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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)

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(Hulda Maria Gomes, edição 1969 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística & Centro Brasileiro de Estudos Demográfico)
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A expressão "teoria da população" (V. {{RefNumber|10|4|.1}}) é empregada nas mais variadas acepções. Em sentido restrito, refere-se ao tratamento sistemático das bases lógica e matemática da demografia pura ({{RefNumber|10|2|.3}}). Por outro lado, é usada com relação ao tratamento puramente especulativo das questões de população. No passado, os estudos das inter-relaçoes entre os fenômenos demográficos e outros eram de caráter um tanto teórico. Atualmente, há grande empenho em tornar os estudos interdísciplinares mais objetivos, baseando-os nas relações específicas entre os resultados de investigações demográficas e aqueles obtidos através de outros tipos de pesquisas científicas. O tratamento teórico da população se concentrava, anteriormente, nas relações entre a população total e os {{TextTerm|recursos|1|901|IndexEntry=RECURSOS}}, isto é, os meios disponíveis para sua manutenção, ou a {{TextTerm|produção|2|901|IndexEntry=PRODUÇÃO}} — criação de bens e serviços.
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Uma parte das teorias sobre população ({{RefNumber|10|5|1}}) está relacionada aos determinantes sociais e econômicos e suas conseqüências sobre as tendências da população. No passado, o tratamento teórico da população estava fortemente centrado na relação entre população total e {{TextTerm|recursos|1}}, isto é, os meios disponíveis para o sustento da população, ou na {{TextTerm|produção|2}}, isto é, a geração de bens e serviços. Mais recentemente, a ênfase mudou para as inter-relações entre {{NonRefTerm|crescimento populacional}} ({{RefNumber|70|1|1}}) e seus componentes, e {{NonRefTerm|crescimento econômico}} ({{RefNumber|90|3|1}}), particularmente com relação a {{TextTerm|consumo|3}}, {{TextTerm|poupança|4}} e {{TextTerm|investimento|5}}.
  
 
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As considerações sobre a relação entre a população e os recursos levam a conceitos de {{TextTerm|superpopulação|1|902|IndexEntry=SUPERPOPULAÇÃO}} e {{TextTerm|subpopulação|2|902|IndexEntry=SUBPOPULAÇÃO}}. Essas definições são válidas apenas, é claro, com referência a um {{TextTerm|nível de desenvolvimento|3|902|IndexEntry=NÍVEL de desenvolvimento|OtherIndexEntry=DESENVOLVIMENTO nível}} fixado. Diz-se que superpopulação se a redução do número de habitantes fosse vantajosa para a população. Para uma subpopulação, ao contrário, haveria vantagem no aumento do número de habitantes. Quando nem o aumento, nem o decréscimo são considerados proveitosos para a população, ela é uma {{TextTerm|população ótima|4|902|IndexEntry=POPULAÇÃO ótima|OtherIndexEntry=ÓTIMA população}}, ou seja, seu quantitativo constitui um {{TextTerm|ótimo|4|902|2|IndexEntry=ÓTIMO}} de população. Sendo as vantagens de caráter econômico, fala-se em {{TextTerm|ótimo econômico|5|902|IndexEntry=ÓTIMO econômico|OtherIndexEntry=ECONÔMICO ótimo}}. As avaliações dos ótimos econômicos giram em torno do bem-estar econômico mas, dada a dificuldade de sua determinação empírica, baseiam-se no {{TextTerm|nível de vida|6|902|IndexEntry=NÍVEL de vida|OtherIndexEntry=VIDA nível}} ou {{TextTerm|padrão de vida|6|902|2|IndexEntry=PADRÃO de vida|OtherIndexEntry=VIDA padrão}} deduzido através da {{TextTerm|renda média por habitante|7|902|IndexEntry=RENDA média por habitante}}, também chamada {{TextTerm|renda \"per capita\"|7|902|2|IndexEntry=RENDA "per capita"}}, isto é, dividindo-se o total de bens e serviços produzidos durante certo período (ou sua equivalência em renda monetária ajustada à variação do poder aquisitivo) pelo total da população no mesmo período.
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Considerações acerca das relações entre tamanho populacional e recursos levam aos conceitos de {{TextTerm|superpopulação|1}} e {{TextTerm|subpopulação|2}}. Estes termos são definidos apenas para um determinado {{TextTerm|nível de desenvolvimento|3}}. Quando não vantagem em se ter uma população maior ou menor, diz-se que se tem um {{TextTerm|ótimo de população|4}}, algumas vezes denominado simplesmente de {{TextTerm|ótimo|4}}. As vantagens obtidas podem ser de caráter econômico e, neste caso, ele é um {{TextTerm|ótimo econômico|5}}. A discussão sobre ótimo econômico geralmente se reverte em termos de bem-estar econômico, mas, como isto é difícil de se verificar empiricamente, o termo é algumas vezes substituído por {{TextTerm|nível de vida|6}} ou {{TextTerm|padrão de vida|6}}. Isto é aproximadamente o mesmo que {{TextTerm|renda nacional real per capita|7}}, ou seja, o volume total de bens e serviços produzidos em um determinado período (ou seu equivalente em renda monetária ajustada pela variação no poder de compra) dividido pela população total durante o período.
{{Note|5| Alguns autores adotam conceitos de ótimo de poder e ótimo social, além de ótimo econômico.}}
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{{Note|6| A expressão "padrão de vida" é empregada, por alguns economistas, apenas para designar o conjunto de necessidades básicas atendidas, em contraste com o nível de vida realmente alcançado. Outros usam os dois termos indiscriminadamente.}}
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{{Note|1|}} {{NoteTerm|Superpopulação}}, n. – {{NoteTerm|super-habitada}}, adj.
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{{Note|2|}} {{NoteTerm|subpopulação}}, n. – {{NoteTerm|sub-habitada,}}, adj.
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{{Note|5|}} Alguns autores têm utilizado o conceito de {{NoteTerm|ótimo de poder}} e {{NoteTerm|ótimo social}}, assim como de ótimo econômico.
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{{Note|6|}} A expressão “padrão de vida” é limitada por alguns economistas para significar uma meta aceitável ou conjunto de necessidades reconhecidas, em contraste com o nível de vida realmente obtido. Outros utilizam esses termos como sinônimos.
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{{Note|7|}} Outras medidas, tal como o {{NoteTerm|produto nacional bruto per capita}}, também são utilizadas. “Per capita”, embora gramaticalmente incorreto, é um termo utilizado para substituir a expressão “por cabeça”.
  
 
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Ultimamente, os economistas têm enfatizado as relações dinâmicas entre o {{TextTerm|crescimento econômico|1|903|IndexEntry=CRESCIMENTO econômico|OtherIndexEntry=ECONÔMICO crescimento}} ou {{TextTerm|desenvolvimento econômico|1|903|2|IndexEntry=DESENVOLVIMENTO econômico|OtherIndexEntry=ECONÔMICO desenvolvimento}} e as taxas de crescimento e alterações na estrutura da população; há uma tendência cm utilizar o conceito de {{TextTerm|taxa ótima de crescimento da população|2|903|IndexEntry=TAXA ótima de crescimento da população}}, isto é, a taxa do crescimento compatível com a taxa máxima de aumento do nível de vida, principalmente nos países {{TextTerm|subdesenvolvidos|3|903|IndexEntry=SUBDESENVOLVIDO}}, onde as relações entre o crescimento demográfico e o bem-estar econômico são estudadas.
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Economistas têm enfatizado as relações dinâmicas entre {{TextTerm|crescimento econômico|1}} ou {{TextTerm|desenvolvimento econômico|1}} e taxas de crescimento populacional e mudanças na estrutura populacional; eles estão menos interessados hoje no conceito estático de um tamanho ótimo do que no conceito dinâmico do {{TextTerm|ótimo de taxa de crescimento|2}} da população, isto é, a taxa de crescimento que será consistente com a taxa máxima de crescimento do nível de vida. Estas relações são uma preocupação particular nos países com baixo nível de vida, os quais têm sido denominados {{TextTerm|países menos desenvolvidos|3}} ou {{TextTerm|países em desenvolvimento|3}}.
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{{Note|3|}} Também: {{NoteTerm|países subdesenvolvidos}} ou {{NonRefTerm|países de baixa renda}}. Eles são comumente contrastados com {{NoteTerm|países desenvolvidos}}, ou {{NoteTerm|países mais desenvolvidos}}.
  
 
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A {{TextTerm|população máxima|1|904|IndexEntry=POPULAÇÃO máxima|OtherIndexEntry=MÁXIMA população}} de um território, também chamada {{TextTerm|densidade potencial|1|904|2|IndexEntry=DENSIDADE potencial|OtherIndexEntry=POTENCIAL densidade}} ({{RefNumber|31|3|.6}}) significa, em sentido absoluto, o maior número de pessoas que poderiam ser mantidas sob determinadas condições; todavia, pode, em alguns casos, referir-se ao maior número de habitantes admissível, tendo em vista um suposto padrão de vida. Inversamente, considera-se {{TextTerm|população mínima|2|904|IndexEntry=POPULAÇÃO mínima|OtherIndexEntry=MÍNIMA população}} o menor número de pessoas em uma área, compatível com a {{TextTerm|sobrevivência do grupo|3|904|IndexEntry=SOBREVIVÊNCIA do grupo|OtherIndexEntry=GRUPO sobrevivência}}.
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O {{TextTerm|máximo populacional|1}} de um território, algumas vezes denominado sua {{TextTerm|capacidade de subsistência|1}}, é geralmente entendido em termos absolutos como o maior número de pessoas que poderiam ser sustentadas  sob condições específicas; mas é algumas vezes utilizado com o significado de o maior número de pessoas que poderiam ser sustentadas em um determinado padrão de vida. Contrariamente, o {{TextTerm|mínimo populacional|2}} é geralmente tido como o menor número de pessoas em uma área, o que é consistente com {{TextTerm|grupo de sobrevivência|3}}.
  
 
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O termo {{TextTerm|pressão demográfica|1|905|IndexEntry=PRESSÃO demográfica|OtherIndexEntry=DEMOGRÁFICA pressão}} ou {{TextTerm|pressão da população|1|905|2|IndexEntry=PRESSÃO da população|OtherIndexEntry=POPULAÇÃO pressão}} tem várias significações. De acordo com a {{TextTerm|teoria malthusiana da população|2|905|IndexEntry=MATHUSIANA, teoria da população}} ({{RefNumber|10|4|.1}}), assim chamada devido a seu autor, , inevitàvelmente, pressão da população sobre os {{TextTerm|meios de subsistência|3|905|IndexEntry=MEIOS de subsistência|OtherIndexEntry=SUBSISTÊNCIA, meios}}. Qualquer alteração no volume dos meios disponíveis de subsistência acarreta o crescimento da população ({{RefNumber|70|1|.1}}) até ser novamente alcançado o {{TextTerm|equilíbrio demográfico|4|905|IndexEntry=EQUILÍBRIO demográfico|OtherIndexEntry=DEMOGRÁFICO equilíbrio}} ou {{TextTerm|equilíbrio populacional|4|905|2|IndexEntry=EQUILÍBRIO populacional|OtherIndexEntry=POPULACIONAL equilíbrio}}, isto é, o nível de vida mínimo para subsistência ou {{TextTerm|mínimo vital|5|905|IndexEntry=MÍNIMO vital|OtherIndexEntry=VITAL mínimo}}. O equilíbrio é mantido pela eliminação dos excedentes populacionais, através de {{TextTerm|obstáculos positivos|6|905|IndexEntry=OBSTÁCULOS positivos|OtherIndexEntry=POSITIVOS, obstáculos}} ou {{TextTerm|obstáculos repressivos|6|905|2|IndexEntry=OBSTÁCULOS repressivos|OtherIndexEntry=REPRESSIVOS, obstáculos}}, também conhecidos como {{TextTerm|obstáculos malthusianos|6|905|3|IndexEntry=OBSTÁCULOS malthusianos}} (fome, epidemia e guerra), ou dos {{TextTerm|obstáculos preventivos|7|905|IndexEntry=OBSTÁCULOS preventivos|OtherIndexEntry=PREVENTIVOS, obstáculos}} de {{TextTerm|constrangimento moral|8|905|IndexEntry=CONSTRANGIMENTO moral}}, constituídos do {{TextTerm|retardamento matrimonial|9|905|IndexEntry=RETARDAMENTO matrimonial|OtherIndexEntry=MATRIMONIAL retardamento}} ou {{TextTerm|retardamento da idade matrimonial|9|905|2|IndexEntry=RETARDAMENTO da idade matrimonial|OtherIndexEntry=IDADE matrimonial, retardamento}}, associado à abstinência sexual.
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O termo {{TextTerm|pressão populacional|1}} está ligado aos conceitos  relacionados ao tamanho da população e {{NonRefTerm|recursos}} ({{RefNumber|90|1|1}}) disponíveis. Isto significa que a população da área é próxima ou distante do volume máximo consistente com os recursos disponíveis. De acordo com a {{TextTerm|teoria Malthusiana de população|2}}, assim denominada em homenagem ao seu criador, Thomas Malthus, haverá, inevitavelmente, pressão da população sobre os {{NoteTerm|meios}} de {{TextTerm|subsistência|3}}. Qualquer modificação no volume de meios de subsistência disponíveis poderá gerar {{NonRefTerm|crescimento populacional}} ({{RefNumber|70|1|1}}) até que a {{NonRefTerm|população de equilíbrio|4}} seja de novo atingida, quando o nível de vida tiver alcançado o {{TextTerm|nível de subsistência|5}}, isto é, um nível adequado o suficiente para garantir a sobrevivência. O equilíbrio seria mantido pela eliminação da população excedente, tanto por meio de {{TextTerm|xeques positivos|6}} ou {{TextTerm|freios positivos|6}}, algumas vezes conhecidos como {{TextTerm|xeques Malthusianos|6}} ou {{TextTerm|freios Malthusianos|6}} (fome, epidemia e guerra), ou por intermédio de {{TextTerm|xeque preventivo|7}} ou {{TextTerm|freio preventivo|6}} de {{TextTerm|restrição moral|8}}, consistindo de {{TextTerm|adiamento do casamento|9}}, combinado com abstinência de relações sexuais antes do casamento.
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{{Note|6 e 7|}} Os termos {{NoteTerm|xeque positivo}} ou {{NoteTerm|freio positivo}} e {{NoteTerm|xeque preventivo}} ou {{NoteTerm|freio preventivo}}, em inglês, são geralmente utilizados apenas com referência às doutrinas de Malthus.
  
 
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Denomina-se {{TextTerm|malthusianismo|1|906|IndexEntry=MATHUSIANISMO}} a doutrina que preconiza a restrição do crescimento da população, através de obstáculos preventivos. O {{TextTerm|neomalthusianismo|2|906|IndexEntry=NEOMALTHUSIANISMO}}, ampliando a concepção original de Malthus, recomenda a utilização de métodos de controle da natalidade ({{RefNumber|62|4|.3}}) na contenção do aumento populacional.
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Embora o termo {{TextTerm|Malthusianismo|1}} originalmente se refira às teorias de Malthus, ele é freqüentemente utilizado hoje para denotar a idéia de que uma redução na taxa de crescimento populacional é desejável. {{TextTerm|Neo-Malthusianismo|2}}, ao mesmo tempo em que coloca como desejável controlar o crescimento populacional, advoga que tal restrição seria atingida por meio da utilização de {{NonRefTerm|métodos de controle da natalidade}} ({{RefNumber|62|7|3}}).
{{Note|1| {{NoteTerm|malthusianismo}}, s.m. — {{NoteTerm|malthusiano}}, s.m., adepto da doutrina de Malthus; adj., relativo a Malthus ou ao malthusianismo. Na França, o termo "malthusianismo" tem um sentido mais amplo, aplicando-se a qualquer doutrina que preconize uma restrição do crescimento populacional, por qualquer razão; é usado, também, como sinônimo de restricionismo econômico.}}
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{{Note|1|}} {{NoteTerm|Malthusianismo}}, n. {{NoteTerm|Malthusiano}}, adj.: em conformidade com a doutrina de Malthus. Os termos são algumas vezes utilizados erroneamente para se referirem à defesa de programas de planejamento familiar para resolver problemas econômicos.
  
 
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O processo de transição de uma situação de fecundidade e mortalidade relativamente altas, para uma de fecundidade e mortalidade baixas, ocorre em muitos países e denomina-se {{TextTerm|revolução demográfica|1|907|IndexEntry=REVOLUÇÃO demográfica|OtherIndexEntry=DEMOGRÁFICA revolução}} ou {{TextTerm|revolução vital|1|907|2|IndexEntry=REVOLUÇÃO vital|OtherIndexEntry=VITAL revolução}}. Alguns autores alegam que o processo de industrialização provoca uma alteração demográfica, caracterizada pela queda da mortalidade, seguida, após algum tempo, pela diminuição da fecundidade, resultando ura rápido crescimento da população durante o período de {{TextTerm|transição demográfica|2|907|IndexEntry=TRANSIÇÃO demográfica|OtherIndexEntry=DEMOGRÁFICA transição}}. A atenção dos economistas tem se voltado para as variações da {{TextTerm|produtividade|3|907|IndexEntry=PRODUTIVIDADE}}, isto é, da produção por participante da força de trabalho ou por habitante, associadas a êsse período transitório.
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O processo de transição de uma situação na qual tanto fecundidade quanto mortalidade foram relativamente elevadas, para uma situação na qual elas são relativamente baixas, que tem sido observado em vários países, é denominado {{TextTerm|transição demográfica|1}} ou {{TextTerm|transição populacional|1}}. No processo de mudança de um {{TextTerm|estágio pré-transicional|2}} para um {{TextTerm|estágio pós-trasicional|3}}, há tipicamente um intervalo de tempo entre o declínio da mortalidade e da fecundidade, resultando em um estágio de {{TextTerm|crescimento transicional|4}}. Alguns economistas têm relacionado esses processos evolutivos da população às mudanças na {{TextTerm|produtividade|5}}, isto é, produção por membros da força de trabalho, ou por cada membro da população.
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{{Note|1|}} Algumas vezes denominada {{NoteTerm|revolução vital}}. Uma distinção adicional é feita entre {{NoteTerm|transição da fecundidade}} e {{NoteTerm|transição da mortalidade}}. A {{NoteTerm|teoria da transição demográfica}} associa mudanças históricas nas taxas vitais a transformações socioeconômicas acarretadas pelos processos de industrialização e urbanização.
  
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Edição atual desde as 21h18min de 15 de novembro de 2009


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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


901

Uma parte das teorias sobre população (105-1) está relacionada aos determinantes sociais e econômicos e suas conseqüências sobre as tendências da população. No passado, o tratamento teórico da população estava fortemente centrado na relação entre população total e recursos1, isto é, os meios disponíveis para o sustento da população, ou na produção2, isto é, a geração de bens e serviços. Mais recentemente, a ênfase mudou para as inter-relações entre crescimento populacional (701-1) e seus componentes, e crescimento econômico (903-1), particularmente com relação a consumo3, poupança4 e investimento5.

902

Considerações acerca das relações entre tamanho populacional e recursos levam aos conceitos de superpopulação1 e subpopulação2. Estes termos são definidos apenas para um determinado nível de desenvolvimento3. Quando não há vantagem em se ter uma população maior ou menor, diz-se que se tem um ótimo de população4, algumas vezes denominado simplesmente de ótimo4. As vantagens obtidas podem ser de caráter econômico e, neste caso, ele é um ótimo econômico5. A discussão sobre ótimo econômico geralmente se reverte em termos de bem-estar econômico, mas, como isto é difícil de se verificar empiricamente, o termo é algumas vezes substituído por nível de vida6 ou padrão de vida6. Isto é aproximadamente o mesmo que renda nacional real per capita7, ou seja, o volume total de bens e serviços produzidos em um determinado período (ou seu equivalente em renda monetária ajustada pela variação no poder de compra) dividido pela população total durante o período.

  • 1. Superpopulação, n. – super-habitada, adj.
  • 2. subpopulação, n. – sub-habitada,, adj.
  • 5. Alguns autores têm utilizado o conceito de ótimo de poder e ótimo social, assim como de ótimo econômico.
  • 6. A expressão “padrão de vida” é limitada por alguns economistas para significar uma meta aceitável ou conjunto de necessidades reconhecidas, em contraste com o nível de vida realmente obtido. Outros utilizam esses termos como sinônimos.
  • 7. Outras medidas, tal como o produto nacional bruto per capita, também são utilizadas. “Per capita”, embora gramaticalmente incorreto, é um termo utilizado para substituir a expressão “por cabeça”.

903

Economistas têm enfatizado as relações dinâmicas entre crescimento econômico1 ou desenvolvimento econômico1 e taxas de crescimento populacional e mudanças na estrutura populacional; eles estão menos interessados hoje no conceito estático de um tamanho ótimo do que no conceito dinâmico do ótimo de taxa de crescimento2 da população, isto é, a taxa de crescimento que será consistente com a taxa máxima de crescimento do nível de vida. Estas relações são uma preocupação particular nos países com baixo nível de vida, os quais têm sido denominados países menos desenvolvidos3 ou países em desenvolvimento3.

  • 3. Também: países subdesenvolvidos ou países de baixa renda. Eles são comumente contrastados com países desenvolvidos, ou países mais desenvolvidos.

904

O máximo populacional1 de um território, algumas vezes denominado sua capacidade de subsistência1, é geralmente entendido em termos absolutos como o maior número de pessoas que poderiam ser sustentadas sob condições específicas; mas é algumas vezes utilizado com o significado de o maior número de pessoas que poderiam ser sustentadas em um determinado padrão de vida. Contrariamente, o mínimo populacional2 é geralmente tido como o menor número de pessoas em uma área, o que é consistente com grupo de sobrevivência3.

905

O termo pressão populacional1 está ligado aos conceitos relacionados ao tamanho da população e recursos (901-1) disponíveis. Isto significa que a população da área é próxima ou distante do volume máximo consistente com os recursos disponíveis. De acordo com a teoria Malthusiana de população2, assim denominada em homenagem ao seu criador, Thomas Malthus, haverá, inevitavelmente, pressão da população sobre os meios de subsistência3. Qualquer modificação no volume de meios de subsistência disponíveis poderá gerar crescimento populacional (701-1) até que a população de equilíbrio seja de novo atingida, quando o nível de vida tiver alcançado o nível de subsistência5, isto é, um nível adequado o suficiente para garantir a sobrevivência. O equilíbrio seria mantido pela eliminação da população excedente, tanto por meio de xeques positivos6 ou freios positivos6, algumas vezes conhecidos como xeques Malthusianos6 ou freios Malthusianos6 (fome, epidemia e guerra), ou por intermédio de xeque preventivo7 ou freio preventivo6 de restrição moral8, consistindo de adiamento do casamento9, combinado com abstinência de relações sexuais antes do casamento.

  • 6 e 7. Os termos xeque positivo ou freio positivo e xeque preventivo ou freio preventivo, em inglês, são geralmente utilizados apenas com referência às doutrinas de Malthus.

906

Embora o termo Malthusianismo1 originalmente se refira às teorias de Malthus, ele é freqüentemente utilizado hoje para denotar a idéia de que uma redução na taxa de crescimento populacional é desejável. Neo-Malthusianismo2, ao mesmo tempo em que coloca como desejável controlar o crescimento populacional, advoga que tal restrição seria atingida por meio da utilização de métodos de controle da natalidade (627-3).

  • 1. Malthusianismo, n. – Malthusiano, adj.: em conformidade com a doutrina de Malthus. Os termos são algumas vezes utilizados erroneamente para se referirem à defesa de programas de planejamento familiar para resolver problemas econômicos.

907

O processo de transição de uma situação na qual tanto fecundidade quanto mortalidade foram relativamente elevadas, para uma situação na qual elas são relativamente baixas, que tem sido observado em vários países, é denominado transição demográfica1 ou transição populacional1. No processo de mudança de um estágio pré-transicional2 para um estágio pós-trasicional3, há tipicamente um intervalo de tempo entre o declínio da mortalidade e da fecundidade, resultando em um estágio de crescimento transicional4. Alguns economistas têm relacionado esses processos evolutivos da população às mudanças na produtividade5, isto é, produção por membros da força de trabalho, ou por cada membro da população.

  • 1. Algumas vezes denominada revolução vital. Uma distinção adicional é feita entre transição da fecundidade e transição da mortalidade. A teoria da transição demográfica associa mudanças históricas nas taxas vitais a transformações socioeconômicas acarretadas pelos processos de industrialização e urbanização.


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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93