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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)
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(Hulda Maria Gomes, edição 1969 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística & Centro Brasileiro de Estudos Demográfico) |
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Revisão das 08h37min de 8 de novembro de 2009
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A população pode ser classificada pela língua1, linguagem1, idioma1 ou dialeto2 que fala. Algumas vezes, é feita a distinção entre a língua materna3, na qual o indivíduo aprendeu a falar, e a língua usual4 em que habitualmente se exprime. Tal distinção elimina apenas uma parte das dificuldades que apresenta a classificação das pessoas bilíngües5 e plurilíngües5 ou poliglotas5.
- 1. língua, s.f. — linguagem, s.f. — lingüístico, adj.
341
As estatísticas religiosas1 ou estatísticas dos cultos1 permitem a distribuição da população segundo a religião professada ou o culto praticado. Dentro das religiões2 mais importantes classificam-se os principais cultos3 e, algumas vezes, os diversos ritos4 e seitas5. Os indivíduos sem religião6 são chamados agnósticos6, livre-pensadores6 ou ateus6.
- 4. rito, s.m., usado também no sentido de cerimônia religiosa.
342
A população é, ainda, classificada segundo o nível de instrução1 ou grau de instrução1. Analfabeto2 é o indivíduo que não sabe ler nem escrever e alfabetizado3 aquele que lê e escreve. Como semi-analfabeto4 ou semi-alfabetizado4, costuma-se considerar o indivíduo que sabe ler mas não sabe escrever. Emprega-se o termo, igualmente, em linguagem corriqueira, para designar uma pessoa que lê e escreve com dificuldade. Quando se investiga apenas esses três aspectos básicos, classifica-se a população segundo a alfabetização5. O nível de instrução, todavia, é freqüentemente determinado pelos anos de estudo6 ou escolaridade atingida6, pelos cursos freqüentados6 ou cursos concluídos6 e pelos certificados7, diplomas7 ou títulos7 que o indivíduo possui. Tais certificados variam de acordo com o sistema de ensino8 de cada país.
- 2. analfabeto, s.m. e adj. — analfabetismo, s.m.
- 3. alfabetizado, s.m. e adj. — alfabetização, s.f.
343
Distinguem-se, geralmente, três níveis de ensino1 ou graus de ensino1 que, em ordem ascendente, são: ensino elementar2 ou ensino primário2, ensino médio3 e ensino superior4. As diversas categorias de estabelecimentos de ensino5 e suas denominações dependem da organização do ensino de cada país (V. § 344) mas, comumente, o ensino primário é ministrado em escolas primárias6 (V. § 344) ou escolas elementares6, o médio em escolas secundárias7 e o superior em universidades8.
344
No Brasil, os ramos oficiais de ensino são: ensino primário, comum ou infantil e supletivo ou para adultos; ensino médio, ginasial e colegial; e ensino superior. O ensino médio compreende o secundário e o técnico; este se subdivide em industrial, agrícola, comercial e normal. O ensino superior, constituído de cursos de graduação e cursos de pós-graduação, é ministrado em universidades que agrupam várias faculdades, cada uma das quais destinada ao ensino de uma ciência ou arte, ou em estabelecimentos isolados de ensino superior. Existe, ainda, o ensino pré-primário, dividido em maternal e jardim-de-infância, para as crianças menores de seis anos, e o ensino emendativo, para as crianças portadoras de deficiências físicas, mentais ou morais. Os estabelecimentos de ensino podem ser públicos (federais, estaduais ou municipais) e particulares e têm as mais variadas denominações: escola, colégio, ginásio, internato, externato etc.
345
A palavra classe1 designa, em geral, o grupo de alunos2 instruídos conjunta e simultaneamente pelo(s) mesmo(s) professor (es)3 ou mestre(s)3. Pode-se, também, denominar classe4 à aula ou à sala de aula4. Emprega-se, ainda, o vocábulo classe5 para significar o conjunto de alunos de um mesmo nível de adiantamento, isto é, que cursam a mesma série5 ou ano5. Em alguns países, o termo estudante6 é aplicado apenas aos alunos de universidades (343-.6).
- 2. O aluno de escola primária é chamado, em geral, escolar e o de escola secundária, colegial. Denomina-se bolsista o aluno ou estudante a quem foi concedida uma bolsa de estudos por entidade pública ou particular.
346
As estatísticas educacionais1 ou estatísticas de ensino1 costumam separar o número de alunos matriculados2 do número de alunos presentes3 em determinada data, a fim de conhecer a freqüência escolar4. O ensino obrigatório5 ou escolaridade obrigatória5 implica a existência de uma faixa de idade na qual a freqüência à escola é imposta por lei e torna possível especificar o número de crianças em idade escolar6 ou a população em idade escolar7, segundo .um critério legal. Para os países onde não há ensino obrigatório, é calculada a taxa de escolaridade ou relação entre o número de alunos matriculados e o número de habitantes em idade escolar.
- 4. O confronto entre o número de alunos matriculados e o de alunos que concluem a série ou curso permite determinar a evasão escolar.
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