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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)
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O estudo da morbidade1 está relacionado à investigação das doenças2 ou estado de saúde2 em uma população. Dois aspectos principais são considerados: a incidência de doenças3 e a prevalência das doenças4 se novos casos de doenças5 ou o número de casos existentes em um determinado momento são considerados. A compilação das estatísticas de morbidade6 is dificultada pela ausência de uma clara distinção entre o estado morbido7 e de saúde. A nosologia8 e a nosografia9 contribuem, respectivamente, para a classificação e descrição das doenças.
Ricardo Ojima 17:25, 27 Novembro 2007 (CET)
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As estatísticas de saúde1 abrangem as estatísticas de morbidade e também cobrem todos os aspectos da saúde da população, geralmente incluindo as estatísticas de mortalidade por causas2. A classificação dos óbitos por causas de morte3 é complexa pois em muitos casos podem não haver causas únicas de mortalidade4, mas múltiplas causas de óbito5 ou causas associadas de óbito5. Quando isso ocorre deve-se fazer distinção entre as causas imediatas de óbito6 e as causas adjacentes de óbito7 ou, sob um outro ponto de vista, diferencia-las entre causas primárias de óbito8 ou a principal causa de óbito8 e as causas secundárias de óbito9ou causas associadas de óbito9. A taxa de mortalidade específica por causas10 é geralmente expressa por cem mil habitantes. A proporção entre o número de óbitos por uma causa específica pelo número total de óbitos por todas as causas é chamado de mortalidade proporcional por causas11.
Ricardo Ojima 17:25, 27 Novembro 2007 (CET)
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O óbito e a incapacidade (425-6) são conseqüências de doença (420-2), lesão1 ou ferimento1, ou envenamento2. As lesões podem ser devidas a acidente3 ou a ato de violência4. Dentre os atos de violência, destacam-se os suicídios5 e tentativas de suicídios5, os homicídios6 e os óbitos ou ferimentos devidos a operações de guerra7.
- 3. acidente, s.m. — acidental, adj.; a expressão morte por acidente é preferível à morte acidental que pode se opor à morte natural, designando todos os óbitos oriundos de outra causa que não a doença ou senilidade (424-5).
- 4. violência, s.f. — violento, adj.
- 6. homicídio, s.m.; de acordo com a lei, é classificado em culposo ou involuntário e doloso ou voluntário.
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As moléstias transmissíveis1 são objeto de especial atenção por serem suscetíveis de rápida e vasta propagação; quando um grande número de pessoas é atingido a intervalos de tempo relativamente pequenos, transformam--se em moléstias epidêmicas2 e procede-se ao levantamento de estatísticas epidemiológicas3 especiais para averiguar sua incidência. A obtenção das informações referentes a tais enfermidades é possível graças à legislação de vários países considerá-las como doenças de notificação obrigatória4. Algumas vezes é feita distinção entre as enfermidades crônicas5, de lenta evolução, e as enfermidades agudas6, de rápida evolução.
- 1. As expressões moléstia transmissível, moléstia contagiosa e moléstia
infecciosa não são sinônimas. Consideram-se contagiosas apenas as enfermidades suscetíveis de serem transmitidas diretamente de indivíduo para indivíduo: assim, o impaludismo, moléstia transmissível, não é doença contagiosa. Por outro lado, certas doenças infecciosas com as infecções puerperais não são propriamente moléstias transmissíveis. - 2. epidêmico, adj. — epidemia, s.f.
- 3. epidemiológico, adj. — epidemiologia, s.f., ciência que trata das epidemias — epidemiologista, s.n., especialista em epidemiologia.
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Dentre as causas de óbito de especial interesse para o demógrafo, podem-se citar as deformações congênitas1, as moléstias de recém-nascidos2 e as doenças relacionadas com a gravidez, o parto e o puerpério3 (603-6). Os óbitos decorrentes destas últimas constituem a mortalidade materna4, a qual pode ser estudada em relação à população, como no cálculo das taxas de mortalidade segundo as causas (421-7), ou em relação ao total de concepções ou de nascimentos, analogamente às taxas de letalidade (425-7). A proporção de óbitos devidos à senilidade5 ou a causas mal definidas constitui um índice da qualidade das estatísticas de causas de morte.
- 3. puerpério, s.m. — puerperal, adj. '
- 5. senilidade, s.f. — senil, adj.
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As taxas de morbidade1 ou coeficientes de morbidade1 costumam se relacionar com três aspectos da morbidade (420-1): freqüência, duração e gravidade. Para medir a freqüência, utilizam-se a taxa de incidência2, obtida dividindo-se o total de casos novos de doença ocorridos em dado intervalo de tempo pelo número médio de pessoas vivas existentes no mesmo intervalo, e a taxa de prevalência3, resultante da divisão do número de casos de doença (420-4) observados em determinado momento pela população desse momento. A duração média por caso4 ou a taxa de incapacidade5, que é o número médio de dias de doença ou incapacidade6 por pessoa, fornecem os índices de duração da doença. A taxa de letalidade7, representativa da proporção de casos fatais para o total de casos verificados, isto é, de óbitos devidos a determinada doença ou acidente em dado período para o número de casos dessa doença ou acidente ocorridos no mesmo intervalo, pode ser utilizada como índice da gravidade e é, usualmente, calculada apenas para as moléstias agudas de pouca duração.
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