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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - projeto da tradução da segunda edição)

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Quando não é possível determinar a migração diretamente, estimativas indiretas do saldo migratório podem ser obtidas pelo {{TextTerm|método residual|1}} ou {{TextTerm|método de resíduos|1}} no qual a mudança na população entre duas datas é comparada com a mudança devida ao crescimento natural; a diferença entre os dois volumes é atribuído à migração. O {{TextTerm|método das estatísticas vitais|2}} ou {{TextTerm|método do crescimento natural|2}} consiste em computar a diferença entre a mudança na população total, como obtida dos dois censos, e o ''crescimento natural'' ({{RefNumber|70|1|7}}) durante o intervalo intercensitário. O método das {{TextTerm|relações de sobrevivência|3}} é comumente utilizado para estimar a migração líquida por idade; ele não requer dados de estatísticas de óbitos. As ''razões de sobrevivência'' podem ser derivadas tanto de tábuas de vida quanto da comparação entre censos sucessivos; elas são aplicadas a uma sub-população em um censo para se obter os números esperados por idade na data do outro censo. A comparação entre as populações observada e esperada pode ser utilizada para estimar o saldo migratório por idade para a sub-população. Quando as {{TextTerm|estatísticas de local de nascimento|4}} por idade e residência atual são disponíveis em dois censos consecutivos, é possível fazer estimativas indiretas da migração corrente.
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Quando não é possível determinar a migração diretamente, estimativas indiretas do saldo migratório podem ser obtidas pelo {{TextTerm|método residual|1}} ou {{TextTerm|método de resíduos|1}}, no qual a mudança na população entre duas datas é comparada com a mudança devida ao crescimento natural; a diferença entre os dois volumes é atribuído à migração. O {{TextTerm|método das estatísticas vitais|2}} ou {{TextTerm|método do crescimento natural|2}} consiste em computar a diferença entre a mudança na população total, como obtida dos dois censos, e o ''crescimento natural'' ({{RefNumber|70|1|7}}) durante o intervalo intercensitário. O método das {{TextTerm|relações de sobrevivência|3}} é comumente utilizado para estimar a migração líquida por idade; ele não requer dados de estatísticas de óbitos. As ''razões de sobrevivência'' podem ser derivadas tanto de tábuas de vida quanto da comparação entre censos sucessivos; elas são aplicadas a uma sub-população em um censo para se obter os números esperados por idade na data do outro censo. A comparação entre as populações observada e esperada pode ser utilizada para estimar o saldo migratório por idade para a sub-população. Quando as {{TextTerm|estatísticas de local de nascimento|4}} por idade e residência atual são disponíveis em dois censos consecutivos, é possível fazer estimativas indiretas da migração corrente.
  
 
{{Note|2|}} A equação que mostra que a diferença entre a mudança na população total e o aumento na população natural é igual à migração tem algumas vezes recebido a denominação {{NoteTerm|equação compensatória}}. Para utilizá-la para estimar a migração líquida, deve-se assumir que as ''omissões'' ({{RefNumber|23|0|3}}) e as ''múltiplas contagens'' ({{RefNumber|23|0|5}}) são iguais para ambos os censos.
 
{{Note|2|}} A equação que mostra que a diferença entre a mudança na população total e o aumento na população natural é igual à migração tem algumas vezes recebido a denominação {{NoteTerm|equação compensatória}}. Para utilizá-la para estimar a migração líquida, deve-se assumir que as ''omissões'' ({{RefNumber|23|0|3}}) e as ''múltiplas contagens'' ({{RefNumber|23|0|5}}) são iguais para ambos os censos.
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O termo genérico {{TextTerm|taxa de migração|1}} refere-se a qualquer taxa que mede a freqüência relativa da migração em determinada população. Exceto nos caso indicados, essas taxas devem ser consideradas como {{TextTerm|taxas anuais de migração|2}}. Elas podem ser obtidas como a razão entre o número médio anual de migrantes registrados durante um determinado período e a população média do período. A {{TextTerm|taxa anual de migração líquida|3}} e a {{TextTerm|taxa anual de migração total|4}} são calculadas de maneira similar, utilizando a informação apropriada sobre a migração líquida ou total. Um {{TextTerm|índice de eficácia migratória|5}} ou {{TextTerm|índice de eficácia|5}} é calculada como a razão da migração líquida em relação à imigração e emigração total. O índice varia de zero, quando entradas e saídas são iguais, a um, quando a migração se dá inteiramente em uma direção.
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O termo genérico {{TextTerm|taxa de migração|1}} refere-se a qualquer taxa que mede a freqüência relativa da migração em determinada população. Exceto nos caso indicados, essas taxas devem ser consideradas como {{TextTerm|taxas anuais de migração|2}}. Elas podem ser obtidas como a razão entre o número médio anual de migrantes registrados durante um determinado período e a população média do período. A {{TextTerm|taxa anual de migração líquida|3}} e a {{TextTerm|taxa anual de migração total|4}} são calculadas de maneira similar, utilizando a informação apropriada sobre a migração líquida ou total. Um {{TextTerm|índice de eficácia migratória|5}} ou {{TextTerm|índice de eficácia|5}} é calculado como a razão da migração líquida em relação à imigração e emigração total. O índice varia de zero, quando entradas e saídas são iguais, a um, quando a migração se dá inteiramente em uma direção.
  
 
{{Note|2|}} Outros denominadores podem ser utilizados para computar a taxa, tal como a população no início e final do período, ou o número de pessoas-ano vividos pela população da área considerada.
 
{{Note|2|}} Outros denominadores podem ser utilizados para computar a taxa, tal como a população no início e final do período, ou o número de pessoas-ano vividos pela população da área considerada.
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{{TextTerm|Proporções de migrantes|1}} podem ser obtidas relacionando o número de migrantes durante um período à população para a qual ou da qual eles migraram. Quando a {{TextTerm|proporção de emigrantes|2}} é obtida pela divisão do número que se declarou ter se deslocado para fora da área pela população residindo na área no início do período e sobrevivente no final, este índice mede a probabilidade de deslocamento da população exposta ao risco, e entre outras utilizações, pode ser utilizada na preparação de projeções populacionais onde a migração é estimada separadamente. Mas, na prática, outras populações são freqüentemente utilizadas como denominadores para cálculo das proporções de migrantes. Similarmente, a {{TextTerm|proporção de imigrantes|3}} é algumas vezes obtida dividindo-se o número de imigrantes em uma área durante um período, pela população da área no final do período; mas o denominador também poderia ser a população no início do período, ou a média entre a população no início e no final do período. A {{TextTerm|proporção de imigrantes absolutos|4}} pode ser derivada da informação sobre o local de nascimento, dividindo-se o número de pessoas nascidas fora da área pela população residente na área. A {{TextTerm|proporção de emigrantes absolutos|5}} pode ser obtida dividindo-se o número de pessoas residentes em um país fora da sua área de origem pelo total de pessoas nascidas naquela área ou pelo total da população nativa que ainda vive na área. Quando algumas características dos migrantes, tais como ''idade'' ({{RefNumber|32|2|1}}), ''ocupação'' ({{RefNumber|35|2|2}}) ou ''nível de educação'' ({{RefNumber|34|2|1}}) são conhecidas, os {{TextTerm|índices de migração diferenciais|6}} são utilizados para comparar os migrantes com o restante da população de destino. O índice é igual a 1 menos a razão entre a proporção de migrantes na população com as características estudadas e a proporção de migrantes no conjunto da população. O índice de migração diferencial é igual a zero quando a população com as dadas características tem o mesmo comportamento migratório do restante da população. O termo {{TextTerm|migração seletiva|7}} indica que a comparação é entre os imigrantes e a população da qual eles foram extraídos, na área de origem.
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{{TextTerm|Proporções de migrantes|1}} podem ser obtidas relacionando o número de migrantes durante um período à população para a qual ou da qual eles migraram. Quando a {{TextTerm|proporção de emigrantes|2}} é obtida pela divisão do número que se declarou ter se deslocado para fora da área pela população residindo na área no início do período e sobrevivente no final, este índice mede a probabilidade de deslocamento da população exposta ao risco, e entre outras utilizações, pode ser utilizado na preparação de projeções populacionais onde a migração é estimada separadamente. Mas, na prática, outras populações são freqüentemente utilizadas como denominadores para cálculo das proporções de migrantes. Similarmente, a {{TextTerm|proporção de imigrantes|3}} é algumas vezes obtida dividindo-se o número de imigrantes em uma área durante um período, pela população da área no final do período; mas o denominador também poderia ser a população no início do período, ou a média entre a população no início e no final do período. A {{TextTerm|proporção de imigrantes absolutos|4}} pode ser derivada da informação sobre o local de nascimento, dividindo-se o número de pessoas nascidas fora da área pela população residente na área. A {{TextTerm|proporção de emigrantes absolutos|5}} pode ser obtida dividindo-se o número de pessoas residentes em um país fora da sua área de origem pelo total de pessoas nascidas naquela área ou pelo total da população nativa que ainda vive na área. Quando algumas características dos migrantes, tais como ''idade'' ({{RefNumber|32|2|1}}), ''ocupação'' ({{RefNumber|35|2|2}}) ou ''nível de educação'' ({{RefNumber|34|2|1}}) são conhecidas, os {{TextTerm|índices de migração diferenciais|6}} são utilizados para comparar os migrantes com o restante da população de destino. O índice é igual a 1 menos a razão entre a proporção de migrantes na população com as características estudadas e a proporção de migrantes no conjunto da população. O índice de migração diferencial é igual a zero quando a população com as dadas características tem o mesmo comportamento migratório do restante da população. O termo {{TextTerm|migração seletiva|7}} indica que a comparação é entre os imigrantes e a população da qual eles foram extraídos, na área de origem.
  
 
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Capítulo | Generalidades | Elaboración de las estadísticas demográficas | Distribution and classification of the population | Mortalidad y morbilidad | Nupcialidad | Fecundidad | Crecimiento y reemplazo de la poblacion | Movilidad espacial | Aspectos económicos y sociales de la dinámica demográfica
Sección | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 73 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


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Quando imigrantes de um determinado território não se assimilam no seu novo país, mas retêm os costumes de seu país de origem (801-4), eles constituem uma colônia1. Quando o país receptor já é habitado, isto gera problemas de coexistência2 entre diferentes populações. Esses problemas podem ser resolvidos por meio de fusão3 das populações, isto é, pelo desaparecimento de diferenças reconhecíveis, ou pela integração4 de uma das populações à outra. Segregação5 existe em um território onde duas ou mais populações vivem, mas permanecem separadas por barreiras impostas por costume ou por força de lei.

  • 1. Colônia, n. colonizar, v., fundar uma colônia, também utilizado no sentido de estabelecer um novo território — colono, n., membro de uma colônia.
  • 2. Coexistência, n. — coexistir, v.
  • 5. Segregação, n. — segregar, v.

Em casos extremos, o conflito pode resultar em genocídio, isto é, na tentativa de uma população exterminar a outra. Exterminar, v. — exterminação, n.

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Política migratória1 é um aspecto da política populacional ou política de população (105-2). A maioria dos países restringe a admissão de estrangeiros por meio de leis de migração2. Essas leis freqüentemente permitem a imigração seletiva3 de pessoas com determinadas características específicas. Alguns países têm estabelecido um sistema de cotas4, com base no qual o número de imigrantes é fixado em relação à nacionalidade de origem5. Medidas designadas a influenciar a distribuição da população6 no interior do país, por meio de migração interna (803-1), são usualmente de caráter mais indireto.

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Estatísticas migratórias1 ou estatísticas de migração1 são compiladas para revelar o volume de migração, a direção dos movimentos migratórios e as características dos migrantes. A exatidão com a qual cada um desses aspectos é apurado depende do método de compilação, uma vez a maioria das estatísticas migratórias consiste de aproximações e estimativas e não de medidas precisas. A medida direta de migração(2) requer um sistema de registro dos deslocamentos na medida em que eles ocorrem. As estatísticas de migração mais completas são desenvolvidas por registros populacionais nos quais todas as mudanças de residência são registradas. Elas permitem medidas de migração interna e internacional, mas são mais satisfatórias para as primeiras do que para as últimas. Em países onde esses registros de população não existem, um determinado número de sistemas de registros administrativos que não cobrem a totalidade da população pode ser utilizado para fins específicos. Portanto, dados de registro eleitoral3, registros de seguridade social4 ou registro de pagamento de impostos5 podem produzir informações sobre migração interna. No caso de migração para o exterior, as estatísticas podem ser baseadas nas listas de passageiros6 ou registro de passageiros6 de navios e aeronaves. A contagem de pessoas que cruzam fronteiras políticas produz dados muito grosseiros; o mais importante é que em áreas com muito tráfego de fronteira (803-2*) deve-se tomar cuidado especial para distinguir migrantes de viajantes7, que não mudam seu local de residência, e pessoas em trânsito (801-11). O número de vistos de entrada8 ou permissão de entrada8 expedidos e o número de permissão de residência9 ou permissão de trabalho10 concedidos podem também ser utilizados como um indicador da migração internacional.

  • 7. Viajante, n. — viajar, v. — viagem, n.: o processo de viajar.
  • 8. Em determinados países os residentes que desejam viajar para o exterior necessitam obter permissão de saída ou visto de saída, cujo registro pode servir como uma fonte de informação sobre movimentos migratórios.

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Informações coletadas em censos e pesquisas permitem o desenvolvimento de estatísticas sobre migrantes1. Dependendo das questões perguntadas, elas usualmente incluem estatísticas sobre imigrantes2, estatísticas sobre emigrantes2 e estatísticas sobre local de nascimento3. Medições com base nessas perguntas apresentam limitações no que diz respeito ao estudo da migração internacional; os emigrantes não podem ser estudados, ao passo que os imigrantes são conhecidos, independentemente do seu país de origem.

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Quando não é possível determinar a migração diretamente, estimativas indiretas do saldo migratório podem ser obtidas pelo método residual1 ou método de resíduos1, no qual a mudança na população entre duas datas é comparada com a mudança devida ao crescimento natural; a diferença entre os dois volumes é atribuído à migração. O método das estatísticas vitais2 ou método do crescimento natural2 consiste em computar a diferença entre a mudança na população total, como obtida dos dois censos, e o crescimento natural (701-7) durante o intervalo intercensitário. O método das relações de sobrevivência3 é comumente utilizado para estimar a migração líquida por idade; ele não requer dados de estatísticas de óbitos. As razões de sobrevivência podem ser derivadas tanto de tábuas de vida quanto da comparação entre censos sucessivos; elas são aplicadas a uma sub-população em um censo para se obter os números esperados por idade na data do outro censo. A comparação entre as populações observada e esperada pode ser utilizada para estimar o saldo migratório por idade para a sub-população. Quando as estatísticas de local de nascimento4 por idade e residência atual são disponíveis em dois censos consecutivos, é possível fazer estimativas indiretas da migração corrente.

  • 2. A equação que mostra que a diferença entre a mudança na população total e o aumento na população natural é igual à migração tem algumas vezes recebido a denominação equação compensatória. Para utilizá-la para estimar a migração líquida, deve-se assumir que as omissões (230-3) e as múltiplas contagens (230-5) são iguais para ambos os censos.
  • 3. Os principais variantes deste procedimento são denominados método das razões de sobrevivência da tábua de vida e método das relações intercensitárias de sobrevivência. No método das razões de sobrevivência prospectiva, a população no início de um período intercensitário serve para estimar a população esperada no final do período, e o procedimento é o contrário no método das razões de sobrevivência retrospectiva; o método da média das razões de sobrevivência combina as duas alternativas anteriores.

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O termo genérico taxa de migração1 refere-se a qualquer taxa que mede a freqüência relativa da migração em determinada população. Exceto nos caso indicados, essas taxas devem ser consideradas como taxas anuais de migração2. Elas podem ser obtidas como a razão entre o número médio anual de migrantes registrados durante um determinado período e a população média do período. A taxa anual de migração líquida3 e a taxa anual de migração total4 são calculadas de maneira similar, utilizando a informação apropriada sobre a migração líquida ou total. Um índice de eficácia migratória5 ou índice de eficácia5 é calculado como a razão da migração líquida em relação à imigração e emigração total. O índice varia de zero, quando entradas e saídas são iguais, a um, quando a migração se dá inteiramente em uma direção.

  • 2. Outros denominadores podem ser utilizados para computar a taxa, tal como a população no início e final do período, ou o número de pessoas-ano vividos pela população da área considerada.
  • 5. Também: Índice de eficiência migratória ou índice de eficiência.

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Proporções de migrantes1 podem ser obtidas relacionando o número de migrantes durante um período à população para a qual ou da qual eles migraram. Quando a proporção de emigrantes2 é obtida pela divisão do número que se declarou ter se deslocado para fora da área pela população residindo na área no início do período e sobrevivente no final, este índice mede a probabilidade de deslocamento da população exposta ao risco, e entre outras utilizações, pode ser utilizado na preparação de projeções populacionais onde a migração é estimada separadamente. Mas, na prática, outras populações são freqüentemente utilizadas como denominadores para cálculo das proporções de migrantes. Similarmente, a proporção de imigrantes3 é algumas vezes obtida dividindo-se o número de imigrantes em uma área durante um período, pela população da área no final do período; mas o denominador também poderia ser a população no início do período, ou a média entre a população no início e no final do período. A proporção de imigrantes absolutos4 pode ser derivada da informação sobre o local de nascimento, dividindo-se o número de pessoas nascidas fora da área pela população residente na área. A proporção de emigrantes absolutos5 pode ser obtida dividindo-se o número de pessoas residentes em um país fora da sua área de origem pelo total de pessoas nascidas naquela área ou pelo total da população nativa que ainda vive na área. Quando algumas características dos migrantes, tais como idade (322-1), ocupação (352-2) ou nível de educação (342-1) são conhecidas, os índices de migração diferenciais6 são utilizados para comparar os migrantes com o restante da população de destino. O índice é igual a 1 menos a razão entre a proporção de migrantes na população com as características estudadas e a proporção de migrantes no conjunto da população. O índice de migração diferencial é igual a zero quando a população com as dadas características tem o mesmo comportamento migratório do restante da população. O termo migração seletiva7 indica que a comparação é entre os imigrantes e a população da qual eles foram extraídos, na área de origem.

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Análise longitudinal da migração1 requer informação sobre deslocamentos sucessivos de um indivíduo ao longo do tempo, que é normalmente disponível apenas nos registros populacionais (213-1) ou pesquisas retrospectivas (203-8). Diversas medidas refinadas de migração podem ser derivadas deste tipo de dado, tais como a probabilidade da primeira migração2, definida como a probabilidade de um grupo de não-migrantes3 de idade x migrar pela primeira vez antes de atingir a idade x + n. Estas probabilidades podem ser utilizadas para calcular a tábua de não-migrantes4. Esta tábua, quando combinada com a tábua de vida (432-1) levará a uma tábua de sobrevivência de não-migrantes5 de duplo decremento. Similarmente, as probabilidades de migração por ordem de deslocamento6 podem ser computadas, assim como a proporção de migrantes de uma determinada ordem que não fez um deslocamento subseqüente dentro de um determinado intervalo. As taxas de migração de todas as ordens7 é a razão entre os deslocamentos de todas as ordens em um ano e a população média da coorte (116-2*) no ano de referência. O somatório destas taxas para uma coorte, até uma determinada data, fornece uma estimativa do número médio de deslocamentos8 realizados pela coorte até esta data, na ausência de mortalidade. A tábua de sobrevivência pode ser combinada com uma tábua de migração de todas as ordens9, específica por idade, para estimar o número médio de deslocamentos de um indivíduo de uma determinada idade, levando em consideração a mortalidade.

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No estudo de migrantes entre duas áreas durante um determinado período, a medida comumente utilizada é o índice de intensidade migratória1 de A para B, que é obtido dividindo-se o número de migrantes da área A para a área B pelo produto do número de habitantes na área B no final do período pelo número de habitantes de A no início do período e sobreviventes até o final do período. Este índice, dividido pela razão entre o total de migrantes e o quadrado da população total do país, resulta no índice de preferência migratória2 ou índice de intensidade relativa2. Quando o numerador é restrito à corrente migratória líquida, a medida resultante é denominada índice de intensidade migratória3. O índice de efetividade da corrente migratória líquida4 é medido pela relação entre o valor absoluto da corrente migratória líquida e a corrente migratória total (805-10).

  • 1. Este índice pode ser interpretado como a probabilidade de dois indivíduos sobreviventes ao final do período e selecionados aleatoriamente, um deles residindo na área A no início do período e o outro entre aqueles residindo na área B no final do período, sejam idênticos. A disponibilidade de dados pode impor a utilização de vários outros denominadores.

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Os modelos de migração1 ou modelos migratórios1 podem ser classificados em duas categorias. A primeira relaciona as correntes migratórias (803-9) entre duas áreas às variáveis sociais, econômicas e demográficas. Estas variáveis são freqüentemente classificadas como fatores de expulsão2, quando elas caracterizam expulsão2 ou repulsão2 da região de origem; como fatores de atração3, resultando em atração3 para a região de destino; e como obstáculos intermediários4 entre as duas regiões. Os mais simples destes modelos são os modelos gravitacionais5: as correntes migratórias entre as duas regiões são diretamente proporcionais ao tamanho de suas populações, e inversamente proporcionais às distâncias6 entre elas, elevadas a uma determinada potência. Outros modelos consideram que as correntes migratórias são proporcionais às oportunidades na região de destino, e inversamente proporcionais às oportunidades intervenientes7 entre origem e destino. A segunda categoria de modelos é denominada modelos estocásticos (730-5) e se referem a indivíduos e não a populações; eles ligam a probabilidade de migrar a determinado número de características pessoais, tais como idade e história das migrações anteriores.

  • 5. Ou modelos tipo Pareto.
  • 6. A distância pode ser medida de diversas maneiras: uma linha reta, uma rota, o número de regiões intervenientes, etc.


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