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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)

Diferenças entre edições de "62"

De Demopædia
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(Hulda Maria Gomes, edição 1969 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística & Centro Brasileiro de Estudos Demográfico)
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O {{TextTerm|período reprodutivo|1}} ou {{TextTerm|período fértil |1}} (mulheres em {{TextTerm|idade de procriação|1}}) começa na {{TextTerm|puberdade|2}}. {{TextTerm|Menstruação|3}} - o aparecimento do {{TextTerm|fluxo menstrual|4}} ou {{TextTerm|regra|4}} nas mulheres - também começa na puberdade. A primeira menstruação é chamada de  {{TextTerm|menarca|5}} ou, menos freqüentemente {{TextTerm|menarquia|5}}; a menstruação cessa com a {{TextTerm|menopausa|6}} que, ocasional e erradamente é denominada, também, {{TextTerm|climatério|6}}. A menopausa é um evento que acontece durante o climatério. Na prática, o período reprodutivo, convencionalmente, é delimitado, no início, na idade 15 ou à  '' idade mínima ao casamento '' ({{RefNumber|50|4|1}}) e no final, às idades 45 ou 50 anos. A ausência temporária de menstruação, seja normal ou patológica, é denominada {{TextTerm|amenorréia|7}}. {{TextTerm|Amenorréia por gravidez|8}} acontece depois de uma concepção, e {{TextTerm|amenorréia pós-parto|9}} depois de um parto. 
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O {{TextTerm|período reprodutivo|1|620|IndexEntry=PERÍODO reprodutivo|OtherIndexEntry=REPRODUTIVO, período}} ou {{TextTerm|período fecundo|1|620|2|IndexEntry=PERÍODO fecundo|OtherIndexEntry=FECUNDO período}} começa na {{TextTerm|puberdade|2|620|IndexEntry=PUBERDADE}}. A {{TextTerm|menstruação|3|620|IndexEntry=MENSTRUAÇÃO}} aparecimento do {{TextTerm|mênstruo|4|620|IndexEntry=MÊNSTRUO}} ou {{TextTerm|regras|4|620|2|IndexEntry=REGRAS}} também se inicia na puberdade. As primeiras regras são chamadas {{TextTerm|menarquia|5|620|IndexEntry=MENARQUIA}} e a menstruação cessa com a {{TextTerm|menopausa|6|620|IndexEntry=MENOPAUSA}} ou {{TextTerm|climatério|6|620|2|IndexEntry=CLIMATÉRIO}}. A ausência de menstruação é denominada {{TextTerm|amenorréia|7|620|IndexEntry=AMENORRÉIA}} ou {{TextTerm|amenia|7|620|2|IndexEntry=AMENIA}}.
{{Note|1|Os termos {{NoteTerm|idade reprodutiva}}, {{NoteTerm|idade fértil}}, ou, ainda, {{NoteTerm|período fecundo}} também são usados.}} 
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{{Note|3| {{NoteTerm|menstruação}}, s.f. — {{NoteTerm|menstruar}}, v.i. — {{NoteTerm|menstrual}}, adj.}}
{{Note|3|{{NoteTerm|Menstruação}}, n. - {{NoteTerm|menstruar}}, v. - {{NoteTerm|menstrual}}, adj.}}
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{{Note|6| {{NoteTerm|climatério}}, s.m. — {{NoteTerm|climatérico}}, adj. A expressão {{NoteTerm|período crítico}} é usada como sinônimo, em linguagem popular.}}
{{Note|6|{{NoteTerm|Menopausa}}, n. - {{NoteTerm|menopausada}}, adj. A expressão {{NoteTerm|idade crítica}} é usada, no idioma coloquial, como sinônimo de menopausa e da fase do climatério.}}
 
 
 
 
 
  
 
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O potencial de produzir um nascido vivo, por parte de um homem, uma mulher ou um casal é denominado {{TextTerm|fertilidade|1}} ou, menos freqüentemente, {{TextTerm|prolificidade|1}}. A ausência deste potencial é denominada {{TextTerm|infertilidade|2}} ou {{TextTerm|esterilidade|2}}; {{TextTerm|incapacidade para conceber|3}} é a principal causa -mas não a única- da esterilidade. Usado isoladamente, o termo esterilidade normalmente conota irreversibilidade, no entanto, ocasionalmente, {{TextTerm|esterilidade temporária|4}} é diferenciada da {{TextTerm|esterilidade permanente|5}}. Para mulheres existe a distinção entre {{TextTerm|esterilidade primária|6}} quando a mulher não pode, definitivamente, ter filhos, e {{TextTerm|esterilidade secundária|7}} quando esta surge depois de ter tido um ou mais filhos. Embora as convenções salientadas acima sejam, em geral, adotadas pelos demógrafos, para os profissionais médicos os termos fertilidade e fecundidade são praticamente equivalentes.  Cumpre observar que, em inglês, as palavras fertilidade e fecundidade têm sentido diametralmente oposto àquele dado nas línguas portuguesa, francesa e espanhola. Assim, o {{TextTerm|francês: ''fécondité'', espanhol: ''fecundidad''  e português: ''fecundidade''|8}} correspondem ao termo '' fertility '' em Inglês. Os termos '' fertilite'',''  fertilidad '' e '' fertilidade '' correspondem ao termo '' fecondity '' em inglês.  
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A {{TextTerm|fertilidade|1|621|IndexEntry=FERTILIDADE}} ou {{TextTerm|prolificidade|1|621|2|IndexEntry=PROLIFICIDADE}} é a capacidade de reprodução de um homem, uma mulher ou um casal e a {{TextTerm|esterilidade|2|621|IndexEntry=ESTERILIDADE}} é a incapacidade fisiológica de procriar. As palavras {{TextTerm|fecundidade|3|621|IndexEntry=FECUNDIDADE}} ({{RefNumber|60|1|.1}}) e {{TextTerm|infecundidade|4|621|IndexEntry=INFECUNDIDADE}} indicam, respectivamente, a procriação efetiva e a ausência de procriação de um indivíduo ou grupo. Cumpre observar que, em inglês, as palavras fertilidade e fecundidade têm o sentido diametralmente opôsto àquele dado nas línguas portuguesa, francesa e espanhola; e, também, que, embora as convenções salientadas acima sejam, em geral, adotadas pelos demógrafos, os têrmos fertilidade e fecundidade são praticamente equivalentes em medicina. A infecundidade pode ser devida à esterilidade e à {{TextTerm|infecundidade voluntária|5|621|IndexEntry=INFECUNDIDADE voluntária|OtherIndexEntry=VOLUNTÁRIA infecundidade}}.
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{{Note|1| {{NoteTerm|fertilidade}}, s.f. — {{NoteTerm|fértil}}, adj. O têrmo baixa fertilidade, quando aplicado a um indivíduo ou grupo, significa que a capacidade de procriação é inferior à normal.}}<br />{{NoteTerm|prolificidade}}, s.f. — {{NoteTerm|prolífico}}, adj.
{{Note|1|{{NoteTerm|Fertilidade}}, n. - {{NoteTerm|fértil}}, adj. Um significado alternativo do termo denota a capacidade para conceber, em oposição a produzir um nascido vivo. Os termos  {{NoteTerm|subfertilidade}} e {{NoteTerm|subfértil}} significam  que a capacidade para produzir um nascido vivo está debaixo do normal, ou que a probabilidade de concepção é baixa.}}
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{{Note|2| {{NoteTerm|esterilidade}}, s.f. — {{NoteTerm|estéril}}, adj. {{NoteTerm|esterilizar}}, v.t., tornar estéril. — {{NoteTerm|esterilização}}, s.f., operação de esterilizar.}}
{{Note|2|{{NoteTerm|Esterilidade}}, n. - {{NoteTerm|estéril}}, adj. {{NoteTerm|Infertilidade }}, n. - {{NoteTerm|infértil}}, adj. }}
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{{Note|3| {{NoteTerm|fecundidade}}, s.f. — {{NoteTerm|fecundo}}, adj. O termo baixa fecundidade é aplicado às pessoas e populações com índices de fecundidade abaixo do normal.}}
 
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{{Note|4| {{NoteTerm|infecundidade}}, s.f. {{NoteTerm|infecundo}}, adj.}}
 
 
  
 
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O termo '' esterilidade temporária '' ({{RefNumber|62|1|4}}) é usado, inclusive,  nos casos em que a incapacidade de uma mulher para conceber não é resultado de uma condição patológica. A infecundabilidade temporal refere-se aos {{TextTerm|períodos de infecundabilidade temporal|1}} ou {{TextTerm|períodos estéreis|1}} em cada {{TextTerm|ciclo menstrual|2}}, porque geralmente, a  concepção ocorre, somente, durante alguns dias em torno do momento da {{TextTerm|ovulação|3}}. O período de esterilidade que se estende desde a {{NoteTerm|concepção}} ({{RefNumber|60|2|1}}) até o retorno de ovulação depois do parto -incluindo a  '' gravidez '' - ({{RefNumber|60|2|5}})  e é influenciado pela duração da {{TextTerm|amamentação|4}},  é chamado {{TextTerm|período de não susceptibilidade|5}} ou {{TextTerm|período de insusceptibilidade pós-parto|5}}, particularmente nos modelos matemáticos de reprodução. Esterilidade temporária é usado, também, para se referir à ocorrência de {{TextTerm|ciclos anovulatórios |6}} (i.e., ciclos menstruais sem ovulação) ou para períodos anormais de amenorréia. A {{TextTerm|subfertilidade|7}} de mulheres muito jovens geralmente denomina-se {{TextTerm|esterilidade adolescente|8}}; seria melhor, talvez, usar o termo  {{TextTerm|subfertilidade adolescente|8}}. 
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Um casal estéril é incapaz de procriar. A esterilidade pode ser devida a um dos cônjuges ou a uma incompatibilidade biológica entre os dois, sendo cada um ou ambos capazes de procriar com outra pessoa. Distingue-se a {{TextTerm|esterilidade total|1|622|IndexEntry=ESTERILIDADE total|OtherIndexEntry=TOTAL esterilidade}}, ou incapacidade completa de procriação, da {{TextTerm|esterilidade parcial|2|622|IndexEntry=ESTERILIDADE parcial|OtherIndexEntry=PARCIAL esterilidade}}, que aparece depois do nascimento de um ou mais filhos. A esterilidade pode ser permanente, mas há, também, períodos de {{TextTerm|esterilidade temporárias|3|622|IndexEntry=ESTERILIDADE temporária|OtherIndexEntry=TEMPORÁRIA, esterilidade}}. As mulheres têm {{TextTerm|períodos estéreis|4|622|IndexEntry=PERÍODO estéril}} em cada {{TextTerm|ciclo menstrual|5|622|IndexEntry=CICLO menstrual|OtherIndexEntry=MENSTRUAL ciclo}} (V. {{RefNumber|62|0|.3}}), uma vez que, geralmente, a concepção só é possível nos poucos dias em torno da {{TextTerm|ovulação|6|622|IndexEntry=OVULAÇÃO}}. A mulher é estéril durante o ciclo {{TextTerm|anovular|7|622|IndexEntry=ANOVULAR}} (isto é, no qual a ovulação não ocorre) e também desde o sobreparto até o restabelecimento da ovulação que, via de regra, se dá após o puerpério ({{RefNumber|60|3|.6}}).
{{Note|5|O período entre o parto e o retorno da ovulação é chamado freqüentemente  período de {{NoteTerm|esterilidade pós-parto}}.}} 
 
{{Note|6|Também denominados ciclos anovulares.}}
 
 
 
  
 
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=== 623 ===
  
{{TextTerm|Fecundidade|1}} e {{TextTerm|infecundidade|2}} referem-se ao desempenho reprodutivo no lugar de potencial ou {{TextTerm|capacidade reprodutiva|3}}, e é usado de acordo a se há ou não, efetivamente,  uma ''procriação'' ({{RefNumber|60|1|2}})que, especificamente culmine num nascido vivo({{RefNumber|60|1|4}}), durante o período em questão. {{TextTerm|infecundidade permanente|4}} pode se estender desde  uma certa idade ou duração do casamento até o fim da vida reprodutiva. Se a ausência de procriação corresponde a uma decisão do casal, trata-se  de uma {{TextTerm|infecundidade voluntária|5}} Lembre-se, novamente, que em países de línguas latinas, os termos fecundidade e fertilidade possuem significado oposto àquele dado em inglês. ({{RefNumber|62|1|8}})
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A fecundidade ({{RefNumber|62|1|.3}}) de um casal depende de sua fertilidade ({{RefNumber|62|1|.1}}) e de seu {{TextTerm|comportamento sexual|1|623|IndexEntry=COMPORTAMENTO sexual}} ou {{TextTerm|comportamento relativo à procriação|1|623|2|IndexEntry=COMPORTAMENTO relativo à procriação|OtherIndexEntry=PROCRIAÇAO, comportamento relativo a}}. Distinguem-se os {{TextTerm|casais malthusianos|2|623|IndexEntry=CASAL malthusiano|OtherIndexEntry=MATHUSIANO casal}} (V. {{RefNumber|90|6|.1}}) que regulam o número e o espaçamento dos filhos, dos {{TextTerm|casais não malthusianos|3|623|IndexEntry=CASAL não malthusiano}} que não praticam tal regulação e cuja fecundidade depende de sua atividade sexual e fertilidade. O {{TextTerm|planejamento familiar|4|623|IndexEntry=PLANEJAMENTO familiar|OtherIndexEntry=FAMILIAR planejamento}} ou {{TextTerm|planificação da família|4|623|2|IndexEntry=PLANIFICAÇÃO da família}} consiste na {{TextTerm|redução dos nascimentos|5|623|IndexEntry=REDUÇÃO dos nascimentos|OtherIndexEntry=NASCIMENTOS redução}} ou {{TextTerm|limitação de filhos|5|623|2|IndexEntry=LIMITAÇÃO de filhos|OtherIndexEntry=FILHOS limitação}}, quer temporariamente para conseguir o intervalo pretendido entre sucessivos nascimentos, quer permanentemente para evitar o nascimento de filhos em maior número do que o desejado. Empregam-se, também, as expressões {{TextTerm|controle da natalidade|6|623|IndexEntry=CONTRÔLE de natalidade|OtherIndexEntry=NATALIDADE controle}}, {{TextTerm|controle da concepção|6|623|2|IndexEntry=CONTRÔLE da concepção|OtherIndexEntry=CONCEPÇÃO contrôle}}, {{TextTerm|limitação da natalidade|6|623|3|IndexEntry=NATALIDADE limitação}} e {{TextTerm|infecundidade voluntária|6|623|4|IndexEntry=INFECUNDIDADE voluntária|OtherIndexEntry=VOLUNTÁRIA infecundidade}}.
{{Note|1|{{NoteTerm|Fecundidade}}, n. - fecundo, adj.}} <br /> 
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{{Note|4| Os estudos sobre o planejamento familiar costumam distinguir os casais que não tentam regular o número e o espaçamento dos filhos, daqueles que o fazem, e subdividem estes de acordo com o grau de sucesso alcançado.}}
{{Note|2|{{NoteTerm|Infecundidade}}, n. - infecundo, adj.}} <br />{{NoteTerm|Infecundo}}, n. -  refere-se ao estado de não ter filhos de uma mulher, homem ou casal que até o momento é estéril. 
 
{{Note|5| Não é apropriado o uso do termo  {{TextTerm|esterilidade voluntária|}}.}}
 
 
 
 
 
  
 
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=== 624 ===
  
A '' fecundidade '' ({{RefNumber|62|3|1}}) do casal depende do seu {{TextTerm|comportamento reprodutivo|1}}. Deve-se distinguir entre {{TextTerm|casais que planejam|2}}, isto é, tentam regular e espaçar o número  de filhos({{RefNumber|61|2|1}} *) ou o nascimento deles, e {{TextTerm|casais não planejadores|3}}. O {{TextTerm|planejamento familiar|4}} ou {{TextTerm|planejamento da família|4}} possui um significado mais amplo que o de {{TextTerm|limitação da família|4}} que se refere a esforços para não exceder o {{TextTerm|número de filhos desejados|5}}. Os termos {{TextTerm|controle da natalidade|6}}, {{TextTerm|regulação dos nascimentos|6}} {{TextTerm|regulação da fecundidade|6}} e {{TextTerm|prevenção de nascimentos |6}} usam-se, freqüentemente, como sinônimos. Não se restringem às atividades de pessoas casadas unicamente e se aplicam ao comportamento relativo à dimensão final da família evitando que o número de filhos tidos seja maior ao número desejado. É  conveniente diferenciar o comportamento reprodutivo resultante da vontade do casal  e de decisões de foro íntimo, daquele resultante de imposição de medidas restritivas. 
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Entende-se por {{TextTerm|anticoncepcionismo|1|624|IndexEntry=ANTICONCEPCIONISMO}} as {{TextTerm|medidas contraceptivas|1|624|2|IndexEntry=MEDIDAS contraceptivas|OtherIndexEntry=CONTRACEPTIVA, medida}} adotadas com o fito de evitar que as {{TextTerm|relações sexuais|2|624|IndexEntry=RELAÇÃO sexual}} ou o {{TextTerm|coito|2|624|2|IndexEntry=COITO}} resultem em concepção. A esterilização e a abstinência, permanente ou periódica, são em geral excluídas. O {{TextTerm|método anticoncepcional|3|624|IndexEntry=MÉTODO anticoncepcional|OtherIndexEntry=ANTICONCEPCIONAL método}} é, algumas vezes, chamado {{TextTerm|método de controle da natalidade|3|624|2|IndexEntry=MÉTODO de contrôle da natalidade}} ou {{TextTerm|método de limitação de filhos|3|624|3|IndexEntry=MÉTODO de limitação de filhos|OtherIndexEntry=LIMITAÇÃO método}}. Esta última expressão, todavia, é também usada em sentido mais amplo, incluindo o aborto provocado ({{RefNumber|60|4|.2}}), a esterilização ({{RefNumber|62|1|.2}}*) e a {{TextTerm|abstinência|4|624|IndexEntry=ABSTINÊNCIA}} ou {{TextTerm|continência|4|624|2|IndexEntry=CONTINÊNCIA}}, isto é, a abstenção de relações sexuais, que não são, comumente, considerados como métodos anticoncepcionais. Determinada abstinência periódica ({{RefNumber|62|5|.6}}) é classificada como método de limitação de filhos, quando empregada no sentido amplo, e aceita por alguns demógrafos como método anticoncepcional.
{{Note|4|Uma classificação segundo a {{NoteTerm|condição de planejamento familiar }} diferencia os casais que tentam -ou não- regular o número e espaçamento dos filhos. Para planejar o número de filhos, alguns casais empregam o método Ogino-Knauss ({{RefNumber|62|8|4}}) para assegurar a concepção na época desejada, isto é, mantêm relações sexuais durante o período da ovulação. }} 
 
{{Note|5|{{NoteTerm|Nascimentos não desejados}} são os que acontecem depois que o tamanho final de família desejado pelo casal tem sido atingido. São diferentes dos {{NoteTerm|nascimentos não planejados}} que acontecem no momento não desejado, e/ou, talvez, fora do casamento.}} Usa-se, indiferentemente ''número de filhos desejado'' ou ''número desejado de filhos''.
 
 
 
 
 
  
 
=== 625 ===
 
=== 625 ===
  
Planejamento familiar implica uma preocupação com {{TextTerm|procriação planejada|1}}, {{TextTerm|procriação responsável|1}} ou {{TextTerm|paternidade responsável |1}}, i.e., o desejo para determinar o número e espaçamento de nascimentos em conformidade com o melhor interesse do casal ou da sociedade. O {{TextTerm|número de filhos desejado|}}({{RefNumber|62|4|5}}), pode diferir do {{TextTerm|número ideal|2}} informado pelo casal numa pesquisa. Mesmo que estas metas não sejam revisadas, elas podem ser excedidas como resultado de {{TextTerm|falhas contraceptivas|3
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Os métodos anticonceptivos costumam ser divididos em {{TextTerm|métodos artificiais|1|625|IndexEntry=MÉTODO artificial|OtherIndexEntry=ARTIFICIAL, método}} ou {{TextTerm|métodos terapêuticos|1|625|2|IndexEntry=MÉTODO terapêutico|OtherIndexEntry=TERAPÊUTICO método}} e {{TextTerm|métodos naturais|2|625|IndexEntry=MÉTODO natural}} ou {{TextTerm|métodos biológicos|2|625|2|IndexEntry=MÉTODO biológico|OtherIndexEntry=BIOLÓGICO, método}}. Os primeiros utilizam {{TextTerm|anticoncepcionais|3|625|IndexEntry=ANTICONCEPCIONAL}} ou {{TextTerm|dispositivos anticoncepcionais|3|625|2|IndexEntry=DISPOSITIVO anticoncepcional|OtherIndexEntry=ANTICONCEPCIONAL dispositivo}} que evitam a união dos gametas (azoospermáticos masculinos e anovulatóríos femininos), ou {{TextTerm|anticoncepcionais químicos|4|625|IndexEntry=ANTICONCEPCIONAL químico|OtherIndexEntry=QUÍMICO anticoncepcional}} ou {{TextTerm|espermaticidas|4|625|2|IndexEntry=ESPERMATICIDA}} que matam o espermatozoide. Os processos biológicos são o {{TextTerm|método reflexológico|5|625|IndexEntry=MÉTODO reflexológico|OtherIndexEntry=REFLEXOLÓGICO, método}} ou {{TextTerm|\"coitus interruptus\"|5|625|2|IndexEntry=COITUS INTERRUPTUS}} e o {{TextTerm|método rítmico|6|625|IndexEntry=MÉTODO rítmico|OtherIndexEntry=RÍTMICO, método}} ou {{TextTerm|abstinência periódica|6|625|2|IndexEntry=ABSTINÊNCIA periódica|OtherIndexEntry=PERIÓDICA abstinência}}, também conhecido como {{TextTerm|método Ogino-Knauss|6|625|3|IndexEntry=MÉTODO Ogino-Knauss}}, no qual o coito é evitado no período fértil ou próximo da ovulação e praticado durante o {{TextTerm|período de segurança|7|625|IndexEntry=PERÍODO de segurança|OtherIndexEntry=SEGURANÇA, período}} do ciclo menstrual ({{RefNumber|62|2|.5}}) da mulher, quando se acredita seja ela incapaz de conceber ({{RefNumber|60|2|.1}}). No planejamento familiar ({{RefNumber|62|3|.4}}), alguns casais empregam o método Ogino-Knauss para assegurar a concepção na época desejada, isto é, mantêm relações sexuais durante o período da ovulação.
}}; a freqüência destas falhas depende da {{TextTerm|eficácia contraceptiva|4}} que tem dois aspectos. A {{TextTerm|eficácia teórica|5}}, {{TextTerm|eficácia clínica|5}} ou {{TextTerm|eficácia fisiológica|5}} indica a segurança do método quando ele é usado estritamente seguindo as orientações do caso. A {{TextTerm|eficácia de uso|6}} ou {{TextTerm|eficácia prática|6}} mede sua confiabilidade quando usado em situações cotidianas ou habituais por uma determinada população. Raciocinando  em termos de '' fecundabilidade residual '' ({{RefNumber|63|8|8}}), a eficácia de uso mede-se, normalmente, pela {{TextTerm|taxa de falha contraceptiva|7}} que relaciona o número de concepções não desejadas com a duração, em meses,  da exposição ao risco de conceber por parte da usuária. 
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{{Note|2| A Igreja Católica Romana considera a abstinência periódica como método natural e todos os outros como métodos artificiais.}}
 
 
{{Note|2|Em outras palavras, o {{NoteTerm|número esperado de nascimentos }} difere  das  {{NoteTerm|intenções reprodutivas}}. Deve-se diferenciar entre {{NoteTerm|tamanho desejado da família}}, o número de filhos que uma mulher, homem ou casal quer ter, e o {{NoteTerm|tamanho ideal de família}}. Este último seria  o número de filhos  que eles consideram ser ideal para a sociedade na qual se inserem. O {{NoteTerm|tamanho planejado da família }} pode ser menor que tamanho desejado da família.}}  <br /> {{NoteTerm|Nascimentos não planejados}} é um termo, freqüentemente, oposto ao termo {{NoteTerm|nascimentos planejados.}}({{RefNumber|62|4|5*}})  
 
{{Note|4|5. {{NoteTerm|Eficácia}} é efetividade são  sinônimos nestas expressões.}} 
 
{{Note|4|Não confundir com {{NoteTerm|eficácia demográfica}} de um programa de planejamento familiar (veja {{RefNumber|62|6|9}}), ou de um método em uma população.}}
 
 
 
 
 
  
 
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=== 626 ===
  
Um {{TextTerm|programa de planejamento familiar|1}} busca introduzir e difundir o uso de  {{TextTerm|métodos contraceptivos|2}} num grupo de {{TextTerm|usuários potenciais|3}} ou numa {{TextTerm|população alvo|3}}. Equipes de {{TextTerm| promotores|4}}, incluindo {{TextTerm|recrutadores|4}}, {{TextTerm|motivadores|4}} e {{TextTerm|distribuidores|4}}, objetivam alcançar e convencer a população a aderir ao programa. O sucesso do programa pode ser medido pela {{TextTerm|proporção de novos usuários|5}}, {{TextTerm|proporção de participação|5}} ou {{TextTerm|taxa de aceitação|5}} na população alvo; para usuários de contracepção, a {{TextTerm|taxa de continuação|6}} ou {{TextTerm|taxa de permanência|6}} depois de um certo tempo e seu complemento, a {{TextTerm|taxa de abandono |7}} ou {{TextTerm|taxa de desistência|7}} também são calculadas. Estimativas dos números e proporções de {{TextTerm|nascimentos evitados|8}} refletem a  {{TextTerm|eficácia demográfica|9}}({{RefNumber|62|5|4}}*) do programa. A prevalência contraceptiva em uma população se mede pela {{TextTerm|proporção de usuários atuais|10}} de contracepção ou {{TextTerm|proporção de usuários de planejamento familiar|10}} para um universo pertinente, como, por exemplo, mulheres casadas em idade reprodutiva. 
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Os processos artificiais podem ser: {{NonRefTerm|mecânicos}}, quando empregam o {{TextTerm|condon|1|626|IndexEntry=CONDON}}, por parte do homem, e o {{TextTerm|diafragma|2|626|IndexEntry=DIAFRAGMA}} ou {{TextTerm|pessário|2|626|2|IndexEntry=PESSÁRIO}}, {{TextTerm|anéis intra-uterinos|3|626|IndexEntry=ANEL intra-uterino|OtherIndexEntry=INTRA-UTERINO, anel}} ou {{TextTerm|DIU|3|626|2}}, {{TextTerm|tampões|4|626|IndexEntry=TAMPÃO}} ou {{TextTerm|esponjas|4|626|2|IndexEntry=ESPONJA}} e {{TextTerm|duchas|5|626|IndexEntry=DUCHA}} ou {{TextTerm|lavagens|5|626|2|IndexEntry=LAVAGEM}}, por parte da mulher; {{NonRefTerm|químicos}}, quando a mulher usa {{TextTerm|geléias|6|626|IndexEntry=GELÉIA}}, {{TextTerm|cremes|6|626|2|IndexEntry=CREME}}, {{TextTerm|pastas|6|626|3|IndexEntry=PASTA}} ou {{NoteTerm|supositórios<sup>6</sup>;}} e {{NonRefTerm|hormonais}}, através de {{NonRefTerm|pílulas}}, {{NonRefTerm|injeções}} ou {{NonRefTerm|poções}}(azoospermáticas ou anovulatórias). Certos contraceptivos são usados em combinação com outros, por exemplo: diafragma e geléia.
{{Note|10| {{NoteTerm|Pesquisas especiais de conhecimento, atitudes e práticas}} de contracepção -que permitem calcular  proporções de usuários(as)- são conhecidas, abreviadamente, como pesquisas KAP, proveniente da nomenclatura em inglês.}}
 
 
 
 
 
  
 
=== 627 ===
 
=== 627 ===
  
{{TextTerm|Contracepção|1}} ou {{TextTerm|prática contraceptiva|1}} refere-se a medidas tomadas para impedir que  {{TextTerm|relações sexuais|2}} ou {{TextTerm|coito|2}} resultem numa concepção; o termo inclui '' esterilização '' contraceptiva ({{RefNumber|63|1|1}}). A expressão {{TextTerm|''métodos de controle de natalidade''|3}} usa-se num sentido mais amplo que {{TextTerm|métodos contraceptivos|3}}, {{TextTerm|métodos anticoncepcionais|3}} (e, menos freqüentemente, {{TextTerm|métodos anticonceptivos|3}}) para incluir '' aborto '' ({{RefNumber|60|4|2}}) induzido. A {{TextTerm|abstinência|4}} do coito, particularmente a '' abstinência periódica '' ({{RefNumber|62|8|4}})  é considerada um método contraceptivo ou método de controle de natalidade. 
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Os {{TextTerm|processos cirúrgicos|1|627|IndexEntry=PROCESSO cirúrgico|OtherIndexEntry=CIRÚRGICO, processo}}, incluídos nos métodos artificiais, compreendem a {{TextTerm|secção do canal espermático|2|627|IndexEntry=SECÇÃO do canal espermático|OtherIndexEntry=ESPERMÁTICO, secção do canal}}, a {{TextTerm|ablaçao dos testículos|3|627|IndexEntry=ABLAÇÃO dos testículos|OtherIndexEntry=TESTÍCULOS, ablação}} e a {{TextTerm|fenestração do meato|4|627|IndexEntry=FENESTRAÇÃO do meato|OtherIndexEntry=MEATO, fenestração}}, no homem, e a {{NoteTerm|secção}} ou {{TextTerm|ligadura das trompas|5|627|IndexEntry=LIGADURA das trompas}}, a {{TextTerm|ablação dos ovários|6|627|IndexEntry=ABLAÇÃO dos ovários}} e a {{TextTerm|histerectomia|7|627|IndexEntry=HISTERECTOMIA}}, na mulher. Alguns demógrafos consideram, ainda, como método anticoncepcional, os processos abortivos, que interrompem o desenvolvimento do ôvo, promovendo a prematura expulsão do feto. Os {{TextTerm|processos abortivos|8|627|IndexEntry=PROCESSO abortivo|OtherIndexEntry=ABORTIVO, processo}} variam entre os mecânicos, isto é, pressão externa, curetagem e extração do feto, e os químicos, de discutível eficácia.
{{Note|1|{{NoteTerm|Contracepção}}, n. - {{NoteTerm|contraceptor}}, n.: que pratica contracepção (termo escassamente usado por demógrafos de língua portuguesa). {{NoteTerm|Anticoncepcional}}, adj. : usado para contracepção.}} 
 
{{Note|4|{{NoteTerm|Abstinência}}, n. - {{NoteTerm|se abster }}, v.}} A abstinência completa ou prolongada de relações sexuais não é considerada uma prática da contracepção
 
 
 
 
 
 
 
=== 628 ===
 
 
 
Os métodos contraceptivos podem ser {{TextTerm|métodos com coadjuvantes|1}} e {{TextTerm|métodos sem coadjuvantes|2}}. Um importante método sem coadjuvante de contracepção é o  {{TextTerm|coitus interruptus |3}} ou {{TextTerm|retiro|3}}. Outro método sem coadjuvante de contracepção é a {{TextTerm|abstinência periódica|4}}, {{TextTerm|tabelinha|4}}, {{TextTerm|método do ritmo|4}} ou {{TextTerm|Ogino-Knauss |4}} no qual evita-se o coito durante o período supostamente fértil da mulher, ocorrendo as relações sexuais no {{TextTerm|período seguro|5}} do ciclo menstrual. O {{TextTerm|método de temperatura basal do corpo|6}} refere-se ao método no qual a mulher mantém registro da sua temperatura para identificar o período seguro. 
 
{{Note|1|Métodos com coadjuvantes incluem, além dos {{NoteTerm|métodos de barreira}} que são usados que para prevenir o encontro do esperma com o óvulo, métodos que usam outros {{NoteTerm|dispositivos anticoncepcionais}} como o dispositivo intra-uterino - DIU ({{RefNumber|62|9|10}}) e outros tipos de {{NoteTerm|contraceptivos}} como a pílula ({{RefNumber|63|0|4}}).}} 
 
{{Note|4|O termo {{NoteTerm|métodos naturais de planejamento familiar }} abrange o método do ritmo, o método de Billings e outras técnicas que tentam identificar fases do ciclo ovulatório  da mulher.}}
 
 
 
 
 
 
 
=== 629 ===
 
 
 
Os métodos de barreira mais comumente usados, isolados ou em combinação, incluem o {{TextTerm|preservativo masculino| 1}} ou {{TextTerm|camisinha/ condom |1}}, o {{TextTerm|gorro cervical|2}}, {{TextTerm|pessário|2}}, {{TextTerm|preservativo feminino|2}} ou {{TextTerm|camisinha feminina|2}}, o {{TextTerm|diafragma|3}}, {{TextTerm|tampão vaginal|4}} ou {{TextTerm|esponja|4}}, {{TextTerm|geléia anticoncepcional|5}} ou {{TextTerm|cremes vaginais contraceptivas|5}}, {{TextTerm|supositório vaginais|6}} ou {{TextTerm|óvulos vaginais contraceptivos|6}}, {{TextTerm|tabletes de espuma|7}} e {{TextTerm|ducha|8}} com ou sem {{TextTerm|espermicida|9}}, usado por mulheres. Há vários tipos de {{TextTerm|dispositivos intrauterinos|10}} ou {{TextTerm|IUD|10}}, inclusive a {{TextTerm|espiral / alça de Lippes|10}} o {{TextTerm|Coil|10}}, a {{TextTerm|T de cobre|10}}, etc.
 
{{Note|10|Os dispositivos intrauterinos são feitos, por exemplo, de acetato vinil, etileno, aço inox, cobre, etc. Alguns contêm progesterona que é liberada lentamente no útero.}} 
 
 
 
  
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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


620

O período reprodutivo1 ou período fecundo1 começa na puberdade2. A menstruação3 — aparecimento do mênstruo4 ou regras4 — também se inicia na puberdade. As primeiras regras são chamadas menarquia5 e a menstruação cessa com a menopausa6 ou climatério6. A ausência de menstruação é denominada amenorréia7 ou amenia7.

  • 3. menstruação, s.f. — menstruar, v.i. — menstrual, adj.
  • 6. climatério, s.m. — climatérico, adj. A expressão período crítico é usada como sinônimo, em linguagem popular.

621

A fertilidade1 ou prolificidade1 é a capacidade de reprodução de um homem, uma mulher ou um casal e a esterilidade2 é a incapacidade fisiológica de procriar. As palavras fecundidade3 (601-.1) e infecundidade4 indicam, respectivamente, a procriação efetiva e a ausência de procriação de um indivíduo ou grupo. Cumpre observar que, em inglês, as palavras fertilidade e fecundidade têm o sentido diametralmente opôsto àquele dado nas línguas portuguesa, francesa e espanhola; e, também, que, embora as convenções salientadas acima sejam, em geral, adotadas pelos demógrafos, os têrmos fertilidade e fecundidade são praticamente equivalentes em medicina. A infecundidade pode ser devida à esterilidade e à infecundidade voluntária5.

  • 1. fertilidade, s.f. — fértil, adj. O têrmo baixa fertilidade, quando aplicado a um indivíduo ou grupo, significa que a capacidade de procriação é inferior à normal.
    prolificidade, s.f. — prolífico, adj.
  • 2. esterilidade, s.f. — estéril, adj. — esterilizar, v.t., tornar estéril. — esterilização, s.f., operação de esterilizar.
  • 3. fecundidade, s.f. — fecundo, adj. O termo baixa fecundidade é aplicado às pessoas e populações com índices de fecundidade abaixo do normal.
  • 4. infecundidade, s.f. — infecundo, adj.

622

Um casal estéril é incapaz de procriar. A esterilidade pode ser devida a um dos cônjuges ou a uma incompatibilidade biológica entre os dois, sendo cada um ou ambos capazes de procriar com outra pessoa. Distingue-se a esterilidade total1, ou incapacidade completa de procriação, da esterilidade parcial2, que aparece depois do nascimento de um ou mais filhos. A esterilidade pode ser permanente, mas há, também, períodos de esterilidade temporárias3. As mulheres têm períodos estéreis4 em cada ciclo menstrual5 (V. 620-.3), uma vez que, geralmente, a concepção só é possível nos poucos dias em torno da ovulação6. A mulher é estéril durante o ciclo anovular7 (isto é, no qual a ovulação não ocorre) e também desde o sobreparto até o restabelecimento da ovulação que, via de regra, se dá após o puerpério (603-.6).

623

A fecundidade (621-.3) de um casal depende de sua fertilidade (621-.1) e de seu comportamento sexual1 ou comportamento relativo à procriação1. Distinguem-se os casais malthusianos2 (V. 906-.1) que regulam o número e o espaçamento dos filhos, dos casais não malthusianos3 que não praticam tal regulação e cuja fecundidade depende de sua atividade sexual e fertilidade. O planejamento familiar4 ou planificação da família4 consiste na redução dos nascimentos5 ou limitação de filhos5, quer temporariamente para conseguir o intervalo pretendido entre sucessivos nascimentos, quer permanentemente para evitar o nascimento de filhos em maior número do que o desejado. Empregam-se, também, as expressões controle da natalidade6, controle da concepção6, limitação da natalidade6 e infecundidade voluntária6.

  • 4. Os estudos sobre o planejamento familiar costumam distinguir os casais que não tentam regular o número e o espaçamento dos filhos, daqueles que o fazem, e subdividem estes de acordo com o grau de sucesso alcançado.

624

Entende-se por anticoncepcionismo1 as medidas contraceptivas1 adotadas com o fito de evitar que as relações sexuais2 ou o coito2 resultem em concepção. A esterilização e a abstinência, permanente ou periódica, são em geral excluídas. O método anticoncepcional3 é, algumas vezes, chamado método de controle da natalidade3 ou método de limitação de filhos3. Esta última expressão, todavia, é também usada em sentido mais amplo, incluindo o aborto provocado (604-.2), a esterilização (621-.2*) e a abstinência4 ou continência4, isto é, a abstenção de relações sexuais, que não são, comumente, considerados como métodos anticoncepcionais. Determinada abstinência periódica (625-.6) é classificada como método de limitação de filhos, quando empregada no sentido amplo, e aceita por alguns demógrafos como método anticoncepcional.

625

Os métodos anticonceptivos costumam ser divididos em métodos artificiais1 ou métodos terapêuticos1 e métodos naturais2 ou métodos biológicos2. Os primeiros utilizam anticoncepcionais3 ou dispositivos anticoncepcionais3 que evitam a união dos gametas (azoospermáticos masculinos e anovulatóríos femininos), ou anticoncepcionais químicos4 ou espermaticidas4 que matam o espermatozoide. Os processos biológicos são o método reflexológico5 ou \"coitus interruptus\"5 e o método rítmico6 ou abstinência periódica6, também conhecido como método Ogino-Knauss6, no qual o coito é evitado no período fértil ou próximo da ovulação e praticado durante o período de segurança7 do ciclo menstrual (622-.5) da mulher, quando se acredita seja ela incapaz de conceber (602-.1). No planejamento familiar (623-.4), alguns casais empregam o método Ogino-Knauss para assegurar a concepção na época desejada, isto é, mantêm relações sexuais durante o período da ovulação.

  • 2. A Igreja Católica Romana considera a abstinência periódica como método natural e todos os outros como métodos artificiais.

626

Os processos artificiais podem ser: mecânicos, quando empregam o condon1, por parte do homem, e o diafragma2 ou pessário2, anéis intra-uterinos3 ou DIU3, tampões4 ou esponjas4 e duchas5 ou lavagens5, por parte da mulher; químicos, quando a mulher usa geléias6, cremes6, pastas6 ou supositórios6; e hormonais, através de pílulas, injeções ou poções(azoospermáticas ou anovulatórias). Certos contraceptivos são usados em combinação com outros, por exemplo: diafragma e geléia.

627

Os processos cirúrgicos1, incluídos nos métodos artificiais, compreendem a secção do canal espermático2, a ablaçao dos testículos3 e a fenestração do meato4, no homem, e a secção ou ligadura das trompas5, a ablação dos ovários6 e a histerectomia7, na mulher. Alguns demógrafos consideram, ainda, como método anticoncepcional, os processos abortivos, que interrompem o desenvolvimento do ôvo, promovendo a prematura expulsão do feto. Os processos abortivos8 variam entre os mecânicos, isto é, pressão externa, curetagem e extração do feto, e os químicos, de discutível eficácia.

* * *

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