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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)
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A mortalidade das crianças nascidas vivas, menores de um ano de idade, é chamada mortalidade infantil1 e de menores de um mês ou, em alguns casos, de quatro semanas (28 dias) é denominada mortalidade neonatal2. Tem sido sugerido que se denomine, à mortalidade entre o período neonatal3 e a idade de 1 ano, mortalidade post-neonatal4. A expressão mortalidade fetal5 é recomendada pela Organização Mundial de Saúde para designar os óbitos ocorridos antes da expulsão ou extração do produto da concepção (602-6), independentemente da duração da gestação(603-3). Os termos mortalidade "in utero"5 ou mortalidade intra-uterina5 podem, também, ser empregados. A mortalidade fetal inclui os abortos (provocados e naturais) e a mortinatalidade6 ou natimortalidade6. Como as causas de morte do feto, no período final da gestação, e dos nascidos vivos, nos primeiros dias de vida, geralmente resultam de causas endógenas similares, têm sido englobadas, na expressão mortalidade perinatal7, a mortinatalidade e a mortalidade neonatal.
- 6. Abortícios e natimortos constituem os "óbitos fetais".
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A taxa de mortalidade infantil1 de uma dada coletividade, e relativa a determinado intervalo de tempo, é o coeficiente que se obtém dividindo-se o total de óbitos infantis2, isto é, os óbitos de menores de um ano, pelo total de nascidos vivos. Essa taxa é a medida aproximada da probabilidade de morte entre o nascimento e o primeiro ano de vida. Quando os óbitos infantis são classificados por ano de nascimento e de morte, torna-se possível obter uma aproximação melhor daquela probabilidade. Não dispondo de tais informações, emprega-se o fator de separação3 ou proporção sobre o total de óbitos, em determinado ano do calendário, das crianças nascidas no ano anterior, menores de um ano de idade. As taxas de mortinatalidade4 e as taxas de mortalidade fetal5 são calculadas do mesmo modo que as taxas de mortalidade infantil, substituindo-se, apenas, no denominador o total de nascidos vivos pelo total de nascimentos.
- 5. Costuma-se determinar a razão de mortinatalidade para se obter a relação entre o número de natimortos e o número de nascidos vivos.
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No estudo da mortalidade por idade1 os termos mortalidade infantil (410-1) e mortalidade neonatal (410-2) são os únicos que se referem a períodos de idade geralmente adotados. O emprego de expressões como mortalidade juvenil2, mortalidade adulta3 e mortalidade senil4 não é uniforme.
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