.


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