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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)
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As estatísticas de mortalidade geralmente são compiladas a partir do registro de óbitos (cf. 211-). Geralmente, quando ocorre um óbito emite-se um atestado de óbito1; as estatísticas são, portanto, compiladas a partir das informações dadas por estes atestados de óbito. Em alguns países distingue-se as declarações medicas de óbito2, que é emitida pelo médico que atendeu a pessoa falecida, e o atestado de óbito emitido pelo cartório de registros para fins legais.
- 1. As primeira estatísticas de mortalidade na Inglaterra foram compiladas a partir das listas de mortalidade que eram geralmente baseadas nos registros funerários. Em países em que os registros vitais são deficientes, as estatísticas podem ser obtidas por técnicas de amostragem; nestes casos, perguntas são feitas em relação a um período de referência, geralmente o ano anterior ao inquérito; as estimativas indiretas de mortalidade se fundamentam em perguntas como o número de filhos sobreviventes emtre os filhos tidos (637-2), condição de orfandade ou condição de viuvez.
Ricardo Ojima 19:16, 27 Novembro 2007 (CET)
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As probabilidades de morte1 são usadas para o estudo detalhado da mortalidade em um período ou coorte. Ela é a probabilidade de que um indivíduo em uma idade exata x morra após a idade exata x + n, sendo representada pelo símbolo nqx . Se n = 1, n´s estamos falando da probabilidade de morte anual2; se n = 5, de probabilidade de mortes qüinqüenais3. A taxa de mortalidade instantânea4 é derivada da função na qual os valores de n na relação nqx tendem a zero. O complemento da probabilidade de morrer de uma idade exata x até uma idade exata x + n é a probabilidade de sobrevivência6 neste intervalo. Na preparação de projeções populacionais, usamos as relações de sobrevivência7 que representam a probabilidade dos indivíduos de uma mesma coorte de nascimentos ou grupo de coortes permaneçam vivos em n anos seguintes.
- 1. A probabilidade de morte entre a idade x e x + n é definida como a razão entre os óbitos entre as idades x e x + n e o número de sobreviventes na idade exata x. Não se deve confundi-la com a taxa central de mortalidade, que é a razão entre os óbitos entre as idades x e x + n e a população média sobrevivente naquela idade. A taxa central de mortalidade é expressa por nmx .
- 6. A probabilidade de sobrevivência de uma idade x até a idade x + n é expressa por npx .
Ricardo Ojima 19:17, 27 Novembro 2007 (CET)
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O curso da mortalidade ao longo de um ciclo de vida pode ser descrito através da tábua de vida1 ou tábua de mortalidade1. A tábua de vida consiste em um conjunto de funções da tábua de vida2, todas elas matematicamente relacionadas e geralmente podem ser derivadas quando um dos valores é conhecido. A função de sobrevivência3 indica o número de sobreviventes4 de uma coorte (116-2) de nascimentos para várias idades exatas (322-7) considerando que estas coortes estão sujeitas àquelas taxas de mortalidade. O número de nascimentos da coorte original é chamado de raiz5 da tábua de vida e o processo pelo qual a coorte original é reduzida é conhecido como atrito6.
- 4. O número de sobreviventes em uma idade exata x é expresso por lx .
- 5. A raiz é geralmente expressa por um múltiplo de 10: 10,000 ou 100,000 por exemplo.
Ricardo Ojima 19:17, 27 Novembro 2007 (CET)
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A diferença entre o número de sobreviventes (432-4) em diferentes idades dá o número de óbitos em um dado intervalo de idades da função de mortalidade1. Tipicamente a tábua de vida inclui a expectativa de vida3 ou esperança de vida3 na idade x ; este seria o número médio de anos que será vivido pelos sobreviventes na idade exata x, dadas as condições de mortalidade da tábua. A expectativa de vida ao nascer4 é um particular caso da expectativa de vida e representa a duração média de vida4 de um indivíduo que está sujeito, desde o nascimento, à mortalidade da tábua. A recíproca da expectativa de vida ao nascer é a taxa de mortalidade da tábua de vida5 ou taxa de mortalidade de uma população estacionária5.
- 3. Integrando a função de sobrevivência (432-3) entre duas idades exatas obtemos o número total de anos vividos pela coorte entre essas idades; a notação para o número total de anos vividos entre as idades x e x + n é data por n L x . Essa função é frequentemente chamada de população estacionária no cabeçalho das colunas da tábua de vida. Somando-a a partir de uma idade x até o final da vida, nós obtemos o número total de anos a serem vividos após atingir a idade x, para aqueles que conseguiram atingir aquela idade; a notação convencional é dada por T x .
- 4. A notação para a expectativa de vida à idade x é ex
Ricardo Ojima 19:17, 27 Novembro 2007 (CET)
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A duração mediana de vida1, muitas vezes chamado de tempo provável de vida1, é a idade na qual metade da coorte original de nascimentos já morreu. Após a infância, a distribuição dos óbitos por idade em uma tábua de vida usualmente irá apresentar a moda e a sua correspondente idade é chamada de idade modal da mortalidade2, ou algumas vezes a idade normal de mortalidade2. Ela pode ser de interesse como indicador como longevidade humana3 ou duração de vida3 e corresponde mais ao senso comum do que a média (433-4) ou a duração mediana de vida.
- 3. Em inglês, o termo life span4 é usado para se referir ao tempo máximo possível da vida humana.
Ricardo Ojima 19:18, 27 Novembro 2007 (CET)
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Uma tábua de vida completa1 é normalmente aquela onde os valores das funções da tábua de vida (432-2) são dados em idades simples. Uma tábua de vida abreviada2 é aquela na qual a maior parte das funções são dadas apenas para determinadas idades, frequentemente espaçadas por intervalos a cada cinco ou dez anos após a infância; os valores intermediários para as funções são normalmente obtidos por alguma forma de interpolação (151-7). O termo tábua de vida selecionada3 é usado para se referir a uma tábua de vida que se relaciona à experiência de um número de indivíduos especialmente selecionados, tais como os clientes de uma empresa de seguros, por outro lado, as tábuas de vida gerais4 relatam a experiência de toda a população (101-4). As tábuas de vida são geralmente apresentadas por sexo e muitas vezes podemos encontra-las para ambos os sexos. A tábua de vida que é baseada apenas na generalização das relações empíricas é chamada de tábuas de vida modelo5.
Ricardo Ojima 19:18, 27 Novembro 2007 (CET)
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A tábua de mortalidade de contemporâneos1 (V. 153-2) resulta das observações feitas durante certo período de referência sobre o conjunto de gerações (116-1) representadas naquela época, enquanto que a tábua de mortalidade de geração2 (V. 153-3) ou tábua de mortalidade de coorte2 decorre da observação de uma geração ou coorte ao longo de sua existência. A superfície representativa das probabilidades de morte (432-2) em função da idade e da data de observação é chamada superfície de mortalidade3.
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O método freqüentemente empregado em demografia para calcular as funções das tábuas de mortalidade (431-2) baseia-se no diagrama de Lexis1, no qual cada indivíduo é representado por um segmento de reta, denominado linha de vida2, que começa no ponto correspondente ao nascimento e termina no ponto de morte3; utiliza uma classificação combinada de óbitos por idade e ano do nascimento. Recentemente, vem sendo empregado um método para estudar a mortalidade nas idades muito avançadas chamado método das gerações extintas4.
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