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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)

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As estatísticas de mortalidade geralmente são compiladas a partir do registro de óbitos (cf. {{RefNumber|21|1|}}). Geralmente, quando ocorre um óbito emite-se um {{TextTerm|atestado de óbito|1}}; as estatísticas são, portanto, compiladas a partir das informações dadas por estes atestados de óbito. Em alguns países distingue-se as {{TextTerm|declarações medicas de óbito|2}}, que é emitida pelo médico que atendeu a pessoa falecida, e o atestado de óbito emitido pelo cartório de registros para fins legais.
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As estatísticas de mortalidade geralmente são compiladas com base em registro de óbitos (cf. {{RefNumber|21|1|}}). Geralmente, quando ocorre um óbito emite-se um {{TextTerm|atestado de óbito|1}} ou {{TextTerm|declaração de óbito|1}}; as estatísticas são, portanto, compiladas com base nas informações dadas por estes atestados ou declarações de óbito. Em alguns países faz-se dintinção entre a {{TextTerm|declaração médica de óbito|2}}, que é emitida pelo médico que atendeu a pessoa falecida, e o atestado de óbito emitido pelo cartório de registros para fins legais.
{{Note|1| As primeira estatísticas de mortalidade na Inglaterra foram compiladas a partir das {{NoteTerm|listas de mortalidade}} que eram geralmente baseadas nos {{NoteTerm|registros funerários}}. Em países em que os registros vitais são deficientes, as estatísticas podem ser obtidas por técnicas de amostragem; nestes casos, perguntas são feitas em relação a um período de referência, geralmente o ano anterior ao inquérito; as {{NoteTerm|estimativas indiretas de mortalidade}} se fundamentam em perguntas como o {{NoteTerm|número de filhos sobreviventes}} emtre os ''filhos tidos'' ({{RefNumber|63|7|2}}), {{NoteTerm|condição de orfandade}} ou {{NoteTerm|condição de viuvez}}.}}
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{{Note|1| As primeiras estatísticas de mortalidade na Inglaterra foram compiladas com base nas {{NoteTerm|listas de mortalidade}} que eram geralmente baseadas nos {{NoteTerm|registros funerários}}. Em países em que os registros vitais são deficientes, as estatísticas podem ser obtidas por técnicas de amostragem; nestes casos, são feitas perguntas em relação a um período de referência, geralmente o ano anterior ao inquérito; as {{NoteTerm|estimativas indiretas de mortalidade}} se fundamentam em perguntas, tais como o {{NoteTerm|número de filhos sobreviventes}} entre os ''filhos tidos'' ({{RefNumber|63|7|2}}) e a {{NoteTerm|condição de orfandade}} ou {{NoteTerm|condição de viuvez}}}}.
 
 
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As {{TextTerm|probabilidades de morte|1}} são usadas para o estudo detalhado da mortalidade em um período ou coorte. Ela é a probabilidade de que um indivíduo em uma idade exata ''x'' morra após a idade exata ''x + n'', sendo representada pelo símbolo <sub>n</sub>q<sub>x</sub> . Se ''n'' = 1, n´s estamos falando da {{TextTerm|probabilidade de morte anual|2}}; se ''n'' = 5, de {{TextTerm|probabilidade de mortes qüinqüenais|3}}. A {{TextTerm|taxa de mortalidade instantânea|4}} é derivada da função na qual os valores de ''n'' na relação <sub>n</sub>q<sub>x</sub> tendem a zero. O complemento da probabilidade de morrer de uma idade exata ''x'' até uma idade exata ''x + n'' é a {{TextTerm|probabilidade de sobrevivência|6}} neste intervalo. Na preparação de projeções populacionais, usamos as {{TextTerm|relações de sobrevivência|7}} que representam a probabilidade dos indivíduos de uma mesma coorte de nascimentos ou grupo de coortes permaneçam vivos em n anos seguintes.
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As {{TextTerm|probabilidades de morte|1}} são utilizadas para o estudo detalhado da mortalidade em um período ou coorte. Ela é a probabilidade de que um indivíduo em uma idade exata ''x'' morra após a idade exata ''x + n'', sendo representada pelo símbolo <sub>n</sub>q<sub>x</sub> . Quando ''n'' = 1, tem-se a {{TextTerm|probabilidade de morte anual|2}}; se ''n'' = 5, a {{TextTerm|probabilidade de mortes qüinqüenais|3}}. A {{TextTerm|taxa de mortalidade instantânea|4}} é derivada da função na qual os valores de ''n'' na relação <sub>n</sub>q<sub>x</sub> tendem a zero. O complemento da probabilidade de morrer de uma idade exata ''x'' até uma idade exata ''x + n'' é a {{TextTerm|probabilidade de sobrevivência|6}} neste intervalo. Na preparação de projeções populacionais, são utilizadas as {{TextTerm|relações de sobrevivência|7}}, que representam a probabilidade de os indivíduos de uma mesma coorte de nascimentos ou grupo de coortes permanecerem vivos ''n'' anos depois.
 
{{Note|1| A probabilidade de morte entre a idade ''x'' e ''x + n'' é definida como a razão entre os óbitos entre as idades ''x'' e ''x + n'' e o número de sobreviventes na idade exata ''x''. Não se deve confundi-la com a {{NoteTerm|taxa central de mortalidade}}, que é a razão entre os óbitos entre as idades ''x'' e ''x + n'' e a população média sobrevivente naquela idade. A taxa central de mortalidade é expressa por <sub>n</sub>m<sub>x</sub> .}}
 
{{Note|1| A probabilidade de morte entre a idade ''x'' e ''x + n'' é definida como a razão entre os óbitos entre as idades ''x'' e ''x + n'' e o número de sobreviventes na idade exata ''x''. Não se deve confundi-la com a {{NoteTerm|taxa central de mortalidade}}, que é a razão entre os óbitos entre as idades ''x'' e ''x + n'' e a população média sobrevivente naquela idade. A taxa central de mortalidade é expressa por <sub>n</sub>m<sub>x</sub> .}}
{{Note|6| A probabilidade de sobrevivência de uma idade ''x'' até a idade ''x + n'' é expressa por <sub>n</sub>p<sub>x</sub> .}}
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{{Note|6| A probabilidade de sobrevivência de uma idade ''x'' até a idade ''x + n'' é expressa por <sub>n</sub>p<sub>x</sub>}}.
 
 
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As diferenças entre o número de sobreviventes ({{RefNumber|43|1|4}}) a diferentes idades dão o número de mortos dentro do intervalo de idade ou a {{TextTerm|função de mortalidade|1}}. A proporção de mortos entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n}} para o número de sobreviventes à idade {{NonRefTerm|x }}é chamada {{TextTerm|probabilidade de morte|2}} entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n. }}O {{TextTerm|coeficiente central de mortalidade|3}} é a proporção dos óbitos ocorridos entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n}} para o número médio de pessoas vivas àquela idade. A {{TextTerm|força de mortalidade|4}} ou {{TextTerm|taxa instantânea de mortalidade|4}} é a derivada do logaritmo natural da função de sobrevivência ({{RefNumber|43|1|3}}) tomada negativamente .
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O curso da mortalidade ao longo de um ciclo de vida pode ser descrito por meio da {{TextTerm|tábua de vida|1}} ou {{TextTerm|tábua de mortalidade|1}}. A tábua de vida consiste em um conjunto de {{TextTerm|funções da tábua de vida|2}}, todas elas matematicamente relacionadas e que geralmente podem ser derivadas quando um dos valores é conhecido. A {{TextTerm|função de sobrevivência|3}} indica o número de {{TextTerm|sobreviventes|4}} de uma ''coorte'' ({{RefNumber|11|6|2}}) de nascimentos para várias ''idades exatas'' ({{RefNumber|32|2|7}}), considerando que estas coortes estão sujeitas àquelas taxas de mortalidade. O número de nascimentos da coorte original é denominado {{TextTerm|raiz|5}} da tábua de vida e o processo pelo qual a coorte original é reduzida é conhecido como {{TextTerm|atrito|6}}.
 
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{{Note|4| O número de sobreviventes em uma idade exata x é expresso por l<sub>x</sub> .}}
1, O número de mortes entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n}} {{NonRefTerm| }}é representado por <sub>n</sub>{{NonRefTerm|d<sub>x </sub>}}e, entre as idades {{NonRefTerm|x e x +1, }}por {{NonRefTerm|d<sub>x</sub>.}}<br />{{NonRefTerm|2, }}A probabilidade de morte entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n }}é expressa por <sub>n</sub>q<sub>x </sub>e, entre as idades x e {{NonRefTerm|x }}+ 1, por q<sub>x</sub>.
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{{Note|5| A raiz é geralmente expressa por um múltiplo de 10: 10.000 ou 100.000, por exemplo.}}
{{Note|3| O coeficiente central de mortalidade à idade {{NonRefTerm|x }}é denotado por m<sub>x</sub>.}}
 
{{Note|4| A força de mortalidade à idade {{NonRefTerm|x é }}indicada por µ{{NonRefTerm|<sub>x</sub>.}}}}
 
  
 
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Integrando a função de sobrevivência ({{RefNumber|43|1|3}}) entre duas idades dadas, obtém-se o {{TextTerm|número de anos vividos|1}} ou a {{TextTerm|vida total|1}} da coorte entre essas idades. Calcula-se, igualmente, o {{TextTerm|numero de anos vividos depois de certa idade|2}}, pela referida geração, o qual, dividido pelo número de sobreviventes à idade {{NonRefTerm|x, }}representa o número médio de anos vividos depois dessa idade, pelos indivíduos que a atingiram, isto é, a {{TextTerm|esperança de vida|3}} àquela idade. A {{TextTerm|esperança de vida ao nascer|4}} é também chamada {{TextTerm|vida média|4}}. O inverso da esperança de vida ao nascer pode ser utilizado como um índice de mortalidade, sob o nome de {{TextTerm|taxa de mortalidade deduzida de uma tábua (de mortalidade)|5}}. Algumas vezes, denomina-se {{TextTerm|potencial de vida|6}} de um indivíduo a esperança de vida do mesmo à idade x, sendo o potencial de vida de uma população o total dos potenciais de vida de seus membros.
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A diferença entre o número de ''sobreviventes'' ({{RefNumber|43|2|4}}) em diferentes idades o número de óbitos em um determinado intervalo de idades da {{TextTerm|função de mortalidade|1}}. Tipicamente, a tábua de vida inclui a {{TextTerm|expectativa de vida|3}} ou {{TextTerm|esperança de vida|3}} na idade x ; este seria o número médio de anos que será vivido pelos sobreviventes na idade exata x, dadas as condições de mortalidade da tábua de vida. A {{TextTerm|expectativa de vida ao nascer|4}} é um caso particular da expectativa de vida e representa a {{TextTerm|duração média de vida|4}} de um indivíduo que está sujeito, desde o nascimento, à mortalidade da tábua de vida. A recíproca da expectativa de vida ao nascer é a {{TextTerm|taxa de mortalidade da tábua de vida|5}} ou {{TextTerm|taxa de mortalidade de uma população estacionária|5}}.
{{Note|1| A notação para o número de anos vividos entre as idades {{NonRefTerm|x }}e {{NonRefTerm|x }}+ {{NonRefTerm|n}}}}<br />é {{NonRefTerm|<sub> n</sub>L<sub>x</sub>}}
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{{Note|3| Integrando a ''função de sobrevivência'' ({{RefNumber|43|2|3}}) entre duas idades exatas obtém-se o {{NoteTerm|número total de anos vividos}} pela coorte entre essas idades; a notação para o número total de anos vividos entre as idades ''x'' e ''x + n'' é dada por <sub>n </sub>{{NoteTerm|L}}<sub> x</sub> . Essa função é frequentemente denominada {{NoteTerm|população estacionária}} no cabeçalho das colunas da tábua de vida. Somando-a, a partir de uma idade x até o final da vida, obtém-se o número total de anos a serem vividos após atingir a idade x, para aqueles que conseguiram atingir aquela idade; a notação convencional é dada por T <sub>x</sub> .}}
{{Note|2| A notação para o número de anos vividos depois da idade {{NonRefTerm|x }} T<sub>x</sub>.}}
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{{Note|4| A notação para a expectativa de vida à idade x é e<sub>x</sub>}}
{{Note|3| A esperança de vida à idade {{NonRefTerm|x, }}denotada por {{NonRefTerm|e°<sub>x</sub>, }}é às vezes denominada e{{NoteTerm|sperança completa de vida}} para distinguir-se da {{NoteTerm|esperança abreviada de vida}}, e<sub>x</sub>, obtida substituindo-se a integral da função de sobrevivência a partir da idade x, pela soma dos sobreviventes da tábua de sobrevivência a partir da idade x + 1 (sendo {{NonRefTerm|x }}um número inteiro de anos); esta aproximação conduz a um erro de cerca de meio ano.}}
 
  
 
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A {{TextTerm|vida provável|1}} ou {{TextTerm|vida mediana|1}} (V. {{RefNumber|14|0|6}}) é a idade na qual a geração inicial que constitui a raiz de uma tábua de sobrevivência se reduz à metade. A distribuição dos óbitos por idade na tábua de mortalidade ({{RefNumber|43|1|1}}) apresenta, geralmente, vários máximos, dos quais um se situa próximo ao final da idade adulta ({{RefNumber|32|4|4}}) ou na velhice ({{RefNumber|32|4|6}}). A idade correspondente a êsse máximo é a {{TextTerm|idade modal de óbito|2}} (V. {{RefNumber|14|0|8}}) ou {{TextTerm|idade normal de óbito|2}} e a duração de vida correspondente é chamada {{TextTerm|vida normal|2}}. Tal índice representa, melhor do que a vida mediana ou do que a vida média ({{RefNumber|43|3|4}}), a {{TextTerm|duração da vida humana|3}}. Confunde-se, às vezes, essa noção de duração da vida, mais comumente observada entre os indivíduos que atingiram a idade adulta, com a {{TextTerm|longevidade|4}} da espécie humana, a qual corresponde às durações de vida extrema, suscetíveis de serem atingidas pelo ser humano (V. {{RefNumber|32|4|8}}) que, ao contrário daquela, são excepcionais.
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A {{TextTerm|duração mediana de vida|1}}, muitas vezes denominada {{TextTerm|tempo provável de vida|1}}, é a idade na qual metade da coorte original de nascimentos já morreu. Após a infância, a distribuição dos óbitos por idade em uma tábua de vida usualmente irá apresentar a moda e a sua idade correspondente é denominada {{TextTerm|idade modal da mortalidade|2}}, ou algumas vezes a {{TextTerm|idade normal de mortalidade|2}}. Ela pode ser de interesse como indicador da {{TextTerm|longevidade humana|3}} ou {{TextTerm|duração de vida|3}} e corresponde mais ao senso comum do que à média ({{RefNumber|43|3|4}}) ou à duração mediana de vida.
{{Note|1| Com maior precisão, costuma-se falar de {{NoteTerm|vida provável ao nascer e}}, em geral, de {{NoteTerm|vida provável à idade x}}, que corresponde à mediana ({{RefNumber|14|0|6}}) de sobre vivências.}}
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{{Note|3| Em inglês, o termo {{TextTerm|life span|4}} é utilizado para se referir ao tempo máximo possível da vida humana}}.
{{Note|2| Na expressão idade normal de óbito, a palavra {{NoteTerm|normal}} tem a mesma significação que lhe atribuem os estatísticos ao se referirem à lei normal, curva normal etc, havendo, porém, uma tendência contra o seu emprego em tal sentido, a fim de evitar confusão por parte dos menos avisados, sendo preferível o termo idade modal de óbito.}}
 
  
 
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=== 435 ===
  
Uma {{TextTerm|tábua completa de mortalidade|1}} é aquela que contém valores das funções biométricas ({{RefNumber|43|1|2}}) para cada idade. É também denominada {{TextTerm|tábua detalhada de mortalidade|1}}. A {{TextTerm|tábua abreviada de mortalidade|2}} comporta apenas os valores das funções biométricas para certas {{TextTerm|idades básicas|3}}, valores dos quais se obtêm, por interpolação, os correspondentes às demais idades. Todavia, a expressão tábua abreviada de mortalidade é também empregada para designar uma {{TextTerm|tábua resumida de mortalidade|4}}, ou seja, um extrato da tábua detalhada de mortalidade. Denomina-se {{TextTerm|tábua de mortalidade de grupo selecionado|5}} ou {{TextTerm|tábua atuarial de mortalidade|5}} àquela referente a grupos de indivíduos especialmente selecionados (em geral clientes de companhias de seguros), em oposição às {{TextTerm|tábuas de mortalidade global|6}} ou {{TextTerm|tábuas de mortalidade demográficas|6}} que se baseiam na observação de toda a população (no sentido de {{RefNumber|10|1|3}}).
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Uma {{TextTerm|tábua de vida completa|1}} é normalmente aquela onde os valores das ''funções da tábua de vida'' ({{RefNumber|43|2|2}}) são dados em idades simples. Uma {{TextTerm|tábua de vida abreviada|2}} é aquela na qual a maior parte das funções são dadas apenas para determinadas idades, frequentemente espaçadas por intervalos a cada cinco ou dez anos após a infância; os valores intermediários para as funções são normalmente obtidos por alguma forma de interpolação ({{RefNumber|15|1|7}}). O termo {{TextTerm|tábua de vida selecionada|3}} é utilizado para se referir a uma tábua de vida que se relaciona à experiência de um número de indivíduos especialmente selecionados, tais como os clientes de uma empresa de seguros, ao passo que as {{TextTerm|tábuas de vida gerais|4}} relatam a experiência de toda a ''população'' ({{RefNumber|10|1|4}}). As tábuas de vida são geralmente apresentadas por sexo e muitas vezes podem ser calculadas para ambos os sexos. A tábua de vida que é baseada apenas na generalização das relações empíricas é denominada {{TextTerm|tábuas de vida modelo|5}}.
{{Note|5| {{NoteTerm|atuarial}}, adj. — {{NoteTerm|atuário}}, s-m., especialista na aplicação da matemática aos problemas de seguro.}}
 
  
 
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A {{TextTerm|tábua de mortalidade de contemporâneos|1}} (V. {{RefNumber|15|3|2}}) resulta das observações feitas durante certo período de referência sobre o conjunto de gerações ({{RefNumber|11|6|1}}) representadas naquela época, enquanto que a {{TextTerm|tábua de mortalidade de geração|2}} (V. {{RefNumber|15|3|3}}) ou {{TextTerm|tábua de mortalidade de coorte|2}} decorre da observação de uma geração ou coorte ao longo de sua existência. A superfície representativa das probabilidades de morte ({{RefNumber|43|2|2}}) em função da idade e da data de observação é chamada {{TextTerm|superfície de mortalidade|3}}.
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Uma {{TextTerm|tábua de vida de período|1}} (cf. {{RefNumber|15|3|2}}; {{NoteTerm|{{RefNumber|43|2|1}})}} é aquela nas quais as taxas de mortalidade utilizadas se referem a um intervalo específico de tempo e , portanto, a ''coorte'' ({{RefNumber|11|6|2}}) é hipotética. Por outro lado, uma {{TextTerm|tábua de vida geracional|2}} ou {{TextTerm|tábua de vida de coorte|2}} identifica a experiência de uma coorte atual de nascimentos e as taxas de mortalidade contidas na tábua são, então, aplicadas em um período prolongado de tempo, normalmente 100 anos. Uma {{TextTerm|distribuição de mortalidade|3}} pode ser representada graficamente quando as ''probabilidades de morte'' ({{RefNumber|43|1|1}}) são cruzadas com idade e período, simultaneamente, em um gráfico tridimensional.
  
 
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=== 437 ===
  
O método freqüentemente empregado em demografia para calcular as funções das tábuas de mortalidade ({{RefNumber|43|1|2}}) baseia-se no {{TextTerm|diagrama de Lexis|1}}, no qual cada indivíduo é representado por um segmento de reta, denominado {{TextTerm|linha de vida|2}}, que começa no ponto correspondente ao nascimento e termina no {{NoteTerm|ponto de morte<sup>3</sup>;}} utiliza uma classificação combinada de óbitos por idade e ano do nascimento. Recentemente, vem sendo empregado um método para estudar a mortalidade nas idades muito avançadas chamado {{TextTerm|método das gerações extintas|4}}.
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O {{TextTerm|diagrama de lexis|1}} é normalmente utilizado para ilustrar o método usual para o cálculo das probabilidades de morte e outras medidas demográficas. Neste diagrama, cada indivíduo é representado por uma {{TextTerm|linha de vida|2}}, que se inicia no momento do nascimento e termina no {{TextTerm|momento do óbito|3}}. Um método de estudo para a mortalidade em idades avançadas é denominado {{TextTerm|método das gerações extintas|4}}, pois elas utilizam os óbitos observados para coortes que foram completamente eliminadas pela mortalidade.
  
  

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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


430

As estatísticas de mortalidade geralmente são compiladas com base em registro de óbitos (cf. 211-). Geralmente, quando ocorre um óbito emite-se um atestado de óbito1 ou declaração de óbito1; as estatísticas são, portanto, compiladas com base nas informações dadas por estes atestados ou declarações de óbito. Em alguns países faz-se dintinção entre a declaração médica de óbito2, que é emitida pelo médico que atendeu a pessoa falecida, e o atestado de óbito emitido pelo cartório de registros para fins legais.

  • 1. As primeiras estatísticas de mortalidade na Inglaterra foram compiladas com base nas listas de mortalidade que eram geralmente baseadas nos registros funerários. Em países em que os registros vitais são deficientes, as estatísticas podem ser obtidas por técnicas de amostragem; nestes casos, são feitas perguntas em relação a um período de referência, geralmente o ano anterior ao inquérito; as estimativas indiretas de mortalidade se fundamentam em perguntas, tais como o número de filhos sobreviventes entre os filhos tidos (637-2) e a condição de orfandade ou condição de viuvez.

431

As probabilidades de morte1 são utilizadas para o estudo detalhado da mortalidade em um período ou coorte. Ela é a probabilidade de que um indivíduo em uma idade exata x morra após a idade exata x + n, sendo representada pelo símbolo nqx . Quando n = 1, tem-se a probabilidade de morte anual2; se n = 5, a probabilidade de mortes qüinqüenais3. A taxa de mortalidade instantânea4 é derivada da função na qual os valores de n na relação nqx tendem a zero. O complemento da probabilidade de morrer de uma idade exata x até uma idade exata x + n é a probabilidade de sobrevivência6 neste intervalo. Na preparação de projeções populacionais, são utilizadas as relações de sobrevivência7, que representam a probabilidade de os indivíduos de uma mesma coorte de nascimentos ou grupo de coortes permanecerem vivos n anos depois.

  • 1. A probabilidade de morte entre a idade x e x + n é definida como a razão entre os óbitos entre as idades x e x + n e o número de sobreviventes na idade exata x. Não se deve confundi-la com a taxa central de mortalidade, que é a razão entre os óbitos entre as idades x e x + n e a população média sobrevivente naquela idade. A taxa central de mortalidade é expressa por nmx .
  • 6. A probabilidade de sobrevivência de uma idade x até a idade x + n é expressa por npx.

432

O curso da mortalidade ao longo de um ciclo de vida pode ser descrito por meio da tábua de vida1 ou tábua de mortalidade1. A tábua de vida consiste em um conjunto de funções da tábua de vida2, todas elas matematicamente relacionadas e que geralmente podem ser derivadas quando um dos valores é conhecido. A função de sobrevivência3 indica o número de sobreviventes4 de uma coorte (116-2) de nascimentos para várias idades exatas (322-7), considerando que estas coortes estão sujeitas àquelas taxas de mortalidade. O número de nascimentos da coorte original é denominado raiz5 da tábua de vida e o processo pelo qual a coorte original é reduzida é conhecido como atrito6.

  • 4. O número de sobreviventes em uma idade exata x é expresso por lx .
  • 5. A raiz é geralmente expressa por um múltiplo de 10: 10.000 ou 100.000, por exemplo.

433

A diferença entre o número de sobreviventes (432-4) em diferentes idades dá o número de óbitos em um determinado intervalo de idades da função de mortalidade1. Tipicamente, a tábua de vida inclui a expectativa de vida3 ou esperança de vida3 na idade x ; este seria o número médio de anos que será vivido pelos sobreviventes na idade exata x, dadas as condições de mortalidade da tábua de vida. A expectativa de vida ao nascer4 é um caso particular da expectativa de vida e representa a duração média de vida4 de um indivíduo que está sujeito, desde o nascimento, à mortalidade da tábua de vida. A recíproca da expectativa de vida ao nascer é a taxa de mortalidade da tábua de vida5 ou taxa de mortalidade de uma população estacionária5.

  • 3. Integrando a função de sobrevivência (432-3) entre duas idades exatas obtém-se o número total de anos vividos pela coorte entre essas idades; a notação para o número total de anos vividos entre as idades x e x + n é dada por n L x . Essa função é frequentemente denominada população estacionária no cabeçalho das colunas da tábua de vida. Somando-a, a partir de uma idade x até o final da vida, obtém-se o número total de anos a serem vividos após atingir a idade x, para aqueles que conseguiram atingir aquela idade; a notação convencional é dada por T x .
  • 4. A notação para a expectativa de vida à idade x é ex

434

A duração mediana de vida1, muitas vezes denominada tempo provável de vida1, é a idade na qual metade da coorte original de nascimentos já morreu. Após a infância, a distribuição dos óbitos por idade em uma tábua de vida usualmente irá apresentar a moda e a sua idade correspondente é denominada idade modal da mortalidade2, ou algumas vezes a idade normal de mortalidade2. Ela pode ser de interesse como indicador da longevidade humana3 ou duração de vida3 e corresponde mais ao senso comum do que à média (433-4) ou à duração mediana de vida.

  • 3. Em inglês, o termo life span4 é utilizado para se referir ao tempo máximo possível da vida humana.

435

Uma tábua de vida completa1 é normalmente aquela onde os valores das funções da tábua de vida (432-2) são dados em idades simples. Uma tábua de vida abreviada2 é aquela na qual a maior parte das funções são dadas apenas para determinadas idades, frequentemente espaçadas por intervalos a cada cinco ou dez anos após a infância; os valores intermediários para as funções são normalmente obtidos por alguma forma de interpolação (151-7). O termo tábua de vida selecionada3 é utilizado para se referir a uma tábua de vida que se relaciona à experiência de um número de indivíduos especialmente selecionados, tais como os clientes de uma empresa de seguros, ao passo que as tábuas de vida gerais4 relatam a experiência de toda a população (101-4). As tábuas de vida são geralmente apresentadas por sexo e muitas vezes podem ser calculadas para ambos os sexos. A tábua de vida que é baseada apenas na generalização das relações empíricas é denominada tábuas de vida modelo5.

436

Uma tábua de vida de período1 (cf. 153-2; 432-1) é aquela nas quais as taxas de mortalidade utilizadas se referem a um intervalo específico de tempo e , portanto, a coorte (116-2) é hipotética. Por outro lado, uma tábua de vida geracional2 ou tábua de vida de coorte2 identifica a experiência de uma coorte atual de nascimentos e as taxas de mortalidade contidas na tábua são, então, aplicadas em um período prolongado de tempo, normalmente 100 anos. Uma distribuição de mortalidade3 pode ser representada graficamente quando as probabilidades de morte (431-1) são cruzadas com idade e período, simultaneamente, em um gráfico tridimensional.

437

O diagrama de lexis1 é normalmente utilizado para ilustrar o método usual para o cálculo das probabilidades de morte e outras medidas demográficas. Neste diagrama, cada indivíduo é representado por uma linha de vida2, que se inicia no momento do nascimento e termina no momento do óbito3. Um método de estudo para a mortalidade em idades avançadas é denominado método das gerações extintas4, pois elas utilizam os óbitos observados para coortes que foram completamente eliminadas pela mortalidade.


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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93