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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)
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− | Dependendo das leis do país, os nascimentos podem classificar-se segundo a {{TextTerm|legitimidade|1}}. A rigor, a definição de {{TextTerm| filho legítimo|2}} requer que pai e mãe sejam legitimamente casados um com outro no momento da concepção. Na prática, no entanto, a criança será legítima se a mãe é casada legalmente no momento do nascimento ou, se a concepção ocorreu antes da '' dissolução do casamento '' ({{RefNumber|51|0|3}}). Nessas circunstâncias, o parto resulta num {{TextTerm|nascimento legítimo|3}}; os outros nascimentos são {{TextTerm|nascimentos ilegítimos|4}}. É prática geral considerar como legítimos os filhos que são resultado de {{TextTerm|concepções pré-maritais|5}} ou {{TextTerm|concepções pré-nupciais|5}} (i.e., concepções que acontecem antes do casamento), mas cujos pais se casam, um com outro, antes do nascimento. Um {{TextTerm|filho ilegítimo|6}} ou {{TextTerm| filho nascido fora do casamento |6}} pode ser {{TextTerm|legitimado| | + | Dependendo das leis do país, os nascimentos podem classificar-se segundo a {{TextTerm|legitimidade|1}}. A rigor, a definição de {{TextTerm| filho legítimo|2}} requer que pai e mãe sejam legitimamente casados um com outro no momento da concepção. Na prática, no entanto, a criança será legítima se a mãe é casada legalmente no momento do nascimento ou, se a concepção ocorreu antes da '' dissolução do casamento '' ({{RefNumber|51|0|3}}). Nessas circunstâncias, o parto resulta num {{TextTerm|nascimento legítimo|3}}; os outros nascimentos são {{TextTerm|nascimentos ilegítimos|4}}. É prática geral considerar como legítimos os filhos que são resultado de {{TextTerm|concepções pré-maritais|5}} ou {{TextTerm|concepções pré-nupciais|5}} (i.e., concepções que acontecem antes do casamento), mas cujos pais se casam, um com outro, antes do nascimento. Um {{TextTerm|filho ilegítimo|6}} ou {{TextTerm| filho nascido fora do casamento |6}} pode ser {{TextTerm|legitimado|7}} pelo casamento subseqüente dos pais. O processo de {{TextTerm|legitimação|8}} varia de acordo aos países, e pode conferir ao filho, dito ilegítimo, alguns ou todos os direitos legais de filhos legítimos. Determinadas legislações permitem ao pai {{TextTerm|reconhecer|9}}como legítimo o filho, i.e., admitir a paternidade em forma legal. |
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− | Nascimentos também são classificados por {{TextTerm|ordem de nascimento|1}}, por exemplo, primeiros nascimentos, segundos nascimentos, etc. A ordem de nascimento é normalmente determinada considerando todos os {{TextTerm|nascimentos prévios da mãe|2}}; algumas vezes se consideram, somente, os {{TextTerm|nascimentos do atual | + | Nascimentos também são classificados por {{TextTerm|ordem de nascimento|1}}, por exemplo, primeiros nascimentos, segundos nascimentos, etc. A ordem de nascimento é normalmente determinada considerando todos os {{TextTerm|nascimentos prévios da mãe|2}}; algumas vezes se consideram, somente, os {{TextTerm|nascimentos do casamento atual|3}}. A ordem de nascimento refere-se, geralmente, a nascimentos vivos. Ocasionalmente são consideradas, também, mortes fetais tardias. O {{TextTerm|número de partos|2}} pode ser classificado segundo {{TextTerm| ordem de parto| 4}} é feita da mesma maneira que para nascimentos, contando todas as gravidezes com duração de, pelo menos, 28 semanas, e considerando nascimentos múltiplos como um parto, apenas (cf. {{RefNumber|60|3|4}}). Semelhantemente a classificação por {{TextTerm|ordem de gravidez|5}} é feita contando todas as gravidezes conhecidas. Na linguagem médica, uma mulher que nunca esteve grávida e denominada {{TextTerm|nuligrávida|6}}; os termos {{TextTerm|primigrávida|7}} e {{TextTerm|multigrávida|8}}, respectivamente são usados para a mulher grávida pela primeira vez e que esteve grávida antes. Mulheres também são classificadas por {{TextTerm|parturição|9}}, normalmente com base ao número de filhos nascidos vivos. Embora na literatura biológica o termo refira-se ao número de partos, diz-se que uma mulher que não teve parto nenhum é {{TextTerm|nulípara|10}}. Semelhantemente, uma mulher é denominada {{TextTerm|primípara|11}} no seu primeiro parto e {{TextTerm|multípara|12}} nos partos subseqüentes. |
{{Note|1|{{NoteTerm|Nascimentos de ordem alto }} são nascimentos que acontecem depois da última ordem especificada, por exemplo, nascimentos de ordem quinto e mais altos.}} | {{Note|1|{{NoteTerm|Nascimentos de ordem alto }} são nascimentos que acontecem depois da última ordem especificada, por exemplo, nascimentos de ordem quinto e mais altos.}} | ||
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− | Estudos de {{TextTerm|alocação no tempo dos nascimentos|1}} tem a ver com {{TextTerm|intervalos de nascimento|2}}. Estes incluem o {{TextTerm|intervalo entre o casamento e o primeiro nascimento|3}} ou {{TextTerm|intervalo protogenésico|3}} e {{TextTerm|intervalos entre nascimentos sucessivos|4}} ou {{TextTerm|intervalos intergenésicos |4}}. O intervalo entre um nascimento e uma data fixa, como, por exemplo, a do '' censo '' ({{RefNumber|20|2|1}} *) ou '' pesquisa '' ({{RefNumber|20|3|4}}), denomina-se {{TextTerm|intervalo aberto de nascimento|5}}; intervalos que começam antes e/ou terminam depois daquela data denominam-se {{TextTerm|intervalos censurados|6}}. O {{TextTerm|intervalo entre o casamento e o enésimo nascimento|7}} também é usado no estudo da alocação e medição do espaçamento de nascimentos. | + | Estudos de {{TextTerm|alocação no tempo dos nascimentos|1}} tem a ver com {{TextTerm|intervalos de nascimento|2}}. Estes incluem o {{TextTerm|intervalo entre o casamento e o primeiro nascimento|3}} ou {{TextTerm|intervalo protogenésico|3}} e {{TextTerm|intervalos entre nascimentos sucessivos|4}} ou {{TextTerm|intervalos intergenésicos |4}}. O intervalo entre um nascimento e uma data fixa, como, por exemplo, a do '' censo '' ({{RefNumber|20|2|1}}*) ou '' pesquisa/inquérito'' ({{RefNumber|20|3|4}}), denomina-se {{TextTerm|intervalo aberto de nascimento|5}}; intervalos que começam antes e/ou terminam depois daquela data denominam-se {{TextTerm|intervalos censurados|6}}. O {{TextTerm|intervalo entre o casamento e o enésimo nascimento|7}} também é usado no estudo da alocação e medição do espaçamento de nascimentos. |
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− | No estudo do período de {{TextTerm| exposição ao risco da concepção|1}} {{NoteTerm|}} é necessário considerar os {{TextTerm| intervalos gravídicos|2}}. São períodos que incluem o início do casamento -ou união- ou a finalização da gravidez e vão até o início da gravidez seguinte. Estes intervalos se denominam, | + | No estudo do período de {{TextTerm| exposição ao risco da concepção|1}} {{NoteTerm|}} é necessário considerar os {{TextTerm| intervalos gravídicos|2}}. São períodos que incluem o início do casamento -ou união- ou a finalização da gravidez e vão até o início da gravidez seguinte. Estes intervalos se denominam, respectivamente, {{TextTerm|intervalo de espera da concepção|3}} ou {{TextTerm|primeiro intervalo gravídico|3}} e {{TextTerm|intervalo intergravídico |4}} ou {{TextTerm|intervalo entre gravidezes|4}}. Se o tempo sem atividade sexual (V. {{RefNumber|62|7|2}}) da mulher é subtraído, trata-se de um {{TextTerm|intervalo intergravídico líquido|5}}. O período entre o fim da última gravidez e a data de uma pesquisa é denominado {{TextTerm|intervalo intergravídico aberto|6}}, diferentemente do caso dos intervalos de nascimento. (V. {{RefNumber|61|2|2}}) |
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Edição atual desde as 21h15min de 15 de novembro de 2009
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Dependendo das leis do país, os nascimentos podem classificar-se segundo a legitimidade1. A rigor, a definição de filho legítimo2 requer que pai e mãe sejam legitimamente casados um com outro no momento da concepção. Na prática, no entanto, a criança será legítima se a mãe é casada legalmente no momento do nascimento ou, se a concepção ocorreu antes da dissolução do casamento (510-3). Nessas circunstâncias, o parto resulta num nascimento legítimo3; os outros nascimentos são nascimentos ilegítimos4. É prática geral considerar como legítimos os filhos que são resultado de concepções pré-maritais5 ou concepções pré-nupciais5 (i.e., concepções que acontecem antes do casamento), mas cujos pais se casam, um com outro, antes do nascimento. Um filho ilegítimo6 ou filho nascido fora do casamento 6 pode ser legitimado7 pelo casamento subseqüente dos pais. O processo de legitimação8 varia de acordo aos países, e pode conferir ao filho, dito ilegítimo, alguns ou todos os direitos legais de filhos legítimos. Determinadas legislações permitem ao pai reconhecer9como legítimo o filho, i.e., admitir a paternidade em forma legal.
- 5. O termo gravidez nupcial também é usado neste sentido.
- 6. O termo legal bastardo adquiriu um significado derrogatório, mas é usado, ocasionalmente, por demógrafos históricos. De acordo com a lei de alguns países, um filho ilegítimo resulta de relações adúlteras ou relações extramatrimoniais i.e., uma conexão entre uma mulher casada e um homem que não é seu marido; tal nascimento nem sempre é registrado como ilegítimo.
611
Nascimentos também são classificados por ordem de nascimento1, por exemplo, primeiros nascimentos, segundos nascimentos, etc. A ordem de nascimento é normalmente determinada considerando todos os nascimentos prévios da mãe2; algumas vezes se consideram, somente, os nascimentos do casamento atual3. A ordem de nascimento refere-se, geralmente, a nascimentos vivos. Ocasionalmente são consideradas, também, mortes fetais tardias. O número de partos2 pode ser classificado segundo ordem de parto 4 é feita da mesma maneira que para nascimentos, contando todas as gravidezes com duração de, pelo menos, 28 semanas, e considerando nascimentos múltiplos como um parto, apenas (cf. 603-4). Semelhantemente a classificação por ordem de gravidez5 é feita contando todas as gravidezes conhecidas. Na linguagem médica, uma mulher que nunca esteve grávida e denominada nuligrávida6; os termos primigrávida7 e multigrávida8, respectivamente são usados para a mulher grávida pela primeira vez e que esteve grávida antes. Mulheres também são classificadas por parturição9, normalmente com base ao número de filhos nascidos vivos. Embora na literatura biológica o termo refira-se ao número de partos, diz-se que uma mulher que não teve parto nenhum é nulípara10. Semelhantemente, uma mulher é denominada primípara11 no seu primeiro parto e multípara12 nos partos subseqüentes.
- 1. Nascimentos de ordem alto são nascimentos que acontecem depois da última ordem especificada, por exemplo, nascimentos de ordem quinto e mais altos.
- 9. Uma mulher que não deu à luz nenhum nascido vivo é chamada uma mulher de parturição zero, uma mulher de parturição um è aquela que deu à luz unicamente um nascido vivo, e assim sucessivamente.
612
Estudos de alocação no tempo dos nascimentos1 tem a ver com intervalos de nascimento2. Estes incluem o intervalo entre o casamento e o primeiro nascimento3 ou intervalo protogenésico3 e intervalos entre nascimentos sucessivos4 ou intervalos intergenésicos 4. O intervalo entre um nascimento e uma data fixa, como, por exemplo, a do censo (202-1*) ou pesquisa/inquérito (203-4), denomina-se intervalo aberto de nascimento5; intervalos que começam antes e/ou terminam depois daquela data denominam-se intervalos censurados6. O intervalo entre o casamento e o enésimo nascimento7 também é usado no estudo da alocação e medição do espaçamento de nascimentos.
- 1. O espaçamento dos nascimentos, embora usado no sentido de alocação no tempo dos nascimentos, freqüentemente, é usado para se referir aos esforços deliberados dos casais para adiar um nascimento.
- 3. Também denominado primeiro intervalo de nascimento. O segundo intervalo de nascimento é o que ocorre entre o primeiro e o segundo nascimento e assim sucessivamente.
- 4. O intervalo entre dois nascimentos sucessivos registrados denomina-se intervalo fechado de nascimento.
613
No estudo do período de exposição ao risco da concepção1 é necessário considerar os intervalos gravídicos2. São períodos que incluem o início do casamento -ou união- ou a finalização da gravidez e vão até o início da gravidez seguinte. Estes intervalos se denominam, respectivamente, intervalo de espera da concepção3 ou primeiro intervalo gravídico3 e intervalo intergravídico 4 ou intervalo entre gravidezes4. Se o tempo sem atividade sexual (V. 627-2) da mulher é subtraído, trata-se de um intervalo intergravídico líquido5. O período entre o fim da última gravidez e a data de uma pesquisa é denominado intervalo intergravídico aberto6, diferentemente do caso dos intervalos de nascimento. (V. 612-2)
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