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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)

Diferenças entre edições de "60"

De Demopædia
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(Hulda Maria Gomes, edição 1969 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística & Centro Brasileiro de Estudos Demográfico)
(601: fecundidade diferencial was 8 not 7. Crude fertility 7 is missing.)
 
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Os estudos demográficos sobre a {{TextTerm|fecundidade|1|601|IndexEntry=FECUNDIDADE}} tratam de certos fenômenos relacionados com a {{TextTerm|reprodução|2|601|IndexEntry=REPRODUÇÃO}} humana. O termo {{TextTerm|natalidade|1|601|2|IndexEntry=NATALIDADE}} é, às vezes, empregado como sinônimo. Tais estudos se referem principalmente aos {{TextTerm|nascimentos|3|601|IndexEntry=NASCIMENTO}} e à taxa de natalidade ({{RefNumber|63|0|.1}}) das populações, bem como aos fatores intervenientes. O nascimento é o ato ou processo de expulsão ou extração de uma criança. Distinguem-se os {{TextTerm|nascimentos de crianças vivas|4|601|IndexEntry=NASCIMENTO de criança viva}} ou de {{TextTerm|nascidos vivos|5|601|IndexEntry=NASCIDO vivo|OtherIndexEntry=VIVO, nascido}} dos nascimentos de natimortos ({{RefNumber|41|0|.6}}), quando o parto ({{RefNumber|60|3|.4}}*) ocorre depois de aproximadamente seis meses de gestação do feto que morre antes ou durante a expulsão. Considera-se {{TextTerm|natalidade efetiva|6|601|IndexEntry=NATALIDADE efetiva|OtherIndexEntry=EFETIVA natalidade}} ou {{TextTerm|fecundidade efetiva|6|601|2|IndexEntry=FECUNDIDADE efetiva|OtherIndexEntry=EFETIVA fecundidade}} aquela referente apenas a nascidos vivos, enquanto que {{TextTerm|natalidade total|7|601|IndexEntry=NATALIDADE total}} ou {{TextTerm|fecundidade total|7|601|2|IndexEntry=FECUNDIDADE total|OtherIndexEntry=TOTAL fecundidade}} engloba todos os nascimentos, inclusive de natimortos.
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Estudos demográficos de {{TextTerm|fecundidade|1}} tratam de fenômenos relacionados com a {{TextTerm|procriação|2}} humana  ou {{TextTerm|reprodução|2}}. O termo {{TextTerm|natalidade|1}} se refere à freqüência da ocorrência de {{TextTerm|nascimentos|3}} ou mais especificamente ao {{TextTerm|nascido vivo|4}} - dentro de populações e sub-populações. Um nascimento é o processo de produzir ou dar  à luz uma criança. Nascimentos vivos ou {{TextTerm|filhos nascidos vivos|5}} se  diferenciam  das '' mortes fetais tardias '' (cf. {{RefNumber|41|1|5}}) por que os primeiros mostram sinais de vida, como respiração, movimento voluntário dos músculos ou batidas do coração da criança depois da expulsão completa ou extração. Os termos {{TextTerm|fecundidade efetiva|6}}, ou ainda, {{TextTerm|natalidade efetiva|6}} têm sido usados para indicar a exclusão de  mortes fetais tardias no número total de nascimentos; deve excluir as mortes de recém nascidos ou crianças. O termo {{TextTerm|fecundidade diferencial|8}} designa diferenças de fecundidade entre os subgrupos de uma população.
{{Note|1| {{NoteTerm|fecundidade}}, s.f. — {{NoteTerm|fecundo}}, adj.}}
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{{Note| 1|Para o significado do termo {{NoteTerm|fecundidade}} em demografia, veja, também § 623.}}
{{Note|2| {{NoteTerm|reprodução}}, s.f. — {{NoteTerm|reproduzir}}, v.t. — {{NoteTerm|reprodutor}}, adj. e s.m.}}
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{{Note| 2|{{NoteTerm|Reprodução}}, n. - {{NoteTerm|reproduza}}, v. - {{NoteTerm|reprodutivo}}, adj. Algumas vezes, reprodução refere-se  ao saldo entre nascimentos e mortes (como em § 711) no lugar do processo de reprodução ou {{NoteTerm|procriação}}.}}
{{Note|3| Internacionalmente, emprega-se cada vez mais a palavra {{NoteTerm|nascimento}} apenas com referência aos nascidos vivos, dada a introdução do termo {{NoteTerm|óbitos fetais}} ({{RefNumber|41|0|.6}}*).}}
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{{Note|3|Atualmente o termo  {{NoteTerm|nascimento}} é usado comumente para designar ao nascido vivo.}} 
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{{Note|4|{{NoteTerm|Nascido vivo}}, adj. Usado, também, como substantivo para designar a criança nascida viva ou filho nascido vivo, dada a introdução do termo {{NoteTerm|óbitos fetais}} ({{RefNumber|41|1|1}}*).}}
  
 
=== 602 ===
 
=== 602 ===
  
A {{TextTerm|concepção|1|602|IndexEntry=CONCEPÇÃO}}, resultante da {{TextTerm|fecundação|2|602|IndexEntry=FECUNDAÇÃO}} de um {{TextTerm|óvulo|3|602|IndexEntry=ÓVULO}} feminino por um {{TextTerm|espermatozoide|4|602|IndexEntry=ESPERMATOZOIDE}} masculino, é o início da {{TextTerm|gravidez|5|602|IndexEntry=GRAVIDEZ}} ou {{TextTerm|gestação|5|602|2|IndexEntry=GESTAÇÃO}} que consiste no desenvolvimento do {{TextTerm|produto da concepção|6|602|IndexEntry=PRODUTO da concepção|OtherIndexEntry=CONCEPÇÃO produto}}. Nos dois primeiros meses, esse produto é apenas um {{TextTerm|ôvo|6|602|2|IndexEntry=ÔVO}}; no terceiro mês, passa a {{TextTerm|embrião|7|602|IndexEntry=EMBRIÃO}} e do quarto mês em diante constitui um {{TextTerm|feto|7|602|2|IndexEntry=FETO}}. O processo da gestação se inicia pela {{TextTerm|nidação|8|602|IndexEntry=NIDAÇÃO}}, isto é, implantação do óvulo fecundado na parede do {{TextTerm|útero|9|602|IndexEntry=ÚTERO}}.
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{{TextTerm|Concepção|1}} é o resultado da {{TextTerm|fecundação|2}} de um {{TextTerm|óvulo|3}} por um {{TextTerm|espermatozóide|4}} ou {{TextTerm|célula esperma|4}} e marca o começo da {{TextTerm|gravidez|5}} ou {{TextTerm|gestação|5}} por parte da mulher fecundada. Nos dois primeiros meses, esse {{TextTerm|produto da concepção|6}} é considerado {{TextTerm|ovo|6}}; no terceiro mês é um {{TextTerm|embrião|7}} e do quarto mês em diante constitui um {{TextTerm|feto|7}}. O momento em que o embrião se torna um feto não tem sido determinado com precisão; alguns cientistas o situam ao término de 12 semanas ou três meses de vida intra-uterina, embora fases sucessivas de  desenvolvimento depois da oitava semana são freqüentemente denominadas fetais. A {{TextTerm|nidação |8}} refere-se  à implantação do ovo na parede do {{TextTerm|útero|9}} ou {{TextTerm|matriz|9}}.
{{Note|1| {{NoteTerm|concepção}}, s.f. {{NoteTerm|conceber}}, v.t.}}
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{{Note|2| {{NoteTerm|fecundação}}, s.f. — {{NoteTerm|fecundar}}, v.t. 5. {{NoteTerm|gravidez}}, s.f. — {{NoteTerm|grávida}}, adj.}}
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{{Note|1|{{NoteTerm|Concepção}}, n. - {{NoteTerm|conceber}}, v.}}
{{Note|7| {{NoteTerm|embrião}}, s.m. — {{NoteTerm|embrionário}}, adj. {{NoteTerm|embriologia}}, s.f., a ciência que trata da formação e do desenvolvimento do embrião. {{NoteTerm|feto}}, s.m. {{NoteTerm|fetal}}, adj. }}
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{{Note|2|{{NoteTerm|Fecundação}}, n. - {{NoteTerm|fecundar}}, v.}} <br /> {{NoteTerm|Fertilização artificial:}} fertilização obtida por {{NoteTerm|inseminação artificial}}, i.e. por um processo diferente do '' coito '' ({{RefNumber|62|7|2}}). 
{{Note|9| {{NoteTerm|útero}}, s.m. — {{NoteTerm|uterino}}, adj.}}
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{{Note|3|Um óvulo fecundado é chamado {{NoteTerm|ovo}} ou {{NoteTerm|zigoto}}.}} 
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{{Note|5|{{NoteTerm|Gravidez}}, n. - {{NoteTerm|grávida}}, adj.: grávida. Alguns  cientistas consideram que a gravidez começa somente com a '' nidação '' ({{RefNumber|60|2|8}}) do ovo.}}
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{{Note|7|{{NoteTerm|Embrião}}, n. - {{NoteTerm|embrionário}}, adj. - {{NoteTerm|embriologia}}, n.: a ciência que lida com o desenvolvimento do embrião.}} <br /> {{NoteTerm|Feto}}, n. - {{NoteTerm|fetal}}, adj. (cf. {{RefNumber|41|1|}}). 
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{{Note|9|{{NoteTerm|Útero}}, n. - {{NoteTerm|uterino}}, adj.}}
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=== 603 ===
 
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Diz-se que o feto é {{TextTerm|inviável|2|603|IndexEntry=INVIÁVEL}} ou {{TextTerm|não viável|2|603|2|IndexEntry=NÃO VIÁVEL}} durante a primeira fase da gravidez e {{TextTerm|viável|1|603|IndexEntry=VIÁVEL}}, quando se torna capaz de existência independente, fora do útero materno, o que ocorre no sexto mês do {{TextTerm|período de gestação|3|603|IndexEntry=PERÍODO de gestação|OtherIndexEntry=GESTAÇÃO período}} ou {{TextTerm|duração da gravidez|3|603|2|IndexEntry=DURAÇÃO da gravidez|OtherIndexEntry=GRAVIDEZ duração}}. A expulsão do feto (vivo ou morto) após essa fase é considerada {{TextTerm|parto|4|603|IndexEntry=PARTO}} e, antes que êle tenha condições de viabilidade, {{TextTerm|aborto|5|603|IndexEntry=ABÔRTO}} (V. § 604). O período de cerca de seis semanas depois do parto (durante o qual o útero volta ao tamanho normal e a probabilidade de concepção é reduzida) denomina-se {{TextTerm|puerpério|6|603|IndexEntry=PUERPÉRIO}} ({{RefNumber|42|4|.3}}).
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Diz-se que um feto é {{TextTerm|não-viável|2}} durante a primeira fase da gravidez. O feto é {{TextTerm|viável|1}} quando se torna capaz de sobreviver  independentemente fora do corpo da  mãe; a viabilidade acontece, geralmente, quando o {{TextTerm|período de gestação|3}} ou {{TextTerm|duração da gravidez|3}} excede 28 semanas. Se a expulsão do feto (vivo ou morto) ocorre após este período configura-se o {{TextTerm| parto|4}}; a expulsão, antes deste período, associada a uma morte fetal  é chamada {{TextTerm|aborto|5}} (cf. § {{NoteTerm|604)}}. O período de cerca de seis semanas depois do parto -durante o qual o útero recupera, normalmente, seu tamanho normal e a probabilidade de concepção é baixa- é denominado {{TextTerm|puerpério|6}}
{{Note|1| {{NoteTerm|viável}}, adj. — {{NoteTerm|viabilidade}}, s.f.}}
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{{Note|1|{{NoteTerm|Viável}}, adj. - {{NoteTerm|viabilidade}}, n.}} 
{{Note|4| {{NoteTerm|parto}}, s.m. — {{NoteTerm|parir}}, v.i.}}
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{{Note|2. 3|O período mínimo que determina a viabilidade varia entre 20 e 28 semanas, mas a Organização Mundial da  Saúde estabelece como padrão um  período de 28 semanas. A duração da gravidez é medida, geralmente desde o início da  {{NoteTerm|última  menstruação}}. Esta é a medida da {{NoteTerm|duração convencional de gravidez}}, em contraposição à {{NoteTerm|verdadeira duração da gravidez}}, que se mede desde o momento da concepção.}}
{{Note|5| {{NoteTerm|aborto}}, s.m. — {{NoteTerm|abortar}}, v.i.}}
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{{Note|4|O processo de expulsão do feto, propriamente,  é conhecido como {{NoteTerm|dar à luz }} ou {{NoteTerm|parir }} que  é a culminação do  {{NoteTerm|trabalho de parto}}. Adicionalmente, o {{NoteTerm|trabalho de parto}} inclui expulsão ou extração da {{NoteTerm|placenta}} ou {{NoteTerm|resíduos placentários}}.}}
{{Note|6| {{NoteTerm|puerpcrio}}, s.m. — {{NoteTerm|puerperal}}, adj.}}
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{{Note|5|{{NoteTerm|Aborto}}, n. - {{NoteTerm|abortar}}, v.t. ou v.i. - {{NoteTerm|abortivo}}, adj. usado como n.: capaz de induzir aborto. - {{NoteTerm| aborteiro}}, n.: pessoa que executa abortos. No idioma cotidiano, o termo '' aborto '' freqüentemente leva o significado de '' aborto induzido'' ({{RefNumber|60|4|2}}), em contraposição a '' aborto espontâneo '' ({{RefNumber|60|4|1}}).}} 
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{{Note|6|{{NoteTerm|Puerpério}}, n. - {{NoteTerm|puerperal}}, adj. (cf. {{RefNumber|42|4|4}}).}}
  
 
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O {{TextTerm|aborto espontâneo|1|604|IndexEntry=ABÔRTO esponâneo|OtherIndexEntry=ESPONTÂNEO, aborto}} ou {{TextTerm|aborto natural|1|604|2|IndexEntry=ABÔRTO natural|OtherIndexEntry=NATURAL abôrto}} é involuntário, ao passo que o {{TextTerm|aborto provocado|2|604|IndexEntry=ABÔRTO provocado|OtherIndexEntry=PROVOCADO, aborto}} é intencional. Quando praticado para salvar a vida da gestante, denomina-se {{TextTerm|aborto necessário|3|604|IndexEntry=ABÔRTO necessário|OtherIndexEntry=NECESSÁRIO, aborto}}. As leis de alguns países permitem os {{TextTerm|abortos legais|4|604|IndexEntry=ABÔRTO legal}} por motivos de saúde ({{NonRefTerm|aborto terapêutico}}) e outros (como o {{NonRefTerm|aborto honroso}} que faz cessar a gravidez resultante de estupro). Os abortos provocados que ferem a lei são chamados {{TextTerm|abortos ilegais|5|604|IndexEntry=ABÔRTO ilegal}} ou {{TextTerm|abortos criminosos|5|604|2|IndexEntry=ABÔRTO criminoso|OtherIndexEntry=CRIMINOSO, abôrto}} .
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Aborto seguido de morte intra-uterina não induzida é denominado {{TextTerm|aborto espontâneo|1}}, {{TextTerm|perda fetal|1}}, (ou, coloquialmente,  {{TextTerm|perda|1}}), em contraste com o {{TextTerm|aborto provocado|2}}, ou {{TextTerm|aborto induzido| 2}}. Um {{TextTerm|aborto terapêutico|3}} é aquele provocado por razões médicas. As leis de alguns países permitem abortos por razões de saúde ou outros motivos (por exemplo, de gravidez originada por estupro) e se denominam  {{TextTerm|abortos legais|4}}. Abortos induzidos contra a lei  são {{TextTerm|abortos ilegais|5}} ou {{TextTerm|abortos criminosos|5}}. De acordo com a técnica usada, existem {{TextTerm|abortos por curetagem|6}}, {{TextTerm|abortos por aspiração a vácuo|7}}, {{TextTerm|abortos por dilatação e evacuação|7}}, {{TextTerm|histerotomias|8}} (o que implica em cortar cirurgicamente o útero), e {{TextTerm|abortos através de procedimentos médicos de indução|9}}. 
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{{Note|6|Também denominados {{NoteTerm|abortos por dilatação e curetagem}}, (abreviadamente: abortos por D&C).}}
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{{Note|7|Também denominados {{NoteTerm|abortos por sucção}}. Quando o procedimento é feito num período muito próximo a uma concepção presumida, costuma-se usar o termo {{NoteTerm|regulação  menstrual}} ou {{NoteTerm|extração menstrual}}.}} 
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{{Note|9|Tais procedimentos implicam {{NoteTerm|intercâmbio do líquido amniótico}}, como  no caso do {{NoteTerm|aborto por injeção salina}} ou uso de {{NoteTerm|prostaglandinas}}.}}
  
 
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Quando a expulsão do feto se dá após o período normal de gestação de cerca de nove meses, diz-se que o parto ocorre {{TextTerm|a têrmo|1|605|IndexEntry=A TÊRMO}} e, se antes desse período normal (mas depois de seis meses de gravidez), denomina-se {{TextTerm|parto prematuro|2|605|IndexEntry=PARTO prematuro|OtherIndexEntry=PREMATURO parto}}, cujo produto da concepção é chamado {{TextTerm|prematuro|4|605|IndexEntry=PREMATURO}} ou {{TextTerm|criança prematura|4|605|2|IndexEntry=CRIANÇA prematura}}. Os nascimentos não prematuros são denominados {{TextTerm|nascimentos a termo|3|605|IndexEntry=NASCIMENTO a têrmo}}. A palavra {{TextTerm|prematuridade|5|605|IndexEntry=PREMATURIDADE}} é algumas vezes empregada com referência aos fenômenos relacionados com partos prematuros. Atualmente, classificam-se os nascimentos pelo estágio de desenvolvimento do feto, isto é, pelo {{NonRefTerm|pêso ponderal}}, independente da duração da gravidez, considerando-se a criança nascida viva, com {{TextTerm|pêso ao nascer|6|605|IndexEntry=PÊSO ponderai}} igual ou inferior a 2.500 gramas, como prematura. A expressâõ {{NonRefTerm|debilidade congênita}}, para designar o estado da criança {{TextTerm|débil|7|605|IndexEntry=PÊSO ao nascer}} ou estado anormal de debilidade do recém-nascido, é cada vez menos empregada.
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{{TextTerm|Gravidez a termo  |1}} refere-se à gravidez com duração de, pelo menos, 37 semanas (duração normal),  medida segundo  a  '' duração convencional de gravidez '' ({{RefNumber|60|3|3}} *). Um {{TextTerm|parto prematuro|2}} ou {{TextTerm|nascimento prematuro|2}} é o produto de uma gravidez que termina antes do período normal. O produto deste parto é uma {{TextTerm|criança prematura|4}}. Nascimentos não prematuros são denominados {{TextTerm|nascimentos a termo|3}} ou {{TextTerm|nascimentos a termo completo |3}}. A palavra {{TextTerm|prematuridade|5}} é empregada com referência a fenômenos relacionados com partos prematuros. Atualmente, classificam-se os nascimentos pelo estágio de desenvolvimento do feto, isto é, pelo {{TextTerm|peso ponderal|6}}, utilizando-se como indicador, independente da duração da gravidez; considera-se prematura, a criança nascida viva, com {{TextTerm|peso ao nascer|7}}igual ou inferior a 2.500 gramas. A expressão {{TextTerm|debilidade congênita|8}}, para designar o estado da criança {{TextTerm|débil|8}} ou estado anormal de debilidade do recém-nascido, é cada vez menos empregada.
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Denomina-se {{TextTerm|parto simples|1|606|IndexEntry=PARTO simples|OtherIndexEntry=SIMPLES parto}}, quando nasce uma só criança, e {{TextTerm|parto gemelar|2|606|IndexEntry=PARTO gemelar|OtherIndexEntry=GEMELAR, parto}} ou {{TextTerm|parto múltiplo|2|606|2|IndexEntry=PARTO múltiplo|OtherIndexEntry=MÚLTIPLO, parto}}, quando ocorre o nascimento de duas ou mais crianças, as quais são chamadas {{TextTerm|gêmeos|3|606|IndexEntry=GÊMEOS}}. Distinguem-se os {{TextTerm|gêmeos monozigóticos|4|606|IndexEntry=GÊMEOS monozigóticos|OtherIndexEntry=MONOZIGÓTICOS, gêmeos}} ou {{TextTerm|gêmeos uniovulares|4|606|2|IndexEntry=GÊMEOS uniovulares|OtherIndexEntry=UNIOVULARES, gêmeos}}, também denominados {{TextTerm|gêmeos idênticos|4|606|3|IndexEntry=GÊMEOS idênticos|OtherIndexEntry=IDÊNTICOS, gêmeos}} ou {{TextTerm|gêmeos verdadeiros|4|606|4|IndexEntry=GÊMEOS verdadeiros|OtherIndexEntry=VERDADEIROS, gêmeos}}, dos {{TextTerm|gêmeos dizigóticos|5|606|IndexEntry=GÊMEOS dizigóticos|OtherIndexEntry=DIZIGÓTICO, gêmeos}} ou {{TextTerm|gêmeos biovulares|5|606|2|IndexEntry=GÊMEOS biovulares|OtherIndexEntry=BIOVULARES, gêmeos}}, vulgarmente designados por {{TextTerm|gêmeos falsos|5|606|3|IndexEntry=GÊMEOS falsos}} ou {{TextTerm|gêmeos fraternos|5|606|4|IndexEntry=GÊMEOS fraternos|OtherIndexEntry=FRATERNOS, gêmeos}}. Os primeiros resultam de um só ôvo, fecundado por um só espermatozoide e a divisão do embrião é posterior à fecundação; são sempre do mesmo sexo e possuem patrimônio genético idêntico. Os outros decorrem da fecundação simultânea ou não de dois ou mais ovos e podem ser de sexos diferentes.
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A grande maioria de partos são {{TextTerm|partos simples|1}} e produzem um {{TextTerm|único nascimento|1}}; podem ocorrer, no entanto, {{TextTerm|partos múltiplos|2}} ou {{TextTerm|nascimentos múltiplos|2}}. Duas crianças nascidas  do mesmo parto denominam-se {{TextTerm| gêmeos|3}} e  pode-se distinguir, por um lado, {{TextTerm|gêmeos monozigóticos|4}}, {{TextTerm|gêmeos uniovulares |4}}, {{TextTerm| gêmeos idênticos|4}} ou {{TextTerm| gêmeos verdadeiros |4}}. Por outro lado, se têm os {{TextTerm|gêmeos dizigóticos |5}} ou {{TextTerm|gêmeos biovulares|5}}, denominados, informalmente,  como {{TextTerm| gêmeos falsos |5}} ou {{TextTerm| gêmeos fraternos |5}}. Nascimentos monozigóticos múltiplos acontecem quando um óvulo se divide depois da fecundação; as crianças resultantes são sempre do mesmo sexo e possuem o mesmo patrimônio genético. Nascimentos dizigóticos múltiplos ocorrem quando se dá a fecundação simultânea de dois ou mais óvulos; nestes casos, as crianças resultantes podem ser de sexos diferentes.
{{Note|3| As crianças nascidas de um parto são classificadas, segundo o número, em {{NoteTerm|trigêmeos}}, {{NoteTerm|quadrigêmeos}} ou {{NoteTerm|quádruplos}}, {{NoteTerm|quíntuplos}} etc.}}
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{{Note|2|Na terminologia oficial britânica o termo {{NoteTerm|maternidade (''maternity'')}} é usado para denotar um parto que resulta no nascimento de uma ou mais crianças; o número de {{NoteTerm|nascimentos por maternidade}} pode ser calculado.}}
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{{Note|3|Quando um nascimento múltiplo resulta em três crianças, trata-se de {{NoteTerm|trigêmeos}}; quatro, {{NoteTerm|quadrigêmeos}}, e cinco {{NoteTerm|quíntuplos}}. Os termos "gêmeos", "trigêmeos", etc. são usados, geralmente, conforme o número total de nascimentos num parto; ocasionalmente, porém, nascimentos múltiplos podem ser classificados segundo o número de nascidos vivos.}}
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Edição atual desde as 10h17min de 17 de agosto de 2012


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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


601

Estudos demográficos de fecundidade1 tratam de fenômenos relacionados com a procriação2 humana ou reprodução2. O termo natalidade1 se refere à freqüência da ocorrência de nascimentos3 ou mais especificamente ao nascido vivo4 - dentro de populações e sub-populações. Um nascimento é o processo de produzir ou dar à luz uma criança. Nascimentos vivos ou filhos nascidos vivos5 se diferenciam das mortes fetais tardias (cf. 411-5) por que os primeiros mostram sinais de vida, como respiração, movimento voluntário dos músculos ou batidas do coração da criança depois da expulsão completa ou extração. Os termos fecundidade efetiva6, ou ainda, natalidade efetiva6 têm sido usados para indicar a exclusão de mortes fetais tardias no número total de nascimentos; deve excluir as mortes de recém nascidos ou crianças. O termo fecundidade diferencial8 designa diferenças de fecundidade entre os subgrupos de uma população.

  • 1. Para o significado do termo fecundidade em demografia, veja, também § 623.
  • 2. Reprodução, n. - reproduza, v. - reprodutivo, adj. Algumas vezes, reprodução refere-se ao saldo entre nascimentos e mortes (como em § 711) no lugar do processo de reprodução ou procriação.
  • 3. Atualmente o termo nascimento é usado comumente para designar ao nascido vivo.
  • 4. Nascido vivo, adj. Usado, também, como substantivo para designar a criança nascida viva ou filho nascido vivo, dada a introdução do termo óbitos fetais (411-1*).

602

Concepção1 é o resultado da fecundação2 de um óvulo3 por um espermatozóide4 ou célula esperma4 e marca o começo da gravidez5 ou gestação5 por parte da mulher fecundada. Nos dois primeiros meses, esse produto da concepção6 é considerado ovo6; no terceiro mês é um embrião7 e do quarto mês em diante constitui um feto7. O momento em que o embrião se torna um feto não tem sido determinado com precisão; alguns cientistas o situam ao término de 12 semanas ou três meses de vida intra-uterina, embora fases sucessivas de desenvolvimento depois da oitava semana são freqüentemente denominadas fetais. A nidação 8 refere-se à implantação do ovo na parede do útero9 ou matriz9.

  • 1. Concepção, n. - conceber, v.
  • 2. Fecundação, n. - fecundar, v.
    Fertilização artificial: fertilização obtida por inseminação artificial, i.e. por um processo diferente do coito (627-2).
  • 3. Um óvulo fecundado é chamado ovo ou zigoto.
  • 5. Gravidez, n. - grávida, adj.: grávida. Alguns cientistas consideram que a gravidez começa somente com a nidação (602-8) do ovo.
  • 7. Embrião, n. - embrionário, adj. - embriologia, n.: a ciência que lida com o desenvolvimento do embrião.
    Feto, n. - fetal, adj. (cf. 411-).
  • 9. Útero, n. - uterino, adj.


603

Diz-se que um feto é não-viável2 durante a primeira fase da gravidez. O feto é viável1 quando se torna capaz de sobreviver independentemente fora do corpo da mãe; a viabilidade acontece, geralmente, quando o período de gestação3 ou duração da gravidez3 excede 28 semanas. Se a expulsão do feto (vivo ou morto) ocorre após este período configura-se o parto4; a expulsão, antes deste período, associada a uma morte fetal é chamada aborto5 (cf. § 604). O período de cerca de seis semanas depois do parto -durante o qual o útero recupera, normalmente, seu tamanho normal e a probabilidade de concepção é baixa- é denominado puerpério6.

  • 1. Viável, adj. - viabilidade, n.
  • 2. 3. O período mínimo que determina a viabilidade varia entre 20 e 28 semanas, mas a Organização Mundial da Saúde estabelece como padrão um período de 28 semanas. A duração da gravidez é medida, geralmente desde o início da última menstruação. Esta é a medida da duração convencional de gravidez, em contraposição à verdadeira duração da gravidez, que se mede desde o momento da concepção.
  • 4. O processo de expulsão do feto, propriamente, é conhecido como dar à luz ou parir que é a culminação do trabalho de parto. Adicionalmente, o trabalho de parto inclui expulsão ou extração da placenta ou resíduos placentários.
  • 5. Aborto, n. - abortar, v.t. ou v.i. - abortivo, adj. usado como n.: capaz de induzir aborto. - aborteiro, n.: pessoa que executa abortos. No idioma cotidiano, o termo aborto freqüentemente leva o significado de aborto induzido (604-2), em contraposição a aborto espontâneo (604-1).
  • 6. Puerpério, n. - puerperal, adj. (cf. 424-4).

604

Aborto seguido de morte intra-uterina não induzida é denominado aborto espontâneo1, perda fetal1, (ou, coloquialmente, perda1), em contraste com o aborto provocado2, ou aborto induzido 2. Um aborto terapêutico3 é aquele provocado por razões médicas. As leis de alguns países permitem abortos por razões de saúde ou outros motivos (por exemplo, de gravidez originada por estupro) e se denominam abortos legais4. Abortos induzidos contra a lei são abortos ilegais5 ou abortos criminosos5. De acordo com a técnica usada, existem abortos por curetagem6, abortos por aspiração a vácuo7, abortos por dilatação e evacuação7, histerotomias8 (o que implica em cortar cirurgicamente o útero), e abortos através de procedimentos médicos de indução9.

  • 6. Também denominados abortos por dilatação e curetagem, (abreviadamente: abortos por D&C).
  • 7. Também denominados abortos por sucção. Quando o procedimento é feito num período muito próximo a uma concepção presumida, costuma-se usar o termo regulação menstrual ou extração menstrual.
  • 9. Tais procedimentos implicam intercâmbio do líquido amniótico, como no caso do aborto por injeção salina ou uso de prostaglandinas.

605

Gravidez a termo 1 refere-se à gravidez com duração de, pelo menos, 37 semanas (duração normal), medida segundo a duração convencional de gravidez (603-3 *). Um parto prematuro2 ou nascimento prematuro2 é o produto de uma gravidez que termina antes do período normal. O produto deste parto é uma criança prematura4. Nascimentos não prematuros são denominados nascimentos a termo3 ou nascimentos a termo completo 3. A palavra prematuridade5 é empregada com referência a fenômenos relacionados com partos prematuros. Atualmente, classificam-se os nascimentos pelo estágio de desenvolvimento do feto, isto é, pelo peso ponderal6, utilizando-se como indicador, independente da duração da gravidez; considera-se prematura, a criança nascida viva, com peso ao nascer7igual ou inferior a 2.500 gramas. A expressão debilidade congênita8, para designar o estado da criança débil8 ou estado anormal de debilidade do recém-nascido, é cada vez menos empregada.


606

A grande maioria de partos são partos simples1 e produzem um único nascimento1; podem ocorrer, no entanto, partos múltiplos2 ou nascimentos múltiplos2. Duas crianças nascidas do mesmo parto denominam-se gêmeos3 e pode-se distinguir, por um lado, gêmeos monozigóticos4, gêmeos uniovulares 4, gêmeos idênticos4 ou gêmeos verdadeiros 4. Por outro lado, se têm os gêmeos dizigóticos 5 ou gêmeos biovulares5, denominados, informalmente, como gêmeos falsos 5 ou gêmeos fraternos 5. Nascimentos monozigóticos múltiplos acontecem quando um óvulo se divide depois da fecundação; as crianças resultantes são sempre do mesmo sexo e possuem o mesmo patrimônio genético. Nascimentos dizigóticos múltiplos ocorrem quando se dá a fecundação simultânea de dois ou mais óvulos; nestes casos, as crianças resultantes podem ser de sexos diferentes.

  • 2. Na terminologia oficial britânica o termo maternidade (maternity) é usado para denotar um parto que resulta no nascimento de uma ou mais crianças; o número de nascimentos por maternidade pode ser calculado.
  • 3. Quando um nascimento múltiplo resulta em três crianças, trata-se de trigêmeos; quatro, quadrigêmeos, e cinco quíntuplos. Os termos "gêmeos", "trigêmeos", etc. são usados, geralmente, conforme o número total de nascimentos num parto; ocasionalmente, porém, nascimentos múltiplos podem ser classificados segundo o número de nascidos vivos.


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